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sábado, 31 de março de 2018

Gilmar Mendes se irrita com pergunta de repórter e manda “enfiar pergunta na bunda”

A Folha de S. Paulo perguntou a Gilmar Mendes se ele voltará para julgar o HC de Lula e quem pagou sua passagem aérea para Portugal.
Ele respondeu:
“Devolva essa pergunta a seu editor, manda ele enfiar isso na bunda. Isso é molecagem, esse tipo de pergunta é desrespeito, é desrespeito.”

O ministro Gilmar Mendes se irritou e atacou um repórter do grupo Folha de São Paulo. O destempero aconteceu durante a viagem para participar do seminário de Direito organizado pelo IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público), do qual é um dos sócios, que acontece em Lisboa.
Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2018-03-29/gilmar-mendes.html


O destempero aconteceu durante a viagem para participar do seminário de Direito organizado pelo IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público), do qual é um dos sócios, que acontece em Lisboa.

O ministro Gilmar Mendes também se envolveu em um bate-boca com o Barroso em uma das últimas sessões do Supremo. A presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, precisou suspender a sessão para acalmar os ânimos. Durante julgamento sobre a constitucionalidade ou não de doações ocultas para campanhas eleitorais, Mendes fez críticas a diversas decisões recentes do Supremo, inclusive a “manobra” que liberou o aborto para grávidas com até três meses de gestação, ação relatada por Barroso.


“Vossa Excelência me deixe fora desse seu mau sentimento. Você é uma pessoa horrível, uma mistura do mal com o atraso e pitadas de psicopatia. Isso não tem nada a ver com o que está sendo julgado”, reagiu Barroso, com a voz elevada.

“É um absurdo [que] Vossa Excelência faça um comício aqui, para falar grosserias. Vossa Excelência não consegue articular um argumento. Fica procurando. Já ofendeu a presidente, já ofendeu o ministro Fux, agora chegou a mim. A vida, para Vossa Excelência, é só ofender as pessoas, não tem nenhuma ideia. Nenhuma. Nenhuma!”, acrescentou Barroso. 

Cármen Lúcia resolveu então interromper a sessão, mas antes Gilmar Mendes soltou mais uma provocação ao microfone dirigida ao ministro Barroso: "o senhor deveria fechar seu escritório de advocacia", disse. 

Último Segundo

Gilmar Mendes se irrita com pergunta de repórterFonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2018-03-29/gilmar-mendes.html
Gilmar Mendes se irrita com pergunta de repórter:Fonte: Último Segundo - iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2018-03-29/gilmar-mendes.html

Policial civil que atirou em taxista no Sudoeste se entrega e é preso

Porte de arma de policial estava suspenso desde 8 de novembro. Lotado na 2ª Delegacia de Polícia, teve a licença para tratamento de saúde vigente. Agora, ficará preso temporariamente por 30 dias

O policial civil que atirou contra o taxista Wilson Passatutto, 64 anos, se apresentou na Corregedoria da Polícia Civil na tarde desta segunda-feira (26/3), após a corporação pedir a prisão temporária dele. Davy Rurik Periquito Sad estava com o porte de arma suspenso desde 8 de novembro do ano passado, mas já tinha tido a pistola da Polícia Civil recolhida desde janeiro do ano passado, por recomendação da Policlínica. A arma usada na ocorrência de sexta-feira (23/3) não era oficial e foi apreendida. Ele estava lotado na 2ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), mas teve licença para tratamento de saúde. Agora, ficará preso temporariamente por 30 dias.

Davy Rurik é policial civil desde fevereiro de 1999

Valentão - não deu conta no mano a mano com um senhor  de 64 anos e se valeu de uma arma de fogo = covardia


No sistema da Polícia Civil há nove ocorrências com o nome do policial, algumas registradas desde 2003. Entre os crimes, estariam injúria racial, ameaça, apreensão de bens de forma irregular, lesão corporal como vítima e autor, difamação, vias de fato e lesão corporal como vítima e autor. No entanto, só o caso de injúria racial qualificada virou inquérito. Davy ainda assinou três termos circunstanciados de comparecimento a Justiça: dois de ameaça e outro de lesão corporal.

Agente de polícia desde fevereiro de 1999, ele pode sofrer, agora, desde uma suspensão até demissão. De acordo com a Divisão de Comunicação da Polícia Civil (Divicom), o servidor vai responder criminalmente pelos fatos. A corporação também instaurou processo administrativo disciplinar. [ele tem que ser processado criminalmente no mínimo por lesão corporal grave e tentativa de homicídio e também responder processo administrativo.
Se espera que seja condenado criminalmente e cumpra a pena e seja demitido da Polícia Civil - policial bandido (e um com nove ocorrências e que atira em um cidadão com 64 anos de idade, por estar levando desvantagem em luta corporal)  tem que ser punido de forma exemplar.]

A Corregedoria da Polícia Civil já tinha pedido a prisão do agente. O caso corre em segredo de Justiça. O Correio apurou que o pedido de prisão temporária foi apresentado após as 20h de sábado (24/3). Entrou no plantão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) e caiu para análise do juiz de direito Pedro Oliveira de Vasconcelos. Quem pediu a prisão foi a Divisão de Assuntos Internos da Corregedoria Geral de Polícia. Como foi decretado o segredo, a Justiça não informa se já há decisão.

Davy passou pela 24ª Delegacia de Polícia (Setor O — Ceilândia) onde ficou pouco tempo como agente do plantão. Ele deveria se apresentar ainda nesta semana na 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia). 

Entenda o caso
Davy, agora, responde a um inquérito de tentativa de homicídio contra o taxista Wilson Passatutto. Ele bateu na traseira do carro de Wilson na noite de sexta-feira (23/3), no Sudoeste. Ao descer do carro, os dois discutiram e o agente de polícia atirou contra a vítima. O disparo feriu o taxista no abdômen e atingiu o fígado, o rim e o pulmão dele. A vítima está internada em um hospital da Asa Sul em coma induzido e respira com a ajuda de aparelhos.

Um vídeo mostra o taxista segurando o homem e gritando por socorro enquanto os carros passam sem parar. De repente, ouve-se o estampido. Na imagem, os carros da vítima e do autor estão parados na via. Os dois se levantam do chão após o tiro e vão cada um para o seu carro. Em seguida, eles deixam o local.  Segundo o filho da vítima, Eduardo Passatutto, 34 anos, o pai foi dirigindo até o hospital, onde está internado em estado grave. "Está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) sob efeito de sedativos", completa.

Correio Braziliense

 

Lulinha: do caminho das antas ao apartamento de R$ 6 milhões. Ou: O filho que sai ao pai não degenera. Ou ainda: O sítio das delícias

Os Lula da Silva têm mesmo um jeito heterodoxo de viver. Chega a ser estranho que o chefão do PT tenha querido, algum dia, como é mesmo?, mudar o mundo… Ora, mudar para quê? A partir de certo momento, vamos admitir, esse mundo só sorriu para ele. E continua a sorrir para a sua família. […] 

[Recordar é sempre bom; sem esquecer que Lula e seu filho não foram investigados por esse comportamento heterodoxo.

Lulinha pode ser indiciado por corrupção passiva e o pai além  da corrupção por uso indevido do cargo. Se o sitio vai render alguns anos de cana para o pai, nada melhor que encontrar uma forma do Lulinha ir junto.]

Os Lula da Silva têm mesmo um jeito heterodoxo de viver. Chega a ser estranho que o chefão do PT tenha querido, algum dia, como é mesmo?, mudar o mundo… Ora, mudar para quê? A partir de certo momento, vamos admitir, esse mundo só sorriu para ele. E continua a sorrir para a sua família. Reportagem de capa da VEJA desta semana expõe a proximidade entre o agora ex-presidente da República e o empreiteiro baiano Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, um dos presos da operação Lava Jato. Proximidade que pode fazer com que o escândalo do petrolão ainda exploda no colo do companheiro-chefe. É que Pinheiro começou a fazer algumas anotações… Leiam a reportagem da revista desta semana. Quero aqui abordar um aspecto em particular.

A VEJA informa que Fábio Luís da Silva vulgo “Lulinha” mora num apartamento, numa área nobre em São Paulo, avaliado em R$ 6 milhões. É isso mesmo que vocês leram. O apartamento do filho do Primeiro Companheiro é coisa de ricaço. Mas parem de ficar imaginando maldades. O dito-cujo não está em nome do rapaz! Não! Oficialmente, o dono do imóvel é o empresário Jonas Suassuna, que é apenas… sócio de Lulinha.

Esse rapaz, note-se, é, desde sempre, um portento. Lula já o chamou de o seu “Ronaldinho”, louvando-lhe as habilidades para fazer negócios. Formado em biologia, o rapaz era monitor de Jardim Zoológico até o pai chegar à Presidência. Cansado de ficar informando ao visitante onde se escondiam as antas, ele decidiu ser empresário quando o genitor se tornou o primeiro mandatário. E o fez com uma desenvoltura assombrosa. Só a Telemar (hoje Oi) injetou R$ 15 milhões na empresa do rapaz, a Gamecorp. Nada além de uma aposta comercial?

Assim seria se assim fosse. Empresas de telefonia são concessões públicas, que dependem de decisões de governo. Aliás, é bom lembrar: Lula mudou a lei que proibia a Oi (ex-Telemar) de comprar a Brasil Telecom (que era de Daniel Dantas). A síntese: o pai de Lulinha tomou a iniciativa de alterar uma regra legal e beneficiou a empresa que havia investido no negócio do filho. Isso é apenas uma interpretação minha? Não! Isso é apenas um fato. Adiante.

Os Lula da Silva formam uma dinastia. O filho repete, em certa medida, o caminho do pai — e não é de hoje. Quando Lula era o líder da oposição, também morava, a exemplo de Lulinha, numa casa que estava muito acima de suas posses oficiais. O imóvel lhe era cedido por um advogado milionário chamado Roberto Teixeira, seu compadre. Se vocês entrarem no Google, ficarão espantados com a frequência com que Teixeira aparece ligado a, digamos assim, negócios que passam pelo petismo. Se clicarem aqui, terão acesso a um grupo de textos evidenciando, por exemplo, as suas interferências na venda da Varig.

Agora o sítio Jonas Suassuna, o sócio de Lulinha e dono oficial do apartamento milionário em que mora o filho do Poderoso Chefão petista, é quem aparece como proprietário de um sítio em Atibaia, no interior de São Paulo, em companhia de Fernando Bittar, que é, ora vejam, o outro sócio de Lulinha. Até aí, bem…

(...)
 
Assim se construiu a república petista. Os companheiros têm explicações para essas lambanças? É claro que não! Preferem ficar vomitando impropérios nas redes sociais, acusando supostas conspirações. Definitivamente, o PT superou a fase do Fiat Elba, que foi peça-chave na denúncia contra Collor. Fiat Elba? Ora, Lula, o PT e a tropa toda são profissionais nas artes em que Collor ainda é um amador.


 Blog do Reinaldo Azevedo

INsegurança Pública no DF - Intervenção Federal JÁ - na Segurança Pública e no GDF; Rollemberg perdeu o controle da situação, está sem noção do que fazer

Mãe e filha são arremessadas de ônibus durante assalto em Samambaia

Ladrões teriam perdido a paciência com a criança quando ela, inocentemente, pediu que eles não levassem o ovo de Páscoa que ela havia acabado de ganhar

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga um caso de violência extrema, que chocou os moradores de Samambaia esta semana. Na última quinta-feira (29/3), mãe e filha foram arremessadas para fora de um ônibus por dois assaltantes. O crime aconteceu por volta das 17h, quando o coletivo  fazia a linha circular Samambaia Sul-Norte. O gatilho para a truculência dos bandidos teria sido o pedido da menina, de apenas 8 anos, que havia implorado para que os criminosos não levassem o ovo de Páscoa dela. 
Assalto aconteceu na altura da QS 125, em Samambaia Sul
 
Em depoimento à 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia Sul), o cobrador do ônibus disse que os dois suspeitos aparentavam ser menores de idade e estavam com facas na mão.  Após assaltarem os passageiros, um dos envolvidos teria empurrado a criança, ainda com o coletivo em movimento. A mãe tentou segurar a filha, mas não conseguiu, e as duas acabaram arremessadas para fora do veículo. De acordo com a testemunha, o ônibus, da empresa Urbi Mobilidade Urbana, estava a uma velocidade de 30 km/h na hora da ocorrência.
 
Por meio de redes sociais, uma outra testemunha do crime relatou o pânico da cena. "Escutei um pedido de socorro. Ao chegar ao local, se encontravam uma mãe e uma menina de 8 anos caídas na pista, muito machucadas, havia muito sangue", disse na postagem. Segundo ela, a criança estava inconsciente e a mãe, em estado de choque. O motorista do ônibus, que parou assim que as vítimas foram jogadas, decidiu levá-las para o hospital. A testemunha os acompanhou no trajeto e auxiliou a família. "Ela teve duas convulsões e estava desacordada. Ao ser colocada no ônibus, eu a deitei para que a sua coluna ficasse reta, e tentei arduamente fazê-la acordar. Com muito esforço, ela passou a abrir os olhos", escreveu a mulher. 

"A mãe estava com o joelho rasgado e as pernas e braços arranhados. A criança estava com escoriações por todo o corpo, um ferimento grave na cabeça, nariz sangrando e não conseguia se lembrar de nada. Questionava a cada cinco minutos o que havia acontecido", relatou. Horrorizada com a situação, ela desabafou na publicação. "Marginais não têm a mínima dó de ninguém".
 
Motivo: um ovo de Páscoa
As vítimas foram encaminhadas para o Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Lá, a cabeleireira Mitieli Cruz, 33 anos, presenciou o desespero dos pais da criança. "Meu filho estava em observação, e a menina ficou em um leito ao lado do meu. O pai estava muito chateado. A mãe chegou ao quarto pulando em uma perna só. Abraçou a filha e disse que a amava muito", disse.

Ao perguntar para o pai o que havia acontecido, ele explicou que o empurrão foi devido a um ovo de Páscoa. "O pai contou que a menina estava segurando um ovo, e um dos assaltantes tomou o chocolate das suas mãos. Na inocência, ela pediu o ovo de volta, e um dos rapazes a empurrou do ônibus", contou Mitieli.
 
Também moradora de Samambaia, a cabeleireira fica preocupada com a segurança na cidade. "Meu filho de 4 anos pega ônibus todos os dias para voltar da escola. É horrível viver nessa insegurança", desabafou. Até a última atualização desta reportagem, os suspeitos do crime ainda não haviam sido sequer identificados pelas autoridades. De acordo com informações da PCDF, mãe e filha estão conscientes, mas ainda não receberam alta do HRT. A 32ª DP investiga o caso. O Correio entrou em contato com a Urbi, que não respondeu as mensagens enviadas pela reportagem. 
 
Morte em fevereiro
No mês passado, o jovem David de Brito, 21, morreu após também ter sido empurrado de um ônibus, da viação Piracicabana. Na madrugada da quarta-feira de cinzas, quando voltava para casa, em Planaltina, ele foi agredido por um grupo de 20 pessoas, antes de ser arremessado do veículo em movimento, na altura da Home Center Rezende, próximo a Sobradinho. Ele ficou internado no Hospital de Base até o dia 23 de fevereiro. Após 10 dias em coma, David não resistiu aos ferimentos.
 
Correio Braziliense
 

Quantos milhares de palestinos serão mortos pelo exército israelense: palestinos usam pedras, Israel usa tanques e fuzis

Marcha palestina entre Gaza e Israel tem 16 mortos e mil feridos

Soldados israelenses atiram contra manifestantes, alegando que tentaram avançar sobre cerca fronteiriça

 Granadas de gás caem sobre os palestinos durante protesto pelo Dia da Terra, na divisa com a Faixa de Gaza - JACK GUEZ / AFP

Milhares de palestinos marcham na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel, dando início a um grande protesto de seis semanas chamado de "Marcha do Retorno". Ao menos 16 palestinos foram mortos por disparos dos soldados israelenses e cerca de 1 mil ficaram feridos, segundo autoridades e médicos de Gaza. Israel alega que manifestantes se aproximaram da cerca na fronteira com o território, queimando pneus e jogando pedras e coquetéis molotov. Enquanto sofre com uma grave crise humanitária, a população da região protesta contra o bloqueio fronteiriço imposto há dez anos por Israel e também contra o fechamento quase permanente da passagem para o Egito.

No fim do dia, Israel anunciou ter bombardeado três posições do Hamas, o grupo islâmico que governa Gaza desde as eleições de 2006 — as últimas realizadas nos territórios palestinos, cujo resultado não foi reconhecido nem por Israel nem pelos Estados Unidos Unidos.  Segundo os militares israelenses, desde cedo havia cerca de 20 mil palestinos protestando a partir de cinco pontos de concentração, a cerca de 650 metros da fronteira. Jornalistas no local reportam que os manifestantes não estão armados, mas há lançamento de pedras e queima de pneus por parte de alguns grupos. [o exército de Israel usa fuzis, com balas de verdade (alguns fuzis usam balas de borrachas, apenas para disfarçar, já que os mortos foram atingidos por munição de verdade; balas de borracha muito raramente matam.] Famílias inteiras, inclusive com crianças, ocupam acampamentos, com campos de futebol, sanitários e tendas. Ao longo do dia, no entanto, a ocupação foi ganhando tensão enquanto grupos de jovens se aproximavam da fronteira, onde forças militares israelenses estavam a postos desde a véspera.



 Mulher reage a tiros disparados por soldados durante manifestação na Faixa de Gaza; Israel enviou cem franco-atiradores para a região para a Marcha do Retorno - Khalil Hamra / AP

"Os manifestantes estão rolando pneus queimados e lançando bombas incendiárias e pedras contra a cerca de segurança e as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), que estão respondendo com meios de dispersão e disparando contra os principais instigadores", disseram os militares em sua página oficial do Twitter. "Com as tropas reforçadas, as IDF estão preparadas para responder aos protestos violentos planejados ao longo da Faixa de Gaza, se necessário." [detalhe: os manifestantes estão há 650m metros da fronteira; alguém explique como a esta distância pedras arremessadas por eles, supostos coquetéis molotov e pneus em chamas, conseguem chegar ao menos próximo dos soldados israelenses;
já os membros do exército hebreu usam fuzis e tanques armas para as quais 650m equivalem a alguns centímetros para pedras.]
A primeira pessoa morta foi o agricultor Omar Samour, de 27 anos, que estava no Sul de Gaza, atingido por disparos da artilharia israelense antes mesmo de os protestos começarem oficialmente. 

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O dia do juízo final

Vamos saber dentro em pouco se o Luis XVI dos trópicos, nosso vulgo Lula, será finalmente preso pelos crimes que cometeu ou se seguirá livre, leve e solto, com o beneplácito do Supremo check-in, que acomoda o séquito de poderosos da Corte no paraíso da impunidade, quaisquer que sejam os delitos praticados por seus membros. A referência ao monarca absolutista francês não é gratuita. Foi levantada inicialmente pela própria defesa do líder petista que, em um arroubo de erudição, misturou alhos e bugalhos comparando o Luis de lá e o de cá para salvaguardar a liberdade de seu cliente. Por vias tortas, deu certo. O Tribunal encantou-se com a retórica. Imaginando-se talvez no clima do iluminismo europeu, produziu uma jabuticaba jurídica. A sentença do “congelamento” temporário da condenação de Lula ainda pesa por esses dias como a mais depravada decisão de que se tem notícia na Corte para acobertar os abusos de quadrilheiros públicos e notórios.  
Foto Andre Dusek

Ao menos nesse pormenor o STF contraria os princípios ensinados pelo pensador iluminista Montesquieu que em sua obra maior, “O Espírito das Leis”, pregou que o Judiciário deve ser percebido como apolítico, um garantidor da estabilidade. O Supremo não atendeu nem a uma coisa, nem a outra. Com a invencionice de um HC provisório – dá para definir assim – gerou instabilidade legal em cascata e reforçou os sinais de que pauta julgamentos pelo peso político que cada um deles carrega. O caso Lula atropelou trâmites, rompeu a jurisprudência em vigor e mostrou um comportamento impensável dos senhores ministros: eis o Judiciário que legisla, ferindo a regra basilar de separação dos poderes. O mais triste é perceber que a avacalhação legal não encontra sequer respaldo na história. Revisitando a experiência civilizatória que pôs a pique o reinado de Versalhes, o Luis francês foi decapitado para consagrar a democracia moderna e os ventos de liberdade que influenciaram o mundo. O Luis tupiniquim, um arrivista aproveitador das burras do Estado, ganhou de presente de Páscoa por seus feitos uma escapada, ao menos preliminar, da vida crua dos condenados. 

Resta saber se a alforria vai perdurar “ad aeternum”. A benevolência suprema parece atender com presteza aos apelos de certas figuras de nossa República. Pena que nem todos os brasileiros tenham acesso a essa Justiça. Em jogo, no caso Lula, uma verdadeira anistia por crimes que quatro juízes, em duas instâncias, unanimemente, julgaram terem sido cometidos pelo réu. Receberá Lula novo salvo-conduto para continuar a delinquir? Segue o script e, inevitavelmente, entra na ordem do dia, mais uma vez, nesta quarta-feira, 4, o momento do juízo final. Irão os senhores togados do Supremo confirmar ao País que, sim, o crime compensa na esfera dos abonados para quem as ações são meras peças protelatórias sem causa ou efeito , dando início a um festival de HCs apelatórios dos encarcerados que pedirão igualdade de tratamento?  

Ou, definitivamente, os senhores magistrados darão fim à anarquia dos recursos em cascata que seguem em tramitação, por anos a fio, até que o crime prescreva? A depender da estirpe da banca e da qualidade dos advogados, a não prisão após a segunda instância uma esquisitice jurídica que só teve guarida por aqui representará o vale-tudo para marginais de alta patente, espécie de indulto de Páscoa. O tribunal do STF ainda pode piorar o quadro com um estratagema deplorável em meio à tensão que o País vive à espera do veredicto: um pedido de vistas providencial, lançado por um dos magistrados simpáticos à causa petista, que adiaria o resultado. Seria ardiloso demais, porém é o que se cogita a boca pequena em um ambiente legal notoriamente supercamarada. Ao contrário do que sustentou a presidente Cármen Lúcia, o Supremo se apequenou. O decano Celso de Mello já avisou que fará um “voto longo”, talvez para rebuscar com um palavrório enigmático sua predisposição pró-réu

O colega de turma, Gilmar Mendes, que defendeu ardorosamente, não faz muito tempo, a prisão em segunda instância – lembrando ser o Brasil o único a não exercê-la – pode, daqui para frente, caso mude de opinião, como tudo indica, se mostrar como um ambidestro intelectual que adapta suas convicções e interpretações às demandas de ocasião. Nada mais injusto que isso. É preciso coerência, estabilidade de decisões, tudo que o STF não tem apresentado por esses dias. Se o Tribunal desta feita aceitar o habeas corpus de Lula, o Brasil volta a ser coberto pelo manto da impunidade para a vergonha, descrença e tristeza de seus cidadãos de bem, confirmando a sina de que a Justiça sempre tarda e falha.

Carlos José Marques, diretor editorial da Editora Três IstoÉ
 

Intimidação

Juntos, Lula e Bolsonaro triunfaram na Batalha do Sul. Sujeitaram o discurso tucano à sua lógica política

[o artigo é excelente, fazendo honras merecidas ao autor;

apenas parte de uma premissa errada: que Lula continua existindo politicamente.

Lula está queimando, só que ele é um monturo e fogo de monturo demora a extinguir-se, só quando o monturo se extingue e por natureza o lixo é de combustão lenta.

mas o incêndio, e, consequentemente, o que está queimando se extingue antes de outubro próximo.]

“O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo!”, gritavam os partidários de Bolsonaro no Paraná, plagiando o antigo bordão dos fiéis lulistas para expressar sua repulsa ao jornalismo, em geral, e à Globo, em especial. Mais surpreendente, talvez, foi outro paralelismo registrado em meio aos ataques à caravana de Lula no Sul. “Lula quis transformar o Brasil num galinheiro; agora está colhendo os ovos”, declarou Bolsonaro. “Estão colhendo o que plantaram”, declarou Alckmin. Por que eles não articulam uma chapa única —a coligação “Pau, Pedra, Ovo e Tiro”?
 
Nas emboscadas à caravana eleitoral lulista, queimaram-se pneus. Quantas vezes os movimentos que orbitam ao redor do PT incendiaram pneus para atingir objetivos partidários simulando protestar em nome de reivindicações sociais? Enquanto, no Sul, a baderna envolvia os militantes lulistas, no Nordeste o MST invadia uma fábrica de Flávio Rocha, recém-declarado candidato presidencial. As milícias que se coordenaram contra a caravana evidenciam a força da pedagogia da intimidação. “Petistas da direita”, eis uma alcunha apropriada para os arruaceiros que perseguiram Lula. Quando Alckmin pronuncia seu elogio implícito da violência política, está dizendo que, ganhando ou perdendo as eleições, o PT venceu —isto é, que não há mais espaço para a divergência democrática no Brasil.
 
A política da intimidação nasce da pulsão totalitária. “As ruas são nossas” —a ideia de expulsar os rivais da praça pública sempre foi um traço comum aos partidos fascistas e comunistas. O PT não é uma coisa nem a outra, mas assimilou as práticas do castrismo, fonte mítica de inspiração para suas principais correntes. Daí, os “atos de repúdio” contra “inimigos do povo”, a vandalização de debates acadêmicos ou eventos de lançamento de livros, as invasões políticas de propriedades patrocinadas pelo MST (o “exército do Stédile”, que opera como milícia de Lula), as agressões a concorrentes em atos eleitorais. O Alckmin que justifica os petistas da direita está, de fato, celebrando os petistas do PT.67
 
O pilar central da democracia é o princípio do pluralismo: a crença compartilhada de que nenhum partido singular tem o monopólio da verdade. A política da intimidação equivale a uma insurreição contra a democracia. É essa a chave para interpretar o cerco dos milicianos à caravana de Lula. Na hora do impeachment, um clamor pela cassação do registro do PT escorreu dos arautos de uma “nova direita” avessa ao pluralismo. [deve ser considerada a existência de dois tipos de pluralismo:
- o que expressa o pluralismo de ideias e que é sempre bem-vindo; e,
- o que pretende eliminar ideias, aceitando como válidas apenas as que defende.
PT e outras coisas da esquerda usam o gancho debate de ideias, desde que o resultado seja a prevalência do que defendem; divergiu passa a ser contrário ao maldito 'politicamente correto'.] A causa da abolição do PT fracassou, assim como se desvaneceram as esperanças na simples desaparição do partido. O projeto liberticida mudou de alvo: trilhando um longo desvio para atingir a mesma meta, eles empenham-se em forçar a prisão de Lula. Os ovos, pedras, paus e tiros desferidos contra a caravana devem ser entendidos como instrumentos de persuasão dos ministros do STF. No Sul, mirava-se o julgamento de 4 de abril.
 
João Doria entendeu isso, explicitando a demanda dos milicianos. Depois de repetir Alckmin (“o PT sempre utilizou da violência; agora sofreu da própria violência”), Doria esclareceu o que se pretende: “Não recomendo ovos, e sim prisão para ele”. As lideranças petistas habituaram-se a ameaçar juízes com o espectro da convulsão social, na hipótese da prisão de Lula. O porta-voz voluntário dos petistas da direita produziu uma ameaça simétrica: a convulsão social seria o fruto do habeas corpus para Lula. A política da intimidação eleva-se a um patamar inédito quando aderem a ela os candidatos tucanos ao Planalto e ao Bandeirantes.
 
Fogueiras de pneus pertencem ao universo dos petistas —os de esquerda ou os de direita. Lula e Bolsonaro triunfaram, juntos, na Batalha do Sul. Eles configuraram o noticiário e sujeitaram o discurso tucano à sua lógica política. Aos vencedores, irmãos-inimigos, uma chuva de ovos.
 
 

Serão todos soltos? Chegou a hora “do grande acordo nacional com o Supremo, com tudo”?