Aí veio a pergunta. Willian Bonner lembrou
que Mourão defendeu, em uma palestra, a elaboração de uma nova
Constituição, que seria redigida por notáveis e depois submetida a
referendo. Mais: em entrevista à Globonews, o vice de Bolsonaro também
flertou com a possibilidade de um autogolpe — vale dizer: a depender das
circunstâncias, o presidente da República poderia apelar às Forças
Armadas ao arrepio das exigências postas na Constituição.
Bolsonaro
desautorizou de forma clara, inequívoca e inquestionável o seu vice:
Reproduzo: “Eu o desautorizei nesses dois momentos. Ele não poderia ir
além daquilo que a Constituição permite. Jamais eu posso admitir uma
nova Constituinte, até por falta de poderes para tal. E a questão de
autogolpe: não entendi direito o que ele quis dizer naquele momento, mas
isso não existe. Se estamos disputando as eleições, é porque nós
acreditamos no voto popular. E seremos escravos da nossa Constituição.”
Errando o nome do general, afirmou: “José Augusto (sic) Mourão, agradeço
a sua participação, mas, nestes dois momentos, ele foi infeliz, deu uma
canelada. Mas repito, o presidente jamais autorizaria qualquer coisa
nesse sentido”.
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