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quinta-feira, 23 de junho de 2016

Como o primeiro delator do PT levou à prisão de Paulo Bernardo



Operação Custo Brasil prendeu o ex-ministro do Planejamento por dinheiro desviado da Pasta
O ex-ministro Paulo Bernardo foi preso pela Polícia Federal nesta quinta-feira (23), no apartamento funcional de sua mulher, a senadora Gleisi Hoffman, do PT, na Operação Custo Brasil, o primeiro desdobramento da Operação Lava Jato em São Paulo. Bernardo é suspeito de participar de uma fraude que desviou cerca de R$ 100 milhões do Ministério do Planejamento entre março de 2005 e janeiro de 2011.  Ele caiu graças às revelações de um petista hierarquicamente humilde, Alexandre Romano, o “Chambinho”, ex-vereador pelo PT em Americana, no interior de São Paulo.  

Chambinho foi o primeiro delator petista. Posteriormente, o ex-senador Delcídio do Amaral também contribuiu com as investigações, ao dizer que Bernardo beneficiava a empresa envolvida na fraude no Planejamento desde os tempos em que foi secretário no governo de Zeca do PT, em Mato Grosso do Sul.   

De acordo com as investigações, Paulo Bernardo direcionou a contratação da empresa Consist Software para gerir o sistema de crédito consignado na folha de pagamentos de funcionários públicos federais com bancos privados. Cerca de 70% dos valores dos contratos assinados com a Consist eram repassados a beneficiários do esquema. Bernardo foi preso preventivamente. 

No total, a Polícia Federal cumpre 11 mandados de prisão preventiva, 40 de busca e apreensão e 14 de condução coercitiva em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal, todos expedidos pela 6ª Vara Criminal Federal em São Paulo.  Para repassar a propina a Bernardo, a Consist assinava contratos com empresas ligadas a Chambinho, ao lobista Milton Pascowitch e ao advogado Guilherme Gonçalves, que assessorou campanhas de Bernardo. Pascowitch também tem um acordo de delação premiada. 

O esquema no Ministério do Planejamento foi descoberto na Operação Pixuleco 2, a 18ª fase da Lava Jato deflagrada em agosto do ano passado, mas o caso foi transferido para a Justiça Federal em São Paulo por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Há mais de um ano Bernardo convivia com o pavor de ser preso. Por causa da investigação, no ano passado ele perdeu a chance de ser indicado a um cargo em Itaipu Binacional pela presidente Dilma Rousseff. Paulo Bernardo não é o único ex-ministro nas mãos da PF hoje. 

O ex-ministro da Previdência Carlos Gabas foi alvo de uma ordem de condução coercitiva. Houve mandados de buscas para a apreensão de material e documentos nas sedes do PT em São Paulo e em Brasília.





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