Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador decapitação. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador decapitação. Mostrar todas as postagens

sábado, 5 de março de 2022

A um preço inimaginável, Putin está conseguindo o que quer na guerra - Blog Mundialista

Vilma Gryzinski

A batalha da paz já está perdida; não existe saída negociada com forças que chegam a atacar usina nuclear, colocando Europa inteira em risco

Não é preciso ser especialista em estratégia militar para ver o que as forças armadas russas estão fazendo: criando um cordão que vai do sul ao oeste do território fronteiriço da Ucrânia e, a partir daí preparando o avanço que irá engolindo as principais cidades até chegar a Kiev.

O Plano A era a decapitação, a tática de desfechar um ataque tão superior que a cúpula do governo seria derrubada por dentro, para evitar a destruição total do país e instalar uma liderança mais flexível às exigências do invasor.

Deu formidavelmente errado. Em vez de derrubar o governo, os russos criaram um herói na pessoa de Volodimir Zelenski e uniram o mundo civilizado de uma forma que nenhum de nós testemunhou em nossas vidas.

Os generais russos voltaram então para o Plano B, o que eles sabem fazer melhor e estão mais equipados: o arrasa-quarteirão ou destruição em massa de cidades, até não restar sombra de resistência. [em nossa opinião o grande problema da guerra da Ucrânia é que nas guerras infelizmente morrem pessoas e  estratégias são utilizadas para tornar mais eficientes as ações belicosas. 
A guerra da Ucrânia é realizada em dois campos:
- o do palavrório, das promessas impossíveis de serem cumpridas e quem as expele sabe disso, dos apelos do presidente ucraniano por ajuda que ele sabe dificil de chegar e o mais grave:  uma guerra que ele provocou e coinfiando que outros países guerreariam pela Ucrânia.
- o real: em que  soldados ucranianos e  russos estão em confronto, sujeitos a tombarem feridos ou mortos - os 'guerreiros' das manifestações, em que a guerra é na Ucrânia e as manifestações ocorrem na França,no Reino Unido, no Canadá, em Brasília.]

O ataque ao redor da usina nuclear de Zaporizhzhia mostrou que nenhuma consideração por riscos absurdos segura os invasores. Na dinâmica da guerra, tradicionalmente acontecem desdobramentos não planejados, mas a perspectiva de que a Europa inteira poderia estar sob uma nuvem radiativa nesse momento dá uma dimensão sem precedentes da mentalidade dos atacantes.

A queda da cidade de Kherson ilustrou a eficácia brutal dos russos, que têm o domínio do espaço aéreo e a superioridade em material bélico.

(...)

“Vi uma bela foto de judeus envoltos na bandeira ucraniana rezando no Muro das Lamentações. Agradeço pelas preces. Mas é na hora do perigo que as coisas são postas à prova. Eu não achei que o primeiro-ministro de Israel estivesse envolto na nossa bandeira”.

“As coisas estão ruins agora, mas é importante entender que se os líderes mundiais não agirem rapidamente, vão ficar muito piores”, disse Bennett ontem. “Estou falando em perda incalculável de vidas, na destruição total da Ucrânia. Milhões de refugiados”.

Bennett não disse especificamente o que mais os líderes mundiais poderiam fazer. O presidente Emmanuel Macron, um dos últimos a manter uma linha de contato com Putin, relatou o resultado de sua última conversa com ele. Putin informou que vai manter “a luta sem compromissos contra militantes de grupos nacionalistas armados”.

Todo mundo já tinha percebido que parece não existir alternativa negociada que freie o ataque russo, mas ouvir tão claramente que os ucranianos estão condenados à destruição em massa causa uma terrível sensação de impotência diante de um horror que não conseguimos evitar.

“O fim do mundo chegou”, disse Zelenski, que crescentemente só tem as palavras como instrumento de reação. [Zelenski sempre falou mais e colocou o povo ucraniano para guerrear a guerra que ele arrumou; já passa da hora dele usar as palavras e pedir um cessar fogo incondicional. É o único caminho para interromper a matança. As partes envolvidas em um conflito, após começarem as batalhas,só querem a vitória, cabendo ao lado mais fraco, que está sozinho e se sabe perdedor, se render. A turma dos discursos vazios e proferidos a milhares de quilômetros de distância não vai passar da falação e a das manifestações só exibem sua coragem bem distante. ]

As dele são incrivelmente poderosas e inspiradoras. Mas pouco podem fazer diante da força avassaladora desfechada por Putin com a missão de “ir até o fim”.

Blog Mundialista - Vilma Gryzinski  - VEJA - MATÉRIA COMPLETA

 

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Talibãs ordenam decapitação de manequins em lojas de Herat

Esta nova diretriz se soma a uma série de medidas já anunciadas pelo Talibã para impor no país sua visão rígida do Islã

Os talibãs ordenaram aos vendedores de roupas de Herat, no oeste do Afeganistão, que cortem as cabeças dos manequins em suas lojas, alegando que se opõem à sua interpretação da lei islâmica.

Esta nova diretriz se soma a uma série de medidas já anunciadas pelo Talibã para impor no país sua visão rígida do Islã, uma visão que limita as liberdades públicas, em especial para mulheres e meninas.

"Pedimos aos comerciantes que cortem a cabeça dos manequins, porque é contra a lei (islâmica) da 'sharia'", disse à AFP nesta quarta-feira (5) Aziz Rahman, chefe do serviço de Promoção da Virtude e Prevenção do Vício, em Herat, cidade com cerca de 600 mil habitantes e terceira cidade do país. "Se se limitarem a cobrir suas cabeças, ou esconderem o manequim (totalmente), o anjo de Alá não entrará na loja, ou em sua casa, para abençoá-los", alegou.

Segundo ele, os comerciantes prometeram obedecer. Desde terça-feira, circula nas redes sociais um vídeo, no qual homens cortam cabeças de manequins femininos de plástico com serras. Por enquanto, os talibãs não emitiram nenhuma ordem nacional sobre essas figuras de plástico, que não têm lugar em sua interpretação estrita da lei islâmica, uma vez que esta proíbe representações humanas.

Durante seu primeiro regime à frente do país, nos anos 1990, os talibãs destruíram várias estátuas históricas de budas. A ação chocou o mundo. Desde que voltaram ao poder, eles prometem ser mais moderados para tentar mudar sua imagem internacional e receber ajuda humanitária. Por enquanto, porém, impuseram novas restrições, principalmente contra mulheres e meninas.

Mundo - Correio Braziliense

 

segunda-feira, 5 de agosto de 2019

Cordiais cortadores de cabeça - Fernando Gabeira

Blog do Gabeira

Nossa geração foi educada na crença de que os brasileiros são cordiais. Um profeta popular como Gentileza e sua frase “gentileza gera gentileza” pareciam confirmar essa tese. Se acreditasse nisso, estaria, como algumas senhoras da minha idade, postando fotos do sol nascente com a frase “mais um dia maravilhoso em nossa vida”. Ultimamente, temos decapitado muito. Constatei isso em Pedrinhas, no Maranhão, em Manaus e, agora, dizem os jornais que dos 58 mortos em Altamira 16 foram decapitados.

Não conheço lugar do mundo em que isso aconteça com tanta intensidade. O Estado Islâmico, que usou a decapitação como espetáculo, parece que encerrou a temporada. Lembro-me de alguns casos no Haiti, mas isso num período de intensa luta política.  A novidade no caso é que o presidente do país não condena essas execuções e aconselha a pensar nas vítimas dos decapitados, e não nas suas cabeças cortadas. Isso nos dá uma sensação de barbárie. Mesmo os defensores da pena de morte a aceitam depois de um julgamento legal. No Brasil de hoje, as grandes organizações criminosas acabam ganhando o direito de matar, após um julgamento sumário.

Na mesma semana, Bolsonaro resolveu, sem nenhuma base, desenterrar um morto para desonrá-lo. Todos os que acreditam no respeito humano protestaram.  Ao remover o passado para soprar as cinzas e fazer algum fogo, Bolsonaro questiona um dos fundamentos do nosso processo de democrático. Ele se fez num quadro conciliatório de anistia geral. Os atores radicais da época perceberam que estavam envoltos nas turbulências da Guerra Fria e expressavam internamente aqueles conflitos da época.  De agora em diante, muitas divergências não desapareciam, mas a novidade é que seriam resolvidos pacificamente num processo democrático. Mais ainda: apesar das divergências que eventualmente sobrevivem, havia um imenso campo em que, apesar delas, trabalhar lado a lado para resolver alguns problemas do Brasil.

Por que Bolsonaro revolve as cinzas de uma fogueira extinta e sopra tentando reanimar as chamas? Não estamos mais naquela época, ele mesmo sabe. Bolsonaro tem Trump como ídolo, e parece que seu guru é Steve Bannon, cuja visão é a de promover uma guerra contínua a partir do próprio governo. Na esquerda, já se discutiu isso em outro contexto e outro nível de profundidade, quando Troski defendia a tese de uma revolução permanente.  Muitos afirmam que as táticas de Trump e Bolsonaro têm uma grande eficácia eleitoral. Isso ainda não foi demonstrado, uma vez que não houve nova eleição.

A situação do Brasil é diferente. Vivemos ainda numa grande crise econômica, o presidente não tem um Partido Republicano no Congresso. E, finalmente, o fator subjetivo: nosso temperamento é diferente não só pela cultura como pelo fato de não termos enfrentado tantas guerras como eles. É muito possível que a tática de Bolsonaro o leve à sua verdadeira dimensão política: o líder de uma ala radical da direita longe de ser aprovado pelos 57 milhões de eleitores.  Ele não só rompeu com uma espécie de acordo no qual o presente e o futuro importam mais que o passado. Busca destruir uma política ambiental de quase três décadas. Não é perfeita, tem lacunas imensas como o saneamento básico, mas ainda merecia respeito internacional.

A tese dos que veem eficácia na guerra permanente de Bolsonaro não levam muito em conta o potencial de seus eleitores compreenderem seus erros. [o eleitor brasileiro mesmo quando erra - não é o caso dos que votaram em Bolsonaro - não tem capacidade para reconhecer que errou, basta ver reelegeram Lula e Dilma.] O que se coloca pela frente não é apenas brigar com Bolsonaro. O essencial hoje é pensar em como sobreviver à sua passagem, construindo um horizonte que passa pela reconstrução econômica, mas vista como algo maior. Não é possível crescer sem uma política adequada de educação. Muito menos com uma visão destrutiva do meio ambiente. Esses temas não têm um condão mágico. Mas quem os subestima abertamente tende a um isolamento relativo, entra em confronto com a ciência, nega valores humanos, flerta com a barbárie.

E acaba contando apenas com a ideia de uma guerra permanente. Umberto Eco, no seu livro “O fascismo eterno”, revela com ironia: “Em maio ouvíamos dizer que a guerra tinha acabado. A paz me deu uma sensação curiosa. Tinham me dito que a guerra permanente era a condição normal de um jovem italiano.”

Blog do Gabeira - 05.08.2019 


Artigo publicado no jornal O Globo em 05/08/2019

domingo, 4 de agosto de 2019

Bolsonaro promete e faz - Blog do Noblat/Veja

Por Ricardo Noblat

Governo da morte

Se o presidente da República defende o acesso irrestrito à posse de armas, se para ele bandido bom é bandido morto, e a tortura um método legítimo de se obter informações, por que policiais militares não podem gritar versos pedindo a decapitação de criminosos? Podem, sim, como fizeram na semana passada diante do governador do Pará Helder Barbalho (PMDB), que a tudo ouviu calado. No caso do Rio, estimulados pelo governador, podem até atirar do alto de helicópteros na cabecinha de bandidos armados com fuzis.

Se o presidente da República defende pelo bem do Brasil que empresas de mineração possam explorar riquezas em áreas indígenas [áreas que estão 99,9% ociosas - sendo que os índios são os maiores latifundiários do Brasil.], por que garimpeiros não podem ser os primeiros a chegarem por lá mesmo que à custa da morte dos que oferecerem resistência às invasões? Há 10 dias, tombou um cacique no interior do Amapá. A Polícia Federal foi investigar e não encontrou marcas de que ele tenha sido morto por invasores de terras. [a PF está acima de qualquer suspeita e não encontrou nenhum indício da existência de invasores, que alguns índios dizem ter visto.] Seu corpo foi exumado com base na informação de que ele levou um tiro e teve os olhos furados. Uma barbaridade. 
 
Se o presidente da República acha que o meio ambiente não está a perigo e que essa história de aquecimento global não passa de uma balela, por que ele haveria de se preocupar com o desmatamento galopante da Amazônia medido em tempo real por satélites?  É tudo mentira! A Amazônia vai bem, obrigado, e tanto que o capitão convidou o presidente da França e a primeira-ministra da Alemanha para sobrevoá-la e conferir. Só não se reuniu para discutir o assunto com o chanceler francês em visita ao país porque tinha que cortar o cabelo. [o mesmo não se pode dizer das florestas destruídas por países industrializados e que agora se julgam, apoiados com ONGs que não merecem crédito, com moram para impor regras ao Brasil sobre Meio Ambiente.
Não cuidaram de suas florestas e agora querem obrigar o Brasil a seguir regras que eles desprezaram.

Por fim, e como o presidente disse antes de se eleger e repete desde que tomou posse: se é necessário destruir tudo que foi feito de errado para só depois se começar a construir, não é exatamente o que faz o seu governo há mais de sete meses? Seja franco!  Temos um governo da morte, como se vê, mas coerente, e que cumpre ao pé da letra o que prometeu. Se não for capaz de em apenas quatro anos derrubar e levantar um novo país, é natural que queira mais quatro. E – quem sabe? – depois mais quatro.


Blog do Noblat - Veja 

 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Esse Plano lançado por Temer e Morais não merece muita credibilidade - planos que prometem muito, costumam não dar em nada

Rebelião em Roraima teve decapitação e coração arrancado

Familiares de presos aguardam informações na porta do presídio

A rebelião que culminou com ao menos 33 presos mortos na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Roraima, repetiu as cenas de brutalidade vistas no motim que matou 56 detentos em Manaus no dia 1º de janeiro. Dos 33 detentos, 30 foram decapitados, alguns ainda vivos. Alguns deles tiveram o coração arrancado. Familiares dos presos se concentram na porta do presídio em busca de informações. 
 Os próprios presos filmaram suas ações e divulgaram um vídeo em grupos de WhatsApp. As imagens mostram os criminosos armados com facas arrancando, uma a uma, a cabeça dos detentos enfileirados no pátio do presídio. Eles ainda arrancam o coração e outras partes dos corpos das vítimas. “Está aqui a resposta para vocês, mataram os nossos irmãos em Manaus e agora vão pagar por isso (sic)”, diz um dos bandidos.

Segundo os agentes penitenciários de Roraima, uma briga começou por volta das 3h da madrugada, quando apenas 15 agentes estavam trabalhando. No presídio, há cerca de 1.700 presos, mas a capacidade é de cerca de 700.

Em entrevista ao GLOBO, o secretário disse que a penitenciária de Monte Cristo só tinha presos do PCC ou sem ligação com qualquer grupo criminoso, a partir de separação feita pelo estado em novembro passado, para retirar integrantes do Comando Vermelho e de outras facções do local.  — Não tem porque ser vingança, retaliação ao que houve em Manaus. Há uma rivalidade entre eles mesmos, e agora estão querendo falar em vingança, mas não há porque fazer vingança se não havia membros de outra organização criminosa dentro deste presídio — disse Castro.

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou que conversou com a governadora de Roraima, Suely Campos (PP), e que as informações iniciais são que a chacina não ocorreu por vingança e sim por um acerto de contas entre presos da própria penitenciária Agrícola de Monte Cristo.  — Trata-se de um acerto interno de contas.

Na terça-feira, o governo do Amazonas emitiu alerta para Roraima no intuito de avisar sobre possíveis confrontos entre presos nas unidades do estado. O secretário titular da SSP-AM, Sérgio Fontes, ressaltou que Roraima e Rondônia tiveram recentemente confusões nos seus sistemas prisionais.

Em outubro, 11 detentos foram mortos na penitenciária de Roraima durante um confronto entre o PCC e o CV. Alguns presos foram queimados e outros decapitados.
As autoridades de Roraima ainda tentam entender o que ocorreu exatamente nesta sexta-feira porque, em novembro do ano passado, depois dos 11 homicídios, houve uma separação de membros do PCC e do CV. A penitenciária de Monte Cristo ficou reservada ao integrantes do PCC. E membros do Comando Vermelho foram para outras unidades.


Fonte: O Globo

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Jovem executa a mãe em público por querer convencê-lo a deixar o EI



A mulher temia que o filho morresse nos bombardeios à cidade realizados pela coalizão internacional
Um jihadista sírio de 20 anos executou em público a mãe, que havia tentado convencê-lo a abandonar o grupo Estado Islâmico (EI), informou nesta sexta-feira (8/1) o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
A mãe viajou os 50 quilômetros que separam Tabaqa, onde residia, de Raqa, capital de fato do EI, para implorar ao filho que retornasse para casa, pois temia sua morte nos bombardeios à cidade realizados pela coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.  O jovem, que lutou ao lado dos moderados do Exército Sírio Livre e também da Frente Al-Nosra, braço sírio da Al-Qaeda, antes de unir-se ao EI, informou os superiores, que determinaram a detenção da mulher. Após a detenção, o próprio filho recebeu a ordem de executar a vítima, diante de quase 100 pessoas, com um tiro na cabeça em uma praça de Raqa. 
O EI comete com frequência todo tipo de atrocidades, que vão da destruição de monumentos considerados patrimônio mundial da humanidade até as execuções por decapitação ou a escravidão e agressões sexuais.
Fonte: France Presse

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Mãe de jovem saudita condenado à decapitação pede ajuda de Obama



A mãe de um jovem condenado à decapitação por ter participado de protestos contra a monarquia saudita pediu ao presidente americano Barack Obama que salve seu filho, em uma entrevista veiculada nesta quinta-feira. A sentença contra Ali al-Nimr, que tinha apenas 17 anos quando foi detido em fevereiro de 2012, atraiu atenção no mundo inteiro por sua idade e pela suspeita de que foi torturado para confessar supostos crimes.


Ali Mohammed al-Nimr: condenado à decapitação por protestar contra o governo saudita(VEJA.com/Facebook)

"Quando visitei meu filho pela primeira vez, não o reconheci", explicou sua mãe, Nusra al Ahmed, ao jornal britânico The Guardian. "Vi claramente uma ferida em sua testa. Outra ao redor de seu nariz. Eles o desfiguraram, seu corpo estava muito magro", contou. "Ele urinou sangue por dias e disse que sentia muitas dores". O pai de Ali, Mohammed al-Nimr, admite que seu filho participou das manifestações, mas afirmou que é inocente das acusações de roubo, violência contra a polícia e uso de coquetéis molotov.

A mãe disse que a sentença - que decreta que seu filho seja crucificado após ser decapitado - é "extremamente retrógrada". "Nenhum ser humano normal e lúcido faria isso com um menino de 17 anos. E por quê? Ele não derramou sangue, não roubou nada". Por fim, pediu a ajuda de Obama. "Ele é um dos homens mais influentes do mundo e pode interceder para resgatar meu filho", apelou.

O menino é sobrinho de Nimr al Nimr, um religioso xiita - o regime saudita é sunita - condenado à morte acusado de ser um dos mentores das manifestações que abalaram o país há quatro anos, no período conhecido como Primavera Árabe, quando países do Oriente Médio e Norte da África tiveram protestos pedindo por democracia e mais liberdades civis.

Fonte: VEJA/AFP