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quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Aduladores de Maia fazem de conta que ele preside também o Senado. É de um ridículo ímpar!



Ao contrário do que se lê em todo canto, o deputado perdeu relevância. Sim, Temer tentará voltar às boas com o rapaz porque, afinal, é do seu temperamento

Chega a ser divertido, diga-se, a dedicação com que a assessoria e a marquetagem de Rodrigo Maia consegue convencer os jornalistas de que o presidente Michel Temer saiu dessa votação ainda mais dependente do deputado. Ele seria, ora vejam, até mesmo dono da agenda de modernização do país. É mesmo? Qual foi, além de nenhum, o seu grande esforço em favor da reforma política, por exemplo? Acovardou-se ainda mais do que os outros. A reforma da Previdência é uma pauta que ele acabou comprando nem faz tanto tempo, até porque chegou ao cargo com o apoio das esquerdas, que veem nele um aliado circunstancial ao menos.
 Napoleão Bonaparte! Eis a imagem que Rodrigo Maia deve enxergar no espelho. Em comum com o imperador, só mesmo o ar entediado

O ridículo chega a tal ponto que os seus propagandistas na imprensa se esquecem de que o Parlamento brasileiro é bicameral. Tem-se a impressão de que o valente Maia é também presidente do Senado. Assim, a reforma da Previdência que ele conseguisse emplacar na Câmara, por exemplo, não encontraria resistência nenhuma na outra Casa. É estupefaciente.

Ao contrário do que se lê em todo canto, o deputado perdeu relevância. Sim, Temer tentará voltar às boas com o rapaz porque, afinal, é do seu temperamento. E, se Maia decidir sabotar os projetos do governo, tem-se uma dificuldade a mais. Mas nada além disso. Até porque o valente parlamentar estará sendo visto com olhos bem distintos agora.

Antes, os incautos enxergavam nele uma alternativa de poder. Mesmo quando se comportava como um sabotador, isso não ficava muito claro. Daqui para a frente, este senhor vai ter de prestar contas a seu eleitorado, bastante minguado em 2014: pouco mais de 53 mil votos. Simpatia das esquerdas, só mesmo das parlamentares. O eleitorado conservador, que é o seu, vai cobrar dele que colabore com as reformas que precisam ser feitas, não o contrário.

Ao não ter mais a cadeira de Temer como opção, Rodrigo Maia volta à sua real estatura política. Bem menor do que o seu ego inflado sugere e compatível com o seu permanente ar de infelicidade, der tédio, como se quisesse sempre estar em outro lugar.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo

 

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