Veja - Por Ricardo Noblat
A lei nem sempre é igual para todos
Aposta de um
advogado com mais de 40 anos de atuação ininterrupta no Supremo Tribunal
Federal, ex-aliado político de Lula e que ainda o vê com muita
simpatia: é improvável que o ex-presidente seja solto ainda este ano.
Deverá ficar preso até a chegada do próximo. [detalhe: até a chegada do próximo ano são grandes as possibilidades do TRF-4 já ter confirmado a segunda condenação do presidiário Lula - Sítio de Atibaia - e com isso o condenado petista permanecerá preso e com grande chance de ter recebido uma terceira condenação.]
A libertação dele
agora soaria como uma bofetada no rosto do ministro Sérgio Moro, da
Justiça, que o condenou à época em que era juiz. Embora desgastado com
as revelações [que revelações? as supostas conversas sem valor e já esquecidas.] sobre os bastidores da Lava Jato, Moro ainda é o herói do
combate à corrupção.
E, por isso, o queridinho
dos sempre dispostos a ocupar as ruas em sua defesa. Desde que as
sessões do Supremo passaram a ser transmitidas ao vivo por rádio e
televisão, os ministros de certa forma se tornaram reféns da opinião
pública ou da opinião publicada.
Por que afrontá-la quando
a imagem do tribunal mais coleciona estragos? Fora o PT, quem mais pede
Lula livre? No último domingo, no Rio, durante passeata em favor da
Amazônia, um grupo pequeno de manifestantes pediu Lula livre. Foi calado
pelos demais. Ah, a Segunda Turma do
Supremo anulou a condenação por Moro do ex-presidente da Petrobras
Aldemir Bendine, e Lula poderá se beneficiar dessa decisão. Uma coisa é
Bendine, outra é Lula. Diz-se da lei que ela é igual para todos, mas nem
sempre é. [o mais importante é que os argumentos que levaram a anulação da condenação do ex-presidente do Banco do Brasil foram de ordem técnica - a defesa não falou por último;
já Lula pode reclamar de tudo, mas, sua defesa foi livre para se manifestar e continuar se manifestando, sempre que quer.
A defesa do presidiário petista para compensar o excesso de processos que o condenado responde, usa e abusa do EXCESSO DE DEFESA.]
Tem nova pergunta na praça
Responda, capitão!
A nova pergunta a juntar-se a outras exaustivamente repetidas nas redes
sociais e por aí a fora (Quem matou e quem mandou matar Marielle? Onde
está Queiroz?):
Quando Jair Bolsonaro sobrevoará a Amazônia para ver os estragos provocados pelo desmatamento e pelo fogo?
Sugestões de respostas:
Nunca;
Quando o fogo apagar;
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