Bondade com
o dinheiro alheio
Depois de furado o esquema gigantesco da Petrobrás, era apenas questão de tempo para
começarem a estourar os tumores de outras estatais. Era cutucar e aparecer. O Estado chegou
antes e temos aí os Correios, para
confirmar a expectativa. Não foi o primeiro, certamente não será o último.
Fala sério: investir em títulos da Venezuela?! Isso não pode ser verdade. Mais do que uma aplicação de altíssimo risco, com o governo Nicolás Maduro desabando, é também uma operação suspeita e confirma o que todo brasileiro sabe, ou tinha obrigação de saber, a esta altura do campeonato: o modus operandi da era PT.
Além da má administração, impera a confusão entre Estado e governo e entre governo e partido. Dá nessas coisas. A maior empresa do País foi fatiada e dilapidada em mais de R$ 1 bilhão, a querida e popular instituição dos Correios foi chamada a financiar ditaduras destrambelhadas, o programa Mais Médicos foi maquiado para disfarçar uma mãozinha milionária para os "cumpanheiro" cubanos.
A
Operação Lava Jato expôs dirigentes partidários,
parlamentares, ex-ministros, diretores, doleiros e executivos das grandes
empreiteiras - com o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, no meio do
furacão. E todos eles expuseram o Brasil
à vergonha internacional e a processos judiciais preocupantes nos Estados
Unidos. Sabe-se lá quanto tempo a Petrobrás levará para se recuperar
financeiramente. Pior: quanto tempo
levará para resgatar a credibilidade e a autoestima.
E os Correios gastaram a seu bel
prazer,
principalmente no ano eleitoral de 2014, e serão
julgados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por ações irregulares pró-Dilma durante a campanha à reeleição.
Agora, com um rombo de bilhões de reais, o que fazem seus chefões? Mandam a conta para os funcionários. [é mandar a conta para os funcionários, beneficiários direto do Postalis
ou para o coitado do contribuinte = eu, você, nós;
Detalhe: quando o Postalis tinha
lucro, realizava investimentos lucrativos, nunca o resultado foi dividido com
nós, contribuintes.]
Conforme
a reportagem do Estado, o Postalis, fundo de pensão dos Correios, espetou um extra de 26% sobre os ganhos de
empregados, aposentados e pensionistas para cobrir um rombo que foi criado pela
incompetência, pelo partidarismo e pela ideologia. Como Robin Hood ao
contrário, os Correios tiram dos
trabalhadores para dar aos patrões e candidatos.
E a história de Cuba? O Mais Médicos faz sentido, porque há municípios sem nenhum
atendimento. E trazer generalistas cubanos também faz sentido, porque eles são
especialistas em prevenção básica justamente em áreas carentes e não atendidas.
Mas uma gravação obtida pela TV Bandeirantes mostra que o
objetivo real não era nem uma coisa nem outra. Era
despejar um bom dinheiro no regime dos irmãos Castro. Os médicos de
outras nacionalidades só serviram para dourar a pílula.
Como
resultado, temos que o Ministério da
Saúde financia Cuba, os Correios dão uma forcinha ora para a Venezuela, ora para a campanha de
reeleição da presidente, e a Petrobrás financia PT, PP e PMDB antes, durante e depois de eleições, para eternizar um
projeto de poder. Tem muita
investigação, muito inquérito, muitos réus, muita gente presa, mas, no frigir dos ovos, adivinha quem paga essa conta? Você!
Juiz. A
Polícia Federal não tem dúvida de que o juiz Flávio Roberto de Souza está
armando tudo para se passar por maluco e sair dessa afastado das
funções, mas com uma gorda aposentadoria vitalícia e com uma bolada extra no
bolso (ou em paraísos fiscais).
Nada
faz sentido: chegar no Porsche de Eike Batista em pleno fórum? Já com os
fotógrafos a postos? Levar piano para a casa do vizinho? Depois de tudo isso
falar em budismo, carma e "repousar
a mente"? Isso não é coisa de louco, é coisa
de gente muito viva.
Fonte: ELIANE
CANTANHÊDE - O Estado de S. Paulo
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