Ataques
à democracia, daqueles imaginários, que tentam atribuir ao presidente
da República ou a seus apoiadores, até hoje não se viu. Já ataques ao
Legislativo, ao Executivo ou à instituição do Judiciário, e também ao
povo, de onde emana todo o poder, viraram rotina.
Perseguição
a empresários, médicos, advogados, cidadãos comuns, censura,
intimidação, difamação. É longa a lista de abusos que temos visto no
Brasil, sempre partindo de ordens judiciais para lá de descabidas.A
semana foi pesada, mas ao menos fez emergir uma revolta que estava
contida há muito tempo.
É verdade que a maior parte daqueles artistas,
banqueiros e intelectuais, afeitos a um teatro com cartinhas e atos
escancaradamente ideológicos (a título de salvar a democracia), segue
calada.
Mas
após o episódio das buscas e apreensões em casas e escritórios de
empresários que não fizeram nada de errado, apenas conversaram em tom de
desabafo num grupo de WhatsApp, a sociedade se insurge contra a tirania
da toga. É gente que por um tempo fingiu não ver ou
não se incomodar com inquéritos e prisões ilegais, avanço do Judiciário
sobre outros poderes, desrespeito ao processo acusatório, censura
seletiva.
Agora que um ministro do STF deu para
encarar bisbilhotagem da vida alheia, exposta por um jornalista
militante que vazou conversa privada de um grupo de amigos em aplicativo
de mensagens, a coisa ficou feia.
Provocado pelos
mesmos políticos de sempre, que esperam a imprensa plantar narrativas
contra apoiadores do presidente para exigir investigações e fazer
alarde, o ministro Alexandre de Moraes despachou a polícia federal para
destruir a honra de pessoas honestas mais uma vez.
O
diferente, agora, é que a gritaria em repúdio ao ato persecutório com
claras intenções de desgastar a imagem do presidente e desarticular
suposto grupo de apoiadores, não ficou restrita às redes sociais.
Muitos, felizmente, decidiram sair do silêncio e falar mais alto em
outras frentes.
Ataques à democraciaAqueles oito empresários, chamados pejorativamente pela imprensa de
"bolsonaristas", como se apoiar um governante fosse algo necessariamente errado, estão entre os maiores empresários do país. Geram
empregos e riqueza, mas
foram achincalhados com a visita de policiais
federais em suas casas, empresas e escritórios, a mando do ministro do
STF, Alexandre de Moraes, mesmo sem ter cometido um único ilícito ou
infração a qualquer lei vigente no país.
Tiveram
celulares apreendidos, perfis de redes sociais bloqueados, sofreram
censura perante milhões de seguidores, foram difamados na imprensa e nas
redes sociais, expostos à execração pública, tudo a troco de uma
acusação leviana, sem qualquer amparo no Código Penal. Estariam
planejando um golpe ou algo assim? Não. Nada disso. Na frase que vazou
da tal conversa de whatsapp, um único empresário, dizia que "preferia um
golpe à volta de Lula ao poder". Só isso. Apenas isso.
Outro
reagiu com um emoji. Deu um "joinha" para a mensagem do colega e virou
alvo de busca e apreensão! Os demais sequer falaram em golpe.
Para
que o espetáculo da operação policial?
Onde está escrito que não se
pode opinar sobre política junto a amigos? Cadê o crime ou os ataques às
instituições da República?
Atacar a democracia não é desabafar com
amigos, mas rasgar a Constituição e mandar polícia atrás de inocentes,
ao seu bel prazer.
Há um agravante nessa operação
desastrada.
]Não foi a primeira vez que o ativismo político do STF
avançou sobre a vida privada de gente que jamais teve foro privilegiado.
A diferença é que, agora, a sociedade parece mesmo ter se insuflado
contra tanto desmando.
Alguns dos que tinham
embarcado na farsa da cartinha “pela democracia”, que enaltecia o
ativismo político do Judiciário e tinha claro viés eleitoreiro,
abandonaram o barco. Outros que estavam calados começaram a se
manifestar. E quem já denunciava a tirania há anos, gritou ainda mais
alto.
Reações à tirania da togaCompilei em vídeo uma coletânea de reações à tirania da toga, ao ativismo político de juízes e ministros de cortes superiores e aos verdadeiros ataques à democracia, que esta semana chegaram ao seu grau máximo.
De
notas de repúdio de entidades de classe a declarações de juristas, há
um pouco de tudo. O ex-ministro do STF, Marco Aurélio Mello, deu
entrevistas criticando abertamente a perseguição sem sentido contra
empresários por parte de seu ex-colega de corte, Alexandre de Moraes.
Outro ministro, do TSE, tribunal agora presidido por Alexandre de Moraes,
pediu aposentadoria antecipadamente para não precisar dividir a Corte
com quem, segundo disse, não vem sequer respeitando a Constituição.
No
Conselho do Ministério Público de São Paulo houve um racha. O
corregedor quis homenagear o novo presidente do TSE com voto de louvor e
viu o colegiado se rebelar contra a bajulação a quem despreza a
existência e a importância de promotores e procuradores de Justiça,
golpeando de morte o processo acusatório.
Assista ao vídeo clicando no play da imagem que ilustra esta página e veja como os
representantes do MP-SP reagiram à sugestão do voto de louvor tão
anacrônico, inoportuno e descabido. Leia ainda aos corajosos editoriais
da Gazeta do Povo desta semana, repudiando o avanço do autoritarismo do Supremo Tribunal Federal.
Perseguição a médicosVeja também a nota pública da
Dra. Mayra Pinheiro, ex-secretária do Ministério da Saúde em apoio a dois colegas médicos e pesquisadores, Dr. Flávio Cadegiani e Dr. Ricardo Zimermann,
vítimas de mais perseguição e ativismo político de intergantes do Judiciário.Os
dois sofreram busca e apreensão em casa e nas clínicas onde trabalham,
imposta por ordem de um juiz federal, em mais um claro processo de
ativismo político-ideológico. Mayra, que também foi perseguida por
senadores interessados em desgastar o governo durante a CPI da Covid,
joga a realidade na cara dos ativistas.
"Nunca
fomos terroristas. Nunca roubamos nosso país. Nunca praticamos
corrupção. Nunca assassinamos alguém. Nunca recebemos doação ilegal
de patrimônio, como sítios ou casas de praia. Nunca fizemos palestras
superfaturadas para fazer lavagem de dinheiro. Nunca falamos mal da
nossa pátria no exterior. Nunca assaltamos bancos. Nunca sequestramos
pessoas. Nunca depredamos o patrimônio público. Nunca pisamos ou
queimamos a bandeira brasileira. Nunca patrocinamos ou apoiamos líderes facínoras."
Mayra Pinheiro, médica e professora universitária
A
médica segue: "E de que crimes somos acusados? Alguns, por defenderem a
liberdade, a família, a vida. Outros, por apoiarem um presidente que
trouxe prosperidade, que acabou com privilégios de uma casta que recebia
favores ou patrocínios milionários dos cofres públicos."
"E
muitos, nos quais incluo milhares de colegas médicos devotados à vida,
por entenderem que a ciência não é feita de verdades absolutas. A mesma
“ciência” que até hoje, lamentavelmente, é monopólio de grupos com
interesses ideológicos ou financeiros."
Assista ao
vídeo e depois deixe sua opinião. Devemos ou não nos manifestar contra a
tirania da toga e os verdadeiros ataques à democracia?