Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Pedro Barusco. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Pedro Barusco. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

O país dos ‘descondenados’ - Revista Oeste

Silvio Navarro

A liberdade dos bandidos do petrolão e a prisão de Roberto Jefferson deixam claras as injustiças da Justiça brasileira 

André do Rap, Lula e Dirceu refletem a impunidade da Justiça brasileira -  Foto: Montagem/Agência Brasil

Em outubro do ano passado, o país acordou com uma manchete que assustou até os plantonistas dos “direitos humanos” nas redações e nos famosos escritórios de advocacia. O narcotraficante André Oliveira Macedo, de 43 anos, conhecido pelo apelido de André do Rap na facção Primeiro Comando da Capital (PCC), saiu pela porta da frente da penitenciária de Presidente Venceslau, no interior paulista. A soltura fora determinada pelo então ministro Marco Aurélio Mello, no apagar das luzes de sua aposentadoria do gabinete do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o promotor Lincoln Gakya, que enfrenta o PCC com os punhos erguidos há décadas, ao deixar a prisão, André do Rap fugiu para a Bolívia. Ele é um dos responsáveis pelo fluxo internacional de drogas escoado diariamente pelo Porto de Santos, onde a fiscalização é frouxa. Em 2019, antes de ser preso em uma mansão de luxo em Angra dos Reis (RJ), tinha lancha, helicóptero e dirigia um Porsche. Ao ganhar a liberdade, faltavam mais de 25 anos de cadeia para cumprir. Então por que foi solto?

Porque o Brasil é um país onde o crime compensa. A polícia prende, mas o Judiciário solta. Como não tinha condenação definitiva desde 2019, Marco Aurélio decidiu que ninguém pode permanecer mais de 90 dias em prisão provisória sem revisão, conforme determina o pacote anticrime aprovado pelo Congresso Nacional no ano passado. Horas depois da concessão do habeas corpus, até o presidente do STF, Luiz Fux, reagiu com espanto e revogou a canetada. 
Tarde demais. O criminoso já havia cruzado a fronteira.

O ex-corruptos

Foi assim também em 2021 com os bandidos de colarinho-branco, os famosos assaltantes dos pagadores de impostos. Uma boa parte deles caiu na malha fina da Lava Jato durante os sete anos de duração da operação — que foi perdendo fôlego à medida que os arranjos políticos em Brasília ganharam envergadura. Um dos casos mais emblemáticos foi o do ladrão sincero Pedro Barusco, funcionário do terceiro escalão da Petrobras
Ao ser flagrado roubando o cofre da estatal, devolveu sem titubear US$ 100 milhões que estavam escondidos na Suíça. Em troca, a promessa de não passar mais de uma década atrás das grades.

“A coisa foi acontecendo, um oferece e o outro recebe. O relacionamento vai se estreitando e, quando a gente vê, está no meio desse processo. É uma coisa contínua”

O jornal O Estado de S.Paulo fez um levantamento no início do mês sobre a anulação de penas por tribunais superiores. O número é escandaloso: 277 anos. Como o STF não para, a reportagem de Oeste ultrapassou a marca de 300 anos. 
Ao menos 15 políticos tiveram suas condenações anuladas por tribunais superiores, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O fato é que o único político graúdo ainda encarcerado no Brasil é Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro. Ainda assim, ele está conseguindo, mês a mês, reduzir a pena de 400 anos de prisão — são 21 condenações. O ex-ministro Antonio Palocci também — até a tornozeleira já foi tirada.

Já o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, está preso num inquérito cuja base não tem respaldo na história
O STF inventou um guarda-chuva jurídico para prender quem critica as decisões dos magistrados. 
O mesmo aconteceu como nunca antes neste país com o deputado federal Daniel Silveira, do Rio de Janeiro.

O parlamentar foi preso não por ter roubado o país, como os ex-tesoureiros do PT João Vaccari Neto e Delúbio Soares, mas por ter gravado um vídeo recheado de grosserias. Ambos têm como defensor o advogado Cristiano Zanin Martins.

Zanin estaria condenado ao eterno anonimato se não tivesse casado com a filha do advogado Roberto Teixeira, que virou um dos mais queridos amigos de Lula ao ceder-lhe gratuitamente o apartamento em São Bernardo ocupado anos a fio pela família do futuro presidente. “Ali Lula descobriu como mora gente rica”, observou Augusto Nunes, colunista de Oeste, num artigo publicado no portal R7. “Ali também aprendeu que é possível ser dono de imóveis sem perder tempo com regularização de escrituras. Ali acabou por tornar-se parceiro de Roberto Teixeira em negócios suspeitíssimos.”

Como alguns desses negócios aconselharam o sogro a não assumir ostensivamente a defesa do amigo no esforço para livrá-lo das descobertas da Lava Jato, o genro virou advogado de LulaTambém ganhou a admiração de ministros do STF, como Gilmar Mendes: “Gostaria, neste momento, senhores ministros, e acho que falo em nome do tribunal, de reconhecer o brilhante trabalho da defesa. É um advogado que não se cansou de trazer questões ao tribunal. Muitas vezes, foi até censurado, incompreendido”

A origem dessa bagunça começou no dia 8 de março deste ano, quando o ministro do STF Luiz Edson Fachin anulou com uma só canetada todas as condenações do ex-presidente Lula — triplex do Guarujá, sítio em Atibaia e terreno do instituto na capital paulista. “Verificou-se que os supostos atos ilícitos não envolviam diretamente apenas a Petrobras, mas ainda outros órgãos da administração pública.” Com essa frase, Fachin determinou que todos os processos envolvendo agentes políticos denunciados pela PGR, entre eles o do ex-presidente, deveriam ser transferidos para a Primeira Instância. A impunidade foi recuperada.

Leia também “Os imperadores do Supremo Tribunal Federal”

Silvio Navarro, colunista - Revista Oeste


sexta-feira, 31 de julho de 2015

A terra petista pode tremer ainda mais

O petista Renato Duque já teria mesmo fechado o acordo de delação premiada

A fonte é boa, mas eu não estava lá, não é? De resto, não estamos diante de um andamento dos mais ortodoxos no que concerne aos códigos. De todo modo, a informação que recebi na noite desta quinta-feira é que o petista Renato Duque é, sim, um dos investigados da operação Java Jato que fechou um dos acordos de delação premiada que ainda não foram divulgados pelo Ministério Público.

A ser verdade, a terra petista pode tremer ainda mais. Afinal de contas, era ele o homem do PT entre os operadores de propina dentro da Petrobras, segundo investigações conduzidas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal. Até havia pouco, era um verdadeiro túmulo. Como esquecer? Um subordinado seu, Pedro Barusco, aceitou DEVOLVER US$ 97 milhões.

Consta que sua família passou a pressioná-lo para fazer o acordo. Boa parte dos delatores acusa a sua participação do esquema de corrupção, inclusive Barusco, o ex-subordinado.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo 

 

quinta-feira, 12 de março de 2015

Tesoureiro da campanha de Dilma que empreiteiro diz estar “preocupadíssimo” escreve carta aberta cobrando que o PT reaja à… direita golpista!!!

Ah, Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2014 está inconformado com o que considera passividade de seu partido. Ele até redigiu uma carta aberta expressando esse seu inconformismo. Sim, claro, quer que os responsáveis pela roubalheira sejam punidos. Afinal, vocês sabem, ele é um homem honrado. Só não se conforma com o que considera a paralisia da legenda.

Erros? Ele até admite alguns. Mas não os que vocês possam eventualmente estar pensado. O principal, segundo diz, é este: “Nunca na nossa história assimilamos com tanta facilidade o discurso oportunista de uma direita golpista e nunca estivemos tão paralisados”. Onde estaria a direita golpista brasileira? Certamente não são os empreiteiros, por exemplo. Boa parte está na cadeia, incapaz de dar um golpe, não é mesmo?

Edinho cobra uma reação do binômio PT/governo. Faz sentido. Ao longo de sua história, essa gente nunca distinguiu o aparelho partidário da máquina do estado. Para eles, tudo é uma coisa só. Devem-se somar à equação também as entidades sindicais e os ditos movimentos sociais — aqueles que formam, em suma, a nova elite patrimonialista brasileira. Como um aprendiz de Zé Dirceu, ele conclama: “É hora de pegarmos nossa história nas mãos e irmos para a luta política”. É o mesmo vocabulário.

Que coisa! A carta de Edinho vem a público dois dias depois de Pedro Barusco ter dito na CPI que a roubalheira institucionalizada na Petrobras começou mesmo em 2003, com a chegada do PT ao poder, e que, em 2010, a campanha de Dilma recebeu R$ 300 mil do esquema.


 

quarta-feira, 11 de março de 2015

Propina na campanha da Dilma

Ex-gerente da Petrobras afirma ter repassado dinheiro ao PT para corrida de Dilma à Presidência

Em depoimento de cinco horas na CPI da Petrobras, Pedro Barusco também disse que começou a receber propinas em 1997 e que esquema se "institucionalizou" em 2003

Durante depoimento de cinco horas na CPI da Petrobras, nesta terça-feira (10), o ex-gerente de serviços da estatal Pedro Barusco, um dos delatores do esquema de corrupção na empresa, afirmou que parte do dinheiro desviado de contratos foi destinada à campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff em 2010.  Barusco disse aos parlamentares que foram solicitados à empresa holandesa SBM Offshore recursos para campanha eleitoral e que os valores foram repassados ao PT, via o tesoureiro João Vaccari Neto. "Foi solicitado a SBM um patrocínio de campanha, só que não foi dado por eles diretamente. Eu recebi o dinheiro e repassei num acerto de contas em outro recebimento", disse o delator. Ainda segundo Barusco, o total de recursos solicitados foi de R$ 300 mil.
 
Mais cedo, o ex-gerente da Petrobras afirmou que começou a receber propina ainda na década de 1990, por iniciativa pessoal, e que o esquema se institucionalizou em 2003. "Comecei a receber propina em 1997, 1998. Foi uma iniciativa pessoal, minha, junto com um representante comercial da empresa. (...) De forma mais ampla, em contato com outras pessoas da Petrobras, de forma mais institucionalizada, foi a partir de 2003, 2004. Não sei precisar a data."
 

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

FHC compara Dilma ao criminoso que furta e grita 'pega ladrão'

Tucano ainda criticou Lula e afirmou que petistas criaram sistema de corrupção na Petrobras

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reagiu nesta sexta-feira e disse que a presidente Dilma Rousseff deveria ter “mais cuidado” e não deveria jogar a “responsabilidade” dos casos de corrupção na Petrobras ocorridos nos governos do PT, citando a própria e Lula. Fernando Henrique disse que seu governo não poderia ser responsabilizado por uma ação individual de funcionários da Petrobras, sem citar o nome de Pedro Barusco. O tucano partiu para o ataque e chegou a comparar a tática de Dilma a um punguista que “rouba e sai gritado ´pega o ladrão!'”.
 
Ele disse que, diante das declarações de Dilma sobre a corrupção na Petrobras na década de 1990, foi forçado a se manifestar sobre o caso do “Petrolão”. As declarações de Fernando Henrique foram publicadas na rede social. — Uma vez que a própria presidente entrou na campanha de propaganda defensiva, aceitando a tática infamante da velha anedota do punguista que mete a mão no bolso da vitima, rouba e sai gritando “pega ladrão”!”, sou forçado a reagir — disparou Fernando Henrique, no Facebook, acrescentando: — A Excelentíssima presidente da República deveria ter mais cuidado. Em vez de tentar encobrir suas responsabilidades, jogando-as sobre mim, que nada tenho a ver com o caso, ela deveria fazer um exame de consciência. Poderia começar reconhecendo que foi no mínimo descuidada ao aprovar a compra da refinaria de Pasadena e aguardar com maior serenidade que se apurem as acusações que pesam sobre o seu governo e de seu antecessor.

O ex-presidente disse que Dilma, ao fazer as críticas, se referiu a um caso de corrupção “direto entre o ex-funcionário (Pedro Barusco) e o corruptor”. Somente a partir do governo Lula a corrupção — diz ele — se tornou sistemática. Como alguém sério pode responsabilizar meu governo pela conduta imprópria individual de um funcionário se nenhuma denúncia foi feita na época? É processo sistemático que envolve os governos da presidente Dilma (que ademais foi presidente do Conselho de Administração da empresa e Ministra de Minas e Energia) e do ex- presidente Lula. Foram eles ou seus representantes na Petrobras que nomearam os diretores da empresa ora acusados de, em conluio com empreiteiras e, no caso do PT, com o tesoureiro do partido, de desviar recursos em benefício próprio ou para cofres partidários."

Para o tucano, o caso do “Petrolão” não é uma questão de condutas individuais de servidores e sim um processo sistemático instalado pelo PT.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Rolls-Royce pagou propina a funcionários da Petrobras, diz Financial Times

Petrolão - PT  - Conexão internacional

A empresa fabrica turbinas de gás para plataformas de petróleo

O jornal britânico Financial Times publicou reportagem em que diz que a Rolls-Royce pagou suborno a funcionários da Petrobras para conseguir um contrato de U$ 100 milhões com a estatal brasileira. A empresa, famosa pelos carros de luxo, também fabrica turbinas de gás para plataformas de petróleo.
Na reportagem, publicada com destaque, na capa, o Financial Times cita depoimento do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que teria dito à polícia que recebeu pelo menos U$ 200 mil da Rolls-Royce. O depoimento faz parte da investigação divulgada pela Justiça Federal brasileira.

Na resposta ao jornal, de acordo com a reportagem, a Rolls-Royce disse que “não tolera conduta empresarial indevida de qualquer tipo”, e tomará “as medidas necessárias para garantir o cumprimento das leis”.

A Rolls-Royce se viu envolvida em assuntos similares em outros países. O Serious Fraud Office (SFO), que luta contra a corrupção financeira no Reino Unido, abriu em 2013 uma investigação para esclarecer supostos casos de corrupção na China e na Indonésia.


As acusações se traduziram numa queda de valor das ações da empresa na bolsa de Londres. "O acúmulo de acusações de corrupção" contra a Rolls "é preocupante", explicou Christophe Menard, analista da consultoria Kepler Cheuvreux.

Fonte: Agência Brasil e AFP

 

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Dilma não faz falta - Qual o resultado positivo para o Brasil se Dilma continuar presidente? Nenhum... só vai piorar. A ausência da Dilma preenche uma grande lacuna



Equilíbrio, volver
A situação de atrito entre os Poderes Executivo e Legislativo não pode durar para sempre.  Uma hora as coisas terão de se acomodar em seu estado natural, que é o de um equilíbrio minimamente razoável nessa relação. O que se tem hoje é uma circunstância anômala em que o presidente da Câmara dos Deputados parece concentrar toda a força e a presidente da República, representar a figura de maior fragilidade política do País. Impraticável a permanência desse cenário pelos próximos quatro anos.

Tal anomalia serve de alimento à impressão de que a interrupção do mandato de Dilma Rousseff é uma possibilidade concreta e iminente. Como se o Brasil já não estivesse afundado em problemas suficientes para se envolver agora num processo de impeachment de maneira ainda artificial.

Primeiro, porque não há o fato objetivo; segundo, não há consenso social; terceiro, não há concordância entre partidos; quarto, não há solução institucional boa à vista; quinto, a presidente foi reeleita para resolver os enguiços que criou. A começar pelo restabelecimento de uma convivência equilibrada com o Poder Legislativo, mandamento pétreo da Constituição.

A imposição de uma derrota atrás da outra à presidente Dilma no Congresso expõe com todas as letras, pontos e vírgulas o despreparo dela tanto para compreender o que seja um Parlamento quanto para conduzir essa relação ou mesmo para escolher as pessoas certas para a ajudarem na tarefa da interlocução com a sociedade e a mediação política. Portanto, a articulação política do governo do jeito como foi montada não anda. Isso não faz do deputado Eduardo Cunha a solução de todos os males.

Entre outros motivos, porque a ascensão dele não é causa, mas consequência de um passivo acumulado durante os primeiros quatro anos de mandato da presidente Dilma na relação do governo e do PT com seus aliados.  O desequilíbrio entre os dois Poderes não é novidade. A submissão do Legislativo às benesses oferecidas pelo Executivo sempre foi a tônica das coalizões formadas ao arrepio de identidades programáticas.

Com o PT isso se aprofundou porque o partido julgou inesgotável e eterno o seu poder de tratar aliados como escravos, mercadorias.  Enquanto a companhia do partido, a liderança de Lula e a bonança de governo rendiam votos, tudo correu bem.  O vento virou, mas a onipotência turvou a visão das nuvens no horizonte e, quando a tempestade desabou, foi de uma vez. O excesso de supremacia de um Poder sobre o outro não faz bem a ninguém, muito menos à República. 

A exorbitância é um mal em si. O PT é prova disso. Quis demais e está vendo o risco de por tudo a perder. O PMDB, Eduardo Cunha e base parlamentar rebelada não poderão manter tensão permanente sem que em algum momento isso renda danos.  É a teoria da madeira que bate em Chico bate em Francisco. Não demora emerge revolta entre os revoltosos.  A oposição faz o seu papel. Fiscaliza, bate e cobra. Mas aos governistas conviria que substituíssem as facas por conversas de gente grande.

Embolada. Além de outras agruras, o PT enfrenta a falta de um bom roteirista. O partido resolveu levantar suspeita sobre a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça em decorrência da Operação Lava Jato.  Deixa mal a presidente Dilma, que atribui (indevidamente) o sucesso das investigações ao rigor do governo dela no combate à corrupção.  Ao mesmo tempo, os petistas pedem CPI para investigar a Petrobrás no governo Fernando Henrique baseados no depoimento do ex-gerente Pedro Barusco, acusado pelo PT de ser um bandido indigno de crédito.

Fonte: Dora Kramer – O Estado de São Paulo

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

PT entra na mira da PF. É questão de tempo - e pouco tempo - chegar à Lula e Dilma

PT entra na mira da PF após ex-gerente dizer que partido recebeu US$ 200 mi em propinas

Pedro Barusco, ex-gerente de Serviços da Petrobras, disse que João Vaccari Neto recebeu valores sobre 90 contratos da estatal petrolífera no período de 2003 a 2013, em nome do partido, que nega a denúncia

A nova fase de investigação da Operação Lava Jato deflagrada nesta quinta-feira atingiu em cheio o Partido dos Trabalhadores e levou o maior escândalo de corrupção da história do país para um pouco mais perto do Palácio do Planalto. De acordo com o depoimento dado pelo ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, o PT arrecadou algo entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões ao longo de 10 anos. De acordo com Barusco, os recursos vieram de propinas referentes a cerca de 90 contratos firmados pela Petrobras com diferentes empresas entre 203 e 2013.

O ex-gerente ainda afirmou que o operador do esquema no partido era exatamente o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. No depoimento prestado á Polícia Federal e à Procuradoria da República, Barusco afirmou que apenas Vaccari teria recebido cerca de US$ 50 milhões em recursos desviados da estatal. O executivo também deixou claro que recebia propinas na Petrobras desde 1997, ainda no primeiro governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

As declarações de Barusco colocam, pela primeira vez, o PT no centro da crise da Petrobras. O partido negou as acusações e afirmou que as informações são mentirosas.  As declarações provocaram a deflagração da explosiva My Way, nona fase da Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção envolvendo a Petrobrás. Contra Vaccari Neto, foi expedido um mandado de condução coercitiva e ele teve de prestar depoimento na sede da PF, em São Paulo. O tesoureiro falou à PF e foi liberado no início da tarde.
Ele afirmou à Polícia Federal que todas as contribuições obtidas por ele para o partido “foram absolutamente dentro da lei”. Vaccari desmentiu as declarações de Barusco, por meio de seu advogado. “Essa informação não procede”, rechaçou com veemência o criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, que defende o tesoureiro do partido. O PT também reagiu às denúncias do delator. O partido, em nota oficial, destacou que recebe “apenas doações legais”.

Barusco disse que “estima que foi pago o valor aproximado de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões ao Partido dos Trabalhadores. Um dos delatores da Lava Jato, Barusco foi braço direito de Renato Duque na Diretoria de Serviços da Petrobras. Para não ser preso, o ex-gerente decidiu fazer a delação premiada. Segundo Pedro Barusco, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, conduzido nesta quinta feira, 5, para depor na Polícia Federal em São Paulo, recebeu US$ 4,523 milhões “a título de propina do estaleiro Kepell Fels”.

Segundo integrantes da força-tarefa da Lava Jato, a operação de hoje teve como objetivo coletar provas de desvios ocorridos na diretoria de Serviços da Petrobrás. Onze operadores teriam participado do esquema, entre eles, o tesoureiro. 
A Polícia Federal afirma que a nova etapa é resultado da análise de documentos e contratos já apreendidos por ela, além de informações repassadas por um dos investigados e de denúncias de uma ex-funcionária de uma das empresas alvo da Lava Jato.
Leia a íntegra da nota oficial do PT:
“A assessoria de imprensa do PT reitera que o partido recebe apenas doações legais e que são declaradas à Justiça Eleitoral. As novas declarações de um ex-gerente da Petrobras, divulgadas hoje, seguem a mesma linha de outras feitas em processos de “delação premiada” e que têm como principal característica a tentativa de envolver o partido em acusações, mas não apresentam provas ou sequer indícios de irregularidades e, portanto, não merecem crédito. Os acusadores serão obrigados a responder na Justiça pelas mentiras proferidas contra o PT.” [curioso é que o 'partido dos traidores' ameaça, ameaça e nada faz contra os supostos caluniadores. 

O medo do PT é que os acusadores ao serem acusados formalmente apresentem em suas defesas provas de tudo que afirmam. Assim, a alta direção do 'partido dos trambiqueiros' prefere acusar os que apontam a desonestidade do PT, sem dar chance aos mesmos de provarem o que afirmam.
No caso do MENSALÃO - PT o discurso seguia a mesma linha e mesmo assim muitos da organização criminosa foram condenados - penas leves, mas, penas.
É bom o João Vaccari se cuidar e ter em conta que sendo o operador do esquema corre o risco de ser o Marco Valério do PETROLÃO - PT. Não ter a sorte do seu mentor, Delúbio Soares, que não foi processado como operador e sim como mero administrador do Caixa 2 - PT.]


Fonte: AE/IstoÉ

 

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

O OPERADOR do PETROLÃO – PT - Delator diz que Vaccari recebeu US$ 50 milhões da Petrobras; PT teria ficado com US$ 200 milhões



Polícia Federal trata tesoureiro do PT como operador da Lava Jato
João Vaccari Neto foi levado para a sede da Polícia Federal em São Paulo para prestar depoimento em nova fase da investigação sobre desvios bilionários na Petrobras
O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, está depondo neste momento na sede da Polícia Federal em São Paulo. Ele foi conduzido à superintendência da PF na manhã desta quinta-feira de forma coercitiva a pedido da Procuradoria da República e dos delegados da Polícia Federal que investigam o escândalo de corrupção na Petrobras nesta que é a quinta fase da Operação Lava Jato. De acordo com os procuradores que investigam o caso, Vaccari é o principal de 11 novos operadores identificados nesta nova fase da investigação.

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, já é tratado como um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras
                                        “João Vaccari Neto”, tesoureiro do PT
[para ser tesoureiro do PT o requisito principal é ser ladrão.]

Vaccari foi contatado em sua casa nas primeiras horas da manhã de quinta-feira por agentes da Polícia Federal. O tesoureiro do PT, no entanto, se recusou a abrir o portão de sua casa e os agentes tiveram que pular o muro da residência, localizada no bairro Planalto Paulista, em São Paulo.  A Operação My Way, nona fase da Lava Jato, anunciou nesta quinta-feira, 5, que um grupo de onze operadores agia na Diretoria de Serviços da Petrobras para pagamento de propinas. A Diretoria de Serviços foi comandada por Renato Duque, alvo da investigação, que foi indiciado para o cargo pelo PT.
Segundo a Procuradoria da República e a Polícia Federal, o tesoureiro do PT João Vaccari Neto é suspeito de ser o principal operador da Serviços, área estratégica da estatal petrolífera porque por ela passavam todos os procedimentos de licitações e contratações.  A PF faz buscas na casa de Vaccari, em São Paulo. Contra ele foi expedido mandado de condução coercitiva. Vaccari foi acusado pelo delator Pedro Barusco, ex-gerente da Diretoria de Serviços, de receber propinas. Barusco chamava Renato Duque de 'My Way', por isso o nome da operação deflagrada hoje.

 O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima disse que a My Way está na fase de "semeadura de provas". Ele declarou que a força tarefa quer saber de Vaccari Neto "informações a respeito de doações que ele solicitou, legais ou ilegais, envolvendo pessoas que mantinham contratos com a Petrobras".  "Esse é basicamente o motivo pelo qual está sendo ouvido nesse momento", declarou o procurador. Indagado se o dinheiro ia para o PT, o procurador disse. "Não posso dizer exatamente o destino porque nem sempre doações passam pelo caminho legal."   Uma grande empresa de Santa Catarina também foi alvo de busca. Segundo a polícia, a companhia supostamente pagaria propina em negócios com a BR Distribuidora em troca de informações privilegiadas e contratos direcionados para ela.

Delator diz que Vaccari recebeu US$ 50 milhões da Petrobras; PT teria ficado com US$ 200 milhões -  Montante teria sido recebido sobre 90 contratos entre 2003 a 2013
O ex-gerente de Serviços da Petrobrás, Pedro Barusco, afirmou à força tarefa da Operação Lava Jato, que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, recebeu US$ 50 milhões em propinas sobre 90 contratos da estatal petrolífera no período de 2003 a 2013. Barusco declarou que Vaccari recebeu o dinheiro “em nome do PT”.  Ele disse que “estima que foi pago o valor aproximado de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões ao Partidos dos Trabalhadores”. Um dos delatores da Lava Jato, Barusco foi braço direito de Renato Duque na Diretoria de Serviços da Petrobrás.

Para não ser preso ele decidiu fazer delação premiada
. Seus relatos provocaram a deflagração da explosiva My Way, nona fase da Lava Jato. Segundo Pedro Barusco, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, conduzido nesta quinta feira, 5, para depor na Polícia Federal em São Paulo, recebeu US$ 4,523 milhões “a título de propina do estaleiro Kepell Fels”.