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sexta-feira, 24 de junho de 2016

Parlamento Europeu quer Reino Unido fora da UE o mais rápido possível, diz presidente



Segundo Martin Schulz, advogados estudam possibilidade de acelerar ativação do artigo 50 — procedimento para saída do bloco
O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, confirmou que a União Europeia (UE) quer o Reino Unido fora o mais rápido possível, depois de eleitores britânicos votarem pela saída do bloco em referendo na quinta-feira. Schulz advertiu nesta sexta-feira que a decisão do primeiro-ministro David Cameron de atrasar o início das negociações da saída até que seu sucessor assuma o cargo pode não ser rápido o suficiente. 

Em entrevista ao jornal “The Guardian”, Schulz informou ainda que advogados da UE estudam a possibilidade de acelerar a ativação do artigo 50 — o procedimento para sair da União Europeia, que ainda não foi aplicado.  Incerteza é o oposto do que precisamos — disse Schulz, acrescentando que é difícil aceitar que um continente inteiro se torne refém de uma luta interna no partido do premier britânico. — Eu duvido que isso esteja apenas nas mãos do governo do Reino Unido. Nós temos que estar cientes desta declaração unilateral de que eles querem esperar até outubro, mas esta não e a palavra final.

Mais cedo, em um comunicado conjunto, presidentes das instituições europeias pediram que as negociações de saída ocorram “o mais rápido possível”. Eles também negaram a possibilidade de renegociação sobre a decisão. Esperamos agora que o governo do Reino Unido efetive a decisão dos britânicos o mais rapidamente possível, não importa o quão doloroso esse processo possa ser”, disseram eles em uma nota. "Esta e uma situação sem precedentes, mas estamos unidos em nossa resposta".  

Logo após a vitória do Brexit (abreviação de British Exit, que significa “Saída Britânica” em inglês) no referendo, Cameron anunciou sua renúncia. O premier afirmou que a  escolha do novo líder britânico só deve acontecer em outubro, quando o Partido Conservador vai se reunir para apontar um novo comandante. Estimando uma "década de incertezas" para a economia, o governo britânico acredita que o processo para negociar a saída da UE, os futuros acordos com o bloco e os acordos comerciais com países fora da UE deverá ser concluído no fim de 2019.

A vitória do Brexit foi lamentada pelas lideranças da União Europeia, com a chanceler alemã, Ângela Merkel, classificando a decisão britânica de um golpe para a Europa e para o processo de unificação. Após 43 anos de uma parceria que definiu os rumos da Europa no pós-guerra, o Reino Unido decidiu na quinta-feira retirar-se da UE. Por 52% dos votos a 48%, a maioria dos britânicos optou pelo chamado Brexit, a saída do bloco, em uma votação apertada, na qual as duas opções do referendo se alternaram diversas vezes na liderança. O resultado foi na contramão das últimas pesquisas de intenção de voto, que indicavam vitória da permanência do país no bloco. 

Fonte: O Globo


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