Manifestantes criticam ações insuficientes do governo na libertação dos reféns do Hamas, responsabilizando o premier pelas falhas de segurança que levaram ao ataque
As evidências da grande perda de popularidade de Netanyahu — que sempre se declarou um defensor resoluto dos judeus — mostraram-se claras nos últimos dias. No sábado e no domingo, milhares de familiares e amigos dos raptados pelo Hamas tomaram as ruas de Tel Aviv para protestar contra ações do governo e os esforços insuficientes para garantir que seus entes queridos sejam libertados.
Os protestos se espalharam para cidades como Haifa, Beersheba e Eilat, chegando também a Jerusalém, onde centenas se manifestaram em frente à residência do premier, pedindo sua renúncia e o culpando diretamente pelo fracasso na segurança de Israel, permitindo que o ataque ocorresse. — Queremos uma votação para nos livrar de Netanyahu. Espero que as manifestações continuem e cresçam — disse Netta Tzin, de 39 anos, à AFP.
Uma reportagem do jornal britânico The Guardian afirmou que membros do Likud sugeriram, em anonimato, que os dias de Netanyahu (que governou Israel durante quase 16 dos últimos 27 anos) no cargo já estão contados. Além disso, a Casa Branca negou boatos de que o presidente Joe Biden teria expressado a mesma opinião durante sua recente visita a Israel, uma crítica contundente à liderança de Netanyahu por parte do aliado mais próximo de Israel.
Netanyahu foi o primeiro premier a ser julgado por corrupção enquanto ocupava o posto, retornando um ano e quatro meses após ser deposto por uma coalizão heterogênea.
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