Frustrada tentativa do PT de
manipulação da Justiça
Ação de magistrados restabelece a ordem e segurança jurídicas, atingidas por manobras do PT inspiradas na regra do partido de que ‘os fins justificam os meios’
Falhou a
manobra do desembargador Rogério Favreto, e agora há pedido de investigação
contra ele feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, com a
possibilidade de punição dura;
também 143 habeas corpus impetrados em favor de
Lula, “padronizados”, foram rejeitados no Superior Tribunal de Justiça (STJ),
pela presidente da Corte, Laurita Vaz;
bem como terminou engavetado, pela juíza
Carolina Moura Lebbos, da 12ª Vara de Execuções Penais de Curitiba, o esdrúxulo
pedido para Lula fazer campanha de dentro da cela.
O
conhecido estilo agressivo do PT e a aplicação da velha regra dos “fins que
justificam os meios” sofreram derrotas nesses últimos dias. Assim como, no
primeiro mandato de Lula, foi barrado o mensalão — desfalque de dinheiro do
Banco do Brasil para comprar apoio parlamentar no Congresso — e, já na era
Dilma Rousseff, começou a ser desmantelado o petrolão, o assalto à Petrobras
numa aliança entre partidos (PT, MDB e PP), grandes empreiteiras e diretores da
estatal cooptados para a corrupção. Um caso de alcance mundial, com
desdobramentos penais e políticos em países latino-americanos e investigações
nos Estados Unidos e na Suíça.
Mais do
que nunca deve-se cumprir a lei, como têm feito juízes: João Pedro Gebran Neto
e Thompson Flores, na segunda instância da Lava-Jato, no Tribunal Regional
Federal da 4ª Região, em Porto Alegre (TRF-4), e Laurita Vaz, presidente do
Superior Tribunal de Justiça. Com ela, além da rejeição dos habeas corpus
produzidos em série, em uma manobra típica de má-fé, terminou sendo
restabelecida de vez a hierarquia no vaivém de decisões no âmbito do TRF-4.
Com o
retorno da ordem e da segurança jurídicas, abaladas durante várias horas no
domingo, a defesa de Lula continua no direito de trabalhar pelo cliente,
enquanto o partido exercita a prerrogativa da livre expressão, como deve ser
numa democracia. Mas tudo, por óbvio, dentro da lei, sob a Constituição.
À medida
que avançam os prazos do calendário eleitoral, há a tendência de aumentar o
ativismo petista, em defesa da candidatura do líder trancafiado. O partido
aplica a conhecida estratégia da vitimização de Lula, para mantê-lo no
noticiário, e a militância, mobilizada. Até que chegue o momento da confirmação
pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Supremo que a Lei da Ficha Limpa
continua em vigor, e que, portanto, Lula, condenado em segunda instância, está
inelegível por oito anos. [a militância petista faz tempo que desceu pelo esgoto;
o que resta, e alguns ainda chamam de militância, são restos de dejetos, formado em sua maioria por coisas que em troco de um cargo em comissão no serviço público se prestavam a servir ao PT e a trabalhar contra o Brasil.
Este resto a cada dia está mais desesperado por ver minguar suas chances de conseguir se pendurar nas tetas da 'viúva'; o máximo que conseguem é pão com margarina - com a descoberta do petrolão e o fim do imposto sindical a verba para mortadela sumiu - como recompensa pela participação 'espontânea' em passeatas lulopetistas.]
Com toda
a tensão criada, Lula indicará o substituto para disputar as eleições, com
chances, esperam os petistas, de transferir o máximo de votos e colocá-lo no
segundo turno. Quando crescerá o discurso do “nós” contra “eles”, que tanto
divide o país e injeta cólera nos debates políticos.
Editorial - O Globo
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