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quinta-feira, 22 de março de 2018

A liderança de Cármen Lúcia



A expectativa destes dias gira toda em torno do destino que será dado ao presidente Lula.

Como se sabe, o ex-presidente depende de decisão do Supremo Tribunal Federal a respeito do Habeas Corpus que pede a suspensão de sua prisão. O caso vem despertando conflitos sérios, nas ruas e no Tribunal. Muito para além de Lula, ganhou contornos mais amplos: a interpretação da Constituição Federal, o sentido da Justiça e o direito do cidadão.

Em seu  artigo 5, a Carta afirma que ''todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza…'' Todavia, o inciso LVII do mesmo artigo alerta: ''ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória''. O tribunal teria se manifestado anteriormente sobre o assunto, mas ao que se percebe não de forma definitiva; pelo menos, conclusiva. Existem ainda brechas e os ministros têm divergido sobre o tema. 

em ser jurista ou versado nos ''data vênias'' dos tribunais, não arriscaria, eu, interpretar e resolver controvérsia em que doutos magistrados divergem sem encontrar o mínimo consenso. No entanto, a questão específica de Lula parece ter-se enredado por caminho em que não haverá solução boa, seja o ex-presidente preso, seja mantido em liberdade.

Independente da definição dos ministros do STF, o assunto degringolou para a o campo da desrazão política. Houve motivos para isso, erros de condução do processo. A presidente do Tribunal, que no passado fora condescendente com Renan Calheiros - então presidente do Senado, Renan deu-se ao direito de não cumprir determinação de ministro do Supremo e Cármen Lúcia, entre atônita e condescendente, conciliou – , iniciou o ano como que procurando se corrigir. Escorando-se na platitude de que ninguém está acima da lei.

Matéria completa no Blog do Carlos Melo

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