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sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Exército emite nota interna em defesa de generais do Alto Comando chamados de comunistas - O Estado de S. Paulo

Publicações feitas em redes sociais chamam os oficiais de ‘melancias’, supostamente porque defenderiam a posse de Lula; entre os alvos estão o chefe do Estado-Maior da Força

O comandante do Exército, general Marco Antonio Freire Gomes, determinou o envio de mensagem para todo o público interno a fim de alertar aos integrantes da Força sobre notícias falsas que classificam como “melancias” generais do Alto Comando.   

Melancia é a designação dada a oficiais supostamente comunistas ou simpáticos à esquerda porque seriam verdes e amarelos por fora e vermelhos por dentro.

O general Freire Gomes; pelo menos cinco generais são alvo das publicações

O general Freire Gomes; pelo menos cinco generais são alvo das publicações Foto: Marcos Corrêa/PR

Diz a nota do Informe do Exército assinada pelo general José Ricardo Vendramin: “Incumbiu-me o Senhor Comandante do Exército de informar à Força que, nos últimos dias, têm sido observadas postagens em aplicativos de mensagens com alusões mentirosas e mal-intencionadas a respeito de integrantes do Alto Comando do Exército”. O documento afirma que “tais publicações têm se caracterizado pela maliciosa e criminosa tentativa de atingir a honra pessoal de militares com mais de quarenta anos de serviços prestados ao Brasil, bem como de macular a coesão inabalável do Exército de Caxias”.

De acordo com o informe, “ao tentarem de forma anônima e covarde disseminar desinformação no seio da Força e da sociedade, esses grupos ou indivíduos atestam a sua falta de ética e de profissionalismo”. E conclui: “O Exército Brasileiro permanece coeso e unido, sempre em suas missões constitucionais, tendo a hierarquia e a disciplina de seus integrantes o amálgama que o torna respeitado pelo povo brasileiro, seu fiador”.

 Informe do Exército enviado ao público interno em defesa de generais do Alto Comando chamados de comunistas

Cinco generais foram alvo das publicações, entre eles Valério Stumpf, o chefe do Estado-Maior do Exército. Também foram citados nas publicações os comandantes militares do Sudeste (Tomás Miné Ribeiro de Paiva), do Leste (André Luiz Novais) e do Nordeste (Richard Nunes), além do general Guido Amin, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército.

Após a nota do Exército, passaram a circular em grupo bolsonaristas publicações que responsabilizavam “esquerdistas” pela divulgação das publicações contra os generais, como se elas tivessem como objetivo distanciar o Exército dos integrantes de protestos que ocupam as portas dos quartéis desde que o petista Luiz Inácio Lula da Silva derrotou Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições.

Outras publicações feitas por bolsonaristas buscavam pressionar generais de brigada, de divisão e de exército. Compartilhadas por bolsonaristas, elas questionavam diretamente os oficiais com a seguinte pergunta: “E agora, general? No dia 01/Jan/2023, V.Exa. pretende prestar continência a quem? Ao povo brasileiro ou aos comunistas?”[ainda que questionável a pergunta,  a resposta entre as duaas propostas, certamente será: AO POVO BRASILEIRO!] 

Bolsonaristas passaram a enviar publicações em que cobram generais a se posicionar se vão 'prestar continência' ao novo governo. Na publicação, o chefe do comando de Operações Terrestres (Coter), general Estevam Theóphilo

Para cada general, os autores das postagens fizeram uma publicação na qual constava a pergunta, a foto do oficial, seu nome e o comando ocupado. A linguagem é militar. O Estadão apurou que pelo menos três dos generais citados receberam a publicação em seus telefones celulares. Houve ainda publicações contra generais da reserva, também identificados como simpáticos ao comunismo, como general Otávio Rêgo Barros, que foi porta-voz de Bolsonaro e se tornou crítico ao governo. Rêgo Barros foi retratado com um capacete em forma de melancia na cabeça.

Esta não é a primeira vez que o termo melancia é usado pelo bolsonarismo e pelo próprio Bolsonaro para designar generais. Em 2019, após ser criticado por uma declaração que chamou os nordestinos de “paraíbas”, Bolsonaro chamou o general Luiz Eduardo Rocha Paiva de “melancia” em sua conta de Twitter. [só a mídia militante tem a cara de pau de dar foros de seriedade a uma brincadeira do presidente Bolsonaro com o general Rocha Paiva.]

Rocha Paiva, no entanto, é considerado um dos mais anticomunistas generais do Exército e era amigo do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.

O episódio gerou confusão entre bolsonaristas. Influenciadores e organizadores em grupos antidemocráticos no WhatsApp e Telegram pediam para que apoiadores do presidente parassem de acusar os generais. Para eles, as mensagens foram disseminadas por infiltrados. Como mostrou o Estadão, a acusação de “membros infiltrados” é constantemente usada para manter um discurso único entre os correligionários.[semear a cizânia entre os adversários é uma das inúmeras táticas covardes que a esquerda, e os que a apoiam, utiliza quando sente que está perdendo, ou vai perder, a  guerra.]

Política - O Estado de S. Paulo

 

terça-feira, 9 de novembro de 2021

O RABO DOS MACACOS - Percival Puggina

De uns tempos para cá, a militância esquerdista brasileira parece haver encontrado o que fazer na afirmação de pautas ambientais e identitárias, ideologia de gênero, domínio do vocabulário e imposição do “politicamente correto”. A jornada se completa com algumas ações do tipo “Fora Bolsonaro” escrito assim, sem vírgula e sem ponto de exclamação. Mas aí já seria exigir demais.

Ao procurar votos por esses caminhos, estabelecendo a cizânia e, principalmente, restringido a liberdade de expressão, a esquerda acordou sua adormecida divergência natural. Aqui e ali, dispersos, os conservadores começaram a sentir cheiro de fumaça e passaram a reagir de modo inevitavelmente crescente, num mecanismo de autodefesa.

Lembro-me bem da primeira vez em que fui advertido de estar sendo politicamente incorreto. Eu criticara o incremento da gravidez na adolescência e seus efeitos, por vezes devastadores, sobre a vida de tantas jovens. Lá pelas tantas, denunciei a promiscuidade incentivada pela moderna produção “cultural”, especialmente por aquela produção voltada para a juventude. 
Meu interlocutor julgou-se no direito de me acusar de estar sendo politicamente incorreto ao desqualificar, com palavras e autoritarismo moralista, a “opção” das garotinhas. Minha resposta foi ainda mais incorreta e não caberia reproduzir aqui.

Por cancelar o debate sobre certos temas ditos sensíveis e dá-los por consensuais e irrecorríveismalgrado sejam insustentáveis numa interlocução esclarecida e bem intencionada – o “politicamente correto” deixa de ser civilizado e benéfico para ser uma velhacaria.

Impõe, assim, uma servidão mental e se vai, pouco a pouco, entregando as liberdades para o discernimento e a tutela daqueles que confiam mais no Estado e no partido do que em si mesmos e na sociedade. Parcela poderosa do Estado e muitos partidos querem exatamente isso.  

Breve não lembraremos mais o caso do jogador Maurício Souza, como não lembramos o caso do delegado que, manifestando-se sobre o estupro de uma menina de 11 anos pelo homem que vivia com a mãe, afirmou “haver crianças pagando muito caro pelo rodízio de padrastos em casa”. O autor da frase foi qualificado como machista e exonerado da função que ocupava na área de comunicação social de sua instituição.

Sempre que me deparo com esse tipo de abuso, essa estatização de conceitos, versões e narrativas como ação política, fico me perguntando se é para isso que nós, cidadãos, formamos partidos e instituímos poderes. Onde e quando esses poderes e partidos ocupam-se do Brasil real? 

Principalmente, quando vão entender quão politicamente incorreto é seu agir e o quanto são cúmplices, por omissão ou interesse próprio, em relação a tantos de nossos males? 
Existe algo politicamente mais incorreto do que políticos incorrigíveis?

* Percival Puggina (72), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.


terça-feira, 14 de setembro de 2021

O general Heleno e a carta-recuo de Bolsonaro - Lauro Jardim

O general Augusto Heleno era inicialmente um dos mais inconformados contra a carta-recuo assinada por Jair Bolsonaro e articulada por Michel Temer.

Assim que soube, inflamou-se, não admitia o movimento de retirada.

Depois, o general aceitou, como sempre faz, a decisão do capitão.

[mero comentário, para que a cizânia não prospere. HIERARQUIA e DISCIPLINA, pilares das FORÇAS ARMADAS, e que alcançam os militares na ativa ou  na reserva.
Não fosse Bolsonaro presidente e o general Heleno seu ministro, apesar de ambos estarem na reserva, Bolsonaro seria subordinado do general - estar na reserva não isenta os militares dos DIREITOS, DEVERES e PRERROGATIVAS.
Sendo Bolsonaro presidente da República e o general Heleno ministro do seu governo,  o general passa a ter uma dupla subordinação ao capitão = Presidente da República. Sendo o comandante supremo das Forças Armadas Bolsonaro tem prevalência sob o general Heleno - também por ser o general Heleno ministro do governo Bolsonaro, fica subordinado ao Chefe de Estado e de Governo = JAIR MESSIAS BOLSONARO.]

Lauro Jardim, colunista - O Globo


domingo, 1 de novembro de 2020

No Forte Apache... - Eliane Cantanhêde

O Estado de S. Paulo

Em forte sem comandante, pode faltar gás no Posto Ipiranga e tinta na caneta Bic

[inútil tentar semear a cizânia entre o presidente Bolsonaro e seu vice, o general Hamilton Mourão. O comentário do vice espelha uma situação válida apenas quando houver uma vacina segura e eficaz - o do presidente Bolsonaro se aplica até o momento em que se torne disponível uma vacina segura e eficaz. 
Talvez o tom e o momento em que foram emitidos, leve incautos a ver uma desarmonia sem importância.]

Desconforto em áreas do  governo tem reflexo no Congresso. Orçamento pode não ser aprovado

O embate entre o capitão da caneta Bic e o general de Exército com ordem de comando marca uma nova etapa na relação do presidente Jair Bolsonaro não só com o vice-presidente Hamilton Mourão, mas com as Forças Armadas. A unanimidade aparente ruiu, a insatisfação silenciosa emergiu e o momento é de avaliação de danos, ou de contagem de votos para um lado e para outro.

Sem noção da gravidade na saúde, na economia, no ambiente, na política, o presidente acha que pode falar e fazer o que lhe vai pela cachola, trocando a responsabilidade do cargo pelo oba-oba de uma campanha extemporânea, divertindo-se com a “boiolagem” cor-de-rosa do Guaraná Jesus, humilhando o general da Saúde, tirando o gás do ministro da Economia e guerreando contra a “vacina do Dória”.

É puro non-sense, mas Bolsonaro vai comprando lealdade com cargos e camaradagem. Qual um paizão às antigas, grita e dá umas palmadas, fingindo não ver a safadeza do caçula com o mais velho, mas resolve tudo bajulando o ofendido. A vítima dá um sorrisinho e cede: “um manda, o outro obedece”. Pergunte-se a Paulo Guedes e aos generais Luiz Eduardo RamosAugusto Heleno e Eduardo Pazuello e todos reagem com um sorriso condescendente: “o presidente é assim mesmo, diz tudo na bucha, mas gosta muito de mim”.

O passo seguinte é descrever uma situação em que Bolsonaro, depois de mais uma bordoada, fez uma gracinha e alisou o ego do subordinado diante de um microfone. Pazuello teve direito a vídeo no leito da covid, Ramos foi paparicado com passeio de moto e num discurso em que foi tratado como “meu amigão”, não Secretário de Governo e articulador político. Comovido, deixou pra lá o “Maria Fofoca” disparado por Ricardo Salles.

Desanimado, mas tentando demonstrar o contrário, Guedes tem definido o governo como um forte apache cercado de índios e flechas, mas com todo mundo dentro guerreando entre si. Ele não diz, mas isso só ocorre em forte apache em que o comandante não comanda e soldados fazem o que querem. Um dado relevante no incômodo crescente do oficialato é a desenvoltura que Bolsonaro confere à tal “ala ideológica” dos filhos, Salles e os Weintraub que pululam no governo. O próprio, demitido da Educação, foi curtir a vida nos States, ganhando em dólar no Banco Mundial.

Em sequência, Bolsonaro disse que não vai comprar a “vacina da China” e desautorizou o anúncio feito por Pazuello aos governadores e ao País, Salles atacou Ramos como Maria Fofocae o presidente da Câmara como Nhonho”, até que o general e ex-porta-voz Otávio do Rêgo Barros alertou em artigo que o poder “inebria, corrompe e destrói” e que líderes não podem ficar reféns de “comentários babões” e “demonstrações alucinadas”.

Na contabilidade do Planalto, 90% dos militares ficaram irritados com Rêgo Barros. Nos corredores militares, a avaliação é diferente, com muitos aliviados por alguém, enfim, sair da toca para reforçar o general Santos Cruz e dizer o que precisava ser dito. A diferença é que, nos palácios, dizem o que os poderosos querem ouvir. Nos bastidores, é mais fácil ser sincero.

No fim, Mourão firmou sua independência (ou descolamento), desdenhando da briga política com o governador de São Paulo, falando pragmaticamente sobre a China e desdizendo o presidente: “O governo vai comprar a vacina, lógico que vai”. A reação de Bolsonaro foi de confronto: “A caneta Bic é minha”. A guerra está só começando. O desconforto bate nas Forças Armadas, Itamaraty, várias áreas de governo e da sociedade, com reflexo no Congresso, onde nada anda e há um risco real: chegar a 2021 sem Orçamento aprovado. [em governos anteriores foi comum o orçamento não ser aprovado tempestivamente e nada houve se complicado  = foi usado o recurso de se gastar um duodécimo por mês -  considerando que um ano tem doze meses e continua tendo,  ainda que sob o governo Bolsonaro, nenhuma tragédia ocorrerá. Não temos procuração da articulista, mas estamos considerando que o 'forte apache' ao qual ela se refere não é o Forte Apache, uma das denominação do Quartel-General do Exército, no SMU-Brasília-DF.

Também esperamos que a menção à caneta BIC não seja uma discreta apologia a uma prática não republicana.]  O Forte Apache precisa de um chacoalhão. Assim como o Posto Ipiranga está perdendo gás, a caneta BIC também pode perder a tinta.

Eliane Cantanhêde, colunista - O Estado de S. Paulo


sábado, 2 de maio de 2020

Crise: a solução está no STF - Revista IstoÉ

Marco Antonio Villa  



Jair Bolsonaro não tem condições de continuar à frente da Presidência da República. O Brasil vive a crise sanitária mais grave do último século. Para piorar, segundo os analistas, teremos a mais severa recessão da história republicana e que pode se estender para o ano que vem. E em um quadro internacional também marcado pela recessão. Para complicar ainda mais este terrível cenário, Bolsonaro ataca sistematicamente o Congresso Nacional e o STF e, pelas redes sociais, sob a coordenação do “gabinete do ódio”, fomenta cizânia contra seus adversários políticos e desinforma a população sobre os efeitos do coronavírus. 

Quanto mais cedo Bolsonaro for expelido da Presidência, melhor para o Brasil. Os caminhos constitucionais são os únicos para solucionar esta crise e romper o impasse. Não faltam crimes atribuídos a ação antirrepublicana do chefe do Executivo federal. Somente Sérgio Moro, seu ex-ministro da Justiça, denunciou meia dúzia de delitos. [crimes citados em denúncias SEM PROVAS, ilações descabidas -lembrem sempre que pouco  faltou para o ex-presidente Temer ser condenado por denúncias do Janot, fundadas em provas vazias = ainda hoje a delação dos irmãos Batista, absolvidos sumariamente pelo Rodrigo Enganot, não foi homologada pelo Supremo.] O inquérito que está no STF, sob responsabilidade do ministro Celso de Mello, poderá ser um instrumento para que, legalmente, e seguindo todos os preceitos jurídicos, a crise encontre um atalho e encurte o caminho do sofrimento nacional. 
Para que isso ocorra será necessária a autorização  da Câmara, pelo quórum constitucional, [observação desnecessária, mas vamos a ela: tendo em conta que  as denúncias dos supostos crimes precisam ser provadas e costuma ser impossível provar o que não ocorreuO  quórum constitucional necessário para autorização é de, no mínimo, 342 deputados - sem esse quórum a sessão não será aberta. E para sepultar a denúncia são necessários 172 votos a favor do presidente Bolsonaro.] e o encaminhamento da denúncia para o STF. Se for recebida pelo pleno da Corte, o Presidente ficará suspenso das suas funções durante o processo e julgamento. E como é uma infração comum não será no Senado que tramitará a acusação — como no crime de responsabilidade — mas na Suprema Corte. Outra distinção em relação aos processos de 1992 e 2016, é que as ruas não desempenharão nenhum papel relevante, inclusive porque aglomerações em plena pandemia são inexequíveis.

[o 'pior dos piores' é que para ferrar de vez o Brasil e os brasileiros, o presidente Bolsonaro sofre um boicote sistemático, implacável do Congresso Nacional e do STF.  

Destacamos que o Poder Executivo da União é pressionado pelos demais Poderes da República - pressão na área econômica, na política, na de saúde;
Um exemplo de pressão na área econômica:
a União é que tem que arcar com todas as medidas econômicas no sentido de debelar os males nos campos sanitários, sociais e econômicos advindos da pandemia e da recessão MUNDIAL - ela dispõe de mais recursos para atender tais obrigações.

Para piorar o impiorável o Congresso Nacional quer impor ao governo federal compense os estados e municípios pela queda da arrecadação tributária e com uma quantia fixa.
A imposição do Congresso equivale obrigar o Poder Executivo da União dar um 'cheque em branco' aos estados e municípios - que terão a certeza de que gastem o que gastarem, como e onde, serão sempre compensados com uma parte fixa - ainda que a queda na arrecadação seja menor que a esperada.  

O governo federal defende um percentual atrelado ao da queda da arrecadação = permitindo que haja um limite nos gastos daqueles entes federativos.
O Congresso alega que o governo federal pode emitir dinheiro, contrair empréstimos,  e estados e municípios não podem. 
Esquecem que se o governo federal emitir dinheiro sem lastro, a pandemia será seguida pela hiperinflação, que será o pior dos mundos.
Sugerimos aos leitores à leitura: = Alexandre de Moraes agiu como um jurista de ditadura africana - J. R.Guzzo - Gazeta do Povo = possivelmente concordarão com o título deste post.
Bolsonaro deverá usar — a partir de agora — de todos os instrumentos do Estado Democrático de Direito para destruí-lo, por paradoxal que possa parecer para alguns ingênuos. Sim, o Presidente conspira contra a República, não quer a manutenção da Carta Magna, mas vai usá-la até a exaustão em ações nocivas ao interesse público — e ao futuro imediato do nosso país. Vai deixar terra arrasada, daí a necessidade imperiosa de agir rapidamente. Se o hábito não faz o monge, a crise, por si só, não produz o impeachment, somente prolonga a agonia. É indispensável construir uma ação coordenada no plano político, com apoio, o mais amplo possível, da sociedade civil, antes que seja tarde demais.
IstoÉ - Marco Antonio Villa