Inflação sobe para 1,24% em janeiro – a maior desde
2003
Alta foi
pressionada pelos preços da energia elétrica. Em 12 meses, o IPCA já acumula
7,14%, acima do teto da meta e o maior índice desde setembro de 2011
O
ano começou pressionado com a alta dos preços da energia elétrica e dos alimentos. O Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no Brasil, registrou alta de 1,24% em janeiro, bem acima do indicador
de dezembro (0,78%), mostrou nesta sexta-feira o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística. A
taxa é a mais elevada desde fevereiro de 2003 (1,57%), segundo o
IBGE. A prévia da inflação (IPCA-15) indicava também um
número bem menor, de 0,89%. Em janeiro de 2014, o indicador havia ficado
em 0,55%.
Em doze meses até
janeiro, a inflação acumulou 7,14% - a maior variação desde setembro de 2011 (7,31%). A prévia do IPCA sinalizava alta de 6,69%
para o índice nessa comparação. A meta do governo tem
como centro 4,5%, podendo oscilar
entre um limite mínimo de 2,5%
e máximo de 6,5%. A inflação já estourou diversas vezes o
teto da meta no ano passado, mesmo com o governo controlando os preços
administrados (energia
e combustível, por exemplo). Neste ano, porém, os combustíveis já aumentaram de preço,
assim como a energia elétrica.
O aumento
de preços de Alimentação e Bebidas (1,48%), Habitação
(2,42%) e Transportes (1,83%) foi
responsável por 85% do índice do mês, ou 1,06 ponto porcentual,
segundo o instituto. Só a energia
elétrica, item que pertence ao grupo Habitação, subiu 8,27% e representou 0,24
ponto porcentual do 1,24%. "Com
exceção da região metropolitana de Salvador, que ficou em 0,76% em razão de
redução de impostos, as demais tiveram aumentos significativos nas contas, a
saber: Porto Alegre (11,66%), São Paulo (11,46%), Goiânia (9,37%), Belo
Horizonte (8,25%), Belém (8,02%), Curitiba (7,95%), Brasília (7,94%), Campo
Grande (7,84%), Vitória (7,63%), Rio de Janeiro (5,98%), Recife (4,67%),
Fortaleza (2,03%), Salvador (0,76%)", mostrou o IBGE.
No grupo
de Alimentos e Bebidas, a batata-inglesa chegou
a subir 38,09%, enquanto os preços do feijão carioca e
do tomate aumentaram 17,95%, e 12,35%, respectivamente. Já
a alta de 1,83% do grupo de Transportes,
foi puxada pelos preços do transporte público: a tarifa do ônibus
urbano, por exemplo, subiu 8,02%, enquanto
o ônibus intermunicipal e o interestadual ficaram 6,59% e 1,21% mais caros. O preço do metrô disparou 9,23%, acompanhado da tarifa do trem (8,95%). Por fim, o táxi ficou 2,63% mais
caro.
Fonte: Veja OnLine
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