A diferença entre
conservadores e esquerdistas, muitas vezes, não está em suas concepções sobre a
sociedade, nem sobre seus planos sobre o futuros das nações, mas em algo
bastante trivial. Enquanto toda a análise que as
esquerdas fazem se baseia em ideologia, os conservadores são apenas práticos.
A questão sobre o desarmamento
demonstra isso, claramente. O que os conservadores propõem,
em geral, não é um culto às armas, mas
apenas a chance das vítimas se defenderem. Não há uma questão ideológica
envolvida, mas uma simples análise da realidade. Isso porque, enquanto os esquerdistas defendem o desarmamento pela razão
de entenderem, em um plano conceitual, que o
Estado deve ter o monopólio da segurança, ainda que isso não seja mais prático,
nem mais eficiente, os
conservadores, independente de gostarem de armas ou mesmo de possui-las,
simplesmente entendem que, por causa dos fatos como se apresentam, o melhor para a proteção das pessoas
é que elas possam ter seus próprios meios de defesa.
Sinceramente, em um plano ideal,
nem condeno quem não goste de armas. Armas são feitas para
matar e ninguém é obrigado a apreciar algo que possua essa natureza. No entanto, isso não permite agir
de maneira conflitante com a realidade. Aos que desejam um mundo sem armas,
para promover tal intento precisam antes dar garantias que seu objetivo é
alcançável. Se não podem fazer isso, é melhor que se calem. O problema é que os desarmamentistas, como sua gana em
tirar as armas das mãos do cidadão comum, não
têm a mínima competência para fazê-lo em relação aos criminosos. Querem desarmar a
população, mas não conseguem tirar o
revólver do trombadinha da Praça da Sé, quanto mais dos soldados do tráfico,
dos criminosos profissionais e dos terroristas. Na prática, ao fazer de
tudo para que ninguém tenha armas, permitem
que o monopólio delas pertença aos bandidos.
De fato,
estatistas que são, o que eles querem é que apenas os agentes do Estado possam carregar
armas. Com isso, fazem com que as pessoas comuns
fiquem literalmente à mercê dos criminosos. Isso porque um bandido não
avisa quando age e as chances de pará-lo por meio de uma ação policial é
mínima. A polícia, em geral, age quando chamada e, normalmente, quando chega já
é muito tarde para impedir uma tragédia. Os policiais são heróis, pois arriscam-se diariamente para manter a sociedade
em segurança. O problema é que impedir todos os
crimes é impossível e os cidadãos ficam desprotegidos enquanto eles não chegam.
Negar que uma pessoa
possa se defender quando atacada é negar um direito básico do ser humano. Por isso, o direito de possuir armas não é,
como os esquerdistas dão a entender, um privilégio de pessoas que cultuam a
violência, mas um direito humano
essencial. Se o objetivo é a proteção de vidas, por qualquer lado que
se enxergue o problema, o direito ao
armamento não pode ser negado. Tirar as armas das
pessoas não é protegê-las, mas deixá-las à mercê de quem as possui. E
aqueles que as usam para cometer seus crimes não encontram nenhum problema em
adquiri-las, nem respeitam as leis que as proíbem.
Quando os desarmamentistas
tiverem a mínima capacidade de extinguir as armas, fazendo
com que nenhum criminoso as possua, terão alguma autoridade para iniciar o
debate sobre a conveniência de tê-las . Enquanto isso não acontece, não
têm direito de exigir nada.
* * *
A aceitação de denúncia contra Jair Bolsonaro, pelo Supremo Tribunal Federal, é o ápice da tirania judiciária, que apenas é possível ser alcançada quando a linguagem e o imaginário de um povo já foram esmigalhados ao máximo. Na decisão dos ministros há um contorcionismo verbal e imaginativo tal, que nem é preciso ser muito culto para percebê-lo. Mas ele é possível apenas porque a correção linguística foi abandonada e a permissividade com o uso da língua permitiu que, de qualquer frase proferida, seja extraído o significado que se bem entende.
A aceitação de denúncia contra Jair Bolsonaro, pelo Supremo Tribunal Federal, é o ápice da tirania judiciária, que apenas é possível ser alcançada quando a linguagem e o imaginário de um povo já foram esmigalhados ao máximo. Na decisão dos ministros há um contorcionismo verbal e imaginativo tal, que nem é preciso ser muito culto para percebê-lo. Mas ele é possível apenas porque a correção linguística foi abandonada e a permissividade com o uso da língua permitiu que, de qualquer frase proferida, seja extraído o significado que se bem entende.
Este é o fruto do
desconstrucionismo, que, de
perversão de críticos literários e filósofos modernos, chegou ao meio jurídico e está servindo como o instrumento perfeito
para a criação de uma ditadura de toga. E quando chegamos a esse ponto, não
há mais a quem recorrer. Não neste mundo.
Quando a Maria do Rosário chamou
o Bolsonaro de estuprador, ela estava usando a
mesma tática das feministas de hoje: a de lançar a culpa sobre quem não tem para proteger quem tem.
Falar de uma cultura do estupro é apenas uma maneira, pouco inteligente, por
sinal, de desviar a atenção dos verdadeiros culpados: os próprios estupradores
e aqueles que, direta ou indiretamente, os justificam.
* * *
O ódio que Reinaldo Azevedo nutre
em relação a Jair Bolsonaro seria facilmente identificável como algo muito
além da discordância política. É
tão manifesta sua raiva que se poderia dizer que já chega ao nível da histeria.
Só não diria que é isto porque a histeria cria na
pessoa um medo sem causa. Porém, no caso do articulista, há uma causa
evidente, que é a ameaça que Bolsonaro
representa às pretensões eleitorais tucanas. Portanto, o que Azevedo tem
escrito é apenas canalhice mesmo.
* * *
Um candidato à presidência
independente, que antes das eleições alcança 9% das
intenções de votos, causa grande tremor nos grandes partidos. Este foi Fernando Collor, cerca de menos de um
ano antes das eleições de 89. Por que vocês acham que estão todos em polvorosa com Jair Bolsonaro, que
já alcança, segundo algumas pesquisas, 14%
do eleitorado, faltando mais de dois anos para o pleito?
* * *
Vivemos em uma sociedade plástica. Não são apenas as roupas que
usamos que são sintéticas, nem só os alimentos que comemos artificiais. Tudo hoje parece de mentira.
Nossos heróis
não lutam mais guerras, mas estão dentro de campos com regras controladas,
existentes apenas para nossa diversão; nossas
leis criam ficções, que nada têm a ver com a realidade; nossa linguagem é falsa, pois ignora a
experiência; as relações agora não possuem mais o olhar; até o sexo tem se dado sem a presença do outro; escrevemos em máquinas que imitam papéis e
lemos livros que fingem virar páginas.
Com tanta ilusão, é impossível que essa realidade não cause
nenhum efeito mais sério na percepção das pessoas, na forma como elas pensam e
no jeito delas se relacionarem com a existência.
Saberemos quais são tais efeitos.
Logo.
* * *
Um mesmo perigo na busca de conhecimento e santidade: no meio do caminho o perseguidor achar que já os alcançou. Este é um momento crítico.
* * *
“Fabio, você se acha do dono da
verdade”. Não, sou
escravo dela. Quem se acha dono é você que tenta moldá-la ao seu jeito.
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