”Políticos se mobilizam para convocar Moro a depor na
Câmara e no Senado, falam até na instalação de uma CPI da Lava-Jato,
além da aprovação da nova Lei de Abuso de Autoridade”
Uma das teorias da linguagem na internet, desenvolvida ainda nos
tempos da linha discada, com seus ruídos característicos, foi batizada
com o nome de “roupa íntima”. Trata-se da contaminação da linguagem
adotada pelos usuários da internet pela informalidade do contexto em que
utilizavam o computador, nas primeiras horas da manhã ou tarde da
noite, geralmente utilizando a roupa com que acordavam ou iriam dormir.
Os especialistas advertiam que essa informalidade era um risco para as
comunicações de natureza comercial, administrativa ou diplomática.
Essa teoria foi comprovada no escândalo do WikiLeaks, a organização
transnacional sem fins lucrativos, sediada na Suécia, administrada pelo
jornalista e ciberativista australiano Julian Assange, que divulgou em
2013 milhares de documentos secretos do governo dos Estados Unidos, que
monitorou conversas telefônicas e mensagens de e-mail em dezenas de
países, com comentários assombrosos e revelações escabrosas de
diplomatas e funcionários sobre a atuação do Departamento de Estado no
mundo. Entre os documentos divulgados mais recentemente, um vídeo de
2007 mostra o ataque de um helicóptero Apache dos marines que matou pelo
menos 12 pessoas, dentre as quais dois jornalistas da agência de
notícias Reuters, em Bagdá, no contexto da ocupação do Iraque.
Coincidentemente, o autor do “furo”, o jornalista Glenn Greenwald,
então colunista do jornal inglês The Guardian, que publicou os
documentos também no The Washington, é o responsável pelo site
Investigativo The Intercept, que divulgou neste domingo conversas
comprometedoras, no aplicativo russo Telegram, do ministro da Justiça,
Sérgio Moro, então juiz da 13ª. Vara Federal de Curitiba, e procuradores
federais da força-tarefa da Operação Lava-Jato, entre eles Deltan
Dallagnol, sobre assuntos da investigação. Casado com o deputado federal
David Miranda (PSOL-RJ), Greenwald mora no Rio de Janeiro desde 2005.
Suas revelações mobilizaram os advogados de Lula e o PT, que
denunciam a suposta contaminação do julgamento de Lula por motivações
políticas da Lava-Jato. No Congresso, políticos de diversos partidos se
mobilizam para convocar Moro a depor na Câmara e no Senado, falam até na
instalação de uma CPI para investigar a Lava-Jato, além da aprovação da
nova Lei de Abuso de Autoridade. Greenwald diz que o volume de material
obtido por ele neste caso supera o da reportagem que lhe valeu o prêmio
Pulitzer, graças à parceria com o ex-agente da CIA e da NSA Edward
Snowden, que está preso até hoje. [material ilegal, visto que foi obtido mediante interceptação telefônica não autorizada pela Justiça.
Portanto, sem valor probatório.]
Moro minimizou o fato e atacou os autores do vazamento: “Não vi nada
de mais ali nas mensagens. O que há ali é uma invasão criminosa de
celulares de procuradores, não é? Pra mim, isso é um fato bastante grave
— ter havido essa invasão e divulgação. E, quanto ao conteúdo, no que
diz respeito à minha pessoa, não vi nada de mais”, disse o ministro,
após participar de evento com secretários de segurança pública em
Manaus.
Diálogos
Na semana passada, Moro teve seu celular “hackeado”, mas o Intercept
alega que obteve os diálogos antes dessa invasão. Segundo o site, as
informações foram obtidas de uma fonte anônima. Em um dos diálogos, Moro
pergunta a Dallagnol: “Não é muito tempo sem operação?”. O chefe da
força-tarefa concorda: “É, sim”. Em outra conversa, Dallagnol pede a
Moro para decidir rapidamente sobre um pedido de prisão: “Seria possível
apreciar hoje?”. E Moro responde: “Não creio que conseguiria ver hoje.
Mas pensem bem se é uma boa ideia”. Nove minutos depois, Moro adverte a
Dallagnol: “Teriam que ser fatos graves”.
De acordo com o Intercept, procuradores traçaram estratégias para
cassar a autorização judicial para o ex-presidente Lula ser entrevistado
pelo jornal Folha de São Paulo, por temerem que influenciasse a
eleição. O procurador Januário Paludo teria proposto: “Plano A: tentar
recurso no próprio STF. Possibilidade zero. Plano B: abrir para todos
fazerem a entrevista no mesmo dia. Vai ser uma zona, mas diminui a
chance da entrevista ser direcionada”. Outro procurador, Athayde Ribeiro
Costa, sugeriu que a Polícia Federal manobrasse para que a entrevista
fosse feita depois das eleições. Quando a autorização para a entrevista
foi cassada por uma liminar obtida pelo Partido Novo, Paludo escreveu:
“Devemos agradecer à nossa PGR: Partido Novo!!”.
Não somente os advogados de Lula pretendem virar a mesa, a Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) pediu o afastamento de Moro e Dallagnol dos
respectivos cargos e as defesas de outros réus se preparam para pedir a
nulidade dos processos, alegando que Moro e os procuradores, conforme
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (SDTF), não podem invocar as
prerrogativas da magistratura como instrumento de salvaguarda de
práticas ilícitas. Seria prevaricação. [provas ilegais não anulam processos e a OAB não tem nada que intervir no assunto, Moro não está ocupando nenhum cargo privativo de bacharel em direito.
Assim, dificilmente, as supostas transgressões de Moro e dos procuradores chegarão a ser objeto de julgamento.]
Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - CB
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
terça-feira, 11 de junho de 2019
A roupa íntima da Lava-Jato
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