A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva requereu à Segunda
Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do instrumento chamado
Reclamação, que revise uma decisão do ministro Edson Fachin e suspenda a
execução de pena do petista.
Os advogados afirmam que Fachin “mais uma
vez retirou do órgão fracionário competente a análise do pedido de
liberdade do ex-presidente”.
Na terça-feira, 26, a Segunda Turma analisou as Reclamações do
ex-ministro José Dirceu e do ex-assessor do PP João Genu e suspendeu a
execução de pena de ambos.
A defesa de Lula contestou “a iniciativa de Fachin sob a ótica da
garantia constitucional do juiz natural e também mediante a demonstração
de que o ministro não demonstrou a presença de quaisquer das hipóteses
que o Regimento Interno do STF autoriza o Relator a submeter o caso ao
Plenário (art. 22)”. [se Fachin tivesse mandado soltar Lula, os advogados de defesa concordariam que o ministro Edson Fachin possui poderes para rever decisão do Supremo vigente desde 2016 - prisão do condenado após confirmação em Segunda instância da sentença condenatória;
diante do fato que o ministro Fachin optou por enviar a matéria para decisão do Plenário do STF - autor em 2016 da decisão contestada pela defesa do presidiário Lula mais de 'trocentas' vezes (contestações sem argumentação consistente, baseada apenas no 'vamos ver se cola') a defesa alega agora que Fachin não poderia mandar a matéria ao Plenário.]
Os advogados de Lula afirmam que “somente os processos contra Lula
com a perspectiva de resultado favorável no órgão competente – a 2ª
Turma – são submetidos ao Plenário”.
O pedido de liberdade de Lula seria julgado pela Segunda Turma na
terça-feira passada, dia 26. Após decisão do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região (TRF-4) de barrar um Recurso Especial ao Supremo, Fachin
arquivou o pedido do petista. O advogado Cristiano Zanin Martins afirmou que “o pedido de liminar
deverá ser analisado por um dos ministros da 2ª Turma do STF, conforme
prevê a lei (CPC, art. 988, par. 1º)”. [tudo indica que Lula terá que aguardar agosto, talvez inicio de setembro - nada impede que o ministro Fachin decida enviar ao Plenário do STF, qualquer matéria, especialmente quando sobre a mesma existe decisão daquele Colegiado e que está em plena vigência - a decisão de 2016 continua em vigor.]
IstoÉ - Estadão Conteúdo
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