José Casado
Ele quer envolver as Forças Armadas na sua campanha
[E os panelaços? sumiram! os ouvidos das pessoas de BEM agradecem.]
Foi um longo fim de semana para Jair Bolsonaro. Imerso na realidade
paralela, à distância do país devastado por um vírus que já abateu mais
de sete mil vidas, entreteve-se no seu jogo predileto: envolver as
Forças Armadas na sua campanha para reeleição em 2022. É raro caso de
governante empenhado num pandemônio político em plena pandemia.
[o pensamento do presidente Bolsonaro, claramente expresso nas redes sociais no domingo, 3, sobre o papel das Forças Armadas é:
- "Bolsonaro afirmou: "Vocês sabem que o povo está conosco. As Forças Armadas, ao lado da
lei, da ordem, da democracia, da liberdade e da verdade, também estão ao
nosso lado."
Brasília, 04/05/2020 - As Forças Armadas cumprem a sua missão Constitucional.
Marinha, Exército e Força Aérea são organismos de Estado, que consideram a independência e a harmonia entre os Poderes imprescindíveis para a governabilidade do País.
A liberdade de expressão é requisito fundamental de um País democrático. No entanto, qualquer agressão a profissionais de imprensa é inaceitável.
O Brasil precisa avançar. Enfrentamos uma Pandemia de consequências sanitárias e sociais ainda imprevisíveis, que requer esforço e entendimento de todos.
As Forças Armadas estarão sempre ao lado da lei, da ordem, da democracia e da liberdade. Este é o nosso compromisso.
Fernando Azevedo e Silva
Ministro de Estado da Defesa
Assessoria de Comunicação Social - Ascom
Ministério da Defesa
(61) 3312-4071
Em nada, absolutamente nada, as declarações do presidente Bolsonaro divergem do contido na Nota oficial do MD.
Bolsonaro mesmo atribuindo as agressões aos jornalistas a infiltrados na manifestação, expressou ser contra a violência;
desde que assumiu o presidente da República cometeu nenhum ato, um único que seja, contra a independência e a harmonia entre os Poderes;
O presidente tem cumprido rigorosamente à Constituição Federal.
Por favor, confiram, chequem e vejam que o pensamento do Presidente da República Federativa do Brasil sobre os tópicos apontados é rigorosamente igual ao das FF AA, aliás, não poderia ser diferente já que ambos seguem a Constituição Federal.
A troca do comandante do Exército foi uma fake news que surgir e foi veementemente desmentida pelo ministro da Defesa.]
Marinha, Exército e Força Aérea são organismos de Estado, que consideram a independência e a harmonia entre os Poderes imprescindíveis para a governabilidade do País.
A liberdade de expressão é requisito fundamental de um País democrático. No entanto, qualquer agressão a profissionais de imprensa é inaceitável.
O Brasil precisa avançar. Enfrentamos uma Pandemia de consequências sanitárias e sociais ainda imprevisíveis, que requer esforço e entendimento de todos.
As Forças Armadas estarão sempre ao lado da lei, da ordem, da democracia e da liberdade. Este é o nosso compromisso.
Fernando Azevedo e Silva
Ministro de Estado da Defesa
Assessoria de Comunicação Social - Ascom
Ministério da Defesa
(61) 3312-4071
Em nada, absolutamente nada, as declarações do presidente Bolsonaro divergem do contido na Nota oficial do MD.
Bolsonaro mesmo atribuindo as agressões aos jornalistas a infiltrados na manifestação, expressou ser contra a violência;
desde que assumiu o presidente da República cometeu nenhum ato, um único que seja, contra a independência e a harmonia entre os Poderes;
O presidente tem cumprido rigorosamente à Constituição Federal.
Por favor, confiram, chequem e vejam que o pensamento do Presidente da República Federativa do Brasil sobre os tópicos apontados é rigorosamente igual ao das FF AA, aliás, não poderia ser diferente já que ambos seguem a Constituição Federal.
A troca do comandante do Exército foi uma fake news que surgir e foi veementemente desmentida pelo ministro da Defesa.]
No sábado, no Palácio da Alvorada, extravasou sua ira com a suposta
conspiração para impedi-lo de governar. Citou Sergio Moro, João Doria,
Congresso, STF e governadores. Lula e PT estão fora da sua agenda.
Bolsonaro, agora, racha a centro direita. Briga com o governador
paulista, a quem vê como adversário eleitoral.
No domingo ensolarado comandou nova manifestação, financiada por
empresários amigos, em produção esmerada com faixas de apelo à
“intervenção militar com Bolsonaro”. A claque, outra vez, pedia aos
generais um golpe em favor do ex-capitão, afastado do Exército por
indisciplina, há quase quatro décadas.
O cenário verde-amarelo ficou relevante porque pesquisas mostram
supremacia da imprensa sobre as redes sociais em credibilidade — efeito
da pandemia. “Acabou a paciência”, disse. “As Forças Armadas também
estão ao nosso lado... Chegamos no limite.”
Varou a madrugada de ontem com o plano de declarar desobediência ao
Supremo. Renomearia Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal.
A indicação havia sido suspensa pelo STF, por conflito de interesses — é
amigo de Bolsonaro, cujos filhos estão sob investigação federal.
Aceitou deixar Ramagem indicar seu vice na Abin, Rolando de Souza. [a renomeação de Ramagem seria, politicamente, desaconselhável - poderia acirrar os ânimos, por deixar a ideia de uma afronta do presidente Bolsonaro (Chefe de um dos Poderes da República) ao ministro Alexandre de Moraes.
Mas, legalmente, seria correta, visto que a decisão do ministro suspendendo a nomeação de Alexandre Ramagem, citanto inclusive o número do decreto parcialmente suspenso, foi tornada sem efeito = revogada pelo Presidente da República.
Assim, deixou de existir qualquer decisão do STF, monocrática ou mesmo colegiada, impedindo que Ramagem fosse nomeado.]
Resignou-se, ainda, a manter o general Edson Pujol no comando do
Exército. Queria trocá-lo por Luiz Eduardo Ramos, um general da ativa no
Planalto. Provocaria uma cisão, alertaram, acelerando a erosão já
perceptível no respaldo militar ao seu governo. Também se conformou com a
nota da Defesa lembrando o papel constitucional das Forças Armadas. Foi
a segunda em 15 dias. Bolsonaro perdeu, de novo. Mas quem o viu nas últimas 72 horas acha que o
presidente-candidato vai continuar apostando no arriscado jogo de
atração dos quartéis à política.
José Casado, jornalista - O Globo
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