Gazeta do Povo - VOZES
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.
Os
militantes disfarçados de jornalistas, que viraram uma espécie de
assessoria de imprensa do STF, usaram seu espaço nos veículos de
comunicação hoje para passar pano para a postura inaceitável dos
ministros supremos nesta quinta.
Um deles parece um fantoche de Gilmar
Mendes, de tão escancarado o recado que tentou transmitir do "chefe". A
outra falou em "vingança da extrema direita", torcendo para que Lira
enterre a PEC para "acalmar os ânimos".
Poderíamos
concluir que essa gente vive em Nárnia, mas não é nada disso: estão no
Brasil mesmo, e sabem muito bem o que estão fazendo. São cúmplices de um
golpe em curso desde a vitória de Jair Bolsonaro.
Para "salvar a
democracia", o sistema podre e carcomido rasgou a Constituição, soltou
um corrupto e o tornou elegível, impediu Bolsonaro de governar e de
fazer campanha, e depois ainda se vangloriou do feito: "Nós derrotamos
Bolsonaro! Perdeu, mané, não amola!"
Mas Jaques
Wagner votou a favor da PEC que ao menos tenta colocar limites no abuso
de poder supremo, com suas medidas monocráticas absurdas.
E os ministros
ficaram em polvorosa.
Como ousam "desafiar" o Supremo?
Lembrem que nós
colocamos Lula lá!
Com o avanço da ditadura no país, era claro que
petistas e tucanos se digladiariam em breve, tão logo Bolsonaro fosse
carta fora do baralho.
A união nefasta e instável, afinal, era
justamente para afastar a direita e manter a hegemonia esquerdista.
Mas
tem cacique demais para pouco índio, e eis o problema.
Alexandre de
Moraes, que foi do PSDB e trabalhou com Alckmin, acumulou poder em
demasia.
Gilmar Mendes sempre teve, e Portugal está aí para mostrar.
Mas
Lula também tem poder, junto ao Dirceu.
Como conciliar gangues que
disputam um mesmo trono?
Como apaziguar quadrilhas de olho no mesmo
prêmio?
O
brasileiro está vendo, portanto, a disputa inevitável entre dois grupos
parecidos, mas diferentes. E os militantes ficam trocando recados pela
velha imprensa corrompida.
Em comum: nenhum deles tem qualquer espírito
público, preocupação legítima com a nação, apreço pelo império das leis.
É briga para ver quem pode mais, quem manda mais. "Quantas tropas tem o
Senado?", quer saber o fantoche de um ministro supremo.
E quantas
tropas comanda o STF?
O Brasil decente acompanha
atônito e enojado, mas com um misto de esperança, essa disputa por
poder.
Afinal, quando estão "harmônicos" é que o cidadão honesto não tem
chances mesmo.
Quando brigam entre si, expondo as entranhas do poder em
praça pública como agora, ao menos há alguma possibilidade de "fogo
amigo" entre eles, com efeitos positivos para o país.
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