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domingo, 8 de julho de 2018

Defesa diz que Moro e MPF atuaram em 'bloco monolítico' contra Lula - Decisão de soltar Lula desmoraliza advogado do ex-presidente



Em meio à guerra de decisões sobre a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a defesa do petista divulgou uma nota neste domingo (8) na qual acusa o juiz federal Sérgio Moro e o MPF (Ministério Público Federal) de atuarem como um "bloco monolítico" contra a liberdade de Lula. "O juiz Moro e o MPF de Curitiba atuaram mais uma vez como um bloco monolítico contra a liberdade de Lula, mostrando que não há separação entre a atuação do magistrado e o órgão de acusação", diz a nota assinada pelo advogado de defesa Cristiano Martins Zanin. De acordo com a nota, Moro teria atuado "decisivamente" para impedir o cumprimento da ordem de soltura emitida pelo desembargador do TRF, Rogério Favreto em favor de Lula, direcionando o caso para outro desembargador do mesmo Tribunal que não poderia atuar neste domingo. 

Em um despacho publicado neste domingo, Moro afirmou que o juiz federal Favreto é incompetente para sobrepor-se ao colegiado da 8º Turma do Tribunal Regional Federal da 4º Região e ao plenário do Supremo Tribunal Federal, que  autorizaram a prisão de Lula. Moro consultou o relator do caso, o desembargador João Pedro Gebran Neto, por entender que cabe a ele é o "juiz natural do processo". O procurador da República José Osmar Pumes, do Ministério Público Federal também disse que o juiz plantonista Favreto não teria a competência de tomar a decisão de libertar Lula.

Pela manhã, Favreto determinou que Lula deixasse ainda neste domingo (8) a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde está preso desde 7 de abril. Moro, por sua vez, negou-se a cumprir a decisão, alegando que Favreto não é autoridade competente para decidir sobre o caso, e pediu orientação ao relator do caso no TRF-4, João Paulo Gebran Neto. O relator determinou que Lula continuasse preso. O impasse só terminou após o presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores, deliberar pela manutenção da prisão. "É incompatível com a atuação de um juiz agir estrategicamente para impedir a soltura de um jurisdicionado privado de sua liberdade por força de execução de execução antecipada da pena que afronta ao texto constitucional --que expressamente impede a prisão antes de decisão condenatória definitiva", afirma a defesa de Lula. 

Defesa diz querer ajuda da ONU "A atuação do juiz Moro e do MPF para impedir o cumprimento de uma decisão judicial do Tribunal de Apelação reforçam que Lula é vítima de 'lawfare', que consiste no abuso e na má utilização e dos procedimentos jurídicos para fins de perseguição política", diz a nota de defesa. Moro e o TRF não haviam se manifestado sobre as afirmações da defesa de Lula até o fim da tarde deste domingo. [Lula já pediu arrego a ONU e foi solenemente ignorado.] 
 
"A defesa de Lula usará de todos os meios legalmente previstos, nos procedimentos judiciais e também no procedimento que tramita perante o Comitê de Direitos Humanos da ONU [Organização das Nações Unidas], para reforçar que o o ex-presidente tem permanentemente violado seu direito fundamental a um julgamento justo, imparcial e independente e que sua prisão é incompatível com o Estado de Direito", diz a nota.


Decisão de soltar Lula desmoraliza advogado do ex-presidente

Parlamentares conseguiram o que Cristiano Zanin Martins tenta há três meses, sem sucesso [só que o barro não colou e Lula continua preso - os deputados se juntaram aos incompetentes que tentam defender Lula.]

A vitóriado trio de deputados  desmoraliza Cristiano Zanin Martins, o advogado do ex-presidente que viu um grupo de parlamentares conseguir o que ele vem tentando, sem sucesso, há três meses.

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