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domingo, 30 de janeiro de 2022

O triunfo da burrice - O Estado de S.Paulo

J. R. Guzzo

Ministros Barroso e Lewandowski viraram árbitros definitivos do que é ou não é ciência

Num mundo e numa época cheios de dúvidas, uma coisa se pode dizer com certeza: os ministros Barroso e Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, que tomam essas estupendas decisões que vêm tomando sobre as obrigações do cidadão brasileiro diante da covid, sabem sobre medicina menos que um plantonista de pronto-socorro em começo de carreira. 
Também não sabem nada de biologia, nem de infecções do organismo humano, nem de qualquer disciplina da ciência que possa ser útil no trato dessa ou de qualquer outra doença. Não sabem nada, em suma – por que raios, então, estão dizendo o que as pessoas têm de fazer em questões absolutamente essenciais para as suas vidas? 
 
O primeiro deles baixou um decreto sem precedentes na história da Justiça brasileira, talvez mundial: proibiu os cidadãos brasileiros de entrarem no seu próprio país se não mostrassem para o guarda um “passaporte vacinal” atestando que tomaram duas ou mais doses de vacina contra a covid. 
Não aconteceu nada de realmente grave, como em geral é o caso com as decisões absurdas mas o extraordinário é que ele tenha pensado que podia fazer, e feito, uma coisa dessas. 
O segundo decidiu que o “Ministério Público” está autorizado a retirar da guarda dos pais as crianças que não forem vacinadas – sabe-se lá quantos milhões, num país que não consegue cuidar com um mínimo de decência sequer dos menores abandonados que já estão aí na rua, amontoados uns em cima dos outros.

Leia Também: A ciência está se transformando em política
Barroso, em matéria de ciência médica, tem em sua biografia a devoção pelo curandeiro João de Deus, condenado por estupro e charlatanismo em Goiás. Lewandowski não vale muito mais que isso. Mas, do jeito que ficou o Brasil, os dois, junto com uma multidão de semianalfabetos que têm cargos como governador, prefeito ou fiscal de covid, viraram árbitros definitivos do que é ou não é ciência neste país.  
Fazem pose de quem sabe o que está falando; o mundo oficial, a mídia e a elite fingem acreditar que eles sabem mesmo. O resultado é que acabam se metendo a tirar dos pais a guarda dos seus filhos – e todo mundo acha que isso é a coisa mais normal do mundo.  
 
O que Lewandowski, seus colegas do STF e quem fica balançando a cabeça diante desses acessos de demência pensam da vida?  
Querem entregar as crianças aos resorts infantis de luxo que o MP mantém em Trancoso? 
Não é apenas hipócrita; é estúpido. Estamos assim: um ministro-cientista ou uma “autoridade local” ficam agitados porque o coletivo que contabiliza os mortos da covid veio com algum número horrível?  
A única coisa em que pensam é: reprimir. É o triunfo da burrice.
 
J.R.Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

"Fura-filas fazem parte da turma que se aproveitam até de tragédias"

Alexandre Garcia

"Mas como evitar os fura-filas em 5.570 municípios? Não podemos ficar à espera do Estado, porque a primeira responsabilidade é nossa"

Recém-iniciada a vacinação e já são muitas as denúncias de fura-filas, gente sem caráter, sem cidadania, sem princípios, egoísta, sem ter aprendido a conviver. 
Assim foi no alistamento de 68 milhões de brasileiros para o auxílio emergencial. 
Com base no Tribunal de Contas da União (TCU), dos R$ 273 bilhões pagos, é possível que R$ 45 bilhões tenham sido destinados a quem não precisava, tinha emprego, renda, patrimônio e até cargo público. [o caso dos ladrões do auxilio emergencial é uma vergonha e tinha que ser punido com rigor = não punem os fraudadores porque não querem, as autoridades são coniventes com os bandidos - cada safado fraudador cometeu, no mínimo, um crime - falsidade ideológica - de fácil comprovação - assim, sua investigação seria simples, com provas incontestáveis e abundantes. NÃO INVESTIGAM, NÃO PRENDEM, NÃO CONDENAM POR CUMPLICIDADE = que também deveria ser punida.
É crime de ação pública.]

Eles fazem parte dessa turma de oportunistas que se aproveita até de tragédias. A Polícia Federal está ocupadíssima com investigações de desvios de dinheiro em hospitais de campanha, respiradores, material de proteção, facilitados a estados e municípios pela emergência que dispensa licitação. Comprou-se até respirador em adega, que vende aerador para vinho. Contratos superfaturados somam bilhões. Usam a morte para ganhar dinheiro.

Há apenas dois ou três anos, havíamos saído da corrupção institucionalizada –– um período em que estatais como Petrobras e Caixa Econômica Federal eram usadas pelos partidos no governo para levar dinheiro para bolsos particulares e cofres de partidos, estes com o intuito de financiar campanhas para permanecer no poder e continuar usufruindo do que é do povo pagador de impostos. Houve condenações –– do maior empreiteiro, de presidente da Câmara, de presidente da República ––, mas, mesmo assim, elas não foram suficientes para um ajuste de conduta dos contumazes dilapidadores.[qual,  dos condenados graúdos está preso? 
O STF está se empenhando para que o maior dos bandidos, o demiurgo petista, não volte a ser preso - seja pela anulação das sentenças condenatórias ou pro transcurso do prazo.Além do mais, o famigerado petista, quando esteve 'preso' levou vida de resort, com direito a uma segurança, que nenhum resort oferece.]
 
No escândalo anterior, o do Mensalão, embora com condenações de mais de 30 anos de prisão, ninguém está atrás das grades. Se olharmos para trás, essa fila de sem caráter vai longe, passando pelos Anões do Orçamento. ]
Leis protegem os criminosos e não as vítimas. 
E parte de nossa cultura elogia como esperto o desonesto que fura fila, usurpando o direito de outros. 
Mas como evitar os fura-filas em 5.570 municípios? [especialmente cada prefeito com poder para estabelecer suas próprias normas, cada governador podendo estabeleces as suas  e vira tudo uma "ZONA". Nos parece que em Manaus vão punir os fura-filas, fazendo com que só recebem a segunda dose da vacina quando chegar a vez deles - sem valer a prioridade forjada.
É uma punição errada, perigosa para a sociedade. O ideal seria que o furador de fila, ou furadora, o  marginal,  fosse preso e esperasse preso a segunda dose no dia  resultante da fraude - só que a lei não permite. 
Mas, punir impedindo que ele tome a segunda dose no dia já aprazado, provavelmente a imunização pretendida não será alcançada e o criminoso passa a ser candidato a contrair a covid-19 e contaminar outros. 
O bem coletivo  vai ser prejudicado, já que uma dose foi para o espaço.Não podemos ficar à espera do Estado, porque a primeira responsabilidade é nossa. É, antes de tudo, uma questão doméstica, responsabilidade dos pais na formação da cidadania, do caráter. Respeitar as leis e os direitos dos outros se ensina em casa, inclusive com o exemplo.
 
 Alexandre Garcia, jornalista - Coluna no Correio Braziliense

 

sábado, 7 de março de 2020

Bolsonaro conclama população a participar de manifestações de 15 de março - VEJA

Por Roberta Paduan

Segundo presidente, 'político que tem medo de movimento de rua, não serve para ser político'  

O presidente Jair Bolsonaro conclamou a população a participar das manifestações de 15 de março, durante discurso feito neste sábado, 7, em Boa Vista, capital de Roraima. “Dia 15, agora, tem um movimento de rua espontâneo. E o político que tem medo de movimento de rua, não serve para ser político. Então, participem, não é um movimento contra o Congresso, contra o Judiciário. É um movimento pró-Brasil. É um movimento que quer mostrar para todos nós que quem dá norte para o Brasil é a população”, afirmou o presidente.

Bolsonaro discursou para apoiadores, durante a escala de cerca de uma hora e meia que fez em Boa Vista. Ele segue para Miami, nos Estados Unidos, onde participará de encontros com empresários e autoridades americanas. A Casa Branca confirmou nessa sexta-feira, 6, que Donald Trump receberá o presidente brasileiro em seu resort na Flórida.

Em seu discurso, o presidente reclamou de supostas traições e de pessoas que só pensam nelas’. “Pessoal, não é fácil. Já levei facada no pescoço dentro do meu gabinete, por pessoas que só pensam nelas apenas, não pensa no Brasil. Essa é uma realidade”. disse.

VEJA - Política


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Miliciano Adriano da Nóbrega tentou fugir horas antes de ser morto, atingido por dois tiros; saiba como foi a ação - O Globo


Vera Araújo e Felipe Grinberg

Ex-capitão usou uma picape branca para ir até a chácara do vereador Gilsinho da Dedé, filiado ao PSL  

Horas antes da operação das polícias da Bahia e do Rio para tentar capturar o ex-capitão Adriano da Nóbrega, o miliciano fugiu da fazenda em que estava escondido. A bordo de uma picape branca Hylux, ele percorreu oito quilômetros e chegou à chácara do vereador Gilsinho da Dedé, que é filiado ao PSL, onde tentou se esconder. Ao iniciar a operação, os policiais descobriram que Adriano havia fugido com um carro em nome de terceiros. Na ação do Bope da Bahia, que mobilizou cerca de 70 agentes, três PMs dispararam, e dois tiros acertaram o miliciano, que morreu.

Na semana passada, polícia chegou a resort onde Adriano estaria se escondendo na Bahia: lá, foi encontrada uma identidade falsa usada pelo miliciano Foto: Reprodução
Na semana passada, polícia chegou a resort onde Adriano estaria se escondendo na Bahia: lá, foi encontrada uma identidade falsa usada pelo miliciano Foto: Reprodução

LEIA: Polícia apreendeu com Adriano da Nóbrega 13 celulares e 7 chips de diferentes operadoras
Gilsinho da Dedé (PSL), dono da propriedade, conta que está de viagem em Recife e soube da operação através de um telefonema de um vizinho, durante o tiroteio:  — Não sei como ele conseguiu entrar lá. Soube do tiroteio por vizinhos e, depois, que vi na imprensa que ele tinha morrido lá. Não o conheço e nunca fui apresentado a ele.

A ação
De acordo com a polícia, a operação mobilizou cerca de 70 agentes do Bope da Bahia. Os militares se separaram para cobrir toda a área e impedir uma possível fuga do miliciano na região. Na abordagem à casa, numa área isolada, três PMs formaram um triângulo. O primeiro policial, na frente, segurou um escudo e arrombou a porta. Em seguida, segundo a polícia, Adriano atirou e houve confronto. O ex-capitão da PM, então, foi atingido por dois tiros. Levado ao hospital, ele não resistiu.

O segredo para encontrar um dos principais nomes da lista da Interpol, o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega, não é revelado pela polícia. No entanto, a apreensão de 13 celulares e sete cartões de chip explica como o ex-militar conseguia se manter escondido sem ser rastreado. A Polícia Civil do Rio quase não tem conversas dele grampeadas, porque Adriano usava somente o sinal de wi-fi para fazer as ligações, além de trocar com frequência os chips, de operadoras diferentes, geralmente usados uma única vez. Como ex-integrante da tropa de elite da PM, ele sabia muito bem como monitorar criminosos.

Esconderijo
Segundo fontes da Polícia Civil do Rio, Adriano estava escondido, num primeiro momento, no Parque Gilton Guimarães, uma fazenda que também é área de vaquejadas. O local pertence a Leandro Guimarães, que também organiza outros torneios na região e, há dez dias, sediou um concurso com premiação total de R$ 60 mil. Durante a ação deste domingo, Leandro foi preso por posse ilegal de armas — duas espingardas e um revólver 38.

Na fazenda, que fica na área rural de Esplanada, foram apreendidas quatro armas, todas com numeração aparente, que estavam em diversos cômodos da casa. O sítio possui 12 edificações, sendo que, na área principal, há quatro construções, entre elas a casa onde o ex-capitão estava. Procurado pelo GLOBO, Guimarães não respondeu aos pedidos de esclarecimentos.

Na região, há diversas fazendas de alto padrão, inclusive de políticos. No Parque Gilton Guimarães, a 170 quilômetros da capital Salvador, também foi encontrada uma carteira da Polícia Militar, com o nome de Adriano. A identidade era uma forma de o ex-PM passar por blitzes nas estradas. No local também foram achados emblemas do Bope.
O ex-caveira também usava identidades falsas, como a deixada para trás no primeiro esconderijo estourado pelas polícias Civil do Rio e da Bahia, há uma semana, na Costa do Sauípe, também na Bahia. Segundo a polícia, Adriano fugiu do local cinco minutos antes da chegada dos agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Bahia. Os investigadores descobriram que ele mantinha as janelas abertas para escapar, se a casa fosse invadida, o que acabou acontecendo. A escolha do imóvel, com diária de R$ 1 mil, foi estratégica. A residência dá fundos para uma lagoa, e o ex-militar teria fugido pelo mangue. 

O Globo 

terça-feira, 7 de julho de 2015

Operação Acrônimo: Namorada de empresário alvo da PF nega versão do governador de Minas



Advogado de Fernando Pimentel agora diz que Bené, como é conhecido, pagou, em 2013, despesas da viagem à Bahia
Juliana Sabino Diniz de Souza, namorada do empresário Benedito Oliveira, o Bené, negou que tenha pago as despesas do governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), e da mulher dele, Carolina Oliveira, no resort Kiaroa, em Maraú, na Bahia. As informações de Juliana, amiga de Carolina, contradizem parte da defesa de Pimentel.

Há duas semanas, quando o caso veio a público, o advogado do governador, Antônio Carlos de Almeida Castro, disse que as despesas foram pagas a partir de uma combinação entre Juliana e Carolina, que são amigas e não têm vínculos diretos com a administração pública. A primeira informação do advogado de Pimentel, há 15 dias, foi de que Juliana teria coberto parte das despesas da amiga e do governador com créditos de milhas

Mas o pai de Juliana, Augusto César Souza, contesta: — Não foi ela (Juliana) quem pagou as despesas. Ela não tinha crédito nenhum. Quem tinha crédito era o Benedito. Foi ele quem pagou. Isso está até no inquérito. Juliana e Carolina não tiveram conversa nenhuma sobre este assunto.

Em entrevista ao GLOBO, o pai de Juliana disse que a filha é vendedora numa loja de shopping em Brasília e, mesmo se quisesse, não teria renda suficiente para bancar despesas de uma amiga num resort de luxo. Pimentel e Carolina se hospedaram no Kiaroa entre 15 e 17 de novembro de 2013, período em que o governador era ministro do Desenvolvimento. A estadia custou R$ 12,1 mil. Segundo relatório da Operação Acrônimo, da Polícia Federal, a conta foi paga, na verdade, por Pedro Augusto de Medeiros, a pedido de Benedito.

DESLOCAMENTO É INVESTIGADO
A PF afirma ainda que o empresário pagou o deslocamento aéreo de Carolina e Pimentel até a praia. No dia 25 do mês passado, logo depois do início da segunda fase da Operação Acrônimo, o advogado do governador negou que as despesas tinham sido pagas por Bené, amigo de Pimentel. Segundo o advogado, tudo não passara de uma combinação entre duas amigas. O Código de Ética do serviço público não permite que servidores recebam presentes acima de R$ 100.

Procurado pelo GLOBO para comentar as declarações do pai de Juliana, o advogado Almeida Castro mudou a explicação. Ele reconheceu que, de fato, as despesas foram pagas por Benedito com créditos que ele tinha e não por Juliana.  Ainda assim, o advogado tentou isentar Pimentel de responsabilidade no episódio. Afirmou que Benedito teria tratado do assunto com Carolina, de quem também é amigo, e não diretamente com o então ministro.  — Todo o acerto sobre usar o crédito foi com Bené e Carolina. A Carolina disse que queria ir (ao resort). O Bené disse que tinha o crédito. Carolina é amiga dele — afirmou Almeida Castro.  O caso está sendo investigado em inquérito aberto pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). As investigações começaram em outubro do ano passado, quando a PF apreendeu R$ 116 mil num avião de Bené no aeroporto de Brasília. O empresário, que tinha atuado como fornecedor na campanha de Pimentel, não soube explicar a origem do dinheiro.

CORRUPÇÃO PASSIVA E LAVAGEM
Depois da primeira etapa da apuração, a PF pediu abertura de inquérito ao STJ para investigar relações de Pimentel com Benedito e outros empresários no período em que ele era ministro do Desenvolvimento. No relatório, base do pedido ao STJ, a PF acusa o governador de corrupção passiva, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Há duas semanas, a PF iniciou a segunda etapa da operação com buscas em um escritório usado por Pimentel durante a campanha eleitoral e em endereços de pessoas supostamente ligadas ao governador. A PF chegou a pedir para fazer busca no Palácio da Liberdade, sede do governo de Minas. O pedido foi rejeitado pelo ministro Herman Benjamin, relator do caso do STJ. Para o ministro, a polícia não demonstrou a necessidade da busca na sede do governo.

Na mesma operação, a PF apreendeu documentos em escritórios da Pepper, agência que prestou serviços a campanhas eleitorais do PT ano passado, inclusive à da presidente Dilma Rousseff. A PF investiga contratos de prestação de serviço entre a Pepper e Carolina, que é jornalista. Antes de se casar com Pimentel, Carolina foi assessora do BNDES, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento.  A polícia também descobriu indícios de subfaturamento de serviços da Gráfica Brasil, da família de Benedito, para a campanha de Pimentel

Documentos apreendidos na gráfica apontavam a produção de 2,5 milhões de santinhos, mas a campanha teria declarado apenas 250 mil. O subfaturamento teria como objetivo manter as contas de Pimentel abaixo do teto de gastos acertado com a Justiça Eleitoral.

Fonte: O Globo