Nota dos Editores do Blog PRONTIDÃO TOTAL:
POST originalmente publicado no Blog PRONTIDÃO - antecessor deste Blog - em março de 2013, homenageando o Glorioso Movimento Contrarrevolucionário de 31 de março de 1964.
Optamos pela republicação levando em conta o excelente artigo e o fato de que apesar dos mais de dois anos transcorridos, quando aborda a situação vigente naquela época o faz com precisão, antecipando o quadro atual.
A diferença entre situação apresentada naquela época e a de agora é apenas UMA, que sintetiza as demais: o BRASIL DE AGORA ESTÁ PIOR DO QUE NAQUELA ÉPOCA.
Ou medidas urgentes são adotadas - qualquer escolha tem que estabelecer como PRIMEIRA a REMOÇÃO da atual presidente - ou a coisa via piorar.
Até a SOBERANIA NACIONAL se encontra em risco.
Vamos ao POST:
31 de março: Palavras de um Pica-Fumo
Era o ano de 1964. Em Juiz de Fora havia uma Unidade de Material
Bélico, a 4ª Companhia Leve de Manutenção, que se destacava entre as
demais da guarnição.
Pequena, mas ativa na prestação dos serviços
de apoio a todas as guarnições da 4ª Região, perfeitamente integrada no
espírito de servir, e com equipes esportivas poderosas, tanto de
Oficiais como de Sargentos, frequentemente Campeã em basquete, vôlei ou
FutSal nas competições da guarnição. Eu servia orgulhosamente nessa
Unidade, onde havia chegado Aspirante no início do ano anterior,
feliz como só um Aspirante pode se sentir. Um dia, meu Comandante me
chamou para uma conversa em seu gabinete. Ela versou sobre a situação
política, minhas convicções, o que achava do que estava acontecendo etc.
Não seria honesto lhes narrar minhas respostas, pois não me lembro
mais delas. Sei que, no dia seguinte, o Capitão me ordenou que me
apresentasse ao Gen. Mourão, nosso Comandante de Região, no QG.
Lá
chegando, tive mais ou menos a mesma conversa com o General, acompanhado
de um índio velho paisano envolto em um poncho, do Cel. Batista, Chefe
do Estado Maior, e do TC Heitor de Caracas Linhares, o E3 da Região.
Imaginem o humilde pica-fumo, 2ºTenente MB, nessa companhia... Lá chegando confabularam entre si e, ao final, me chamaram de volta.
Aí descobri que o índio velho era o Gen. Muricy. Sob condição de sigilo
total me ordenaram que me preparasse para cumprir uma missão de risco.
No
dia 28 de março fui chamado pelo Cel. Batista. Ele me deu uma leve
noção do que estava para acontecer e me ordenou que organizasse uma
equipe de suprimento Classe III (Combustíveis, lubrificantes, etc) e,
na madrugada de 30 me deslocasse pela velha União e Indústria até
Areal - RJ e estabelecesse um posto de reabastecimento e apoio a um
grande efetivo de tropa que deveria se deslocar rumo ao Rio de Janeiro
passando por ali. Em seguida, devia retrair para a margem esquerda
do Paraíba e aguardar novas ordens.
O Coronel me deu uma carta
pessoal para um sobrinho seu que devia colocar o posto de gasolina de
Areal à minha disposição e me desejou boa sorte. No dia 30 lá fui eu,
com meu jipe, três ou quatro caminhões militares e um caminhão pipa
civil com gasolina, requisitado por nós. Cumpri a missão. Só que,
quando voltei à noite para a margem esquerda do Paraíba, de manhã
completamente deserta, encontrei uma aglomeração de tropas, tendo à
frente o 10º RI de Juiz de Fora, a comando do Cel. Everaldo. Era o
glorioso destacamento Tiradentes, em sua marcha rumo ao Rio de Janeiro.
Acomodei meus homens, fui dormir exausto e acordei com um alvoroço,
alta madrugada. Era o Ten. Monteiro de Barros (o mais novo), vadeando o
rio para se juntar aos nossos. Pouco depois recebi ordem do TC Linhares
para que partisse rumo ao posto em Areal, à frente do Destacamento e com
alguma antecipação, para estar perfeitamente pronto e operacional
quando a coluna passasse por lá.
Areal era um pequeno vilarejo,
quase que só uma rua, em um vale. Elementos de vanguarda da
infantaria do Rio já haviam ocupado as elevações ladeando a estrada.
Passávamos,
completamente desabrigados, com o “inimigo” a cavaleiro de nós. No ar
frio da manhã, podíamos ouvir os golpes de manejo da velha Madsen nos
recepcionando. O coração veio à boca. O medo se apresentou para o
serviço. Mas conseguimos o objetivo maior do guerreiro, que é vencê-lo.
Prosseguimos, passamos por entre eles e nos instalamos. O esquema
que organizamos funcionou bem. Trabalhamos dois dias e a noite que
os separou sem parar e quase sem comer. Enquanto isso os chefes se
acertaram, e o interessante da missão é que, ao fim de um certo tempo,
recebi ordem de abastecer também as viaturas do “inimigo”, que voltavam
para o Rio praticamente juntas com as nossas. Prevaleceu o bom senso.
Prevaleceu o espírito de conciliação que o brasileiro tinha naqueles
tempos.
Hoje...
Já no Rio, recebi o eficiente grupamento de
manutenção, a comando do Ten. Adilson Bertolino, meu querido irmão, e
como, embora sem merecê-lo, eu fosse o mais antigo,assumi o comando de
toda a tropa da 4ª Leve em operação na Guanabara. O restanteda
missão foi trivial e bem conhecido. Recebi elogios de todos os chefes
do Destacamento, mas o de meu Comandante, Capitão Amaury Friese
Cardoso, está gravado até hoje: [...] por ter voluntariamente
atendido à conclamação feita por este Comando, incorporando-se ainda em
hora incerta à Revolução Democrática de 31 de março, ajudando a
restaurar no Brasil o domínio da Constituição, a ordem jurídica e suas
tradições cristãs. [...]. No momento em que a vitória vai pouco a pouco
se consolidando apresento sinceros agradecimentos e francos louvores
por toda sua atuação no Movimento Revolucionário Democrático e
concito a que continue trilhando os mesmos caminhos de amor à Pátria e
lealdade aos princípios sagrados de nosso juramento à Bandeira do
Brasil, como tão bem o fez até hoje (Individual).Meu Capitão: pode
contar com isso!
É com esse background e esses parcos serviços
prestados ao primeiro passo da Contrarrevolução que ouso alinhavar
estas palavras, hoje, como uma homenagem ao manifesto “À Nação
Brasileira : 31 de março” dos Clubes Militares, em particular ao meu, o
Clube Militar, a Casa da República.
República é um termo que traz
embutido o conceito de liberdade! Liberdade de pensar, de falar, de
agir, dentro dos limites da lei. De ousar apontar os erros e os errados
e de buscar solução para ambos. Mas estamos atravessando tempos pouco
republicanos. O triste espetáculo de março do ano passado nas portas do
Clube Militar se repetiu há pouco, recorrentemente, com nossa
hóspede, a blogueira cubana Yaoni Sánchez. As tropas SA do
nazi-petismo, dessa vez a serviço de Cuba, encurralaram a moça onde
quer que ela pretendesse exercer seu direito de se expressar livremente
em um país que ela imaginava fosse democrático. Essa é uma amostra
clara do que nos espera se não reagirmos a tempo.
A incompetência, a
demagogia e a falta de respeito do grupelho no poder brada aos céus
por punição. A economia recua; o aumento do PIB é desprezível,
abaixo da inflação e do crescimento populacional; a Petrobrás, antigo
gigante econômico da Nação, se estiola; a inflação ergue a cabeça
maldita e a inadimplência aumenta. [já
começa a ser viável, pelo andar da carruagem, necessária, a volta do
recurso das aplicações quase que obrigatórias no 'open market' e no
'over night'.] A insensibilidade do governo é
revoltante: enquanto patrícios sofrem a desonestidade e a
irresponsabilidade dos políticos, sendo desalojados e morrendo como
moscas nas intempéries previsíveis, madame presidente, ateia e
comunista, vai farisaicamente beijar a mão do Papa, torrando milhões
de reais com sua comitiva turística em Roma: O povo perdeu seus
barracos? Que more em palácios...
A delinquência atormenta a
sociedade em suas duas vertentes: a corrupção, dentro do governo,
rapinando nossos recursos com incrível naturalidade patrimonialista, e a
violência, aqui fora, exercendo o terrorismo rural e urbano que,
aliás, atacou o próprio Clube em março passado. A pressão do vapor
nessa caldeira que se tornou nosso país está subindo perigosamente.
Fatos portadores de futuro apontam para a possibilidade real de uma
explosão sangrenta, cuja probabilidade aumenta a cada dia.
Enquanto
não tomamos posição, a Nação Brasileira está sendo esquartejada. O
inimigo divide para vencer. Não somos mais a tão decantada fusão das
raças branca, negra e indígena como me ensinaram em meus tempos de
primário e ginasial. Hoje temos toda uma quinta-coluna promovendo
nossa divisão em grupos: índios e quilombolas com direito a extensos
territórios próprios, à custa da expulsão dos proprietários legais e
produtivos; negros com direito a cotas especiais, esbulhando o justo
direito dos mais qualificados; ong´s estrangeiras atuando
descaradamente para impedir nosso desenvolvimento, sob a capa da
proteção ambiental e aos indígenas; uma imensidade de cidadãos,
refratários ao trabalho, com direito a bolsas a fundo perdido das mais
diversas denominações, em troca de votos de cabresto.
E, pagando e
sofrendo por tudo isso, a classe média, à qual, por especial
deferência do governo, são conferidos também dois direitos: o de
trabalhar e o de pagar impostos escorchantes e sem retorno. Repito
mais uma vez que nós militares temos a obrigação moral e
constitucional de defender as instituições tradicionais e a
integridade da Pátria. Nós juramos que o faríamos. Não há Ativa ou
Reserva. Não há Exército de ontem , de hoje ou de amanhã. Há um e um só: o Exército de Caxias, que tantas vezes impediu a secessão no Brasil.
Pois bem, parece que terá que fazê-lo de novo. Que cada um esteja aprestado, dentro de suas possibilidades.
Precisamos
de um núcleo que congregue todos aqueles dispostos a afrontar o
avanço das trevas. E o Clube Militar é o espaço nato para esse
núcleo. A nota de hoje é um passo importante para arrancá-lo da
acomodação em que se encontra e conduzi-lo de novo à condição de
guardião e Casa da República. E depressa, enquanto ainda temos uma
República democrática, de princípios cristãos, pois ela está sendo
pouco a pouco corroída pelas ameaças acima e pela ação açambarcadora
do executivo lulopetista,corrompendo o Legislativo, ameaçando o
Judiciário e aparelhando o Estado. Dentro em breve República, tal como
a conhecemos hoje, será apenas uma lembrança dos tempos em que éramos
felizes e bem sabíamos e, no entanto deixamos, por covardia, que
aquela felicidade escorresse por entre nossos dedos...
Por: Cel José Gobbo Ferreira
Salve o 31 de março!
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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