Em viagem pelos Estados Unidos, presidente classificou o projeto aprovado nesta terça pelo Senado em meio aos esforços do ajuste fiscal como 'lamentável'
A presidente Dilma Rousseff classificou de "lamentável" e "insustentável" o projeto que concede reajuste de até 78% ao Judiciário aprovado na terça-feira pelo Senado e disse que ele compromete o ajuste fiscal. Antes de sua declaração, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, havia informado que o governo vetará a proposta. [esse ministro Barbosa não se escreve o que ele diz;logo no inicio do desgoverno Dilma ele levou um esporro da 'soberana' devido umas bobagens que falou e teve que se desmentir.]
Apesar das críticas, a presidente adotou um tom contemporizador e disse que a votação faz parte da democracia. "Eu tenho que agradecer ao Congresso. Uma parte expressiva do ajuste fiscal foi aprovada, eu acho que tem hora que vocês criam um clima que não existe", disse a presidente, fazendo referência à imprensa. "A gente perde e a gente ganha."
Barbosa diz que Dilma vetará reajuste [veto existe para ser derrubado.]
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, antecipou que a presidente Dilma Rousseff vetará o projeto de lei aprovado nesta terça que reajusta entre 56% e 78% os salários dos servidores do Judiciário. Dos Estados Unidos, por telefone, o ministro manifestou enorme preocupação com o risco de o projeto ter impacto explosivo nos gastos de pessoal não só da União, mas de todo o Estado brasileiro por causa do seu efeito de pressão em "cascata". [efeito cascata foi o que os ministros dos tribunais superiores receberam no inicio do ano e que repercutiu em todas as instâncias do Poder Judiciário, beneficiando todos os membros daquele Poder. Servidor não é membro do Poder Judiciário, portanto não existe efeito cascata - é mentira do Barbosa.]
"Não podemos e não iremos sancionar esse projeto de Lei. Ele coloca em risco a estabilidade fiscal", disse Barbosa. O projeto foi aprovado ontem pelo plenário do Senado Federal. Em um discurso duro e ao mesmo de alerta geral, o ministro afirmou que esse projeto, para sociedade brasileira, é incompatível com a atual situação econômica do País. O ministro disse que é uma proposta inaceitável do ponto de vista fiscal e injusta do ponto de vista social. "No momento em que várias empresas e trabalhadores enfrentam dificuldade com aumento de desemprego, não é adequado e nem defensável propor aumento de 56% a 78% do Judiciário. Isso pode gerar gasto explosivo de pessoal não só Judiciário mas de todo o Estado brasileiro. Cria efeito em cascata para outras carreiras", advertiu.
O ministro afirmou ainda que num momento de transição e de reequilíbrio fiscal na economia brasileira, não é razoável pedir à sociedade brasileira que aumente a parcela da sua renda dedicada a pagar os servidores públicos. Barbosa destacou que a aprovação do projeto não muda em nada as negociações em curso para o reajuste dos servidores do Executivo. "Já estamos em processo de negociação do reajuste de servidores do Executivo desde o final de março", disse. Segundo ele, o governo já apresentou a proposta, que prevê uma aumento escalonado de 21,3%, dividido em parcelas de 5,5% em 2016, 5,0% em 2017, 4,8% em 2018 e 4,5% em 2019.
Na avaliação do ministro, essa é uma proposta razoável do ponto de vista fiscal, porque mantém o gasto da União estável em relação ao PIB ao longo de quatro anos. Barbosa acrescentou ainda que proposta é também responsável do ponto de vista social porque preserva o poder de compra dos servidores públicos, mesmo em momento de ajuste fiscal. "O que foi aprovado ontem não muda em nada o objetivo do governo em promover um grande acordo com os servidores do Executivo", afirmou Barbosa.
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