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terça-feira, 5 de abril de 2022

Os comunas estão nervosos… - Rodrigo Constantino

 

Rodrigo Constantino

Que preguiça! Já abrir a semana tendo que lidar com a choradeira forçada da esquerda radical nas redes sociais é de lascar. Mas, como são os ossos do meu ofício, lá vamos nós explicar uma vez mais a tática dessa gente previsível.

Miriam Leitão, a "respeitada" jornalista, escreveu uma coluna no fim de semana apontando o que enxerga como grande equívoco da terceira via: atribuir uma equivalência entre os dois "extremos". Até aí, estamos de acordo. Mas aí vem a revelação, para a surpresa de ninguém: Miriam está dizendo que Bolsonaro é muito pior, pois não respeita a democracia, enquanto o outro lado seria "democrata".

A militante tucanopetista já saiu de sua toca comuna: tem que votar no socialista corrupto do Foro de SP para “salvar a nossa democracia". Bolsonaro, com seus ministros Paulo Guedes, Marco Pontes, Tereza Cristina, Damares Alves, Tarcisio Freitas e tantos outros, representa uma terrível ameaça à democracia brasileira.  
Lula, com Dirceu e companhia, ao menos é um "democrata", apesar de bajular a ditadura cubana desde sempre.

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A narrativa é patética, bizarra e não se sustenta por um segundo de reflexão. Mas a esquerda radical teve um presente e tanto: 
Eduardo Bolsonaro resolveu reagir, e escreveu ter pena da cobra, numa alusão ao episódio revelado pela militante comunista de que sofreu tortura no começo do regime militar, com uma serpente colocada em sua cela.

Foi a senha para que toda a extrema esquerda bancasse a vítima, horrorizada com a insensibilidade do deputado. Até "jornalistas liberais" se uniram, pedindo a cassação de Eduardo pela mensagem. Todos enxergaram ali o pretexto para desviar o foco do que realmente importa aqui: a tentativa ridícula de "normalizar" Lula, pinta-lo como um moderado de centro, um democrata, enquanto Bolsonaro seria um fascista.

Como no clubinho ninguém solta a mão de ninguém, os pares "jornalistas" prestaram imediatamente solidariedade à colega. A militante da Folha de SP, Mariliz Pereira Jorge, que já xingou o presidente de tudo que se possa imaginar, chegou a comunicar a saída do Twitter, explicando o péssimo ambiente da rede - provavelmente diante de um espelho:
"Twitter é um lugar insuportável. Cheio de gente má, que finge ser democrata. Cheio de gente que fala em saúde mental e fode com a saúde dos outros. Tem o babaca, mas tá cheio de agressivo-passivo. Acha que é dono da verdade pq defende bandeiras importantes. Desisto. Adios"

Se é por falta de adeus...
Já o senador Alessandro Vieira, aquele com pinta de sério, mas que usou morte de ator global octogenário vacinado para atacar o governo na CPI circense, rasgou elogios ao histórico da jornalista: "A estratégia dos Bolsonaros é clara: usar falas polêmicas para desviar a atenção da fome, da miséria e dos casos de corrupção que vêm surgindo no noticiário. A última foi um ataque grosseiro e inaceitável contra a jornalista Miriam Leitão, profissional com histórico impecável". [esse senador andou pensando em se candidatar a presidente ... caiu na real e desistiu??? Insistimos que queremos toda a esquerda maldita unida contra o capitão, assim poderemos triturá-los, politicamente, derrotando-os,  como fez o Orbán na Hungria.]

Nem mesmo o ladrão conseguiu se conter. Dando muita bandeira, deixando claro a orquestra da coisa toda, o próprio Lula, um ilustre humanista, veio demonstrar repúdio aos "ataques" contra a jornalista, apenas para ter o reconhecimento do "nobre gesto" pela própria jornalista e também seu filho, o comunista que já declarou voto em Lula:

O coleguinha da GloboNews, defensor do Psol, também aproveitou para divulgar o discursinho manjado da turma: "Toda a solidariedade à Miriam Leitão, absurdamente agredida por gente que usa a liberdade só possível numa Democracia para atacar a Democracia e suas instituições. Quebra de decoro? Injúria? Acima de tudo violência gratuita, estupidez e desumanidade. #DitaduraNuncaMais"

O que seria da extrema esquerda sem essa visão estética infantil? Defensores do regime chinês fingindo que são os maiores democratas do planeta? 
Jornalistas que aplaudem a censura imposta pelo STF fingindo que defendem a liberdade de expressão? 
Militantes que passam pano para prefeitos e governadores que mandam prender quem sair às ruas no lockdown se colocando como a resistência contra o fascismo? 
É tudo uma piada de mau gosto.
 
Leandro Ruschel explicou a tática deles: O coordenador da campanha de Lula afirma que seu principal adversário lidera um movimento fascista. E tem gente que acredita num governo Lula "pacificador".... 
O que esse pessoal está fazendo é a desumanização do adversário para justificar medida ilegais contra eles. 
Um "fascista" não deve ter direito. 
Um "fascista" deve ser preso ou coisa pior. 
Qualquer violência contra "fascistas" é justificada. 
O que a esquerda faz é categorizar QUASE TODOS opositores como "fascistas", para justificar qualquer ato de censura e perseguição contra eles.
Em outro post, Ruschel questionou que democracia é essa que estaria ameaçada em nosso país: Afirmar que a "democracia está em risco no Brasil" é tapar o sol com a peneira. 
Não existe mais democracia quando certas autoridades abusam do seu poder para perseguir críticos. 
Não existe mais democracia quando uma parcela do espectro político é criminalizada.

No fundo, o que estamos vendo é certo desespero da esquerda. Nem ela acredita nas pesquisas, que já começam um trabalho de ajuste gradual. As mais recentes já dão até empate técnico entre o ladrão socialista e o atual presidente. O senador Randolfe Rodrigues, aquele com pouco voto, [além da falta de votos o senador é encrenqueiro, estridente, e sem inteligência e totalmente desacreditado - nunca teve credibilidade, mas antigamente, bem antigamente, alguns ainda acreditavam nele.] mas enorme influência suprema e midiática [esta só junto à mídia militante, aquela do consórcio de más notícias] , chegou a externar o nervosismo:  Lula precisa ser... mais "plural", seja lá o que isso significa. 


Estão tentando criar uma nova Carta ao Povo Brasileiro, um novo terno Armani de Duda Mendonça, uma nova máscara para ludibriar os otários. Alckmin serve exatamente a esse propósito na campanha do corrupto.

E não faltam "jornalistas" batendo o mesmo bumbo. Estão todos unidos contra Bolsonaro, pois odeiam tudo que não é esquerda. 

Morrem de saudades dos tempos em que a disputa era entre PT e PSDB, na estratégia das tesouras, e a grande imprensa tinha o monopólio das narrativas, sem as redes sociais para "incomodar".

Os comunas estão nervosos. Estão unidos. E isso, claro, é ótimo sinal...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Agora, e só agora, o centrão virou problema? Percival Puggina

O Centrão, justificadamente, tem péssima imagem no país. Salvo um ou outro episódio que custo a lembrar, sua principal utilidade ocorreu durante o processo constituinte. E mais especificamente, no ano de 1988, quando um grupo numeroso de parlamentares liderados pelo PMDB se uniu para tentar abrandar um pouco as insanidades que o bloco de esquerda pretendia ver constitucionalizadas. [apesar de alguma razão assistir ao ilustre articulista quanto a função de contenção aos malefícios que os insanos esquerdistas pretendiam constitucionalizar, o conjunto a obra - a cidadã - não recomenda a nenhum dos que a elaboraram.] Esse movimento deu causa ao racha do PMDB, que havia elegido mais da metade do plenário da Constituinte.

Como escrevi várias vezes referindo esse período, se fosse politicamente mais homogêneo, o partido de Ulysses Guimarães poderia ter redigido a Carta de 1988 numa sala de seu Diretório Nacional. Entre os senadores, apenas 14 não eram do PMDB. Na Câmara, 53% dos deputados eram a ele filiados. O partido, no entanto, rachou pelo lado esquerdo. Em fins de 1987, nove senadores e 39 deputados federais criaram o PSDB. Esse grupo já vinha trabalhando com o bloco de esquerda, sob liderança de Fernando Henrique e Lula.

E o Centrão? Mesmo na Constituinte, se de um lado diminuiu o estrago, como mencionei acima, de outro ajudou Sarney a derrubar o parlamentarismo que seria aprovado e o presenteou com um mandato especial de cinco anos, quando o previsto era quatro anos. Esse foi o tempo certo para o Centrão sentir o gosto do governo, dos cargos, dos bônus e nunca mais sair. Ficou com Sarney, seguiu duas vezes com Fernando Henrique, outras duas com Lula, outras duas com Dilma, depois com Temer e, agora, com Bolsonaro.

O mais curioso é que o Centrão, malgrado estar no poder há 32 anos, também sabe ser oposição. Mostrou isso nos primeiros 18 meses de Bolsonaro, paralisando, arquivando, derrubando, desfigurando todas as tentativas do presidente de dirigir o carro do Executivo com geometria e balanceamento adequados às expectativas vitoriosas na eleição de 2018. A gente viu no que deu.

O Centrão está ciente e a história faz prova: quem não tem maioria no Congresso ou não termina o governo (Getúlio, Jânio, Jango, Collor e Dilma) ou não consegue governar, caso de Temer, que ficou cumprindo o carnê. Na situação em que Bolsonaro estava em meados do ano passado, seu rumo estava ditado pela história. Ou o Centrão, ou mais quatro anos estéreis para o país, ou porta da rua serventia da casa, via Congresso ou TSE.

Agora, partidos que, governando com o Centrão promoveram toda a lambança possível, e órgãos de imprensa que faturavam bilhões com a publicidade oficial fingem prestar atenção para essa longa história. Agora lhes caem as escamas dos olhos para a vida que passou diante deles durante mais de três décadas – vistosa, ruidosa e dadivosa como uma escola de samba na avenida! Me poupem dessa hipocrisia.

Pode parecer estranho, mas será o modo como Bolsonaro vai operar a relação com o Centrão que vai influenciar mais diretamente o resultado eleitoral de 2022. Se ele não andar por onde outros atolaram e se extrair do Centrão aquilo que se espera de uma base do governo, terá prestado um bom serviço à nação.

Publicado originalmente em Conservadores e Liberais, o site de Puggina.org.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.


quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Os homicídios do Carrefour e a estúpida reação de muitos - Sérgio Alves de Oliveira

A partir da falsa versão “oficial” emprestada pela grande mídia e pela esquerda “de todos os gêneros” à morte de João Alberto Silveira Freitas, no Carrefour, em Porto Alegre, por dois “seguranças”,  bem como as inconsequentes reações decorrentes desse lamentável episódio, inclusive com depredações em lojas do Carrefour distantes dos acontecimentos, mais do que nunca impõe-se “destrinchar” e “dar vida” às sábias palavras do pensador Nelson Rodrigues, que acabam servindo como uma “luva” para traduzir os acontecimentos respectivos.

Segundo o pensador brasileiro: (1) “A maior desgraça da humanidade é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas,que são a maioria da humanidade”; e (2) “Os idiotas vão tomar conta do mundo. Não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos”.  Forçaram inclusive a “santificação”, a “canonização” da vítima, especialmente na grande mídia e nas tribunas legislativas, o qual teria sido em vida excelente filho, marido, pai, e trabalhador, dentre outras inúmeras qualidades positivas.

Não é, todavia, o que dá a entender a “ficha policial” da vítima, manchada de “fio-a-pavio”, com diversos tipificações criminais. Sem que se queira “aliviar” os autores desse brutal homicídio, o simples fato desse cidadão andar solto pelas ruas depois de tantos crimes na sua ficha criminal já demonstra o quão frouxo é o sistema repressivo brasileiro, feito por políticos demagogos e irresponsáveis, mais para proteger bandidos do que para prevenir e reprimir os crimes em defesa da sociedade. E tudo “reforçado” em alguns Tribunais Superiores.

Com certeza a desproporcional reação violenta à morte de João Alberto, um cidadão negro, foi plantada “lá fora”, estando intimamente ligada à confusão generalizada decorrente de episódio parecido com o de Porto Alegre, acontecido nos Estados Unidos, em 25 de maio de 2020, onde um cidadão negro, George Floyd,foi morto por um policial (branco).

Esse lamentável episódio nos Estados Unidos foi explorado “inteligentemente” pelo movimento terrorista de esquerda denominado “Black Lives Matter-BLM”, que conseguiu manipular a periferia dos bairros mais pobres das cidades americanas, o que certamente teve decisiva influência no resulta do pleito presidencial, ”infiltrado” que esteve no Partido Democrata. Dai a (provável) vitória de Joe Biden.

O que talvez “nos” sirva de “consolo” é que a idiotia não é privativa do Brasil.  O mundo deve ficar em estado de alerta máximo com a expressiva votação recebida pelo candidato socialista Joe Biden, provavelmente o vitorioso,nos Estados Unidos, com ajuda dos “Black Lives Matter”. Os regimes socialistas, que sempre abominaram a democracia, acabaram aprendendo a se valer dela no próprio interesse, com falsas promessas aos povos, que acreditam, votam “neles”, e acabam submetidos às piores ditaduras, depois que a esquerda se torna governo.

Joe Biden já deu o seu recado ao povo americano, mostrando as suas “garrinhas” de ditador-socialista, avisando que pretende diminuir a autonomia dos Estados, ou seja, ferindo de morte a federação americana, a mais verdadeira e exemplar do mundo, provavelmente a grande responsável pelo grande desenvolvimento econômico e social dos Estados Unidos. Biden quer transformar os Estados numa Rússia? Numa China? Ou numa Coreia do Norte ?

Mas além de uma reação totalmente desproporcional a esse homicídio, igual,ou até menos grave, a milhares de tantos outros, porém sem tal repercussão, a versão “idiota” e dominante que anda por aí é que esse crime teria sido de “racismo”, por causa da cor da pele da vítima (negra). Mas não há “crime de racismo” [sic] . O Código Penal prevê crime de “injúria racial”. Não existe “homicídio racial”. Ou é “homicídio”, independente da cor da pele, ou “injúria racial”. Eventual motivação “racista” no homicídio teria que ser considerada “fútil”,”torpe” ou, no caso de João Alberto, por “asfixia,tortura,ou outro meio insidioso, e cruel”,  segundo mandamentos dos incisos I,II e III,do parágrafo 2º,do artigo 121 do Código Penal. [delegados da Polícia Civil de POA já tipificaram como homicídio triplamente qualificado - 'gastando' na tipificação praticamente todos os incisos do CP, mas só a perícia e as provas testemunhais é que definirão as agravantes e atenuantes.]

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Cármen Lucia cancela confraternizações com ministros

Um encontro estava marcado para hoje, dia da última sessão antes do recesso: pauta atolada e clima pesado fizeram a presidente da corte desistir de eventos 

Cármen Lucia cancelou o almoço de confraternização dos ministros da Supremo, marcado para hoje. O encontro, que acontece todos os anos, é uma tradição no tribunal.  Ela também desistiu de receber os colegas de toga num jantar em sua casa, ideia que havia sido cogitada tempos atrás. Hoje, sem chances.

Além da pauta pesada de julgamentos, não há o menor clima para brindes e sorrisos no STF.  O lamentável episódio Renan Calheiros, garantido na presidência do Senado por uma decisão da corte, ainda não foi superado.  A turma sabe o quanto o veredicto pegou mal entre a opinião pública.

Ainda assim, houve ministro decepcionado. Parte deles diz que sequer foi avisada sobre o motivo do cancelamento. Outros trouxeram acompanhantes para o evento. Terão de mandá-los de volta para seus estados com a barriga vazia.

Fonte: Revista VEJA