"Nos
intervalos entre os estupros, que por vezes duravam dias, os homens de Oxford
mantinham as meninas sob vigilância de modo que não pudessem escapar. Além de
serem estupradas em diversos locais de Oxford, algumas delas eram levadas a
outras cidades e bairros como Londres e Bournemouth com o mesmo
propósito". — Oxfordshire Serious Case Review (Avaliação de Casos Graves
de Oxfordshire).
"Cheguei
à delegacia de polícia às 2h30, toda ensanguentada, calças ensopadas até os
órgãos genitais. Eles fizeram pouco caso, me considerando safada,
inconveniente". — Testemunho da vítima, Oxfordshire Serious Case Review.
Sete membros de uma gangue que abusa sexualmente de crianças de
Oxford que foram considerados culpados em 2013 (no sentido horário a
partir da 1ª foto à esquerda): Assad Hussain, Zeeshan Ahmed, Kamar
Jamil, Bassam Barrar, Mohammed Karrar, Akhtar Dogar e Anjum Dogar. Eles
foram sentenciados em 2013 a uma pena conjunta de 95 anos de prisão por
estupro, tortura e sequestro de meninas britânicas sendo algumas de
apenas 11 anos.
"Fiz
queixa de um homem que me sequestrou de um orfanato. Ele foi preso, solto e me
sequestrou novamente". — Testemunho da vítima, Oxfordshire Serious Case
Review.
"A polícia se recusa a fornecer os endereços para
que possamos trazê-la de volta para casa". — Testemunho do pai da vítima,
Oxfordshire Serious Case Review.
"Ela
era menor, mas nos informaram que isso não era da conta deles". —
Testemunho do pai da vítima, Oxfordshire Serious Case Review.
O
relatório não incrimina nem responsabiliza ninguém. Ele culpa a falta de
providências por "falta de conhecimento" e "falhas
organizacionais".
As
autoridades locais por toda a Grã-Bretanha gastam um "considerável esforço
intelectual" para encontrar as razões para não realizar investigações
públicas compulsórias na questão do abuso de crianças por receio de
"repercussões negativas". — The Telegraph.
Nos
termos dos novos planos, professores, assistentes sociais, polícia e
autoridades eleitas serão obrigados a tomarem providências quando houver alguma
suspeita de abuso de crianças, sujeitos a penas de cinco anos de prisão no caso
de descumprimento da lei.
"A
não tomada de providências, sistêmica, tem sido ignorada através do silêncio, o
desleixo em série recompensado com promoções e delatores afastados. Por que as
coisas irão mudar agora, após os acontecimentos"? — Simon Kent,
comentarista britânico.
Acredita-se
que cerca de 400 meninas britânicas, algumas com apenas onze anos de idade,
foram sexualmente exploradas por gangues de estupradores muçulmanos em
Oxfordshire nos últimos 15 anos, de acordo com um arrepiante relatório que
acaba de ser divulgado. Ele acusa autoridades locais de ignorar, repetidamente,
casos de estupro devido a uma "cultura de negação".
A
escala dos abusos em Oxfordshire, município no sudeste da Inglaterra, espelha
casos chocantes da mesma natureza de exploração sexual de meninas britânicas
brancas por gangues em Bristol, Derby, Rochdale, Rotherham e Telford, implica
que não se trata de um problema isolado e sim endêmico.
As
133 páginas do Serious Case Review (Avaliação de Casos Graves, SCR em inglês)
foram publicadas
em 3 de março, no mesmo dia em que o Primeiro Ministro Britânico David Cameron convocou
a assim chamada Reunião de Cúpula sobre Abusos de Downing Street, na qual revelou
uma série de medidas destinadas a julgar mais criminosos e fazer justiça.
O
relatório que revela que há "fundamentação para se acreditar" que 373
meninas foram exploradas sexualmente por gangues em Oxfordshire desde 2004, tem
como base o relato de seis meninas às autoridades. As meninas foram as vítimas
no julgamento "Operação Bullfinch", no qual sete muçulmanos foram considerados
culpados em maio de 2013 por sequestro e estupro de meninas entre os anos de
2004 e 2012.
De
acordo com a SCR, entre 2005 e 2010, as seis meninas foram registradas 500
vezes como desaparecidas, sendo que na metade dessas vezes elas estavam sob os
cuidados de agências oficiais de proteção a criança, mas as autoridades nunca
se preocuparam em investigar.
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