O
presidente Jair Bolsonaro precisa conter a bagunça que vai tomando conta da
gestão, com reflexos no Congresso. O governo decidiu abrir uma linha de crédito
do BNDES de R$ 500 milhões para caminhoneiros e dotar o Ministério de
Infraestrutura de outros R$ 2 bilhões para melhoria das estradas. Como o
Orçamento está contingenciado, ninguém sabe de onde vai sair o dinheiro.
A prova de que Bolsonaro virou refém da categoria é que nada menos de
seis ministros foram mobilizados na segunda para dar uma resposta às
reivindicações: Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Tarcísio Freitas (Infraestrutura),
Paulo Guedes (Economia), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Santos Cruz
(Governo) e Floriano Peixoto (Secretaria-Geral).
E não pensem que os ânimos
serenaram. Como candidato, o presidente se fez porta-voz da greve. No poder,
cedeu à pressão de forma estrepitosa. Nos grupos de Whatsapp, caminhoneiros
estão chamando as medidas de "cortina de fumaça"; o financiamento
seria corda para se enforcar. E se volta a falar, de novo, numa greve para o
dia 21 de maio, quando aquela que quebrou as pernas do governo Temer, com apoio
de Bolsonaro, completa um ano.
[Bolsonaro decepciona ao se tornar refém dos caminhoneiros:
enquanto 11 em cada 10 brasileiros do BEM imaginavam que o cubículo de um camburão seria o destino de caminhoneiro chantagista (lembrando sempre: greve e lockout, a maior parte dos caminhoneiros tem uma empresa na retaguarda) e que as multas, dentro do máximo permitido em lei, seriam aplicadas (o que lembramos ser uma OBRIGAÇÃO DO GOVERNO multar os infratores) as prisões efetuadas dentro da lei (outra OBRIGAÇÃO do Governo) e os bancos podendo exercer o direito de apreender os veículos com prestações em atraso, o presidente parece que resolveu dar munição para amanhã os caminhoneiros exigirem mais, transformando em extorsão o que até agora é exigência descabida.
Não será surpresa se em breve a atividade dos caminhoneiros, com o apoio do governo, se limitar a contratar terceiros para dirigirem os caminhões, enquanto os antigos caminhoneiros se limitarão a controlar a rota dos seus veículos e a extorquir o governo e os produtores.
Presidente, os 'líderes' dos caminhoneiros, são iguais a versão dos pelegos sindicalistas: quando montam, demoram a desmontar e sempre querem mais e mais.
Encerrando: senhor Presidente: use as leis e não se torne, nem ao Brasil, refém dos caminhoneiros.
Será um caminho sem volta.
Tem as multas do Código de Trânsito, tem o Código Penal, tem os contratos de financiamentos, etc. USE-OS e, por favor, COM URGÊNCIA.]
Caminhoneiros: R$ 500
mi mais R$ 2 bi. E se fala em greve; governo é refém ... - Veja mais em
https://reinaldoazevedo.blogosfera.uol.com.br/2019/04/17/caminhoneiros-r-500-mi-mais-r-2-bi-e-se-fala-em-greve-governo-e-refem/?cmpid=copiaecola
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