J. R. Guzzo
Justo aí – no ministério que tem a obrigação de cuidar da aplicação da
justiça e da segurança pública?
O episódio deveria ter levado o governo a
punir os assessores que receberam a “Dama do Tráfico”, pelo menos.
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Com
isso o Brasil acaba de tornar-se, também, o primeiro país do mundo a
ter na sua Suprema Corte de Justiça um personagem com essas credenciais.
O ministro Flávio Dino era a última pessoa que qualquer presidente poderia escolher para o STF – até porque seu desempenho como ministro da Justiça foi um desastre. Com a história do traficante “Tio Patinhas” o desastre dobrou. Mas, em vez de ir para a rua, foi para o Supremo. É assim que as coisas funcionam no governo Lula: quanto pior a performance, mais alto é o emprego.
No Supremo, o ministro Dino vai encontrar o ambiente ideal para turbinar o seu combate contra a liberdade.
Flávio
Dino no STF é um avanço a mais,
talvez o mais truculento de todos, na
escalada do governo rumo ao regime totalitário – sua principal ocupação
desde foi declarado vencedor da eleição de 2022 pelo TSE.
Dino é possivelmente o mais extremista de todos os inimigos da
liberdade e dos direitos individuais no Brasil de hoje.
Só fala em
liberdade para dizer que “o Estado” tem de controlar essa mesma
liberdade; ela tem de ter “limites”, não pode beneficiar quem discorda
do governo (“inimigos da democracia”) e só pode ser usada com
“responsabilidade”. É a linguagem imutável de todas as ditaduras.
Falam
essas coisas – e depois enchem as cadeias com quem “usou mal” a
liberdade.
Os atos públicos de Dino não deixam dúvidas da sua
hostilidade fundamental ao princípio segundo o qual os seres humanos são
livres e iguais entre si.
Não admite que os cidadãos expressem
livremente seus pensamentos. Quer censurar as redes sociais.
Acha que a Polícia Federal é uma guarda privada de segurança que tem de servir os interesses políticos do governo.
No
Supremo, o ministro Dino vai encontrar o ambiente ideal para turbinar o
seu combate contra a liberdade.
Eles integram hoje, junto com os extremistas da esquerda nacional, a
divisão blindada que joga toda a sua capacidade de fogo na luta para
transformar o Brasil num país de aiatolás – onde o consórcio Lula-STF dá
todas as ordens e a população trabalha, paga imposto e obedece.
Já abandonaram, a essa altura,
qualquer preocupação com as aparências –
a ficção de que defendem a democracia,
obedecem às leis e respeitam os princípios universais das sociedades
livres. Apostam tudo, cada vez mais, num regime sustentado pela força
armada, pela polícia e pela repressão.
Conteúdo editado por: Jocelaine Santos
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