Segundo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, presidente vai vetar proposta aprovada no Senado
A presidente Dilma Rousseff, em visita à sede do Google nesta
quarta-feira, na Califórnia, disse que não anteciparia o veto do projeto
que reajusta salários do funcionalismo do Judiciário entre 53% e 78%,
aprovado pelo Senado. Segundo ela, a iniciativa é em respeito ao trâmite
no Legislativo, uma vez que a proposta ainda vai à apreciação dos
deputados. Dilma, no entanto, argumentou que o reajuste “compromete o
ajuste fiscal”.
(É) lamentável, porque é insustentável um país como o nosso, em
qualquer circunstância, dar níveis de aumento tão elevados - defendeu a
presidente.
- Congresso, como a democracia, é assim: tem dia que você ganha e tem dia que você perde - disse Dilma.
A presidente lembrou que, no mesmo dia em que passou o reajuste do Judiciário, “numa lei que era cara para nós, na questão da maioridade penal, não houve vitória”. E salientou que o Congresso também tem contribuído positivamente: - Quero dizer para vocês, eu tenho de agradecer o Congresso. Uma parte expressiva do ajuste fiscal foi aprovada. Então, eu acho que tem hora que vocês criam um clima que não existe. A gente perde e a gente ganha. Nós temos várias coisas a reconhecer que os deputados federais e os senadores aprovaram.
Dilma disse ainda ver com tranquilidade as tensões entre Executivo e Legislativo numa democracia, ao responder se seria difícil voltar ao Brasil diante do clima político: - O clima político faz parte da realidade brasileira. Eu gosto do Brasil, e o clima político só me faz ficar mais atenta ainda, e me dedicar mais a resolver os problemas que necessariamente existem entre um governo, o Executivo, e o Congresso. Aprovação ou não.
Barbosa foi categórico ao afirmar que não há recursos federais suficientes para realizar o ajuste fiscal e arcar com o “super-reajuste“ do Judiciário, cujo impacto é de R$ 1,5 bilhão no segundo semestre deste ano, de R$ 5,3 bilhões em 2016, de R$ 8,4 bilhões em 2017 e de R$ 10,5 bilhões em 2018. - Esse aumento é incompatível com a atual realidade brasileira - disse Barbosa. - A recomendação será de veto. [esse tal de Barbosa não tem moral para recomendar nada; todos lembram que no inicio do segundo mandato da Dilma ele levou um esporro público e teve que desmentir besteiras que andou falando..
Tivesse amor próprio, tinha pedido para sair naquela ocasião.]
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