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sábado, 5 de março de 2022

A um preço inimaginável, Putin está conseguindo o que quer na guerra - Blog Mundialista

Vilma Gryzinski

A batalha da paz já está perdida; não existe saída negociada com forças que chegam a atacar usina nuclear, colocando Europa inteira em risco

Não é preciso ser especialista em estratégia militar para ver o que as forças armadas russas estão fazendo: criando um cordão que vai do sul ao oeste do território fronteiriço da Ucrânia e, a partir daí preparando o avanço que irá engolindo as principais cidades até chegar a Kiev.

O Plano A era a decapitação, a tática de desfechar um ataque tão superior que a cúpula do governo seria derrubada por dentro, para evitar a destruição total do país e instalar uma liderança mais flexível às exigências do invasor.

Deu formidavelmente errado. Em vez de derrubar o governo, os russos criaram um herói na pessoa de Volodimir Zelenski e uniram o mundo civilizado de uma forma que nenhum de nós testemunhou em nossas vidas.

Os generais russos voltaram então para o Plano B, o que eles sabem fazer melhor e estão mais equipados: o arrasa-quarteirão ou destruição em massa de cidades, até não restar sombra de resistência. [em nossa opinião o grande problema da guerra da Ucrânia é que nas guerras infelizmente morrem pessoas e  estratégias são utilizadas para tornar mais eficientes as ações belicosas. 
A guerra da Ucrânia é realizada em dois campos:
- o do palavrório, das promessas impossíveis de serem cumpridas e quem as expele sabe disso, dos apelos do presidente ucraniano por ajuda que ele sabe dificil de chegar e o mais grave:  uma guerra que ele provocou e coinfiando que outros países guerreariam pela Ucrânia.
- o real: em que  soldados ucranianos e  russos estão em confronto, sujeitos a tombarem feridos ou mortos - os 'guerreiros' das manifestações, em que a guerra é na Ucrânia e as manifestações ocorrem na França,no Reino Unido, no Canadá, em Brasília.]

O ataque ao redor da usina nuclear de Zaporizhzhia mostrou que nenhuma consideração por riscos absurdos segura os invasores. Na dinâmica da guerra, tradicionalmente acontecem desdobramentos não planejados, mas a perspectiva de que a Europa inteira poderia estar sob uma nuvem radiativa nesse momento dá uma dimensão sem precedentes da mentalidade dos atacantes.

A queda da cidade de Kherson ilustrou a eficácia brutal dos russos, que têm o domínio do espaço aéreo e a superioridade em material bélico.

(...)

“Vi uma bela foto de judeus envoltos na bandeira ucraniana rezando no Muro das Lamentações. Agradeço pelas preces. Mas é na hora do perigo que as coisas são postas à prova. Eu não achei que o primeiro-ministro de Israel estivesse envolto na nossa bandeira”.

“As coisas estão ruins agora, mas é importante entender que se os líderes mundiais não agirem rapidamente, vão ficar muito piores”, disse Bennett ontem. “Estou falando em perda incalculável de vidas, na destruição total da Ucrânia. Milhões de refugiados”.

Bennett não disse especificamente o que mais os líderes mundiais poderiam fazer. O presidente Emmanuel Macron, um dos últimos a manter uma linha de contato com Putin, relatou o resultado de sua última conversa com ele. Putin informou que vai manter “a luta sem compromissos contra militantes de grupos nacionalistas armados”.

Todo mundo já tinha percebido que parece não existir alternativa negociada que freie o ataque russo, mas ouvir tão claramente que os ucranianos estão condenados à destruição em massa causa uma terrível sensação de impotência diante de um horror que não conseguimos evitar.

“O fim do mundo chegou”, disse Zelenski, que crescentemente só tem as palavras como instrumento de reação. [Zelenski sempre falou mais e colocou o povo ucraniano para guerrear a guerra que ele arrumou; já passa da hora dele usar as palavras e pedir um cessar fogo incondicional. É o único caminho para interromper a matança. As partes envolvidas em um conflito, após começarem as batalhas,só querem a vitória, cabendo ao lado mais fraco, que está sozinho e se sabe perdedor, se render. A turma dos discursos vazios e proferidos a milhares de quilômetros de distância não vai passar da falação e a das manifestações só exibem sua coragem bem distante. ]

As dele são incrivelmente poderosas e inspiradoras. Mas pouco podem fazer diante da força avassaladora desfechada por Putin com a missão de “ir até o fim”.

Blog Mundialista - Vilma Gryzinski  - VEJA - MATÉRIA COMPLETA

 

sexta-feira, 4 de março de 2022

Tropas russas tomam o controle da maior usina nuclear da Europa, após bombardeio e incêndio - O Globo

Não há indícios de vazamento, segundo agência da ONU; ataque provoca condenação de vários líderes mundiais e evidencia riscos de combates em área nuclear

Forças da Rússia capturam a maior central nuclear da Europa após incêndio gerar pânico de radiação 

Chamas foram controladas e não há indícios de vazamento segundo agência da ONU; ataque despertou condenação de vários líderes mundiais e evidencia riscos de conflito em área nuclear

Imagens de câmeras de vigilância mostram a usina nuclear de Zaporíjia durante o bombardeio das tropas russas Foto: Autoridade Nuclear de Zaporíjia / Via Reuters
Imagens de câmeras de vigilância mostram a usina nuclear de Zaporíjia durante o bombardeio das tropas russas Foto: Autoridade Nuclear de Zaporíjia / Via Reuters
Tropas russas no Sudeste da Ucrânia assumiram nesta sexta-feira o controle da maior usina nuclear da Europa, após um ataque provocar um incêndio e despertar apreensão em todo o mundo, informaram autoridades ucranianas. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), as chamas foram extintas sem a detecção de sinais de vazamento de radiação. 

Durante a madrugada, houve grande temor de que o fogo pudesse se espalhar para  os seis reatores da central e provocar um vazamento nuclear. Monitores internacionais disseram na manhã de sexta-feira, no entanto, que não há nenhum sinal imediato de mudança nos níveis de radiação registrados.

De acordo com a AIEA, o incêndio foi apagado sem se espalhar, nenhum reator nuclear ou equipamento essencial foi danificado e os níveis de radiação são normais. A equipe ucraniana da fábrica continua a operar as instalações e os sistemas de segurança estão funcionando. [vamos deixar os líderes mundiais com seu palavrório inútil - Biden é um deles, o que diminui o valor do apelido - e expressar nossa modéstia opinião de que não há, nem houve risco de acidente nuclear. 
Nos parece que o risco aumentou apenas no tocante a que agora além de ter condições, basta querer, para reduzir em 40% o fornecimento de gás para a Europa, os russos podem desligar a usina nuclear - desligamento que aumentará a níveis altíssimos a carência de energia na Europa.
Situação que em nossa opinião leiga, apresenta risco zero de radiação.]

Líderes mundiais condenaram o ataque “imprudente” à usina de Zaporíjia, que danificou um prédio.  Enquanto isso, o Ministério da Defesa da Rússia acusou as forças ucranianas de iniciar o incêndio e realizar uma “provocação monstruosa”.

Leia mais:   Em nova ofensiva contra a Rússia, EUA anunciam sanções contra oligarcas e o porta-voz do Kremlin

As forças russas avançam em várias frentes na Ucrânia, com uma estratégia de cercar cidades e tentar controlar portos e infraestrutura crucial, enquanto organizam cadeias de suprimentos e lentamente conduzem um cerco a Kiev, em preparação para uma ofensiva. A situação está especialmente grave em Mariupol, a 220 km a leste da usina, onde a população de 460 mil pessoas sofre escassez de comida, água e energia elétrica em função do cerco em andamento.

Bombardeio em Marioupol

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia pediu para outros países adotarem medidas punitivas decisivas contra a Rússia, acusando-a de gerar o perigo de um desastre nuclear sem precedentes. O ministério disse que qualquer dano a uma instalação de armazenamento de combustível nuclear usado pode liberar radiação nuclear. "Como resultado, um desastre nuclear dessa escala pode exceder todos os acidentes anteriores em usinas nucleares", afirmou em comunicado.

A usina atualmente opera com apenas uma pequena fração de sua capacidade máxima. Dois membros da equipe de segurança da instalação ficaram feridos após um projétil atingi-la durante a noite, enquanto ocorria uma batalha entre forças russas e ucranianas em seus arredores. O diretor geral da AIEA, Rafael Grossi, se ofereceu para viajar à central de Chernobyl e negociar com Ucrânia e Rússia garantias para a segurança das instalações nucleares ucranianas.

Grossi mostrou uma foto aérea da instalação de Zaporíjia. O prédio que foi atingido, que abriga laboratórios e unidades de treinamento, fica perto, mas claramente separada da fileira de edifícios dos reatores. — O que entendemos é que este projétil veio das forças russas. Não temos detalhes sobre o tipo de projétil — disse Grossi.

Grossi sugeriu um encontro com autoridades russas e ucranianas na extinta usina de Chernobyl, onde nos primeiros dias da ofensiva a Rússia assumiu o controle das imediações da região onde ocorreu o pior acidente nuclear do mundo, em 1986. A equipe de plantão em Chernobyl não foi trocada desde que foi apreendida na semana passada, apesar dos repetidos apelos de Grossi.


A situação em Zaporíjia é semelhante, pois a Rússia a controla, mas a equipe ucraniana continua a operá-la.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, usou o incidente para pedir um endurecimento maior contra a Rússia.  Ele disse que conversou com vários líderes mundiais nas primeiras horas de sexta-feira, acusando a Rússia de atacar deliberadamente os reatores. — É necessário endurecer imediatamente as sanções contra o Estado terrorista nuclear  — declarou Zelensky em um vídeo. — É necessário impedir que a Europa morra de um desastre nuclear. [ao nosso entendimento,só tem um endurecimento que favorecerá o povo ucraniano e a própria Europa = a remoção imediato do ainda presidente ucraniano. Aquele cidadão já teve tempo amais que suficiente para entender que palavrório, falação e coisas do tipo, não resolverão o problema. Enquanto ele permanecer na presidência o sofrimento do povo ucraniano só vai aumentar.]

Um porta-voz do Ministério da Defesa russo descreveu os eventos em uma versão inteiramente oposta à ucraniana. Ele disse que a usina nuclear está operando normalmente e que a área está sob controle russo desde 28 de fevereiro. — No entanto, ontem à noite, no território adjacente à usina, foi feita uma tentativa do regime nacionalista de Kiev de realizar uma provocação monstruosa — disse o porta-voz Igor Konashenkov. — Por volta das 2 da manhã, durante uma patrulha do território vigiado adjacente à usina nuclear, uma patrulha móvel da Guarda Nacional foi atacada por um grupo de sabotagem ucraniano. Para provocar um contra-ataque no prédio, disparos pesados de armas leves foram lançados contra militares da Guarda Nacional Russa das janelas de vários andares de um complexo de treinamento localizado fora da usina.

Ele disse que a patrulha russa respondeu ao fogo para reprimir o ataque, e o "grupo de sabotagem" abandonou o complexo de treinamento, incendiando-o ao sair.

Condenação de líderes
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou com Zelensky e classificou a ação como uma “irresponsabilidade” da Rússia, mesma definição usada pelo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg.

Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, condenou as “ações imprudentes” de Putin e disse que pedirá uma reunião emergencial do Conselho de Segurança da ONU. Já Justin Trudeau, do Canadá, pediu que os “ataques horríveis” cessassem imediatamente.

Na hora do ataque, quatro dos seis reatores da usina estavam sendo resfriados de acordo com procedimentos operacionais seguros, informou a inspetoria nuclear da Ucrânia. O órgão advertiu que impedir a resfriação das unidades de energia pode levar a “liberações radioativas significativas".

Oleksandr Kharchenko, consultor do ministro da Energia ucraniano, disse que o maior risco seria uma possível interrupção no fornecimento de energia da usina e nos geradores de reserva. — Se estes também fossem cortados, isso afetaria o sistema de resfriamento do reator — afirmou, citado pelo Financial Times. — Se isso for danificado, ninguém pode prever as consequências.

A central nuclear de Zaporíjia fica no Sul da Ucrânia, às margens do rio Dnieper, a 525 km de Chernobyl. Ela tem uma capacidade total de quase 6.000 megawatts, suficiente para abastecer quatro milhões de residências. Em um período normal, a usina produzia 20% da energia elétrica do país e quase metade de sua energia nuclear. A construção do primeiro reator começou em 1979 e o último entrou em operação em 1995. O local tem seis reatores VVER-1000 de concepção soviética. Estes reatores têm duração média de entre 40 e 60 anos, e possivelmente mais, caso passe por ajustes tecnológicos.

Embora o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, tenha alertado para um desastre “10 vezes maior” do que Chernobyl, analistas disseram que isso era improvável. Os reatores nucleares em Zaporíjia  têm um design diferente, com uma concha de contenção, e desde então foram atualizados para novos regulamentos. — Se não houver danos militares significativos em seus múltiplos sistemas de segurança redundantes, os reatores devem permanecer em um estado seguro e estável — disse à Bloomberg Lake Barrett, ex-funcionário da Comissão Reguladora Nuclear dos EUA que esteve envolvido na limpeza da usina nuclear de Three Mile Island, nos EUA, onde houve um acidente em 1979.

Nos dias que antecederam o ataque, a AIEA considerou uma zona de exclusão de 30 quilômetros ao redor de todos os reatores da Ucrânia, reconhecendo a natureza sem precedentes de combates dentro e ao redor das instalações. Nunca houve um ataque militar a uma usina nuclear em operação, disseram analistas.

A informação sobre o fogo na usina foi divulgada primeiramente pelo prefeito da cidade de Energodar, Dmytro Orlov, em um vídeo postado em seu canal no Telegram. Ele citou o que chamou de ameaça à segurança mundial, mas sem dar detalhes. Mais cedo, Orlov já tinha afirmado que uma coluna de soldados russas se direcionava para a usina nuclear, relatando que "tiros altos podiam ser ouvidos na cidade".

Mundo - O Globo 

[Sugestão: para que nossos leitores comprovem o empenho da mídia militante em narrar fatos, com chamada manipulada, de forma a maximizar qualquer resíduo que possa deixar a impressão que as coisas estão ruins para o Brasil,sugerimos ler: Míriam Leitão: PIB brasileiro cresce 4,6% e recupera tombo de 2020, mas guerra de Putin amplia incertezas para o já fraco cenário deste ano.                              A jornalista procura maximizar o aspecto negativo - eventual reflexo,  desfavorável ao Brasil,  da guerra de Putin - e minimizar o crescimento do PIB.]

 


quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

“A mídia brasileira não tem interesse em falar a verdade sobre a China” - Paula Leal

Revista Oeste

O jornalista Rafael Fontana morou quatro anos no país e escreveu um livro para relatar sua experiência nas entranhas do governo comunista

Quando foi professor universitário na China, o jornalista Rafael Fontana recomendou aos alunos a leitura do livro 1984, de George Orwell. Fontana se surpreendeu, no entanto, ao descobrir que eles nunca tinham ouvido falar na obra, nem mesmo conseguiram comprá-la on-line — o título foi banido há décadas pela ditadura chinesa. Por essa indicação desavisada, ele poderia ter sido deportado do país. Esse e outros relatos estão registrados no livro Chinobyl, lançado em setembro deste ano. 

O jornalista chegou à China em 2015 para ministrar aulas de português em uma universidade. Depois, assumiu o cargo de editor na Rádio Internacional da China, mídia estatal criada em 1950 e veiculada em 65 idiomas. “O país começou muito cedo o processo de espalhar a propaganda chinesa pelo mundo”, disse em entrevista a Oeste. Durante quatro anos, Fontana testemunhou de perto os programas para expandir a influência do Partido Comunista Chinês (PCC) na política de outros países, por meio de financiamentos, propaganda e tecnologias de espionagem — de uma população de 1,4 bilhão de pessoas, cerca de 90 milhões são membros do PCC.  

De volta ao Brasil, recebeu um convite para ser diretor de Comunicação da Huawei, empresa privada chinesa de tecnologia, mas “controlada pela ditadura”. Para o jornalista, há motivos para se preocupar com a presença do gigante chinês no mercado brasileiro. “Eles usam a tecnologia que circula dentro das redes de transmissão para copiar, roubar ou desviar informações que passam pelos equipamentos de forma ilegal e sem que ninguém descubra.” De Brasília e por videochamada, o jornalista com mais de 25 anos de carreira conversou com a reportagem de Oeste sobre sua experiência de imersão na cultura oriental, a rotina na mídia estatal, e contou como funcionam os créditos sociais — um sistema de pontuação atribuído à população por bom comportamento. Chinobyl está em sua segunda edição e o título é uma alusão ao desastre russo de Chernobyl a iminência de uma bomba capaz de abalar o regime comunista chinês, assim como a explosão da usina nuclear, acelerou a desintegração da União Soviética. 

Confira os principais trechos da entrevista.

Quando chegou à China, qual foi o maior choque cultural que você observou?
Todo dia é uma coisa nova. Morar na China não é mudar para um novo país, é mudar para um novo mundo. A forma como eles enxergam o mundo é diferente. A questão da higiene foi um choque. O hábito de cuspir no chão o tempo todo incomoda. É um festival de cusparada. Parece bobo, mas depois de um tempo começa a dar desespero. Existem placas em piscinas sinalizando ‘não cuspa na piscina’. Poxa, precisa de placa? Aí você observa as pessoas na piscina colocando a cabeça para fora para cuspir na borda. Dentro de ônibus, em restaurante, em campo de futebol. O tempo todo tem cuspe no chão.

Você se mudou para a China em 2015 e atuou como professor em uma universidade. Como surgiu seu interesse pelo Partido Comunista Chinês?
Foi um conjunto de fatores. Quando mudei para lá, um amigo que participava de um grupo sem fins partidários que reunia informações sobre a China me pediu para observar as ações do Partido Comunista e como eles se organizavam para expandir a influência do Partido para fora das fronteiras chinesas. Na época, até brinquei: ‘Você está vendo muito filme de ficção científica, isso é teoria da conspiração’. Então já cheguei no país com uma missão. Como professor universitário, comecei a prestar atenção no comportamento dos alunos, professores e na direção. Rapidamente descobri que a vida na China era diferente do que as pessoas pensavam.

Por exemplo?
Quando fui professor na Universidade de Hebei, em Xiao An She, recomendei aos alunos a leitura do livro 1984, de George Orwell. Eles começaram a procurar na internet a versão on-line ou impressa da obra para comprar, mas não encontraram. Nem sequer acharam citações a Orwell na web.
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Praticamente todos os chineses são vigiados pelos aparelhos celulares

Como foi sua experiência como jornalista na rádio estatal chinesa? Quais diferenças você destaca na rotina profissional em comparação com o Brasil?
No Brasil, estamos acostumados a trabalhar 12 horas, é uma correria. Lá, o expediente era muito tranquilo. Trabalhávamos cinco, seis horas por dia, e tudo era totalmente controlado pela ditadura chinesa. Eu era editor, mas tinha pouca margem para editar. Podia mexer no estilo, mas não tinha como alterar o conteúdo, até porque não tinha acesso aos repórteres chineses. A matéria já chegava traduzida em português, só tinha de lapidar e tornar o conteúdo mais palatável ao público estrangeiro, até porque os chineses não são muito criativos. O conteúdo que eles produzem na China é muito ruim. No departamento de português, onde eu trabalhava, havia uma média de 20 pessoas. No Brasil, esse mesmo trabalho poderia ser feito por oito, dez pessoas no máximo, e com maior qualidade. Os chineses gastam muito e não são eficientes na gestão do dinheiro. É uma estrutura socialista, inchada, eles precisam gerar emprego em todos os setores, inclusive na comunicação, para manter as pessoas ocupadas. Imagine que na rádio havia um departamento de esperanto, com cerca de 20 pessoas trabalhando lá. Ninguém mais fala esperanto no mundo. O departamento ficava em frente ao nosso, e a gente via que a maioria das pessoas que trabalhavam lá era de mulheres de membros do Partido Comunista. Conheci duas jornalistas do departamento de esperanto que tinham começado a estudar a língua naquele ano. Ou seja, mal tinham noção do idioma.

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Como você ficou sabendo da existência dos créditos sociais do Partido Comunista da China e como funciona isso na prática?
Os chineses não podem comentar com estrangeiros a respeito, mas eles têm consciência, só não sabem o tamanho do perigo. O crédito social foi idealizado por volta de 2009. O presidente Xi Jinping decidiu implementar o sistema a partir do ano 2016, que começou com um projeto piloto para voluntários. Milhões de pessoas do Partido Comunista entraram, até mesmo para fazer uma média com seus superiores. Desde 2020, coincidiu com a pandemia, o sistema passou a ser compulsório. Todos os chineses têm uma pontuação e praticamente todos são vigiados por aparelhos celulares, câmeras, pelos vizinhos. A pessoa começa com uma pontuação alta e, quando ela tem problemas, perde pontos. Por exemplo, imagine que você perdeu pontos por beber demais ou bater o carro. A partir desse momento, você começa a ser evitado dentro de um círculo social de pessoas que têm pontos mais altos. As pessoas começam a te evitar porque uma das formas de ganhar ou perder pontos é o seu círculo de amizade. Para recuperar a pontuação, você pode dar um presente, uma festa. Só que você está sem dinheiro. Então faz um empréstimo no banco e não paga. Em vez de ganhar, perde ainda mais pontos, e isso vira uma bola de neve. A pessoa com baixa pontuação pode receber punições como não embarcar em trens de alta velocidade, não poder escolher os melhores vagões, fazer viagens, pedir empréstimos no banco. Ou seja, a vida vai ficando mais difícil. É algo irreal e que vai levar ao colapso. Quando falei a respeito disso para um grupo de brasileiros em uma palestra, eles mencionaram o episódio da série Black Mirror [trata-se do primeiro episódio da terceira temporada, chamado Queda Livre]. Nem conhecia, pois estava morando na China e não tinha visto a série. Mas nesse caso não é ficção, está acontecendo de verdade.

Você foi diretor de comunicação da Huawei no Brasil, empresa chinesa fabricante de celulares, além de fornecedora de tecnologia e de equipamentos de infraestrutura para outras companhias. Recentemente, houve o leilão do 5G no Brasil. Há motivos para o país se preocupar com o gigante chinês?
Sem dúvida. Como o leilão do 5G no Brasil foi destinado a operadoras de telefonia, a Huawei não participou. Mas a empresa pode vender equipamentos e participar da construção da infraestrutura do 5G no país. Existem praticamente três empresas que dominam o mercado de 5G no mundo: a Ericsson, a Nokia e a Huawei. A Huawei é processada em vários países por casos de espionagem, lobbies fraudulentos e informações privilegiadas. Eles usam a tecnologia que circula dentro das redes de transmissão para copiar, roubar ou desviar informações que passam pelos equipamentos de forma ilegal e sem que ninguém descubra. E não é só espionagem militar, estatal, mas também industrial. A Huawei é uma empresa privada, mas controlada pela ditadura. Os principais cargos, desde o CEO aos diretores, são ocupados por membros do Partido Comunista Chinês. O Tiktok [aplicativo chinês popular entre jovens usado para gravar vídeos curtos], uma vez instalado, circula pelo aparelho. É um perigo e está no termo de adesão, que as informações, se requisitadas, podem ser transmitidas ao regime chinês. As pessoas que usam plataformas chinesas estão sendo espionadas.
 
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Leia também “Cíntia Chagas: ‘Estamos vivendo uma ditadura da linguagem’”

Revista Oeste - Paula Leal


domingo, 20 de outubro de 2019

VAZAMENTO DE ÓLEO - Omissão frente à tragédia - O Globo

Bernardo Mello Franco

Tragédia e omissão no litoral do Nordeste 

[desculpem sermos recorrentes, mas: este POST e outros do tipo, nos leva a pensar e imaginar: qual seria o tamanho do CAOS CAÓTICO,  se o  Brasil fosse atingido por um tufão, o que ocorreu no Japão há poucos dias, e além da destruição causado pelo tufão, ocorreram vários efeitos colaterais, entre eles arrastado pelas águas revoltas grande quantidade de dejetos radioativos da  usina nuclear de Fukushima - destruída  por um tsunami - (em plena radiação, altamente mortífera e com efeitos que se manifestam por anos e anos) com elevado risco de morte de milhares de pessoas e consequências que perdurarão por longo tempo.

Que são manchas de óleo diante da catástrofe japonesa?

Lá o objetivo maior é reduzir o efeitos do escape dos resíduos nuclear, ninguém pensa em indenização, antecipar período de defeso, governo multar governo e outras providências desnecessárias e inócuas - por carecerem de base técnica.]





É o maior desastre ambiental registrado na costa brasileira. As manchas de óleo que começaram a aparecer em setembro já se espalham por nove estados e 2.200 quilômetros de litoral. Devastam a vida marinha, ameaçam o sustento de pescadores e atingem paraísos ecológicos como a Praia dos Carneiros, em Pernambuco, e a Praia do Forte, na Bahia.

Depois de quase dois meses, o poder público ainda parece imóvel diante da tragédia. “O governo não sabe absolutamente nada. Não conhece a origem do óleo, não tem ideia de como recolhê-lo e não apresenta medidas para mitigar os danos”, afirma o presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, Fabiano Contarato (Rede-ES).
Na quinta-feira, ele comandou uma audiência pública com representantes da Marinha e dos ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia. Ficou frustrado com a falta de informações e de planos de ação. “Saímos com mais perguntas do que respostas”, resume.

Para o senador, o presidente tem se omitido diante do caso. “Ele já deveria ter decretado estado de emergência ambiental há muito tempo. Até hoje, ele nem sequer se dignou a visitar ou sobrevoar a região”, critica. Na sexta-feira, Jair Bolsonaro insinuou que o vazamento teria sido uma “ação criminosa” para prejudicar o próximo leilão do pré-sal. “Com base em que ele afirmou isso? É uma precipitação irresponsável. Parece que o presidente tem mania de perseguição”, reage Contarato. [a lógica isenta  leva qualquer pessoa sensata, imparcial, a considerar uma ação criminosa, extremamente vantajosa para os inimigos do Brasil que, por extensão, são inimigos do presidente Bolsonaro.

Além de jogar nas largas costas do presidente mais uma acusação infundada, ajuda a sustentar o discurso dos que querem a internacionalização da Amazônia e, de carona, do litoral brasileiro - o que nos leva a sentir saudades dos BONS TEMPOS das 200 MILHAS.

Salvo engano, o partido do senador, a Rede, tem como candidato permanente aquela 'ambientalista', evangélica a favor do aborto e que é candidata nata do partido ao cargo de presidente da República - escalada para perder.
assim, nada de surpreender o senador acusar o presidente da República.]
Ele diz que o fato de o óleo ter características semelhantes ao extraído na Venezuela não resolve o enigma. “Isso não quer dizer nada, porque os venezuelanos exportam para vários países”, afirma.  O Ministério Público Federal acusa a União de se omitir diante da gravidade do problema. Na sexta-feira, uma juíza de Sergipe determinou que o Ibama aumente o número de funcionários envolvidos na limpeza das praias. Em abril, Bolsonaro extinguiu dois comitês ligados ao plano de ação contra vazamentos de óleo. [a extinção dos dois comitês reduziu em muito o gasto com energia elétrica  = houve um pequeno decréscimo nos gastos com ar condicionado para manter as salas refrigeradas, caso algum membro do comitê decidisse aparecer.] Em outra frente, o governo tem reduzido investimentos em preservação e fiscalização ambiental.
“O Brasil não aprende com as tragédias. O desastre de Mariana vai fazer quatro anos. Não mudamos as leis e não reforçamos a fiscalização. Pelo contrário: o país só enfraquece os órgãos de controle”, diz Contarato. O senador vê um clima de indiferença sobre o assunto. “O país não se mobiliza contra o desmonte dos órgãos ambientais. O mundo está preocupado, mas nós não estamos”, observa.

O desinteresse também contamina o Senado. Na quarta-feira, o presidente da Comissão de Meio Ambiente precisou cancelar a sessão porque nenhum dos 34 colegas marcou presença. [quando deixam o presidente Bolsonaro extinguir uma comissão, um comitê, ainda reclamam - pena que ele não possa extinguir a Comissão de Meio Ambiente do Senado.]  No dia seguinte, a audiência sobre o vazamento de óleo teve poucas testemunhas. Dos 27 senadores do Nordeste, só quatro deram as caras.
“O Legislativo também está sendo omisso e conivente”, diz Comparato, que se licenciou do cargo de delegado de polícia para assumir o primeiro mandato eletivo. “Quando ocorre uma tragédia, os políticos querem aparecer. Na hora de discutir o que fazer, a maioria some”, protesta.


Bernardo Mello Franco, colunista - O Globo


sábado, 17 de fevereiro de 2018

O Governo Federal intervém na segurança do estado e transfere para as Forças Armadas o controle das polícias Civil e Militar - Necessidade ou populismo?

Governo Federal intervém na segurança do Rio de Janeiro e altera agenda política – um esforço para conter a maior crise de segurança da história do Estado. Além da promessa de melhorar a vida dos cidadãos que se tornaram reféns da violência, a medida altera a agenda política do País 

EM AÇÃO Homens das Forças Armadas na favela da Rocinha: eles agora estão no comando do combate ao crime (Crédito: Carl de Souza)

A calamidade na segurança pública do Rio de Janeiro e a vertiginosa escala dos indicadores de violência nas últimas semanas culminaram em uma inédita intervenção federal no Estado. O decreto assinado pelo presidente Michel Temer às 13h31 da sexta-feira 16, com transmissão em rede nacional, precedeu o pronunciamento no qual o chefe do Executivo expôs a urgência de intervir na segurança do estado: “Eu tomo essa medida extrema porque as circunstâncias assim exigem”, disse Temer, comparando o avanço da criminalidade a uma metástase que ameaça o Brasil inteiro. “É intolerável que estejamos enterrando pais e mães de família, trabalhadores inocentes e policiais, além de ver bairros inteiros sitiados, escolas sob a mira de fuzis e avenidas transformadas em trincheiras. Basta. Não vamos aceitar que matem nosso presente nem que continuem a assassinar nosso futuro”. O tom adotado pelo presidente foi de quem chama a responsabilidade para si. É uma decisão arriscada. Se a estratégia der resultado, Temer se apresenta à nação como o estadista que derrotou a bandidagem e restaurou a ordem. 
DESORDEM Foliões reagem a uma tentativa de assalto na Lapa, região central do Rio (Crédito:Marcelo Regua)

Caso falhe, as ambições políticas do presidente ficarão seriamente comprometidas. [Temer nada tem a perder, seja na recuperação econômica ou na segurança pública (na economia - apesar do traidor Janot, que foi ajudado em sua sabotagem sistemática ao governo Temer, por parte do Judiciário e de alguns políticos - ele está tendo algum êxito que, mantidos e um pouco aumentados, favorecerão sua imagem);

na Segurança Pública, apesar do pouco tempo que lhe resta de mandato, se agir com energia (o que inclui mandar o Jungmann para casa) firmeza e a tal turma dos 'direitos humanos' e a Constituição vigente não atrapalhar, poderá também ter bom êxito, não total, mas, apreciável.

Se tudo correr errado, mesmo fracassando totalmente, Temer nada tem a perder - é esta a vantagem da sua falta de popularidade, atualmente beirando os 6%.

 O crime organizado no Brasil é perigoso, especialmente por ter dois fortes aliados:
- a turma dos direitos humanos (sempre a favor dos bandidos, sempre procurando favorecer os bandidos, mesmo quando aqueles tripudiam sobre os DIREITOS HUMANOS dos HUMANOS DIREITOS) e a legislação, especialmente a Constituição Federal e o seu famoso artigo 5º.
Os dois fatores citados atrapalham o combate ao crime organizado mais que o arsenal dos criminosos.]

O decreto assinado por Temer transfere o comando das polícias Civil e Militar fluminenses para o general Walter Souza Braga Netto, um dos responsáveis pela coordenação da segurança durante os jogos Rio 2016 e que já atuou no serviço de inteligência do Exército. Como interventor, Braga Netto responde diretamente ao presidente da República. A decisão afasta o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Roberto Sá, dá às Forças Armadas carta branca para tomar medidas de combate ao crime e esvazia o poder do já desgastado governador Luiz Fernando Pezão. “Começamos uma batalha cujo caminho só pode ser o sucesso”, afirmou Temer. Antes do decreto de intervenção, o Rio de Janeiro já estava sob a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o que significa que qualquer operação de segurança precisava de autorização da Presidência da República. Pezão achou que este trâmite provocava um vácuo entre as ações. Como a situação saiu do controle nas últimas semanas, o governador disse a interlocutores de Temer que combater o tráfico de armas e de drogas é responsabilidade federal. Citou o caso extremo em Angra dos Reis, onde bandidos tentaram invadir a Usina Nuclear e o prefeito Fernando Jordão cogitou pedir o desligamento dos reatores, caso não houvesse um esquema de segurança para a cidade.

Na capital, o caos na segurança foi agravado pela brutal onda de violência registrada durante o carnaval. Houve arrastões, roubos, tiroteios. O primeiro dos dois arrastões em Ipanema aconteceu na madrugada do domingo 11, quando um grupo de jovens com idades entre 13 e 20 anos realizaram roubos em série na Avenida Vieira Souto, em um período de cerca de três horas. Na terça-feira 13, cerca de 150 pessoas foram presas acusadas de fazer arrastões na região central da cidade. Imagens de assaltos e saques chocaram o País. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), ficou distante das festas — e dos problemas. Ele viajou com a família para a Europa. Postou nas redes sociais um vídeo explicando que embarcaria para conhecer uma agência espacial e empresas de tecnologia de segurança. “Vamos à Alemanha, vamos à Áustria, vamos à Suécia, mas quinta-feira a gente já está de volta. Só aproveitando essa folguinha de carnaval para ir buscar uma coisa que o Rio estava precisando”, disse. 

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A reunião durou cerca de sete horas. Já no final da noite, Temer chamou os presidentes do Senado, Eunício Oliveira, e da Câmara, Rodrigo Maia, já que o decreto de intervenção federal precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional. Foi quando a tensão tomou conta do encontro. Filho do ex-prefeito do Rio, César Maia, e de olho na disputa ao governo do estado, Rodrigo Maia não concordou com a intervenção. Também não gostou de não ter sido consultado antes da definição do decreto. Quando chegou ao Alvorada, tudo já havia sido decidido e planejado pela equipe de Temer. Em determinado momento, houve bate-boca entre o deputado e o ministro da Justiça. Os aliados de Temer disseram que Maia poderia ser responsabilizado publicamente pela crise na segurança pública caso não concordasse com o decreto. O presidente da Câmara, então, quis ouvir a opinião de Pezão. “Não há outra alternativa”, respondeu o governador. Maia acabou cedendo e concordou com a intervenção. “É uma decisão muito dura e extrema. Parece que nessas condições a forma de restabelecer a ordem no Rio é agora. Está se dando um salto triplo sem rede: não dá para errar”, disse Maia na sexta-feira.

  GOTA D’ÁGUA Trecho da ciclovia destruído com os temporais: cadê o prefeito? (Crédito:Marcos de Paula)

 Reforma da previdência

Quem mais está se arriscando é o próprio Temer. Se for bem-sucedido, ele pode amenizar a sua baixa popularidade — hoje na casa de 6%. Ao atacar de frente o problema da violência num dos mais importantes estados do País, ele não só entra na seara da segurança pública como hasteia a mesma bandeira do pré-candidato ao Palácio do Planalto Jair Bolsonaro (PSC). Com Lula fora do páreo, o ex-capitão passou a liderar as pesquisas de intenção de votos, com 18%. Outro fator positivo gerado com a intervenção no Rio é o adiamento da Reforma da Previdência. Segundo o inciso 1º artigo 60: “A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio”. A lógica é que, em momentos como esses, a ordem institucional está sob uma grave instabilidade, que torna inoportunas as alterações constitucionais. 
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Ainda que não tenha viés populista, a intervenção não é unanimidade entre especialistas

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Perfil combativo
O interventor militar que a partir de agora comandará as forças de segurança do Rio de Janeiro, general Walter Souza Braga Netto, 60 anos, é o atual comandante militar do Leste, que coordena as atividades do Exército nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mineiro de Belo Horizonte, ele tem sob suas ordens mais de 50 mil militares e esteve à frente da segurança da Olimpíada de 2016. O general integrou também a operação que envolveu as Forças Armadas na crise de segurança no Espírito Santo, no ano passado. Braga Netto fez parte do serviço de inteligência do Exército, tem um perfil combativo e vem se mostrando um colaborador ativo da polícia do Rio de Janeiro.

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