O Ministério do Trabalho do governo Lula
tem uma dessas particularidades que só é possível encontrar em governos
Lula.
Em seus primeiros onze meses sob nova gerência, o Ministério do
Trabalho não parou de fazer coisas contra o trabalhador.
Faz isso usando
um dos truques mais velhos do manual de falsificações para governantes:
para prejudicar o trabalhador, e beneficiar os sindicatos, diz que só
pensa em ajudar os dois. A realidade, no Brasil, mostra que é impossível
fazer isso.
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Ou seja: ficar sistematicamente ao seu lado, como é religião no governo
Lula-PT-satélites, é ficar contra quem trabalha. É simples. Alguém está
produzindo? Então o governo é contra.
O fato é que está em execução, com tudo isso, um projeto de extermínio
de empregos. Lula e o ministro do Trabalho, com certeza, terão suas
razões para fazer isso.
O ministro do Trabalho ainda não
completou um ano no cargo, mas já tem uma performance de “superação”: uma vez a
cada três meses, em média, ataca o bolso do trabalhador para cevar os gatos
gordos dos sindicatos e centrais sindicais, que passaram os seis anos do pós-Dilma
e pré-Lula sem uma boa parte das suas facilidades e agora estão com uma fome de
refugiado da Somália.
É uma agressão aberta à vontade dos empregados.
Em 2017,
numa das raríssimas vezes na história em que se aprovou neste país uma
lei dando ao trabalhador o direito de decidir alguma coisa em sua
própria vida
, o Congresso
estabeleceu que o pagamento do imposto tinha de ser voluntário. Quem
não queria pagar não pagava. É óbvio que, desde então, ninguém quis
pagar mais nada.
Pode haver uma manifestação mais
clara de qual é, realmente, a vontade do trabalhador? Pois então: Lula, o
ministro do Trabalho e o Supremo decidiram que essa vontade é proibida e
voltaram a impor o desconto obrigatório em folha para todo mundo, sejam
ou não sócios do sindicato. (Se quiser usar o seu direito de não pagar,
o empregado tem de fazer uma via-sacra que transforma esse direito em
piada.)
Em seguida,
o ministério anunciou sua decisão de obrigar 1,5 milhão de entregadores e motoristas de aplicativo,
que são prestadores de serviço,
a se submeterem às condições de emprego
dos funcionários que têm registro em carteira. Mais de 80% dos
trabalhadores da área não querem isso – pela excelente razão de que vão
receber menos pelo seu trabalho, com os descontos “sociais”.
Não ocorre
ao governo que eles preferem trabalhar assim; não querem os “direitos”
que o ministro quer socar em cima deles.
O governo, agora, quer obrigar a todos a aprovarem em
“assembleia geral da categoria” os acordos para trabalhar nos dias de
folga, em vez de simplesmente aceitarem o trabalho extra em troca de
remuneração extra.
É outra mentira.
Quem controla as assembleias são os
sindicatos e as centrais – não há a menor hipótese de que a vontade do
trabalhador seja respeitada nesse ambiente.
O fato é que está em
execução, com tudo isso, um projeto de extermínio de empregos. Lula e o ministro do Trabalho, com certeza, terão suas razões para fazer isso.
Conteúdo editado por:Jocelaine Santos
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