O texto também sustenta que há um "estado de exceção sendo gerado, em afronta à Constituição". Em outra passagem, defende as empreiteiras do petrolão e diz que "é preciso apressar os acordos de leniência" e "impedir a quebra das empresas".
O documento omitiu o nome de Cardozo, mas os petistas não têm poupado adjetivos para criticá-lo. Reservadamente, dizem que ele "não controla a PF" e deveria agir em defesa dos colegas de partido em apuros. Se as queixas estiverem corretas, o ministro merece elogios por respeitar a autonomia da polícia e a impessoalidade de suas investigações.
Desde o início do ano, Dilma Rousseff já citou a PF em ao menos cinco discursos. Na posse, em 1º de janeiro, exaltou sua "absoluta autonomia" como "instituição de Estado". Em 16 de março, afirmou que o Brasil é "um país em que o Executivo assegura absoluta liberdade de ação à Polícia Federal". Dois dias depois, disse que fortaleceu o órgão e garantiu "sua absoluta autonomia e isenção para investigar".
Se os petistas divergem dessas ideias, deveriam convocar a presidente, não seu subordinado, para dar explicações ao partido.
Fonte: Folha de São Paulo – Bernardo de Melo Franco
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