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terça-feira, 29 de maio de 2018

É chato reconhecer, talvez sob pressão governo funcione

MPF questiona Gabinete da Intervenção sobre o funcionamento da refinaria de Duque de Caxias

Após diligências, procurador expediu questionamentos, com prazo de 24 horas para resposta, ao interventor federal



[o MPF e seu viés intervencionista muitas vezes desagrada, mas, apresenta uma vantagem:
- faz perguntas que o governo está devendo resposta à população há vários dias?]




Integrantes do Ministério Público Federal (MPF) estiveram, na manhã desta segunda-feira , na Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) para identificar o atual estágio da mobilização da categoria dos caminhoneiros e verificar as medidas que vêm sendo adotadas pelos órgãos estatais para a garantia de acesso ao local e de distribuição de combustível à população do Estado do Rio de Janeiro. Após as diligências, o procurador da República Julio José Araujo Junior tentou, sem sucesso, fazer contato com o interventor federal. Em seguida, expediu ofício com alguns questionamentos, com prazo de 24 horas, para resposta.






A medida visa acompanhar a situação do abastecimento na região, já que, apesar do aparente clima de tranquilidade, o MPF identificou alguns fatos que causaram estranheza. Os questionamentos do MPF ao interventor federal são:





I – Quais medidas estão sendo adotadas para impedir as obstruções que ainda vêm sendo realizadas, mesmo após o anúncio de acordo, e diante do caráter estratégico do abastecimento?




II – Considerando a participação de outras categorias e setores, como o das vans, quais medidas serão adotadas?







III – Considerando a importância dos meios pacíficos de solução de controvérsias, mas tendo em vista o papel do Estado na defesa estratégica da refinaria, por que não há clareza quanto ao quantitativo de caminhões a serem liberados e à sua destinação?




Diversos fatos chamaram a atenção da diligência do MPF. Primeiro, a mobilização já não mencionava qualquer pauta reivindicatória dos caminhoneiros, mas tão somente o lema “intervenção militar já”, sendo que a terça-feira seria, segundo os manifestantes, crucial para o desfecho do movimento. Outro ponto de estranheza foi que, no local, havia uma carreata de vans, que estaria lá para prestar algum tipo de auxílio ao movimento. O MPF também questiona a forma como o acesso de caminhões à Reduc, já que a equipe da diligência presenciou um impedimento à entrada de caminhão por meio de barreira humana e verificou a organização das vans para auxiliarem em eventual obstrução no local.

O Globo

 

Caminhoneiros dobram a aposta, ganham adeptos e amplificam pedidos por “intervenção militar”

Grevistas estacionados na rodovia Régis Bittencourt, um dos mais de 500 pontos pelo país ainda mobilizados, não aceitaram a proposta do Governo Temer. Pedem que o litro do diesel valha 2,50 reais e que valor fique congelado por um ano

Não é só por 46 centavos. O presidente Michel Temer(MDB) bem que tentou aplacar a ira dos caminhoneiros em greve ao fazer importantes concessões à categoria, mas pelo menos um grupo expressivo deles não se mostra satisfeitos: agora eles querem mais. Mais de 500 pontos de mobilização permanciam ativos na segunda, desafiando o Planalto e a estabilização da rotinas das cidades. No quilômetro 281 da rodovia Régis Bittencourt, em Embu das Artes, São Paulo, a paralisação entrou nesta segunda-feira em seu oitavo dia com a exigência de que o preço do litro do combustível abaixe ainda mais e gire em torno de 2,50 reais, no máximo 3 reais, e que seu valor fique congelado por pelo menos um ano — e não os 60 dias propostos pelo Governo. “O Temer está blefando, até agora não tem nada oficial. O acordo tem que ser aceito por aqui, se não não dá”, diz Marcio de Faria.

A manicure Andreia Ferreira, 33 anos, vem frequentando a mobilização dos caminhoneiros desde a última quarta-feira com sua mãe e suas irmãs. Vieram apoiar as pautas da categoria? “Não, a nossa. Essa luta é de todo brasileiro. Tudo é caro hoje. Com um salário mínimo, não se paga nada. E eles, os caminhoneiros, estão aqui por nós também”, diz ela. O problema do país “estamos numa situação em que o imposto acaba com tudo”, explica. “Tudo é muito caro. A gente não vive como poderia viver, porque nosso dinheiro é tão pouco e vai todo para imposto. O que você faz com um salário mínimo? Você vai no mercado e não consegue fazer uma compra decente. Se o imposto não melhora a educação e saúde, então serve para quê? É melhor cortar logo“, defende. Sua mãe, Sirlene Ferreira, de 54 anos, diz que está acostumada a participar de manifestações desde os tempos da ditadura militar, quando fazia parte de um sindicato e era petista. Conta que inclusive foi presa. Apesar disso, defende a intervenção militar para tirar Temer do poder antes do fim do ano. E porque acredita que dessa vez vai ser diferente. “O povo brasileiro mudou, está informado, e não vai deixar que seja uma ditadura como antes. Essa intervenção vai ser do modo que o povo quer”, explica a aposentada, que foi eleitora de Lula nas eleições em que participou. “Ele tinha tudo na mão para mudar esse país. Todos os que estão na manifestação hoje estiveram com Lula”, aposta.

Congelamento maior
Enquanto isso, longas filas de caminhões continuam ocupando os dois sentidos da Régis Bittencourt. Mas, ao contrário da última sexta-feira, os veículos estavam estacionados no acostamento e em uma faixa, deixando duas faixas livres para a circulação em ambos os sentidos. Sem bloqueios, o trânsito fluía normalmente. Pessoas abarrotavam ônibus que passavam pelo local e aplaudiam os grevistas, apesar de terem se visto prejudicadas pela restrição transporte público nos últimos dias. Motoristas em carros e motocicletas continuam a buzinar em apoio. Na beira da estrada, não há sinais de que a população diminuiu seu apoio aos caminhoneiros. Cientes disso, os que ainda decidiram bater o pé e não aceitar o acordo proposto por Temer em cadeia nacional na tarde deste domingo. [são inocentes inúteis e que são insuflados por infiltrados da esquerda, especialmente a corja lulopetista.]

Em suma, o presidente propôs abaixar o preço do diesel em 46 centavos e mantê-lo congelado por 60 meses. Depois disso, os reajustes seriam mensais e não mais diários. Além disso, falou em em estabelecer uma tabela mínima de preço de frete e suspender a cobrança de eixo suspenso em todo o Brasil. Mas os caminhoneiros da Régis Bittencourt não só rechaçaram a proposta como alguns ainda falavam abertamente em interromper a greve apenas quando Temer deixasse o Governo, via renúncia ou via intervenção militar. O único político elogiado foi o governador de São Paulo Marcio França, que tomou a dianteira nas negociações com os grevistas no Estado.

A mobilização, com indícios sendo investigados pelas autoridades de ser um misto de locaute e greve em todo o país, é fragmentado e não tem lideranças claras. O WhatsApp e as informações (ou boatos) que circulam pela rede social servem de motor tanto para a paralisação como para os protestos que estão surgindo em decorrência dela. José Batista de Castro, de 53 anos, até elogiou algumas das ações de Temer que ficou sabendo. Mas, para ele, o congelamento dos preços durante 60 dias é pouco. “Depois disso vai reajustar tudo de novo. Por que não por mais tempo? Por que não reajusta de acordo com a inflação do Brasil? Por que a política de preço da Petrobras tem que ser aliada ao dólar? A gente não está de acordo com isso”, diz ele. “O litro de diesel deveria valer no máximo três reais, mas o ideal seria menos. E esse preço tem que ficar congelado por um ano pelo menos”, acrescenta.

Que o litro do diesel ainda custe três reais por litro ainda é muito para o bolso de Alvaro Mendes de Jesus, 50 anos. Ele, assim como vários outros, falam em 2,50 reais. No máximo 2,70. “A proposta do Governo está absolutamente equivocada. E depois dos 60 dias? Vai reajustar tudo de novo e vamos ter que parar tudo outra vez?”, questiona esse caminhoneiro, que até a greve começar transportava ferro do Pará até Santa Catarina. “Queremos uma proposta justa e que abaixe o diesel na bomba”, diz ele.  Os caminhoneiros também se mostraram favoráveis a uma intervenção militar, ainda que tenham ressalvas. José Batista espera que, caso ela ocorra, novas eleições sejam convocadas em breve. Mas existe um risco de uma nova ditadura? Depois de alguns segundos de silêncio, responde: “Com certeza é arriscado. Mas o pessoal está num beco sem saída com esse governo que está aí, né”. Já Marcio de Faria, que pretende votar em Jair Bolsonaro para presidente nas eleições outubro, diz não acreditar que uma ditadura militar volte a vigorar no país. “A pauta da intervenção é do povo, que está vindo aqui e pedindo. O caminhoneiro está atrás de abaixar o combustível, e o povo está aproveitando a deixa para pedir a intervenção. É justo. A intenção é que haja intervenção e que novas eleições sejam convocadas”, diz. Ao ser lembrado sobre o fato de que era essa a promessa em 1964, quando houve o golpe militar que resultou em uma ditadura de mais de 20 anos, Marcio responde: “Você está contente com o país em que está vivendo? Tem que ter alguma coisa. O Temer está destruindo o Brasil”, explica ele. Já Álvaro Mendes diz que querer uma intervenção “desde que ajude a gente”. E vai ajudar? Ele sorri e balança a cabeça para os lados. [as respostas dos entrevistados, as justificativas que apresentam, as propostas, explicam a razão de 'coisas' como Lula e Dilma terem sido além de eleitos, reeleitos;
Pior é que tais pessoas continuam com direito a portar 'Título Eleitoral' e se houver  oportunidade repetirão a m ... que fizeram nas eleições de 2002, 2006, 2010 e 2014 e empurrarão o Brasil de vez para o buraco.]

EL PAÍS

 

Auxiliar enxerga sinais de ‘desânimo’ em Temer



Em conversa telefônica com um congressista, na noite desta segunda-feira, auxiliar de Michel Temer disse ter detectado no presidente sinais de “desânimo”. Associou o desalento à longevidade do “caminhonaço”, que entra em seu nono dia. De acordo com o relato, o que mais “entristece” Temer é o efeito corrosivo que a paralisação dos caminhoneiros terá sobre o desempenho da economia em 2018. Impopular e enfraquecido, Temer vinha se escorando nos indicadores econômicos para se autovangloriar e enaltecer o seu governo. [Temer ainda pode recuperar grande parte do alento: basta reassumir o governo, passar a governar e para começar tem que trombar com os que ousam confrontar sua autoridade;

Os militares permanecem firmes nos respeito aos principios basilares da 'HIERARQUIA e DISCIPLINA' e os demais  no momento em que perceberem que o atual presidente decidiu ser PRESIDENTE, recuarão.

Um ponto que não pode ser olvidado é a identificação rápida, ainda que mediante uma caçada sem tréguas, dos INFILTRADOS - de todos os movimentos, especialmente dos adeptos do 'Lula Livre - os demais  grupos expressam uma opinião, defendem medidas que, a principio, não constitui crime.
Já qualquer ação  com o objetivo de libertar um condenado, um presidiário, é um ato criminoso - no mínimo, CRIME CONTRA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA.

Outra providência importante é buscar o enquadramento legal dos grupos que continuam fornecendo apoio logístico - de qualquer tipo, por qualquer meio e forma - aos caminhoneiros que insistem em permanecer bloqueando estradas (não se pode olvidar que os que auxiliam outros na prática de atos criminosos são também criminosos).]


O congressista compartilhou o relato num jantar que ofereceu na noite passada a três colegas. Disse ter ficado preocupado com o que ouviu. Telefonara para o “amigo” do Planalto com o objetivo de pedir que o presidente fosse mais “enérgico” no trato com os caminhoneiros. Sob pena de se “desmoralizar” no Congresso. Em resposta, ouviu o relato sobre a fadiga de materiais que estaria enferrujando o entusiasmo de Michel Temer. ''Vai passar'', disse o auxiliar do presidente

Blog do Josias de Souza

 

Brincando de golpe

Tentar derrubar Temer da Presidência é o típico, e inútil, ‘chutar cachorro morto’

Assim como nos aviões, são duas as decisões mais tensas de uma greve: quando e por que começar, quando e por que parar. A greve dos caminhoneiros começou na hora certa, jogou luz nas agruras do setor, criou um caos no País e foi um estrondoso sucesso. Os caminhoneiros, porém, estão perdendo o timing de acabar a greve e capitalizar as vitórias. As pessoas apoiaram a revolta, mesmo sofrendo diretamente as consequências, porque se identificaram com as dificuldades dos caminhoneiros e, como eles, estão à beira de um ataque de nervos diante de tanta corrupção. Mas é improvável que apoiem agora, simultaneamente, o “Fora Temer”, o “Lula livre” e a “Intervenção militar já”.


É uma salada indigesta. Pepino, abacaxi e pimenta não combinam e, cá para nós, focar o protesto na queda do presidente Michel Temer raia o ridículo, é como “chutar cachorro morto”. Faltando seis meses para o fim do governo? Com Temer já no chão? É muita artilharia para pouco alvo. O governo cedeu exatamente em tudo que eles pediam: preço do diesel, redução de impostos, previsibilidade nos reajustes, tabela mínima de fretes e mudança nos pedágios federais, estaduais e municipais. Uma brincadeira que vai custar de R$ 9,5 bilhões a R$ 13,5 bilhões ao Tesouro. Leia-se: a você, leitor, leitora. Agora, a munição do governo acabou. Não há o que fazer.

Eles exigiam mais do que 30 dias de suspensão de aumentos, o governo admitiu o dobro. Exigiam aprovação já, o governo assinou medidas provisórias, que entram em vigor imediatamente. Exigiam publicação do acordo no Diário Oficial da União, o governo fez uma edição extra. Depois de tudo, eles passaram a exigir o corte de R$ 0,46 nas bombas, antes de voltar à ativa. Estão enrolando. Com outras intenções? Uma coisa é a paralisação de caminhoneiros com reivindicações justas. Outra coisa, muito diferente, é um movimento político com exigências difusas, até contraditórias, e absolutamente inexequíveis. A paralisação deixa de ser justa, perde a legitimidade e passa a ser um ataque oportunista, não a um governo agonizante, mas às instituições e a toda a sociedade.

Ontem, manifestantes já circulavam pela Praça dos Três Poderes e confrontavam o Palácio do Planalto, como ocorreu em junho de 2013. Amanhã, os petroleiros podem começar uma greve sem pauta, movida a ódio e a política. No que isso vai dar? Há um clima de insegurança, de temor, de exaustão, no qual o que mais falta é racionalidade. Não estão medindo as consequências. Estão todos brincando com fogo: governo, caminhoneiros, os que amam Lula, os que odeiam Temer, os saudosos da ditadura militar… Mas todos eles, que comemoram e se divertem hoje, poderão ter muito o que chorar e espernear amanhã, porque todo esse ódio e essa “revoluçãomiram um governo em fim de festa, mas podem acabar fazendo a festa de quem menos eles esperam em outubro. [importante: desde que o governo eleito em outubro não seja de esquerda, não represente,  ainda que remotamente,  a repugnante corja lulopetista, o Brasil estará no lucro.]
 
Diz a inteligência, e confirmam os estrategistas, que você só dá passos sabendo onde quer chegar. E deve saber o momento de parar, para renovar energias, ou até recuar, para não bater com a cara na parede. O que se vê hoje, nos radicais que ameaçam as vitórias dos caminhoneiros, e na turba que os aplaude maliciosa ou ingenuamente, é justamente a falta de objetivos, de propósitos. É se jogar de cabeça, sem pensar nos riscos, nos perigos.
Derrubar Temer e colocar Rodrigo Maia na Presidência não pode ser um objetivo sério, um propósito de boa-fé. É uma manifestação irracional de ódio, um desserviço ao Brasil, uma aventura com repercussões nefastas. Quem gosta de brincar com fogo parece torcer por um golpe, mas um golpe de verdade. Que não venham depois chorar sobre o leite derramado, tarde demais.

Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo


Gasolina pode ficar ainda mais cara no Distrito Federal; prepare o bolso

Sindicombustíveis explica que atraso na chegada de álcool anidro para mistura faz com que preço do litro suba até R$ 0,20. Manifestações em frente à Distribuidora da Petrobras atrasam entrega em postos, e filas se espalham por toda a cidade

As cinco reduções de preços anunciadas pela Petrobras para a gasolina, depois do início da greve dos caminhoneiros, de pouco serviram para o consumidor, que viu dia a dia o preço subir nas bombas, quando conseguiu combustível para abastecer. E a tendência, segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do DF (Sindicombustíveis -DF), é que o valor suba ainda mais nos próximos dias, devido à falta de álcool anidro. De acordo com o sindicato, a gasolina vendida nos postos tem em sua composição 27% de álcool, que é mais barato. Como os caminhões não estão chegando ao DF para que a mistura seja feita nessa proporção, o produto passou a ser vendido com adição de apenas 18%. Com isso, o combustível fica mais caro.

O diretor do Sindicombustíveis, Daniel Costa, explica que a gasolina A (pura) vem de São Paulo para Brasília por duto subterrâneo, já o álcool anidro, depende das rodovias para chegar aos locais. “Só vem por via terrestre. Os caminhões estão retidos nas rodovias”, afirmou. Ele admite a falta de álcool para a mistura, o encarecimento do produto por isso, mas tranquiliza a população de que não vai faltar gasolina. Apesar de garantir que, assim que a situação do álcool anidro for normalizada, a percentagem da mistura retornará a 27%, não consegue especificar quando ocorrerá queda nos preços, mesmo a Petrobras tendo baixado o valor nas distribuidoras. Só calcula o aumento, causado pela mistura menor de álcool anidro. A mudança causará elevação do preço entre R$ 0,18 a R$ 0,20, dependendo de cada empresa que vende o produto.

Ontem, o abastecimento nos postos não estava normalizado e havia muitos estabelecimentos sem gasolina ou etanol para vender. As filas se espalharam por toda a cidade. O Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados do DF (Sinpospetro-DF) estimou que somente 30% dos estabelecimentos na capital tinham produto para vender.  Em pesquisa feita pelo Correio em postos da Asa Sul, Asa Norte, EPTG e SIG, o valor variava de R$ 4,69 até R$ 4,99. Ontem, novas manifestações em frente da Distribuidora da Petrobras, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), atrasaram as escoltas que levariam combustível aos postos.  Segundo a sócia da área de defesa da concorrência do L.O Baptista Advogados, Patricia Agra, o aumento é normal e esperado nessa situação. “Preços subirem por falta de produto é normal”, afirma. A preocupação da advogada, no entanto, é a respeito da possibilidade de alguns empresários fazerem aumentos abusivos embasados na crise que afeta o país. “É difícil dizer qual é o preço justo”, comenta. Ela defende que o Procon e o Cade precisam estar presentes nas ruas para evitar a combinação de preços, o que é caracterizado como cartel.

Sem saída
O técnico em secretariado Romildo da Silva, 46 anos, se queixa dos preços abusivos. “Cheguei a pagar R$ 8 no litro em Águas Lindas. Era isso, ou eu não teria como chegar ao trabalho”, lamentou. Ontem, mesmo contrariado, ficou mais de uma hora para abastecer em um posto do Sudoeste, onde o litro da gasolina estava sendo comercializado a R$ 5. “Não tive saída, infelizmente. Eu estava acostumado a pagar menos de R$ 4,50, e ficava no máximo 10 minutos no posto. Espero que os preços voltem ao normal quando tudo acabar”, comentou.


O Procon informou que a formulação dos preços da gasolina é um processo complexo que leva em conta outros fatores além da porcentagem de álcool anidro presente na composição. Segundo assessoria de imprensa, o órgão está nas ruas com mais intensidade desde quinta-feira (24/5) a fim de checar a existência de aumentos injustificáveis. (Colaboraram Augusto Fernandes, Sarah Peres e Walder Galvão, especiais para o Correio)

* Estagiário sob supervisão de Rozane Oliveira.


Correio Braziliense
 
 

Hora de pausa na greve para o país sobreviver

Caminhoneiros iniciaram o movimento grevista há oito dias, numa iniciativa reconhecida pela imensa maioria dos brasileiros como legítima em função da alta do diesel e da dificuldade para repassar esses custos aos preços. Todas as reivindicações foram atendidas, embora uma ainda esteja pendente de aprovação, a isenção do Pis/Cofins. Mas como o transporte é vital para quase todos os cidadãos do país, os líderes desse movimento precisam entender que está na hora de parar e voltar ao trabalho.

Se a intenção é fazer protesto político, ou por outras causas que não a redução do diesel, essas iniciativas devem ficar para outras manifestações, quando as pessoas tiverem alimentos em suas casas e combustível para deslocamento.  Esse movimento grevista prejudica principalmente os mais pobres. Não podemos esquecer que 60% dos brasileiros têm renda de até 1 salário mínimo e, se considerarmos até dois salários mínimos, é mais de 70% da população do país. Esses números têm sido lembrados pela economista Zeina Latif, doutora pela USP e economista-chefe da XP Investimentos. Somos um país pobre e com essa greve, os pobres sofrerão ainda mais. 
Os problemas continuarão nos próximos meses porque a alimentação já ficou mais cara e continuará subindo, especialmente no segmento de carnes. Até dias atrás, as pessoas conseguiam comprar um quilo de frango por cerca de R$ 4 ou perto disso em supermercados com preços mais acessíveis. Mas, com a paralisação, faltará frango no Brasil e em vários países que compram o produto daqui.  É bom lembrar sempre que temos no país mais de 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos necessitando de alimentos. Cerca de 64 milhões já morreram em função dos bloqueios e os demais estão em restrição alimentar desde o início da mobilização. Mesmo que não morram, muitos não poderão ser vendidos normalmente porque ficarão fora do padrão. 
Após oito dias de paralisação, falta quase tudo no país e os riscos são crescentes. Por isso, é importante que os que estão liderando essas barreiras pensem nas restrições que estão causando a milhares de famílias e voltem ao trabalho. Esse movimento não deve ser misturado ou apoiado para fazer outros tipos de protestos, contra a corrupção ou mais problemas. Essas críticas devem ser feitas em outras iniciativas ou, no momento reservado a isso, que é a eleição, quando o cidadão pode escolher os governantes. 

Mortandade de aves
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em nota divulgada no início da noite de ontem, informou que os problemas continuam gravíssimos para o setor de aves e suínos. A mortandade de aves continua no país. Ontem já eram quase 70 milhões de mortes. Além disso, cerca de 120 milhões de toneladas de carne de frango e carne suína deixaram de ser exportadas desde o início da greve. Os animais mortos estão sendo colocados em composteiras nas propriedades, mas não há mais espaço. O risco ambiental e de saúde pública é crescente, alertam os produtores.   “Não é mais possível esperar”.
Levantamento feito pela ABPA junto a seus associados apurou que, além de bloqueios de caminhões, há relatos de ameaças a motoristas que querem deixar a paralisação. Entre caminhões com rações, insumos para produção de alimentação animal como milho e soja, além de outros produtos estão sendo impedidos de circular em mais de 300 pontos de 22 Estados do país. A associação afirma que todos os esforços estão sendo feitos por avicultores, técnicos do setor e empresas para amenizar os impactos da greve.   A situação é alarmante. A continuidade dos bloqueios para produtos alimentícios, rações e animais são um grave risco ao país e exigem uma ação forte e imediata do governo. Não é mais possível esperar – alerta a ABPA. 

(...)
 
Produção suspensa
Não apenas as agroindústrias estão com a produção parada. A Olsen, de Palhoça, fabricante de equipamentos médicos e odontológicos, informou ontem que, por falta de componentes, suspendeu a produção por 16 dias. A empresa está reprogramando entregas e mantém plantão para as áreas comercial e de pós-venda. O fundador e presidente da empresa, Cesar Augusto Olsen, diz que esse movimento dos caminhoneiros poderá ser propulsor de mudanças que considera necessárias para que a indústria brasileira consiga elevar o patamar de competitividade no mercado nacional e internacional.
— Situações de ruptura como esta podem impulsionar a velocidade das mudanças que tanto defendemos, mas que nunca acontecem. A classe política tem uma excelente oportunidade de justificar tudo aquilo que sempre promete em cima dos palanques, mas depois da eleição relega e posterga. O Brasil não pode mais esperar – argumentou Cesar Olsen.   

Preços mais salgados
Uma pesquisa da Ticket em todo o país, feita no final de semana sobre os impactos da crise causada pela greve dos caminhoneiros, apurou que em Santa Catarina 34% dos consumidores enfrentaram alta de preços de frutas, verduras e legumes devido à paralisação e 21% não registraram problemas.  

MATÉRIA COMPLETA, NSC Total

Megaempresário dos transportes confessa o locaute: “Se houver caminhões da Dalçóquio por aí, pode meter fogo”. Vai acontecer o quê?

Em meio à greve, que é locaute, destaca-se a figura singular de um empresário, que, consultem o Google, vive escoltando o deputado Jair Bolsonaro. Trata-se de Emílio Dalçóquio, cuja família, e ele também, é dona da transportadora Dalçóquio, uma das maiores do país, com sede em Santa Catarina. Em vídeo que circula na Internet, ele aparece falando sobre um palanque.  E diz com todas as letras:
“Se houver caminhões da Dalçóquio por aí, pode meter fogo”.


Logo, os caminhões da Dalçóquio “não estão por aí”. Parece haver a clara confissão de locaute. 

Oficialmente, ele é apenas sócio da empresa, que pertence à família. Estaria afastado da direção. O grupo emitiu uma nota, leio no NSC Total, que é estranha. Diz que a posição de Emilio é de “cunho único e exclusivamente pessoal”. No entanto, a empresa afirma entender e apoiar “o momento de União Nacional, na busca de uma nova política de preços dos combustíveis, dentre outros pleitos mais, o que se faz necessário, dada a realidade deste destacável setor da economia”. A transportadora diz ainda atender “o chamamento das autoridades públicas, objetivando o abastecimento dos órgãos vitais para a sociedade em geral”.

Como? Atender o chamamento das autoridades? Para os “órgãos vitais”? A Dalçóquio disputa mercado, certo?, não atende a chamamento. Parece que na nota em que nega vínculos com Emílio, está a confissão algo enviesada de… locaute.
Ou o governo faz valer a lei ou vira um fantoche. E é nisso que querem transformá-lo.

Blog do Reinaldo Azevedo

O É DA COISA: É um absurdo que não haja, até agora, um só baderneiro na cadeia; os governos federal e estaduais ainda existem? Então ajam!





Forças Armadas e polícia escoltam 300 caminhões de alimentos ao Rio

Uma força-tarefa envolvendo militares, policiais rodoviários federais e policiais militares fizeram uma operação, na madrugada de hoje (29), para escoltar 300 caminhões com alimentos perecíveis. Os produtos saíram da região serrana fluminense para a cidade do Rio de Janeiro.
 Greve dos caminhoneiros - Ribamar Ferreira/AFP
Os veículos começaram a deixar a serra fluminense a partir da meia-noite e meia. Os caminhões se deslocaram da RJ-130 para a unidade de Irajá, das Centrais de Abastecimento (Ceasa) do estado.  Na última semana, a Ceasa de Irajá, principal central de abastecimento de alimentos da cidade do Rio, sentiu o impacto da paralisação dos caminhoneiros, que reduziu o abastecimento de alimentos e provocou alta de preços de vários produtos. Ontem, 90% das lojas da Ceasa não abriram as portas, devido à falta de alimentos.

Agência Brasil