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sábado, 12 de fevereiro de 2022

A obsessão por um George Floyd brasileiro - Revista Oeste

Cristyan Costa

Esquerda usa cadáveres de negros como escada para tentar voltar ao poder

Protesto contra o assassinato de Moïse Kabagambe na Avenida Paulista, São Paulo | Foto: Wikimedia Commons
Protesto contra o assassinato de Moïse Kabagambe na Avenida Paulista, São Paulo -  Foto: Wikimedia Commons

Em maio de 2020, George Floyd foi acusado por um caixa de supermercado em Minneapolis, nos Estados Unidos, de pagar a conta com uma cédula falsa de US$ 20. Floyd morreu asfixiado, depois de passar oito minutos no chão, com o pescoço pressionado pelo joelho do policial Derek Chauvin. O caso gerou uma onda de manifestações nos EUA. Floyd era negro e o policial, branco. Desde então, partidos de esquerda no Brasil passaram a sonhar com um cadáver negro para poder explorar politicamente. [nos faz lembrar o caso do estudante Edson Souto, morto no restaurante Calabouço, em 1968, e que representou o cadáver que a esquerda tanto desejava. Só que o resultado não foi dos melhores para a esquerda = a necessidade de SALVAR O BRASIL levou a edição do Ato Institucional nº 5 - AI-5 = que, felizmente, conseguiu destruir a esquerda, parcialmente,mas o suficiente para colocá-la sob controle.

Quanto aos imigrantes,entendemos que a PRIORIDADE do Brasil, em todos os aspectos = destacamos, sem limitar, empregos, atendimento na Educação, Saúde = ] deve ser  os brasileiros, os nascidos em nosso solo. Não é xenofobia e sim uma questão de priorizar os que aqui nasceram.

Aqui no Blog consideramos amparar refugiados um DEVER CRISTÃO. 

Só que preservar a vida é um DEVER CRISTÃO MAIOR e a generosidade com que o Brasil recebe os venezuelanos, não é suficiente para que um FATO seja esquecido: cada venezuelano que consegue emprego no Brasil é mais um brasileiro desempregado a permanecer na miséria.
Não é possível ajudar estrangeiros sacrificando os nacionais. (confira) ]

Há duas semanas, três homens [destacando que Moses era um jovem negro e foi espancado por três homens negros. Racismo entre negros?] espancaram até a morte o atendente congolês Moïse Kabagambe, na cidade do Rio de Janeiro. Segundo a família da vítima, tudo começou quando Moïse foi cobrar duas diárias, no total de R$ 200, do dono do quiosque Tropicália, onde trabalhava. Depois de um desentendimento, Moïse acabou agredido e morto. Três homens foram presos. Sob sigilo, o caso está sendo investigado pela Justiça fluminense.

Apesar de as histórias de Moïse e Floyd serem completamente diferentes, a imprensa tradicional e os partidos de esquerda estão empenhados em encontrar semelhanças. Não estão sendo considerados, por exemplo, o histórico de violência no Estado do Rio de Janeiro, a alta taxa de homicídios no Brasil e o fato de que os três assassinos de Moïse não eram brancos. Uma enxurrada de notícias tenta responsabilizar pela tragédia de Moïse um suposto racismo estrutural arraigado na sociedade brasileira.

Os manifestantes ergueram cartazes com o slogan “Vidas negras importam” e atacaram o governo Jair Bolsonaro [o tal BLM nos Estados Unidos se revelou ser o embrião de  um movimento terrorista.]

Um dos autores do crime, ao se entregar, disse que não agrediu o congolês em virtude da cor da pele. “Quero deixar bem claro que ninguém queria tirar a vida dele, ninguém quis fazer injustiça porque ele era negro ou alguém devia a ele”, disse Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, em depoimento à polícia do Rio. “Ele teve um problema com um senhor do quiosque do lado, a gente foi defender o senhor e, infelizmente, aconteceu a fatalidade de Moïse perder a vida”.

“Um fascista e muitos milicianos”
Sem aguardar a conclusão da investigação policial, partidos de esquerda aproveitaram a oportunidade para fazer manifestações “antirracistas” em pelo menos 12 capitais na semana passada. O número de manifestantes foi pífio. As mais emblemáticas ocorreram em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Na capital do Paraná, militantes comunistas invadiram uma igreja católica “em respeito à memória de Moïse e dos negros”. Liderados pelo vereador Renato Freitas (PT), os extremistas xingaram os fiéis de “fascistas” e “homofóbicos”, além de manifestarem apoio ao ex-presidente, [o 'descondenado' luladrão] Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato ao Planalto.

O ato também seria em prol de Durval Teófilo Filho, homem negro morto a tiros ao ser confundido com um bandido em um condomínio de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. O autor dos disparos, o sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, afirmou que Durval apresentou o comportamento suspeito ao pôr a mão na cintura enquanto se aproximava. [destaque-se que o fato ocorreu por volta das 22h, em área violenta, sem iluminação, e que o portão eletrônico do condomínio apresentou  defeito, situação mais que suficiente para deixar qualquer pessoa em estado de grande tensão.] Aurélio decidiu atirar. A polícia investiga. Durante a invasão à igreja em Curitiba, os militantes qualificaram a morte de Durval como racismo.

Enquanto isso, na capital paulista, centrais sindicais e “coletivos negros” se reuniam para “homenagear” Moïse em frente ao Museu de Arte Moderna de São Paulo. Os manifestantes recitaram poesias africanas, ergueram cartazes com o slogan “Vidas negras importam”, gritaram palavras de ordem contra o racismo e atacaram o governo Jair Bolsonaro. Entre outras bandeiras, estavam as da CUT e do PT.

No Rio, manifestantes vandalizaram o quiosque onde Moïse trabalhava — dois dias depois, o prefeito deu a concessão do local à família do congolês. Entre outros cartazes, havia insultos contra Bolsonaro e a “sociedade racista”. Os protestos foram apoiados por Prudence Kalambay, ativista congolesa em prol dos direitos humanos. Em entrevista ao jornal O Globo, ela pediu: “Brasil, por favor, pare de nos matar”.

O ex-presidente Lula também aproveitou a oportunidade para se manifestar e disse que quer se encontrar com a família do congolês. Em 2020, o então candidato à Casa Branca Joe Biden fizera o mesmo com parentes de George Floyd. “A morte de Moïse é resultado de um país que está sendo governado por um fascista e muitos milicianos”, afirmou Lula.

A mansão de US$ 34 milhões
Não é a primeira vez que cadáveres de negros são usados pela esquerda e pela mídia “progressista” na tentativa de construir uma réplica brasileira de George Floyd. Em novembro de 2020, sete meses após o caso Floyd, o pedreiro João Alberto Silveira Freitas morreu numa briga com dois seguranças em uma unidade do Carrefour de Porto Alegre. Tudo começou depois de Silveira ter sido acusado de ameaçar uma funcionária do hipermercado. Ela chamou dois seguranças. Iniciou-se uma briga e Silveira morreu espancado.

Os seguranças que mataram Silveira eram de uma empresa terceirizada contratada pelo Carrefour. No total, seis pessoas foram indiciadas no caso, mas nenhuma por racismo. Mesmo assim, partidos de esquerda conclamaram manifestações antirracistas e contra o Carrefour, o que gerou uma onda de vandalismo. Em São Paulo, um bando invadiu uma loja do Carrefour na Avenida Paulista, saqueou produtos, jogou pedras nas vidraças e ateou fogo à unidade. Ato semelhante ocorreu em Porto Alegre, onde Silveira morreu. A velha mídia chamou a vítima de “George Floyd brasileiro”.

Filipe Altamir, graduado em sociologia, história e filosofia pela PUC-RS, afirma que movimentos de esquerda estão tentando se apropriar dessas mortes para se promover politicamente ou obter ganhos financeiros. [só no caso Carrefour familiares do pedreiro e 'entidades associadas' ganharam indenizações em valor acima dos R$ 100.000.000,00 = valor  que CEM João Alberto, trabalhando durante 50 anos, e cada um ganhando o que o pedreiro ganhava - menos de R$ 2.000,00, por mês - não conseguiriam juntar.]    No início deste ano, o Black Lives Matter (BLM) comprou uma mansão no Canadá, que já serviu como sede do Partido Comunista, por US$ 34 milhões. O dinheiro é fruto de doações de gente que acredita no movimento e na “causa antirracista”, conforme reportagem do jornal New York Post.

Dogmas X efeitos práticos
Segundo Altamir, o modus operandi da esquerda para se apropriar de uma bandeira envolve discursos palatáveis, como o do racismo estrutural, o qual ele critica. “Essa tese não pode ser levada como premissa indiscutível”, afirmou, ao mencionar que há discordância sobre o tema, e que compete à polícia, não a movimentos sociais, definir se um crime foi por racismo ou não.

O jornalista Leandro Narloch, autor do best-seller Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, também rebate a tese do racismo estrutural. Para ele, o discurso prejudica os negros, em razão do apego a ideias e políticas públicas equivocadas, em vez de ações que resultem, de fato, em algo benéfico e útil para a comunidade negra.

“Nos EUA, o BLM defende o movimento Defund the Police, que tira dinheiro da segurança pública”, disse Narloch. “Uma pesquisa do Instituto Gallup mostrou que o negro médio quer mais policiamento em seus bairros. Essa é uma entre várias pautas que mostram que o BLM não representa o negro americano.” O jornalista diz que essas contradições também abrangem o Brasil. “Nossa esquerda se preocupa mais com dogmas do que com efeitos práticos.”

Protestos como os supostamente a favor de Moïse, Durval e Silveira não alcançaram no Brasil a mesma proporção dos atos em nome de George Floyd e da “luta antirracista” nos Estados Unidos. Em 2020, com o apoio do Partido Democrata, o BLM conseguiu mobilizar milhares de pessoas em aproximadamente 80 cidades dos EUA. Acredita-se que os atos ajudaram a desgastar a imagem do então presidente Donald Trump, que perdeu a eleição.

Em ano eleitoral no Brasil, tudo indica que a busca insana por um “George Floyd dos trópicos” vai continuar.

Com reportagem de Rute Moraes

 Leia também: “A destruição da democracia”

Cristyan Costa, colunista - Revista Oeste

 

domingo, 18 de julho de 2021

BLM sai em defesa de ditadura cubana e comprova que movimento não é racial, mas marxista - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Quando Fidel Castro morreu, em 2016, o Black Lives Matter postou uma mensagem curta e direta, reverenciando o ditador cubano. Dizia "Rest in Power", ou "descanse no poder, em vez do tradicional "descanse em paz".

Agora que o povo cubano corajosamente foi às ruas enfrentar com as mãos milicianos armados pela ditadura, o BLM saiu novamente em campo para defender... a tirania comunista! Nas imagens que podemos observar pelas redes sociais, boa parte da população nas ruas é formada por negros, até porque Cuba tem maioria negra. Já no comando da ditadura há uma absoluta presença de homens brancos. Não há mulheres praticamente, tampouco negros. Não obstante, o BLM tomou o partido dos tiranos.

A organização Black Lives Matter culpou os Estados Unidos – e não a ditadura castrista – pelo "tratamento desumano" aos cubanos, instando que o governo de Joe Biden acabe com o embargo à ilha. Em uma nota publicada em seus perfis nas redes sociais nesta quarta-feira (14), o BLM disse que o embargo americano foi instituída com "a intenção explícita" de desestabilizar Cuba e "minar o direito dos cubanos de escolher seu próprio governo".

"O povo de Cuba está sendo punido pelo governo dos EUA porque o país manteve seu comprometimento com a soberania e autodeterminação", continua a declaração, que mais adiante elogia a ditadura comunista. "Cuba historicamente demonstrou solidariedade com pessoas de ascendência africana oprimidas". A nota não menciona, em nenhum momento, as prisões arbitrárias e a violência do regime para suprimir os protestos por liberdade.

Não é novidade que o BLM seja um movimento marxista, não racial. Assim foi descrito por seus fundadores, que eram abertamente marxistas. O aspecto racial serve apenas para mascarar a essência revolucionária. O BLM não tem nada a ver com o reverendo Martin Luther King, por exemplo, que exaltava a Declaração de Independência Americana e sonhava com o dia em que todos seriam julgados por seu caráter, não pela cor da pele. O BLM tem mais a ver com Malcom X ou os Black Panthers, que queriam implodir o sistema.

Se os responsáveis pelo movimento lessem um autor negro cubano chamado Carlos Moore, talvez ficassem um pouco constrangidos com o papelão. Moore compilou no pequeno O marxismo e a questão racial citações de Marx ou Engels. O escritor negro acabou exilado pelas críticas de racismo feitas ao regime castrista. Vejamos algumas delas, que se o leitor fechar os olhos vai jurar se tratar de algum ariano seguidor de Hitler: Sem escravidão, a América do Norte, a nação mais progressista, ter-se-ia transformado em um país patriarcal. Apenas apague a América do Norte do mapa e você conseguirá anarquia, a deterioração completa do comércio e da civilização moderna.”

“A escravidão é uma categoria econômica como qualquer outra. Portanto, possui seus dois lados. Deixemos o lado mau e falemos do lado bom da escravidão, esclarecendo que se trata da escravidão direta, a dos negros do Suriname, no Brasil, nas regiões meridionais da América do Norte. [...] A escravidão valorizou as colônias, as colônias criaram o comércio universal, o comércio que é a condição da grande indústria. Por isso, a escravidão é uma categoria econômica da mais alta importância.”

Talvez a evolução superior dos arianos e dos semitas se deva à abundância de carne e leite em sua alimentação.”

“Sendo que, comparado ao resto de nós, um nigger (crioulo) é o que há de mais perto do reino animal, ele é, sem nenhuma dúvida, o representante mais adequado para este distrito.”

“Os franceses precisam de uma surra. Se os prussianos vencerem, a centralização do poder de estado será benéfica para a centralização da classe trabalhadora alemã. A predominância germânica também deslocará o centro de gravidade do movimento dos trabalhadores na Europa ocidental, da França para Alemanha, e se apenas compararmos os movimentos nos dois países, de 1866 até agora, se verá que a classe trabalhadora alemã é superior à francesa, tanto no aspecto teórico quanto em organização.”

“A luta dos beduínos era uma luta inútil e, apesar da maneira com que soldados brutais, como Bugeaud, conduziram a guerra seja extremamente condenável, a conquista da Argélia é um fato importante e auspicioso para o progresso da civilização. [...] E se talvez lamentamos que a liberdade dos beduínos do deserto tenha sido suprimida, não podemos nos esquecer de que estes mesmos beduínos eram uma nação de ladrões.”

“Fomos espectadores da conquista do México e nos regozijamos com ela. [...] É do interesse de seu próprio desenvolvimento que ele seja, no futuro, colocado sob a tutela dos Estados Unidos. É do interesse de toda a América que os Estados Unidos, graças à conquista da Califórnia, assumissem o domínio sobre o Oceano Pacífico.”

“É lamentável que a maravilhosa Califórnia tenha sido arrancada dos preguiçosos mexicanos, que não sabiam o que fazer com ela? Todas as nações impotentes devem, em última análise, ser gratas àqueles que, cumprindo necessidades históricas, as anexam a um grande império, permitindo, assim, sua participação em um desenvolvimento histórico que, de outra maneira, seria ignorado a eles. É evidente que tal resultado não poderia ser obtido sem esmagar algumas belas florzinhas. Sem violência, nada pode ser realizado na história.”

“A Inglaterra tem que cumprir uma dupla missão na Índia: uma destruidora, outra reguladora — a aniquilação da velha sociedade asiática e o lançamento das bases materiais da sociedade ocidental na Ásia.”

“Não devemos nos esquecer de que esta vida sem dignidade, estagnada e vegetativa, este tipo de existência passiva invocou, por outro lado, em contrapartida, forças de destruição selvagens, sem objetivo, sem fim, e tornou o próprio assassinato um rito religioso no hinduísmo.”

O autor comprova que não são afirmações fora de contexto; ao contrário: Marx e Engels defenderam em várias ocasiões esta visão imperialista ariana e racista. Era parte essencial de sua ideologia.

Ambos beberam da mesma fonte, Hegel, que disse: “O que nós propriamente entendemos por África é o Não Histórico, Não Desenvolvido Espírito, ainda envolvido na condição de mera natureza, e que foi apresentado aqui somente como soleira da História mundial.”

O problema é que nossos marxistas não leram Marx. Nelson Rodrigues escreveu: “E, por todas as cartas de Marx, não há um vislumbre de amor e só o ódio, o puro ódio. Para ele, há ‘povos piolhentos’, ‘povos de suínos’, ‘povos de bandidos’, que devem ser exterminados.”

Duro é aturar a esquerda radical acusando os liberais e conservadores de “imperialistas”, “racistas”, “fascistas” ou algo do tipo. E fazendo isso enquanto enaltecem o regime ditatorial cubano. Seria cômico, não fosse trágico...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo 

 

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Os novos senhores do mundo - Revista OESTE

Os gigantes da tecnologia censuram Trump, fazem o que bem entendem e exercem um poder global desmedido. Isso é justo?

Na edição de 26 de junho de 2020 da Revista Oeste, iniciei meu artigo daquela semana falando sobre o famoso romance distópico de George Orwell, 1984. Ainda estávamos no meio da pandemia, num momento em que não tínhamos certeza de seu caminho e de sua letalidade. Comentei em meu texto que os tempos eram estranhos e o mundo atravessava dias bizarros que poderiam facilmente ter saído das páginas do livro publicado em 1949. Argumentei que as sociedades modernas estão se tornando cada vez mais parecidas com o que foi descrito na obra de Orwell: na vigilância em massa, no uso incessante de propaganda, na guerra cultural perpétua e no culto à personalidade que cerca líderes políticos e ativistas. Finalizei o primeiro parágrafo dizendo que o romance de Orwell é presciente de várias maneiras. Mas eu mal sabia que 2021 seria, na verdade, mais próximo ainda de 1984.

Naquele artigo, mencionei a quebradeira protagonizada por vândalos e terroristas domésticos do Black Lives Matter e do Antifa, as turbas violentas que derrubaram estátuas, demonizaram forças policiais e sequestraram pautas pertinentes para projetos de poder político — sintomas que já demonstravam um tipo de totalitarismo que George Orwell satirizou. Jamais poderíamos imaginar que o que vivemos em 2020 seguiria com força avassaladora agora em 2021.

Nesta semana, logo após o banimento do presidente norte-americano Donald Trump do Twitter, muitas plataformas digitais seguiram a rede social de Jack Dorsey e entraram em transe virtual, degolando virtualmente o homem malcriado e sem papas na língua, o maior vilão depois de Hitler, de acordo com todos eles. Donald Trump tem sido uma figura controversa em seus quatro anos de administração, com um discurso inflamado e muitas vezes desafiador, mas é justo ou correto banir alguém do debate público por não concordar com suas ideias ou sua retórica?

Em seu discurso no dia 6 de janeiro em Washington, Trump teria incitado a multidão a agir com violência e invadir o Capitólio. Mas basta uma rápida lida na transcrição do que foi dito pelo presidente para percebermos que a narrativamais uma vez é exagerada e não condiz com o que foi, de fato, dito. “Viemos exigir que o Congresso faça a coisa certa e conte apenas os eleitores que foram legalmente indicados. Sei que todos aqui logo estarão marchando para o prédio do Capitólio para fazer ouvir sua voz de forma pacífica e patriótica. Hoje veremos se os republicanos são fortes pela integridade de nossas eleições, se eles são fortes ou não por nosso país.”

Mas não foram apenas as plataformas que usaram o evento para cancelar Trump do mundo virtual. Os democratas, que há quatro anos empurram várias tentativas de impeachment contra o presidente, também usaram o discurso para fazer passar mais um impeachment na Câmara que não chegará ao Senado antes da posse de Joe Biden. Os artigos do novo impeachment acusam Trump de, entre outras coisas, “incitação à insurreição”. Se Trump é culpado de “incitamento”, então metade dos democratas no Congresso também o é. Nancy Pelosi e outros democratas estão, convenientemente, concentrando-se na retórica sempre inflamada de Trump aos que o ouviam quando ele disse que deviam “lutar como o inferno por seu país” (fight like hell for your country). Logo depois, ele convidou os apoiadores a “descer a Avenida Pensilvânia” e “dar [aos republicanos] o tipo de orgulho e ousadia de que precisam para retomar nosso país”. A palavra “pacificamente” foi excluída de qualquer conversa, debate e até mesmo do processo. Oh, details.

É preciso praticar todos os tipos de ginástica mental para fingir que “lutar como o inferno” é tudo menos uma figura de linguagem muito comum. O senador democrata Richard Blumenthal disse que “lutaria como o inferno” contra o então nomeado de Trump para a Suprema Corte, Brett Kavanaugh. Alguém imaginou que ele pretendia se envolver literalmente em brigas de socos no plenário do Senado? Democratas disseram palavras bastante inflamadas ao longo do ano de 2020 em relação aos protestos do BLM e do Antifa, e nada, absolutamente nada, foi condenado por nenhum de seus pares — tampouco esses personagens do cenário público foram banidos de toda a existência virtual.

Dois dias após a eleição de 2020, a comediante Kathy Griffin retuitou a famosa foto dela segurando um objeto que parecia a cabeça ensanguentada de um Donald Trump decapitado. No início do ano passado, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, tuitou um apelo a seus seguidores para destruir Israel. Ambos os tuítes foram aprovados pelo Twitter, mas o bufão laranja não escapou das garras da censura dos juízes de 20 e poucos anos da plataforma em São Francisco. Eles, em um comunicado oficial, declararam que, “devido ao risco de mais incitação à violência”, Donald J. Trump, com 85 milhões de seguidores, estava deletado do mundo virtual indefinidamente.

Wall Street, Hollywood e a mídia estão do lado dos cartéis bilionários da tecnologia

Quais são os novos padrões que agora fazem com que uma conta de mídia social seja cancelada? 
A cantora Madonna foi banida das redes sociais depois da posse de Trump, em 2017, ao expressar o desejo de explodir a Casa Branca com a família Trump nela? 
É verdade, Trump deu uma oportunidade a seus chacais quando alguns apoiadores vandalizaram o Capitólio. Mas a verdadeira razão é que a esquerda há muito tempo está faminta de restringir o discurso daqueles que se opõem a suas pautas de gênero e engenharia social. E a semana passada ofereceu ao “clube da ética”, expressão usada por nosso magistral colunista Guilherme Fiuza, o tipo de crise perfeita que seus integrantes entenderam que nunca deveria ser desperdiçado.

O mercado e a população reagiram diante de bizarro autoritarismo. Conservadores e liberais tentaram migrar para a rede Parler, mas o aplicativo para smartphones já havia sido excluído das lojas digitais da Apple e do Google e o contrato de hospedagem de dados na nuvem foi cancelado pela Amazon. Puf. Em menos de 30 horas, 13 milhões de usuários viraram pó.

A estratégia, hoje encampada abertamente pelas Big Techs, não é apenas ver um Trump derrotado, em fuga e sem controle do governo. Os gigantes da tecnologia não pretendem somente humilhar alguém que bateu de frente com o deep state e expôs o conluio de políticos com o capital privado de democratas e republicanos. Eles querem também restringir a capacidade de organização de seus oponentes. Calar Donald Trump não é suficiente. 
É preciso calar todo o movimento conservador e liberal por ele capitaneado, e exterminar a nova cara que ele deu ao Partido Republicano, com clara e direta conexão com a classe trabalhadora por meio de políticas públicas eficientes.

E aqueles que defendem a ideia de que essas plataformas são empresas privadas e “podem fazer o que bem entenderem”? Nós, brasileiros, pudemos testemunhar em nossa história recente o capital privado em conluio com o Estado de maneira nada republicana. Assistimos aos “campeões nacionais” aproveitando-se do suado dinheiro do contribuinte em operações casadas — e corruptas — com o poder estatal para o enriquecimento e o fortalecimento de monopólios.

Nos EUA, há mais de um século, ferrovias, telégrafos e a indústria de petróleo e energia criaram enormes monopólios. Junto com esse movimento, também produziram cartéis integrados. Então, usaram seus enormes lucros para dar presentes a políticos, controlar informações e destruir a competição. Muitos historiadores e economistas liberais norte-americanos comparam essas operações a polvos, cujos tentáculos estrangulam a liberdade e a honesta competição do livre mercado. Em reação, leis antitruste foram aprovadas e monopólios foram quebrados depois do Sherman Antitrust Act, de 1890.

Para os libertários mais inflamados, completamente avessos a quebras de monopólio com as leis antitruste, mesmo quando atropeladas por cartéis (e, aqui, as plataformas infringem diariamente a Seção 230 da Lei de Comunicações dos EUA — CDA), o próprio Murray Rothbard, economista da escola austríaca, afirma em seu livro Esquerda e Direita que o Estado interventor norte-americano não teria nascido com o New Deal, mas bem antes, na Era Progressista. Surpreendentemente, essa intervenção não teve origem por imposição de socialistas e comunistas, mas pelo interesse de grandes empresários na proteção estatal contra o laissez-faire. Teriam sido eles, e não os militantes socialistas, os grandes responsáveis pelo recuo do livre mercado nos Estados Unidos.

Há uma discussão pertinente em torno do assunto “leis antitruste”. E aqui, na Revista Oeste, jamais defenderemos mais intervenção do Estado e mais regulações. Jamais. No entanto, não pisamos atualmente em solo fértil, pronto para receber sangue e suor daqueles que ainda acreditam no American Dream. O que está diante de nossos olhos é um cenário em que políticos progressistas, Wall Street, Hollywood e a própria mídia estão todos do lado dos cartéis bilionários da tecnologia. A parceria com as Big Techs é politicamente útil e financeiramente lucrativa. Empresas que financiam campanhas políticas por todo o país para que legisladores eleitos com dinheiro delas aprovem leis que as favoreçam sempre.

Uma rápida olhada nos dados de financiamento de campanhas mostra que as contribuições de donos e funcionários das empresas de tecnologia foram em grande parte para Joe Biden. Funcionários da Alphabet, Amazon, Apple, Facebook, Microsoft e Oracle contribuíram com quase 20 vezes mais dinheiro para Biden do que para Trump desde o início de 2019. 
Oito pessoas do novo Comitê de Transição de Joe Biden estavam até pouco tempo atrás trabalhando para a cúpula de Mark Zuckerberg, dono do Facebook. De acordo com a Open Secrets, Alphabet, Microsoft, Amazon, Facebook e Apple respondem por cinco dos sete maiores doadores da campanha de Biden em 2019 e 2020.

Esse é o verdadeiro cenário de um oligopólio criado com o uso do Estado como agente de informação. É o retrato da América de hoje, onde uma pergunta é insistente — e proibida de ser feita: “Isso é livre mercado?”. A sensação é que os valores dos monopólios ferroviários e de petróleo do século 19 estão de volta, casados com o totalitarismo esquerdista do século 20 de George Orwell que lemos em 1984, e agora muito bem estruturados e alimentados pelo alcance instantâneo da internet do século 21.

Tudo é muito assustador, principalmente para uma nação que tem como um de seus pilares a liberdade de expressão aliada ao respeito às leis. No livro The Fourth Turning, de William Strauss e Neil Howe, somos instigados a analisar como a história mostra que sociedades ao longo de décadas com frequência trazem características muito parecidas, e como eventos distintos em épocas diferentes trazem ciclos similares. Depois de vermos os novos revolucionários jacobinos tentando amordaçar quem ousasse questionar os caminhos que o vírus chinês impôs, não me espantaria que os Robespierres que comandam a “nova revolução” e o que pode ser falado, ouvido e propagado acabem guilhotinados por seus pares.

Leia também a matéria “14 questões sobre o poder das Big Techs”

Ana Paula Henkel, comentarista política - Revista Oeste


quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Os homicídios do Carrefour e a estúpida reação de muitos - Sérgio Alves de Oliveira

A partir da falsa versão “oficial” emprestada pela grande mídia e pela esquerda “de todos os gêneros” à morte de João Alberto Silveira Freitas, no Carrefour, em Porto Alegre, por dois “seguranças”,  bem como as inconsequentes reações decorrentes desse lamentável episódio, inclusive com depredações em lojas do Carrefour distantes dos acontecimentos, mais do que nunca impõe-se “destrinchar” e “dar vida” às sábias palavras do pensador Nelson Rodrigues, que acabam servindo como uma “luva” para traduzir os acontecimentos respectivos.

Segundo o pensador brasileiro: (1) “A maior desgraça da humanidade é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas,que são a maioria da humanidade”; e (2) “Os idiotas vão tomar conta do mundo. Não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos”.  Forçaram inclusive a “santificação”, a “canonização” da vítima, especialmente na grande mídia e nas tribunas legislativas, o qual teria sido em vida excelente filho, marido, pai, e trabalhador, dentre outras inúmeras qualidades positivas.

Não é, todavia, o que dá a entender a “ficha policial” da vítima, manchada de “fio-a-pavio”, com diversos tipificações criminais. Sem que se queira “aliviar” os autores desse brutal homicídio, o simples fato desse cidadão andar solto pelas ruas depois de tantos crimes na sua ficha criminal já demonstra o quão frouxo é o sistema repressivo brasileiro, feito por políticos demagogos e irresponsáveis, mais para proteger bandidos do que para prevenir e reprimir os crimes em defesa da sociedade. E tudo “reforçado” em alguns Tribunais Superiores.

Com certeza a desproporcional reação violenta à morte de João Alberto, um cidadão negro, foi plantada “lá fora”, estando intimamente ligada à confusão generalizada decorrente de episódio parecido com o de Porto Alegre, acontecido nos Estados Unidos, em 25 de maio de 2020, onde um cidadão negro, George Floyd,foi morto por um policial (branco).

Esse lamentável episódio nos Estados Unidos foi explorado “inteligentemente” pelo movimento terrorista de esquerda denominado “Black Lives Matter-BLM”, que conseguiu manipular a periferia dos bairros mais pobres das cidades americanas, o que certamente teve decisiva influência no resulta do pleito presidencial, ”infiltrado” que esteve no Partido Democrata. Dai a (provável) vitória de Joe Biden.

O que talvez “nos” sirva de “consolo” é que a idiotia não é privativa do Brasil.  O mundo deve ficar em estado de alerta máximo com a expressiva votação recebida pelo candidato socialista Joe Biden, provavelmente o vitorioso,nos Estados Unidos, com ajuda dos “Black Lives Matter”. Os regimes socialistas, que sempre abominaram a democracia, acabaram aprendendo a se valer dela no próprio interesse, com falsas promessas aos povos, que acreditam, votam “neles”, e acabam submetidos às piores ditaduras, depois que a esquerda se torna governo.

Joe Biden já deu o seu recado ao povo americano, mostrando as suas “garrinhas” de ditador-socialista, avisando que pretende diminuir a autonomia dos Estados, ou seja, ferindo de morte a federação americana, a mais verdadeira e exemplar do mundo, provavelmente a grande responsável pelo grande desenvolvimento econômico e social dos Estados Unidos. Biden quer transformar os Estados numa Rússia? Numa China? Ou numa Coreia do Norte ?

Mas além de uma reação totalmente desproporcional a esse homicídio, igual,ou até menos grave, a milhares de tantos outros, porém sem tal repercussão, a versão “idiota” e dominante que anda por aí é que esse crime teria sido de “racismo”, por causa da cor da pele da vítima (negra). Mas não há “crime de racismo” [sic] . O Código Penal prevê crime de “injúria racial”. Não existe “homicídio racial”. Ou é “homicídio”, independente da cor da pele, ou “injúria racial”. Eventual motivação “racista” no homicídio teria que ser considerada “fútil”,”torpe” ou, no caso de João Alberto, por “asfixia,tortura,ou outro meio insidioso, e cruel”,  segundo mandamentos dos incisos I,II e III,do parágrafo 2º,do artigo 121 do Código Penal. [delegados da Polícia Civil de POA já tipificaram como homicídio triplamente qualificado - 'gastando' na tipificação praticamente todos os incisos do CP, mas só a perícia e as provas testemunhais é que definirão as agravantes e atenuantes.]

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo