Faltam 17 dias para o segundo turno da eleição presidencial. A
campanha sequer recomeçou. Dez dias antes da eleição em primeiro turno,
quem seria capaz de prever mesmo com base nas pesquisas de intenção de
voto que um tsunami político varreria o país como de fato varreu no
último domingo?
Dilma Rousseff (PT) era tratada como a provável senadora mais votada
em Minas Gerais. No Rio, o juiz Wilson Witzel (PSL) corria atrás de
Eduardo Paes (DEM) e de Romário (PSB). Paulo Skaf (PMDB) e João Doria
(PSDB) apareciam empatados na disputa pelo governo paulista. E Fernando
Haddad (PT) temia ser atropelado por Ciro Gomes (PDT). Dilma ficou em quarto lugar. Despediu-se de Minas. Witzel deixou Paes
comendo poeira e agora ameaça prendê-lo se for alvo de notícias falsas
que afetem sua honra. Skaf anunciou apoio a Márcio França (PSB) que
enfrentará Doria na condição de favorito. E caberá a Haddad enfrentar
Bolsonaro com o apoio de Ciro, mas sem sua presença na televisão.
Bolsonaro derrotou Haddad no primeiro turno com 17 pontos percentuais
na soma dos votos válidos, descontados os nulos e brancos. Na primeira
pesquisa Datafolha de intenção de votos no segundo turno, 16 pontos
percentuais separam Bolsonaro de Haddad. Eleição acaba quando acaba,
ensinam os sábios. Mas não será fácil para Haddad virar esta a seu
favor. No primeiro turno, ele teve 29,28% dos votos válidos. Bolsonaro,
46,03%. Os demais candidatos, 53,77%. Para se eleger, Haddad, hoje, não
poderia perder um só voto dos que teve e atrair todos os votos que
tiveram Ciro, Geraldo Alckmin (PSDB), Amoedo (PARTIDO NOVO) e Cabo
Daciolo (PATRIOTA). E Bolsonaro não poderia ganhar um único voto a mais.
Nas duas primeiras pesquisas de intenção de voto do Datafolha no
segundo turno da eleição de 2014, Aécio Neves saiu na frente de Dilma
que tentava se reeleger e que tivera mais votos do que ele no primeiro
turno. Foi só nos últimos dez dias de campanha que Dilma ultrapassou
Aécio nas pesquisas. Elegeu-se com 51,6% dos votos na eleição mais
apertada desde o fim da ditadura militar de 64. Haddad imaginava reduzir a vantagem de Bolsonaro por meio dos debates
já marcados entre os candidatos, mas debates não haverá tão cedo.
Bolsonaro alega que ainda não foi liberado para tal pelos médicos. E
mesmo que seja liberado, ainda avaliará se os debates poderão ajudá-lo
ou não. Se concluir o contrário, não irá a nenhum. A facada que levou é o
álibi perfeito para fugir ao confronto.
Só quem perde com o cancelamento dos debates é Haddad.
Haddad não é mais Lula
Movimento tardio
Onde antes você lia: “Haddad é Lula e Lula é Haddad”; agora leia:
“Presidente Haddad, vice Manuela”. Onde antes havia vermelho, agora há
azul, amarelo e verde. Lula sumiu.
A mudança no visual das peças de campanha de Fernando Haddad (PT)
poderá não lhe garantir mais votos, mas é possível que diminua a
resistência ao seu nome. O candidato do PT quer se transformar no candidato de uma frente
democrática onde caberá quem queira entrar. A mudança chega tarde quando
são mínimas as condições de ele se dar bem.
Blog do Noblat - Veja
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
quinta-feira, 11 de outubro de 2018
Tudo pode acontecer, inclusive nada
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