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sábado, 12 de setembro de 2015

Desemprego em alta, crédito mais caro, investimentos em queda

A sombra do rebaixamento

Para agência de risco, o Brasil agora é um potencial caloteiro. Com a redução da nota de crédito, os investimentos vão cair, as empresas pagarão mais caro para fazer empréstimos e o desemprego tende a aumentar

Para entender o significado do rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor´s, basta responder a seguinte pergunta: você emprestaria o seu dinheiro para um mau pagador? A não ser que se trate de um perdulário irremediável, provavelmente dirá não. Ao colocar as finanças brasileiras na segunda divisão – a nota caiu de “BBB-” para “BB+” –, a S&P fez mais do que tirar o grau de investimento conquistado a duras penas em abril de 2008. Numa tacada só, a agência americana desmoralizou a política econômica da presidente Dilma Rousseff, colocou pressão adicional em um governo aturdido e escancarou para o mundo inteiro o buraco em que o País se meteu. A expressão mais adequada para definir as nações que se enquadram no nível “BB+” é “potencial caloteiro.” Daí se compreende o tamanho da encrenca que os brasileiros terão pela frente. Designado pelo Palácio do Planalto para falar oficialmente sobre o assunto, o ministro Nelson Barbosa (Planejamento) era na quarta-feira 9 o retrato do desespero. Nervoso e atrapalhado, Barbosa não conseguiu encontrar nada melhor para dizer a não ser que o Brasil passará por uma fase de “travessia.” E se do outro lado estiver o abismo?

As consequências do rebaixamento serão desastrosas. De imediato, o Brasil terá dificuldades para atrair recursos estrangeiros. O selo de bom pagador é uma exigência dos principais fundos de investimento para aplicar em títulos de governos. Com o risco de calote cravado na imagem do Brasil, esses investidores desaparecerão. “Os grandes fundos serão obrigados a retirar suas aplicações”, diz Celso Grisi, professor da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da Universidade de São Paulo. “Como o nível de poupança do Brasil é muito baixo, o crescimento do País depende de capital externo. É esse dinheiro que vai sumir.” O setor mais afetado deverá ser o de infraestrutura, que depende das grandes somas desembolsadas por capitalistas internacionais. Na quinta-feira 10, a S&P deu uma nova demonstração dos estragos que virão. A agência excluiu a Petrobras da lista de empresas com grau de investimento.


Com menos dinheiro circulando, o crédito se torna mais escasso e, por isso, mais caro também. Assim, as empresas terão dificuldade para se capitalizar – dificuldade dupla se a nota da empresa for ruim, como é agora o caso da Petrobras –, reduzindo seus projetos e planos de expansão. Na medida em que os investimentos minguam, o desemprego cresce, a renda média encolhe e o consumo cai. A onda perversa deságua no PIB, que, no caso brasileiro, já está em ritmo negativo. É impossível dimensionar, em termos percentuais, o impacto da perda do grau de investimento na performance da economia, mas é certo dizer que o rebaixamento da S&P contribuirá para alimentar a recessão. Para Clemens Nunes, coordenador da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas, o corte da nota brasileira eleva a pressão sobre o dólar, que tende a aumentar, e poderá trazer prejuízos para o mercado acionário.

O principal argumento usado pela S&P para o rebaixamento da nota de crédito foi o projeto de orçamento apresentado há duas semanas pelo governo que prevê um déficit R$ 30,5 bilhões nas contas públicas em 2016. Esse equívoco deve ser atribuído principalmente à presidente Dilma, principal defensora da proposta. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, era contra. Voz solitária no governo, Levy defendia o corte radical de custos para equilibrar as contas, mas a presidente não mostrou disposição para isso. Depois do anúncio do rebaixamento da nota, Levy disse que “é preciso fazer escolhas” e que, sem coragem para decidir, “tudo ficará mais caro.” Ele tem razão.

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

 

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Dilma não faz falta - Qual o resultado positivo para o Brasil se Dilma continuar presidente? Nenhum... só vai piorar. A ausência da Dilma preenche uma grande lacuna



Equilíbrio, volver
A situação de atrito entre os Poderes Executivo e Legislativo não pode durar para sempre.  Uma hora as coisas terão de se acomodar em seu estado natural, que é o de um equilíbrio minimamente razoável nessa relação. O que se tem hoje é uma circunstância anômala em que o presidente da Câmara dos Deputados parece concentrar toda a força e a presidente da República, representar a figura de maior fragilidade política do País. Impraticável a permanência desse cenário pelos próximos quatro anos.

Tal anomalia serve de alimento à impressão de que a interrupção do mandato de Dilma Rousseff é uma possibilidade concreta e iminente. Como se o Brasil já não estivesse afundado em problemas suficientes para se envolver agora num processo de impeachment de maneira ainda artificial.

Primeiro, porque não há o fato objetivo; segundo, não há consenso social; terceiro, não há concordância entre partidos; quarto, não há solução institucional boa à vista; quinto, a presidente foi reeleita para resolver os enguiços que criou. A começar pelo restabelecimento de uma convivência equilibrada com o Poder Legislativo, mandamento pétreo da Constituição.

A imposição de uma derrota atrás da outra à presidente Dilma no Congresso expõe com todas as letras, pontos e vírgulas o despreparo dela tanto para compreender o que seja um Parlamento quanto para conduzir essa relação ou mesmo para escolher as pessoas certas para a ajudarem na tarefa da interlocução com a sociedade e a mediação política. Portanto, a articulação política do governo do jeito como foi montada não anda. Isso não faz do deputado Eduardo Cunha a solução de todos os males.

Entre outros motivos, porque a ascensão dele não é causa, mas consequência de um passivo acumulado durante os primeiros quatro anos de mandato da presidente Dilma na relação do governo e do PT com seus aliados.  O desequilíbrio entre os dois Poderes não é novidade. A submissão do Legislativo às benesses oferecidas pelo Executivo sempre foi a tônica das coalizões formadas ao arrepio de identidades programáticas.

Com o PT isso se aprofundou porque o partido julgou inesgotável e eterno o seu poder de tratar aliados como escravos, mercadorias.  Enquanto a companhia do partido, a liderança de Lula e a bonança de governo rendiam votos, tudo correu bem.  O vento virou, mas a onipotência turvou a visão das nuvens no horizonte e, quando a tempestade desabou, foi de uma vez. O excesso de supremacia de um Poder sobre o outro não faz bem a ninguém, muito menos à República. 

A exorbitância é um mal em si. O PT é prova disso. Quis demais e está vendo o risco de por tudo a perder. O PMDB, Eduardo Cunha e base parlamentar rebelada não poderão manter tensão permanente sem que em algum momento isso renda danos.  É a teoria da madeira que bate em Chico bate em Francisco. Não demora emerge revolta entre os revoltosos.  A oposição faz o seu papel. Fiscaliza, bate e cobra. Mas aos governistas conviria que substituíssem as facas por conversas de gente grande.

Embolada. Além de outras agruras, o PT enfrenta a falta de um bom roteirista. O partido resolveu levantar suspeita sobre a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça em decorrência da Operação Lava Jato.  Deixa mal a presidente Dilma, que atribui (indevidamente) o sucesso das investigações ao rigor do governo dela no combate à corrupção.  Ao mesmo tempo, os petistas pedem CPI para investigar a Petrobrás no governo Fernando Henrique baseados no depoimento do ex-gerente Pedro Barusco, acusado pelo PT de ser um bandido indigno de crédito.

Fonte: Dora Kramer – O Estado de São Paulo

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Copom aumenta pela terceira vez seguida a taxa básica de juros

Para conter o aumento da inflação, Banco Central sobe a taxa Selic em meio ponto percentual, para 12,25% ao ano 

Esta foi a terceira alta seguida da Taxa Selic para conter o aumento da inflação no país

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira, aumentar a taxa básica (Selic) de 11,75% para 12,25% ao ano. Foi a terceira alta seguida dos juros para controlar a inflação. “Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual”, resume a diretoria do BC.
  O índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou o ano passado em 6,41%. O percentual ficou no teto da meta estabelecida pelo próprio governo. A equipe econômica determinou que a meta é de 4,5%, mas há uma margem de tolerância de 2 pontos percentuais. O BC já avisou que só conseguirá chegar no alvo no fim do ano que vem.

MEDIDAS DO GOVERNO
As expectativas dos economistas do mercado financeiro sofreram impacto das medidas anunciadas pelo Ministério da Fazenda na segunda-feira. Isso porque o aumento de impostos para combustíveis pode elevar em 0,3 ponto percentual a inflação deste ano, segundo a consultoria Gradual. Por outro lado, parte desse reajuste da gasolina e do diesel será compensada por uma desaceleração ainda maior da economia que a prevista antes. Isso porque o pacote da nova equipe econômica representa redução de consumo e alta do desemprego.

Uma das medidas que freia a economia é o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações de crédito para pessoa física. A alíquota passou de 1,5% ao ano para 3% ao ano. Isso freia imediatamente o consumo das famílias e, consequentemente, a atividade do país. Dá, assim, um alívio ao trabalho do Banco Central no controle da inflação.

REPERCUSSÃO
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) informou, em nota, que lamenta e condena a decisão do Copom de elevar, mais uma vez, a taxa Selic. “O novo aumento da taxa básica de juros, somado às recentes medidas de ajuste fiscal adotadas pelo governo federal, acelera a marcha rumo a uma recessão econômica no Brasil, com trágicas consequências para os direitos, a renda e o emprego dos trabalhadores", diz a confederação.

Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI) o aumento dos juros básicos vai dificultar "ainda mais" a recuperação da economia. "Os efeitos diretos dessa medida são a elevação dos custos dos financiamentos, a dificuldade de acesso ao crédito e a consequente redução do consumo das famílias e dos investimentos das empresas," avalia a entidade.