Vozes - Bruna Frascolla
Comirnaty, miocardite - Foto: EFE/Marcial Guillén
O Dr. Francisco Cardoso observou, em suas redes sociais, a notável coincidência: em pleno dia das bruxas, a socióloga da Saúde anunciou a obrigatoriedade das “vacinas” de covid para as crianças.
A essa altura do campeonato, não adianta mais tentar convencer ninguém, racionalmente, de que as terapias gênicas experimentais jamais deveriam ter sido sequer ofertadas a crianças saudáveis, quanto mais ser tornada obrigatória.
Injetar tais substâncias perigosas em bebês de seis meses deveria ser considerado crime, isso sim.
Muita tinta correu já à época. Um destaque inesquecível é o do jornalista Guilherme Fiuza, que deu voz às famílias que perderam seus entes queridos após a inoculação das terríveis substâncias, e lutavam para que isso fosse reconhecido.
Fez isto com seu espaço de colunista, que permite aos jornais e emissoras se resguardarem, dizendo que aquela é apenas a opinião do colunista e não representa o jornal.
E o resguardo era mesmo necessário, porque durante a pandemia o Ocidente experimentou uma propaganda orquestrada.
As medidas sanitárias variavam só em matéria de rigidez, tendo porém uma diretriz única; os líderes, desde o prefeito de Salvador até o primeiro ministro do Reino Unido, implementaram lockdowns de quinze dias que foram sendo prorrogados aos poucos.
Deparamo-nos com um rol de blasfêmias a serem punidas com cancelamento ou com medidas judiciais criativas.
Nesse rol, naturalmente, estava qualquer coisa que fomentasse a “hesitação vacinal”. Depois vimos esse rol se estender para as urnas eletrônicas, deter-se nelas. Agora deu uma sossegada em cima da suposta vacina.
A esta altura do campeonato, só resta perguntar por que as pessoas ainda caem no conto da vacina de covid, e por que o governo Lula teve coragem de torná-la obrigatória.
As duas respostas eu creio que sejam fáceis de dar.
Primeira: as pessoas não vão querer crer que vivemos num mundo muito perigoso, cheio de assassinos engravatados (posso dizer que esta Gazeta me proporcionou, num podcast ao lado do Dr. Francisco, a oportunidade de concluir que sim, vivemos num mundo muito perigoso, onde um médico à frente da pediatria paulista – obviamente não o Dr. Francisco – assumia com desfaçatez a possibilidade de a sua política levar os jovens a infartarem pelo Brasil sem ter uma ambulância do SUS por perto).
Segunda: a Big Pharma já fez uns contratos segundo os quais quem paga pelos estragos da “vacina” é só o Estado.
A direita brasileira sabe difusamente de onde vem isso: do capitalismo lacrador sediado nos EUA. Existe, porém, uma cortina de fumaça que não deixa enxergar a realidade com mais precisão.
A direita brasileira simpatiza com Trump e acha que, se ele fosse o presidente dos EUA, nada disso aconteceria – mas esquece que o próprio Trump denunciava o Deep State (as agências burocráticas e de inteligência que controlam os EUA a despeito do governo), e que ele ficou de mãos atadas durante a pandemia.
A famigerada teoria da “cereja do bolo” de Olavo de Carvalho não vale só para o Brasil não, vale para os EUA também.
Com a diferença que aqui nós temos de lidar com um Deep State estrangeiro; lá é problema nacional.
Outras relações espúrias que vieram à tona na pandemia foram entre a Big Pharma e burocracia (vide as pesquisas chinesas de ganho de função serem bancadas pelos EUA), bem como entre a Big Tech e o FBI (com os Twitter Files).
Já que a direita brasileira toma qualquer crítica à direita, aos EUA e a Israel como ofensa pessoal (mas não críticas ao Brasil), vou deixar um questionário para que o leitor mais exaltado pense um pouquinho antes de xingar na caixa de comentários:
1) Lula e Nísia Trindade implementarão a “vacina” obrigatória para covid porque:
( ) O PT acredita na Ciência e jamais trairia os seus ideais revolucionários.
( ) O PT é um partido de vendidos, e a Big Pharma compra.
2) O país que coagiu seus cidadãos a tomarem a “vacina” logo no começo para vender os dados à Pfizer foi:
( ) A China comunista, aquele país inescrupuloso que vende órgãos!
( ) Israel.
3) Entre os países que não deixaram as crianças (e nenhum cidadão) serem submetidas à terapia gênica estão:
( ) A Grã-Bretanha, os Estados Unidos, a Alemanha: em suma, os lugares civilizados deste planeta, que respeitam a liberdade.
( ) Rússia, China, Irã, Venezuela, Cuba.
4) Com esta coluna, Bruna está querendo:
( ) Promover a esquerda!!! Gazeta, demita-a AGORA!!!!
( ) Botar um pouco de juízo na cabeça desse pessoal afobado, que adere às coisas por impulso e sem pensar, pois o mundo é bem mais perigoso do que eles imaginam. Não há um "lado bom" nessa história.
Bruna Frascolla, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
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