Alberto Fernández quer se distinguir por práticas republicanas, mas a realidade latino-americana é mais forte – e tem caso no Peru também
Não tem fim a lista de privilegiados, no poder ou em suas imediações, que furaram a fila da vacina e receberam a Sputnik V num hospital de Buenos Aires, o Posadas. Os mais VIP ainda tiveram uma facilidade extra: uma equipe de vacinadores ia ao Ministério da Saúde para um atendimento customizado.
O ministério fica a cinco minutos da Casa Rosada, mas o presidente Alberto Fernández parece ter caído do terceiro ainda quando o caso explodiu. Rapidamente, ejetou do cargo o ministro da Saúde, Ginés González García. Promoveu para a pasta a vice, Carla Vizzotti, que precisaria ter um nível extraordinário de embotamento perceptivo para não captar o que estava acontecendo à sua volta. Também rodou o sobrinho de Ginéz, Lisandro Bonelli, que também era, por uma extraordinária coincidência, seu chefe de gabinete. Como nas grandes festas, era ele o encarregado de controlar a lista VIP.
Fernández fez a degola e viajou com a comitiva desfalcada por alguns dos VIPs vacinados na surdina – e num avião particular pertencente a Lionel Messi, alugado para a viagem oficial por 160 mil dólares com o objetivo de oferecer privacidade sanitária ao presidente. Antes de viajar, mandou que fosse divulgada a lista completa dos vacinados, achando que assim o caso – “reprovável”, segundo o adjetivo mais forte que conseguiu encontrar – começaria a refluir. Teve o efeito oposto.
MATÉRIA COMPLETA: Wilma Gryzinski, colunista - Blog Mundialista - Veja
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