É
evidente que as relações comerciais do Brasil com os palestinos são irrisórias,
quase inexistentes. No ano passado, o país exportou para os palestinos apenas
US$ 28,93 milhões. E importou US$ 390 mil. Tivemos um superávit de US$ 28,54
milhões.
Com Israel, as relações são mais intensas, mas nada espetacular. E aí
o déficit é nosso. O Brasil exportou para os israelenses, em 2018, US$ 321,02
milhões e importou US$ 1,168 bilhão. O saldo foi negativo para o nosso país em
US$ 847,84 milhões. Nos dois primeiros meses deste ano, o vermelho da conta já
está em US$ 127,22 milhões.
A caminho de Jerusalém, boi, frango, açúcar e muitos bilhões de dólares
E por que
não se deu o que esperavam setores mais radicais do bolsonarismo, em especial
correntes evangélicas, que queriam que Jair Bolsonaro anunciasse a
transferência da embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém?
Porque o
"viés ideológico" do presidente e sua tropa ainda não se descolou
totalmente da realidade. Alguns dados: em 2017, o Brasil vendeu US$ 13,590
bilhões para os árabes. O superávit na balança comercial nessa relação foi de
US$ 6,234 bilhões, o que corresponde a mais de 10% do US$ 62 bilhões daquele
ano.
Eles compram 40% da produção brasileira de frango e 35% da de carne
bovina. No grupo "Alimentos", as vendas brasileiras somaram US$ 9,9
bilhões, com destaque para o açúcar (US$
4,6 bilhões) e carnes (US$ 3,6 bilhões).
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