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quarta-feira, 3 de janeiro de 2024

O discurso sangrento da diversidade - Alex Pipkin, PhD

          É fundamental compreender que conservadores acreditam na vida como ela é, objetivamente. São os indivíduos aqueles que fazem suas próprias escolhas, não devendo existir o abusivo envolvimento do governo nas opções privadas.

Já os “progressistas”, advogam por um forte intervencionismo estatal nas questões sociais e econômicas, a fim do alcance do “como a vida deveria ser”.

E na “moderna visão de mundo progressista”, de um mundo igualitário, evidente, quem poderia se objetar às políticas identitárias, em defesa das minorias, aquelas que supostamente pregam mais diversidade e inclusão? Pois uma coisa é uma coisa, outra coisa é, de fato, outra coisa…

Quando da morte de George Floyd, o mundo todo, em especial, os dos sentimentos progressistas, afloraram em todos os campos. “Black Lives Matter” se transformou, rapidamente, em uma grife mundial.

Via-se, lia-se e se ouvia legiões e mais legiões de bondosos sinalizadores de virtude, ecoando contra a brutalidade policial e a discriminação racista, contra os negros.

Separando-se o joio do trigo, logo após tal evento, ficou muito claro o rotundo ativismo político emaranhado na teia sentimental relacionada a morte de Floyd. Mas o que aconteceu em 7 de outubro deste ano, com o massacre do grupo terrorista Hamas, que assassinou, queimou e estuprou, bebês, mulheres, jovens, adultos e idosos civis em Israel?

A resposta de grande parte das instituições mundiais, foi um silêncio quase que ensurdecedor. Partiu de “progressistas”, justiceiros sociais, e o que é pior - surreal -, esses se voltaram contra a minoria judaica, saindo às ruas para clamar pela eliminação do Estado de Israel do mapa.

Qualquer um que disponha ao menos de um olho, pelos fatos e pelas evidências em todo o globo sabe que os judeus passaram a ser alvo de muita discriminação e de vários tipos de agressões. [ao nosso entendimento, sem viés ideológico ou de qualquer outra natureza, ,  essa digamos 'antipatia' pela causa dos judeus, é mais consequência da perversidade representada pela matança de civis palestinos, incluindo crianças, promovida pelas Forças Armadas de Israel.] O antissemitismo saiu, definitivamente, do armário.

Pela narrativa progressista, esses não toleram o preconceito e a violência. São ferrenhos lutadores pela causa da diversidade, exceto quando a minoria envolvida é, claro, a judaica!  Desde o período do Holocausto, nunca se assistiu - e se consentiu - tamanho e declarado antissemitismo! Atualmente, a turma progressista - genuínos hipócritas racistas -, utilizam-se da diversidade para espalhar seus preconceitos e ódios ao povo judeu. Não há mais como esconder.

O discurso é aterrorizante: do extermínio, primeiramente, acompanhado da discriminação. O mundo já assistiu esse filme com final macabro. Esses apologistas da bondade e da paz terrena, juntamente com uma variedade de sinalizadores de virtude, agora berram contra o revide “desproporcional” das tropas israelenses.

Eles creem num mundo, não como ele factualmente é, mas como eles pensam que deveria ser. De acordo com suas sectárias crenças “benevolentes”. Enchem os pulmões para gritar pelo fim do Estado de Israel, porém, desejam uma guerra mais “humana”.

Exclamam pela morte de judeus, mas querem uma guerra “proporcional”. Fora da fantasia de suas cabeças-ocas, não existe guerra sem mortes, inexiste guerra “humana”. Essa é a realidade.

Israel deve fazer o que tem que ser feito, ou seja, destruir os terroristas do Hamas, custe o que custar. [ceifando vidas de inocentes? revivendo em  escala maior a crueldade narrada na Biblia Sagrada dos "Santos Inocentes"?]  Não há nenhuma outra alternativa. E imagino que assim será feito.

Nunca é demais reiterar que, embora muitos não enxerguem - ou não queiram ver -, a batalha travada é entre o bem contra o mal. Aqui não há reducionismo. E o que está em jogo é exatamente o que a tropa progressista demanda ostensivamente, desejando ver desaparecer do mapa; a existência do grandioso Estado de Israel.

 

Alex Pipkin - PHD

 

 

domingo, 29 de maio de 2022

Até quando? - Ana Paula Henkel

Revista Oeste

O que aconteceu nesta semana em Uvalde, no Texas, e em outras ocasiões semelhantes na história norte-americana vai além do raso debate “mais armas ou menos armas" 

Cruzes com os nomes das vítimas do tiroteio em Uvalde, no Texas, são colocadas do lado de fora da escola Robb Elementary | Foto: Jae C. Hong/AP/Shutterstock
Cruzes com os nomes das vítimas do tiroteio em Uvalde, no Texas, são colocadas do lado de fora da escola Robb Elementary | Foto: Jae C. Hong/AP/Shutterstock

Qualquer tragédia que arrebata vidas humanas é devastadora. Mas uma tragédia que ceifa vidas de crianças inocentes é algo tão avassalador que deixa marcas profundas em todos nós. É difícil sequer imaginar o que os pais e os familiares das 19 crianças mortas nesta semana por um atirador em uma escola no Texas podem estar passando. Como alguém pode cometer uma atrocidade dessa magnitude? E aqui, antes de seguirmos com a nossa conversa semanal, peço, por gentileza, que fechem os olhos por alguns segundos e façam uma prece para essas famílias.

Como sempre fazem, as almas vazias do mundo aproveitaram a tragédia para empurrar suas agendas políticas. Durante uma coletiva de imprensa das autoridades do Texas, com a presença de policiais, do prefeito da cidade de Uvalde e do governador, Gregory Abbott, todos visivelmente abalados pelo terrível evento, o candidato democrata ao governo do Estado, Beto O’Rourke, um dos que participaram das primárias democratas em 2020, resolveu se levantar e ir até a mesa “cobrar” uma resposta do governo sobre o banimento de armas, pauta de seu partido. De maneira desprezível e oportunista, O’Rourke usou a tragédia para impulsionar sua candidatura ao governo do Estado e continuar sob os holofotes.

Enquanto as autoridades do Texas identificavam as vítimas do massacre, avaliavam suas consequências e tentavam, dentro do humanamente possível, cuidar dos familiares das vítimas do massacre, o ex-presidente Barack Obama divulgou uma mensagem no Twitter invocando a morte de George Floyd, assassinado pelo policial Derek Chauvin, em Minneapolis, durante uma prisão, em 25 de maio de 2020. Em um malabarismo insensível e bizarro, Obama conectou o tiroteio da escola em Uvalde ao segundo aniversário do assassinato de Floyd: “Enquanto lamentamos os filhos de Uvalde hoje, devemos ter tempo para reconhecer que dois anos se passaram desde o assassinato de George Floyd sob o joelho de um policial. Sua morte permanece com todos nós até hoje, especialmente aqueles que o amavam”, tuitou o ex-presidente. Narcisismo e psicopatia em estado puro.

Mais armas X menos armas
Longe das abjetas tentativas de usar a inimaginável dor de pais e mães para as agendas políticas, é preciso abordar de maneira honesta e com maior profundidade alguns pontos importantes que podem estar mudando os perfis da sociedade norte-americana, principalmente dos adolescentes. O que aconteceu nesta semana em Uvalde e em outras ocasiões semelhantes na história norte-americana vai além do raso debate “mais armas ou menos armas”. A própria expressão “tiroteio em massa” (mass shooting), usada em eventos como esse, já carrega em si uma ansiedade difícil de ser controlada. Nos Estados Unidos, existem várias definições diferentes, mas comuns, de “tiroteios em massa”.

O Serviço de Pesquisa do Congresso define tiroteios em massa como incidentes múltiplos, com arma de fogo e homicídio envolvendo quatro ou mais vítimas em um ou mais locais próximos uns dos outros. A definição do Federal Bureau of Investigation (FBI) é essencialmente a mesma. Muitas vezes há uma distinção entre tiroteios em massa privados e públicos, como uma escola, um local de culto ou um estabelecimento comercial. Os tiroteios em massa realizados por terroristas estrangeiros não estão incluídos, não importa quantas pessoas morram ou onde o tiroteio ocorra. Essas formulações são certamente viáveis, mas o limite de quatro ou mais mortes é arbitrário. Há também exclusões importantes. Por exemplo, se 20 pessoas são baleadas, mas apenas duas morrem, o incidente não é um tiroteio em massa. Mas nada disso importa quando essas tragédias acontecem. O fato é que, em menos de duas semanas, Salvador Ramos, 18 anos, matou 19 crianças e dois professores em uma escola primária no Texas, e Payton Gendron, também de 18 anos, assassinou dez pessoas em um supermercado em Buffalo, Nova Iorque.

Ambos, Gendron e Ramos, tinham sérios distúrbios mentais. As pessoas ao seu redor sabiam disso. Família, amigos, escolas. Ambos os assassinos disseram a outras pessoas que planejavam cometer um tiroteio em massa e então o fizeram. O atual sistema de alerta em vigor não está funcionando. O que, de fato, está acontecendo com muitos jovens? 
Uma pessoa que tem a intenção de cometer violência é muito difícil de ser parada em qualquer circunstância. 
Um ato do Congresso norte-americano não vai fazer isso, nem o controle de armas, nem a extinção da Segunda Emenda. 
Há mais armas nos Estados Unidos do que pessoas, cerca de 400 milhões. Sempre houve. 
Seja qual for sua opinião sobre esse fato, os norte-americanos nunca se disporão de suas armas. 
A Constituição proíbe isso e uma nova guerra civil provavelmente seria desencadeada se a proposta fosse adiante.
 
Sobre controle de armas, quer você concorde com ele ou não, isso não impedirá o próximo Payton Gendron ou Salvador Ramos de agirem, e toda pessoa racional sabe disso. 
Quem puxa o gatilho, esfaqueia, queima, atropela são pessoas, e a única maneira de parar muitos desses assassinatos é descobrir por que a sociedade norte-americana (assim como a brasileira) está produzindo tantos jovens violentos. 
Há uma razão pela qual eles estão agindo dessa maneira. Qual é esse motivo? 
E não são apenas atiradores em massa na América, esses que aparecem diabolicamente de tempos em tempos na televisão. 
Nos Estados Unidos e também no Brasil, são bandidos armados com armas ilegais, ladrões de carro, de estabelecimentos e residências. 
Por que estão agindo assim? 
Essa deveria ser uma das principais perguntas em todo esse contexto. Obviamente, é um dos pontos que democratas odeiam abordar, porque cavar soluções dentro de problemas complexos acabaria por enterrar as agendas políticas.

Armas, big techs e big pharmas
Poucas horas depois de 19 crianças terem sido assassinadas, o presidente dos Estados Unidos fez um pronunciamento na televisão e o tom não foi de união ou elevação do espírito de uma nação profundamente ferida e em agonia.  
Em vez disso, ele aproveitou a oportunidade para mais uma vez discutir com quem não votou nele, e o fez, como sempre, de maneira vergonhosa. Biden disse: “Como nação, temos de perguntar: ‘Quando, em nome de Deus, vamos enfrentar o lobby das armas? Quando, em nome de Deus, saberemos dentro de nós o que precisa ser feito? Para que, em nome de Deus, você precisa de armas, exceto para matar alguém?’ É simplesmente doente e os fabricantes de armas passaram duas décadas comercializando agressivamente armas, o que os torna maiores e com maior lucro. Pelo amor de Deus, temos de ter a coragem de enfrentar a indústria”.
 
As crianças estão morrendo porque o lobby das armas está lucrando. A desonestidade chega a ser inacreditável. E irracional também. Logo após o terrível tiroteio, o New York Times publicou a mesma ideia sobre o lobby das armas. Só não contaram que a National Rifle Association (NRA) declarou falência no ano passado, enquanto as big techs gastaram mais de US$ 70 milhões fazendo lobby no Congresso. 
As big pharmas gastaram US$ 92 milhões também fazendo lobby em Washington apenas no primeiro trimestre de 2021, enquanto a NRA gastou US$ 2,2 milhões em todo o ano de 2020, ano de eleições presidenciais. Seja qual for o problema, não é o lobby das armas que está matando pessoas inocentes. Este é um assunto muito sério para bobagens como essa, empurrada pela assessoria do Partido Democrata, ou a velha imprensa norte-americana, como preferirem.
 
Segundo uma pesquisa feita pela ABC News, “cerca de 11% dos crimes violentos na cidade de Los Angeles envolveram um sem-teto em 2018, 13% em 2019 e 15% em 2020”
Tenha em mente que os moradores de rua representam cerca de 1% da população total de Los Angeles, mas estão envolvidos em quase um quinto de todos os crimes violentos na cidade. 
Ah, mas não há nada para ver aqui. Circulando, circulando. 
Todos aqui em Los Angeles sabem que isso está acontecendo porque esses números aumentam a cada ano. 
E o que está acontecendo nas ruas também acontece nas escolas.

O que mudou?
O diretor-executivo da Associação Nacional de Oficiais de Recursos Escolares, Mo Canady, disse recentemente em uma entrevista que as escolas estão “vendo mais agressão em termos de brigas e roubos”. Segundo Canady, isso não costumava acontecer, mas está acontecendo agora em grande intensidade. Por quê? Não são armas. Não é sobre o lobby de armas
Mais famílias norte-americanas tinham armas em casa há 50 anos do que agora. De acordo com a Rand Corporation, 45% dos lares norte-americanos tinham uma arma em 1980. Em 2016, isso caiu para 32%. Então o problema não é que estamos mais armados do que estávamos. O problema é que as pessoas mudaram. Os jovens mudaram e estão mais violentos. Por quê?

Essa deveria ser a conversa bipartidária aqui nos Estados Unidos e a que deveria unir políticos de todos os espectros no Brasil. Mas ela vem sendo abafada por lunáticos que buscam atenção e que esperam apenas ganhar a próxima e a próxima e a próxima eleição, sem se preocupar, de fato, com as raízes profundas de problemas que não são simples.

Mais de 107 mil norte-americanos morreram de overdose de drogas em 2021. Esse é o maior número anual de mortes já registrado e um aumento de 15% em relação ao ano anterior

Provavelmente existem muitas causas para essas dificuldades e transtornos em adultos e adolescentes. O uso de antidepressivos nos Estados Unidos — como no Brasil — está aumentando dramaticamente. Entre 1991 e 2018, o consumo total de Selective serotonin reuptake inhibitors (SSRIs), ou inibidores seletivos da recaptação de serotonina, aumentou nos EUA em mais de 3.000%. Esses inibidores deveriam reduzir doenças mentais, mas algo não está indo na direção correta. No Canadá, as prescrições de antidepressivos financiadas pelo Estado para jovens dobraram na última década
Durante os lockdowns da pandemia, as prescrições dos inibidores aumentaram ainda mais. Um grupo de farmácias chamado “Express Scripts” relatou que as prescrições de antidepressivos aumentaram mais de 20% durante a pandemia de covid. De acordo com os números mais recentes, mais de 40 milhões de norte-americanos estão tomando drogas psicoativas. Isso é aproximadamente uma em cada dez pessoas!

Mostrei esses dados a uma amiga médica que está no campo da psiquiatria há quase 30 anos, e ela relatou que está assustada com o movimento dos antidepressivos na América. O objetivo dessas drogas é tornar o indivíduo mentalmente mais saudável, reduzir o suicídio e a violência, mas, ainda assim, as taxas de suicídio e violência estão aumentando. Não sabemos se isso é causalidade, mas precisamos encarar esse assunto com profissionalismo e preocupação. Novos números divulgados nesta semana pelo Centers for Disease Control and Prevention, o hoje famoso CDC, mostram como as overdoses de drogas aumentaram durante a pandemia. Mais de 107 mil norte-americanos morreram de overdose de drogas em 2021. Esse é o maior número anual de mortes já registrado e um aumento de 15% em relação ao ano anterior.

O isolamento humano através das telas digitais
Mas, então, as pessoas estão usando mais drogas, estão mais instáveis, estão se matando com maior frequência e, em outros casos, matando outras pessoas. O problema é tentar encontrar a raiz da mentalidade de quem mata crianças em uma escola primária! A pessoa deve estar tão terrível e profundamente desconectada de outros seres humanos que isso pode parecer normal, como uma regra que se aplicaria a todos nós. O que poderia estar aumentando o sentimento de desconexão que temos um do outro? Pesquisando alguns dados na internet, encontrei que, em 2020, os adultos nos Estados Unidos passavam em média oito horas todos os dias nas mídias e nas plataformas digitais olhando para uma tela. Os lockdowns eternos pioraram, e muito, essa situação. É claro que não estou apontando para uma, duas ou qualquer causa certa para insanos possuídos matarem pessoas, não acredito que haja uma única causa, mas não é difícil ver que esse isolamento humano através das telas digitais pode estar pesando mais do que imaginamos. Em relação a 2019, esse aumento foi de 20%.

Charles Krauthammer, proeminente escritor norte-americano, comentarista político, médico psiquiatra por Harvard e colaborador-chefe do terceiro Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (falecido em 2018), disse, após um tiroteio em massa no Washington Navy Yard, em setembro de 2013, que há muitos doentes mentais em nossa sociedade e que precisamos parar de ignorá-los, especialmente quando políticos travestem esse isolamento covarde e vil com vestes de falso amor e cuidado. Krauthammer, vencedor do Prêmio Pulitzer em 1987, disse: “Ele (o atirador) precisava de ajuda. Há 30 anos, os policiais o teriam levado para uma sala de emergência psiquiátrica. Ele provavelmente teria recebido antipsicóticos e provavelmente teria sido hospitalizado por algumas semanas. Era assim que se fazia nos anos 1970, quando eu exercia a psiquiatria, mas hoje isso não acontece. Os policiais foram embora e ele foi deixado sozinho. Ele era um homem que não deveria estar sozinho. Ele deveria ter o Estado cuidando dele e acabou matando pessoas. Olha, você quer respeitar as liberdades civis de todos, mas há um ponto em que, se você não assumir o controle de pessoas que estão claramente fora da realidade, você está prejudicando essas pessoas, expondo-as e, claro, expondo tragicamente muitos inocentes ao seu redor”.

No rescaldo de tragédias como a desta semana no Texas, e outras como Columbine, Parkland, Sandy Hook, os norte-americanos ouvem as características compartilhadas dos atiradores: normalmente são jovens do sexo masculino que obtiveram uma arma normalmente de maneira ilegal, usaram drogas ou estão fazendo uso de antidepressivos pesados, abandonaram a escola e cometeram ou planejaram suicídio como o grand finale para seus assassinatos, além de sérios problemas familiares com lares sem pais.

A mente humana é complicada. Fato. Mas paramos de falar de pessoas para dar lugar ao coletivismo macabro que ignora o indivíduo, seus problemas e as consequências muitas vezes diabólicas de seus atos. O que esses assassinos têm em comum? A resposta aos tiroteios em massa nos Estados Unidos ou à criminalidade no Brasil não pode ser a sempre fácil e rasa retórica de confisco universal de armas. A falsa bondade em ignorar doentes mentais ou viciados em drogas, sejam as ilícitas, sejam as com prescrição médica, pode ter um preço alto demais e sem volta. Foi assim que, nesta semana, a pequena cidade de Uvalde, no Texas, mudou para sempre.

Leia também “O ativismo judicial e a barbárie”

Ana Paula Henkel, colunista - Revista Oeste


sábado, 30 de abril de 2022

‘O pior racista é o negro vitimista’ - Revista Oeste

Paula Leal

Para o pastor e pré-candidato a deputado federal Wesley Ros, o negro precisa se libertar e superar o auto preconceito

Wesley Ros é pastor, cantor gospel, compositor e produtor musical. Aos 45 anos, ele é hoje um dos pastores evangélicos mais influentes das redes sociais. Em junho de 2020, Ros gravou um vídeo manifestando sua opinião sobre racismo, na esteira do que aconteceu com George Floyd, morto por um policial na cidade de Minneapolis, nos EUA, em maio daquele ano. O discurso foi na contramão dos movimentos antirracistas que se insurgiram na época, como o Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), ao criticar a vitimização de grupos que usam a cor de pele como justificativa para a falta de oportunidades. “Era necessário que alguém que pensasse fora da bolha vitimista falasse alguma coisa”, disse Ros. A publicação viralizou nas mídias sociais. 


O pastor Wesley Ros | Foto: Arquivo Pessoal
O pastor Wesley Ros | Foto: Arquivo Pessoal

 

Desde então, ele ganhou milhares de seguidores e passou a compartilhar suas opiniões e a defender abertamente pautas de direita, como a não legalização das drogas e do aborto. Em dezembro passado, foi a Brasília e realizou uma apresentação musical no Palácio da Alvorada. Na plateia estavam o presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, além de políticos e ministros. Ao término do show, Bolsonaro convidou o pastor para ser candidato a deputado federal por São Paulo: “Negão… Bora pra São Paulo? Se os bons se omitirem, os maus prevalecem”, disse o presidente. “Na hora fiquei meio sem entender o que ele estava dizendo”, confessou o pastor. “Não sabia o que fazer, só abracei o presidente.” Ros aceitou o convite e hoje é pré-candidato a deputado federal por São Paulo pelo PL, partido de Bolsonaro

Nesta entrevista, o produtor musical fala sobre a atuação de movimentos antirracistas, critica o discurso da “dívida histórica” em razão dos tempos da escravidão para justificar ações inclusivas e diz que não vai aceitar receber cota do fundo eleitoral pelo fato de ser negro. “Se for obrigado a receber, recebo e faço uma doação”, disse.  

A seguir, os principais trechos da entrevista.

Em junho de 2020, na esteira da morte de George Floyd, um vídeo em que o senhor fala sobre racismo viralizou nas redes sociais. Por que o senhor resolveu gravar o vídeo? 

Desde a morte do George Floyd, começou nos Estados Unidos uma onda de manifestações, para que as pessoas ficassem com ódio dos brancos. Em um protesto nos EUA, por exemplo, manifestantes jogaram uma tampa de ferro de esgoto na cabeça de um policial, que era branco, e ele morreu. O foco era contra policiais, de preferência brancos. Então, tive de me posicionar. Essa onda se espalhou por alguns países, inclusive no Brasil, com o episódio do Carrefour [em novembro de 2020, um homem negro foi morto por seguranças dentro de um supermercado da rede em Porto Alegre]. Pessoas tocando fogo no Carrefour e aquela situação toda. Era necessário que alguém que pensasse fora da bolha vitimista falasse alguma coisa. Caso de racismo existe? Existe. Algo que, inclusive, já aconteceu comigo. A ideia do vídeo era não maximizar o vitimismo. Quis  apontar o racista e não generalizar que todo branco é racista. Acho que meu recado foi muito bem dado.

Como foi a repercussão desse vídeo nas redes sociais? 

Ganhei muitos seguidores. Com isso, pude maximizar o que penso sobre a convivência entre negros e brancos e externar minhas opiniões políticas. Na época, os principais blogs entraram em contato para me entrevistar. Vi o carinho das pessoas. E não foi pela minha cor. Foi pelas minhas opiniões. Quantos negros chegaram para mim dizendo que pensavam diferente, que abri a cabeça deles, como um machado no cérebro. Mas também sofri um pouco de cobrança, de perseguição nas redes sociais. Esses que já têm carteirinha de militante disseram que eu estava negando o movimento, que eu era negro com discurso de branco. Esses são os verdadeiros racistas.

“A cota deveria ser social. Existem brancos embaixo de pontes, brancos na cracolândia, existe branco passando necessidade”

Como o senhor responde a negros que dizem que os brancos têm uma dívida histórica em razão da escravidão e que é preciso compensar esse período com ações inclusivas?

O negro tem uma licença para ser racista. Qual é? Jogar a culpa na dívida histórica. ‘Estou atacando o branco, mas não é um ataque. Sou a vítima, porque o branco tem uma dívida comigo’. E por isso o negro se acha no direito de atacar o branco. E o branco não pode se defender, mesmo sofrendo racismo por parte do negro. Quem é o verdadeiro racista nessa história?

O que o senhor pensa sobre a política de cotas nas universidades?

A cota deveria ser social. Existem brancos embaixo de pontes, brancos na cracolândia, existe branco passando necessidade. Tá cheio de negão milionário e de branco pobre. Esse discurso de dívida histórica pode ter funcionado por um determinado tempo, hoje não mais. Não há por que cobrar uma dívida do branco se não foi ele que fez e não é o negro de hoje que está amarrado num tronco. Isso não faz sentido. Além disso, é uma depreciação quando o negro entra em uma universidade e diz que conseguiu com a ajuda do branco. O mesmo branco que ele critica. 

O Brasil é um país racista?

Nos Estados Unidos, existiam bairros negros e brancos, escolas para negros e para brancos. No Brasil não houve isso. Você sai na rua e vai encontrar negros e brancos em qualquer esfera da sociedade. Aí vem o discurso: ‘Mas o negro não tem chance’. Como assim? Ele tem chance no funk e ganha milhões, tem chance no rap, no samba e ganha milhões, tem chance no futebol. Se existem setores em que o negro pode crescer e se tornar milionário, por que não na intelectualidade? Não é que não tem oportunidade, é que muita gente escolhe não estudar. É o negro que cresce com essa mentalidade ‘não tenho, não sou, não posso, não consigo’. A cadeira do intelectual branco, por exemplo, quem fundou foi um negro, Machado de Assis [o escritor fundou a Academia Brasileira de Letras, em 1897]. O pior racista é o negro vitimista. Porque ele sempre acusa o branco. E não é um branco, é o branco, no coletivo.

O senhor já disse que não acredita na existência da raça negra e que isso seria uma criação afro para distinguir preto de branco e dizer que preto tem raça e o branco não. Por quê?

Os movimentos de minorias sempre cobram que eu defenda a raça. Mas que raça? ‘A negra’, eles dizem. Mas eu não sou da raça negra, sou da raça humana. O cara que se ofende por ser chamado de negão precisa rever seus conceitos. Ele é preconceituoso. Porque essa mesma pessoa que se ofende, muitas vezes, é aquela que veste uma camiseta escrita “100% preto”, mas se sente ofendida quando um branco a chama de preto.

O senhor tem bastante contato com a classe artística. Como o senhor avalia o engajamento dos artistas em defesa de movimentos negros e antirracistas?

Veja o exemplo da música cantada pelo Seu Jorge no filme Marighella,a carne mais barata do mercado é a carne negra’. Ele já foi casado com quatro mulheres, e as quatro são brancas
Por acaso, ele estava em promoção quando elas chegaram para casar com ele? 
Olha os carros que ele tem, quanto custa um show dele? R$ 300 mil, R$ 400 mil? 
Ele é carne barata? Isso é tripudiar em cima dos negros, fazer deles palanque para alcançar fortuna e chamar todos os brancos de racistas. 
 
Menos as mulheres dele. Não entendo essa hipocrisia. A Ludmilla, funkeira, disse que precisou se mutilar para ser aceita na sociedade e que, por isso, fez cirurgia para afinar o nariz. Aí eu pergunto: e branco não faz também? É questão de estética. Ludmilla se mutilou não porque não foi aceita na sociedade, mas porque ela não se gosta. Ela se mutilou porque não se aceita negra. Por isso que ela usa peruca, alisa o cabelo. Quantas mulheres se cuidam, fazem dieta, alisam cabelo, fazem cirurgia plástica independentemente de serem brancas ou pretas? O negro precisa vencer o seu autopreconceito para depois dizer que algum branco é preconceituoso. 

Como o senhor define o negro que não pensa como o senhor?

Chamo de prisioneiro de uma senzala ideológica. Não se pode mais amarrar fisicamente os pulsos dele, os pés dele, então ele permite que amarrem seu cérebro. No fundo, ele ainda é um escravo. 

O senhor foi convidado pessoalmente pelo presidente Jair Bolsonaro para ser candidato a deputado federal. Por que aceitou o convite? 

Nunca tinha passado pela minha cabeça entrar na política. Nunca trabalhei em gabinete, na esfera pública. Meu negócio sempre foi a música, o palco, gravar artistas. Quando Bolsonaro me convidou, foi uma grande surpresa. E capitão não pede, capitão ordena. E o soldado que é inteligente obedece. O presidente me abriu os olhos para encarar o pedido como uma missão, um propósito. Para mim, lucrativamente, é andar para trás. Abrir mão das minhas agências, produções, shows, para ganhar o salário de deputado federal, é preciso ter muito amor no coração. Mas entendi o chamado de Bolsonaro e que ele precisa de ajuda. 

Por ser negro, o senhor terá direito a cotas do fundo eleitoral do seu partido. Como enxerga esse benefício?

Meu partido vai dar cota para que eu receba verba partidária só porque sou negro? Não quero. ‘Mas é obrigatório.’ Se for obrigado a receber, recebo e faço uma doação. Veja, isso foi um projeto da Benedita da Silva [em 2020, o Tribunal Superior Eleitoral acatou o projeto da deputada federal do PT para que os partidos destinassem recursos do fundo eleitoral de maneira proporcional à quantidade de candidatos negros e brancos]. O que a deputada quis com isso? Ela quis vender a ideia de que está ajudando a comunidade negra com essa iniciativa. Ela quis mostrar que os brancos sempre estiveram no poder na política e que seu projeto vai promover mais candidatos negros. Benedita ganhou o que queria: votos. Negros escravizam negros. Como lá atrás. A história se repete, só que agora é na ideologia.

O que o senhor pretende realizar caso seja eleito deputado? 

O político hoje não tem de ter bandeira, ele precisa atender o Estado que o elegeu e os eleitores que confiaram nele. Vou dizer que sou simpatizante a alguns temas, como a cultura e o foco em investimentos na periferia. Simpatizo também com a ideia de instalar escolas cívico-militares. Por que não? Eu gostaria de ver meus filhos hasteando a bandeira, cantando o Hino Nacional. Juntando todas as emendas a que um parlamentar federal tem direito, ele consegue movimentar cerca de R$ 60 milhões por ano. Dá para fazer muita coisa. Acho que serei uma peça fundamental caso isso se concretize, porque vou mostrar para os meus irmãos de cor que é possível pensar diferente daquilo que eles aprenderam a vida toda em um universo totalmente vitimista. E quero fazer por todos. Não pelos negros, mas pelas pessoas. 

Leia também “O socialismo promove a socialização da escassez”

Paula Leal, colunista - Revista Oeste



domingo, 24 de abril de 2022

Como o Black Lives Matter se tornou um grande negócio

Tom Slater, da Spiked

Movimento angariou muito dinheiro — e causou muito dano 

Faz dez anos desde o assassinato de Trayvon Martin, o jovem norte-americano negro cuja morte prematura faria nascer o movimento Black Lives Matter. Adequadamente, o BLM começou com uma postagem de rede social. Em reação à absolvição de George Zimmerman, o homem que matou Martin, Alicia Garza postou “uma carta de amor ao povo negro” no Facebook expressando seus sentimentos de luto e injustiça. Uma amiga, Patrisse Cullors, repostou o texto com a hashtag #BlackLivesMatter. 
 
Outra amiga, Opal Tometi, registrou o domínio e as contas nas redes sociais. Nasciam um slogan, uma organização e um movimento. Em 2020, ele rodou o mundo. Mas, uma década depois, nesta nova era de agitação “antirracista”, de uma política norte-americana identitária, racial e globalizada, o que o BLM conseguiu fazer? Em primeiro lugar, ele arrecadou muito dinheiro. Polêmicas recentes sobre a “mansão do Black Lives Matter” — um imóvel de US$ 6 milhões comprado discretamente pela Black Lives Matter Global Network Foundation (a organização principal do BLM, conhecida pela sigla BLMGNF), em 2020 — nos ajudaram a lembrar como as quantias são impressionantes. Depois do assassinato de George Floyd, começaram a chover doações de empresas, como ​​Amazon, Microsoft, Airbnb e Unilever. De acordo com a BLMGNF, a organização fechou 2020 com cerca de US$ 60 milhões.
 
Protesto do movimento Black Lives Matter | Foto: Reprodução/Flickr
Protesto do movimento Black Lives Matter | Foto: Reprodução/Flickr

Tudo isso traz à tona a pergunta: quem se beneficia do Black Lives Matter? Ele é, pelo menos em termos de alcance internacional, a maior campanha antirracista da história moderna. Mas não há nenhum sinal de objetivo político ou policial que se possa prontamente atribuir a ele. Sua missão básica parece ser a perpetuação de sua própria narrativa desoladora e apocalíptica, que afirma, de forma grandiosa, em seu site “erradicar a supremacia branca e criar poder local para intervir na violência infligida às comunidades negras pelo Estado e pelos justiceiros”. 

Sua principal conquista tem sido divulgar a ideia de que os Estados Unidos estão totalmente apodrecidos, que a polícia racista está aterrorizando as comunidades negras — sonhos identitários febris que não nasceram de evidências.

O chamado para “desfinanciar a polícia” levou a um recuo das forças policiais em áreas com alto índice de criminalidade

Nada disso quer dizer que o racismo não exista mais, ou que algumas comunidades ainda não estejam lutando contra o legado do racismo e da atual injustiça econômica. Mas, em termos de “experiência vivida”, se é preciso usar essa expressão, dos norte-americanos negros, o Black Lives Matter piorou as coisas. O chamado para “desfinanciar a polícia” após o assassinato de George Floyd levou a um recuo das forças policiais em áreas com alto índice de criminalidade e habitadas principalmente por minorias. Os assassinatos dispararam. Os tumultos disfarçados de protestos pela mídia mainstream — devassaram comunidades negras e urbanas dos Estados Unidos. Uma atmosfera tóxica de censura e cancelamento dificultou até mesmo que se criticasse o que está acontecendo.Minneapolis (EUA) |

Enquanto isso, milhões entraram nos cofres do BLM e — como descobrimos recentemente — no bolso de imobiliárias californianas de luxo. Boa parte veio de monstros corporativos do capitalismo moderno. Google, Apple e Microsoft estavam tão ávidos para doar para o Black Lives Matter que, num dado momento, quase doaram milhões do dólares para uma entidade chamada Black Lives Matter Foundation, que não tem nenhuma relação com o movimento BLM (e, por acaso, é a favor de um aumento das forças policiais).

Os direitistas ignorantes que repreenderam essas empresas por apoiar uma organização “marxista” não entenderam nada. 
O Black Lives Matter nunca foi uma ameaça àqueles que estão em posições de poder. 
Na verdade, ele causou mais danos aos que estão na base, ao mesmo tempo que permite que ativistas comprem casas e empresas comprem virtude.

Para os progressistas genuínos, o trabalho da próxima década será nos livrar do “antirracismo” neoliberal que o BLM nos deixou.


Tom Slater é editor da Spiked. Ele está no Twitter: @Tom_Slater_

Leia também “O caso Kyle Rittenhouse e a histeria das elites”

Revista Oeste

 

sábado, 12 de fevereiro de 2022

A obsessão por um George Floyd brasileiro - Revista Oeste

Cristyan Costa

Esquerda usa cadáveres de negros como escada para tentar voltar ao poder

Protesto contra o assassinato de Moïse Kabagambe na Avenida Paulista, São Paulo | Foto: Wikimedia Commons
Protesto contra o assassinato de Moïse Kabagambe na Avenida Paulista, São Paulo -  Foto: Wikimedia Commons

Em maio de 2020, George Floyd foi acusado por um caixa de supermercado em Minneapolis, nos Estados Unidos, de pagar a conta com uma cédula falsa de US$ 20. Floyd morreu asfixiado, depois de passar oito minutos no chão, com o pescoço pressionado pelo joelho do policial Derek Chauvin. O caso gerou uma onda de manifestações nos EUA. Floyd era negro e o policial, branco. Desde então, partidos de esquerda no Brasil passaram a sonhar com um cadáver negro para poder explorar politicamente. [nos faz lembrar o caso do estudante Edson Souto, morto no restaurante Calabouço, em 1968, e que representou o cadáver que a esquerda tanto desejava. Só que o resultado não foi dos melhores para a esquerda = a necessidade de SALVAR O BRASIL levou a edição do Ato Institucional nº 5 - AI-5 = que, felizmente, conseguiu destruir a esquerda, parcialmente,mas o suficiente para colocá-la sob controle.

Quanto aos imigrantes,entendemos que a PRIORIDADE do Brasil, em todos os aspectos = destacamos, sem limitar, empregos, atendimento na Educação, Saúde = ] deve ser  os brasileiros, os nascidos em nosso solo. Não é xenofobia e sim uma questão de priorizar os que aqui nasceram.

Aqui no Blog consideramos amparar refugiados um DEVER CRISTÃO. 

Só que preservar a vida é um DEVER CRISTÃO MAIOR e a generosidade com que o Brasil recebe os venezuelanos, não é suficiente para que um FATO seja esquecido: cada venezuelano que consegue emprego no Brasil é mais um brasileiro desempregado a permanecer na miséria.
Não é possível ajudar estrangeiros sacrificando os nacionais. (confira) ]

Há duas semanas, três homens [destacando que Moses era um jovem negro e foi espancado por três homens negros. Racismo entre negros?] espancaram até a morte o atendente congolês Moïse Kabagambe, na cidade do Rio de Janeiro. Segundo a família da vítima, tudo começou quando Moïse foi cobrar duas diárias, no total de R$ 200, do dono do quiosque Tropicália, onde trabalhava. Depois de um desentendimento, Moïse acabou agredido e morto. Três homens foram presos. Sob sigilo, o caso está sendo investigado pela Justiça fluminense.

Apesar de as histórias de Moïse e Floyd serem completamente diferentes, a imprensa tradicional e os partidos de esquerda estão empenhados em encontrar semelhanças. Não estão sendo considerados, por exemplo, o histórico de violência no Estado do Rio de Janeiro, a alta taxa de homicídios no Brasil e o fato de que os três assassinos de Moïse não eram brancos. Uma enxurrada de notícias tenta responsabilizar pela tragédia de Moïse um suposto racismo estrutural arraigado na sociedade brasileira.

Os manifestantes ergueram cartazes com o slogan “Vidas negras importam” e atacaram o governo Jair Bolsonaro [o tal BLM nos Estados Unidos se revelou ser o embrião de  um movimento terrorista.]

Um dos autores do crime, ao se entregar, disse que não agrediu o congolês em virtude da cor da pele. “Quero deixar bem claro que ninguém queria tirar a vida dele, ninguém quis fazer injustiça porque ele era negro ou alguém devia a ele”, disse Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, em depoimento à polícia do Rio. “Ele teve um problema com um senhor do quiosque do lado, a gente foi defender o senhor e, infelizmente, aconteceu a fatalidade de Moïse perder a vida”.

“Um fascista e muitos milicianos”
Sem aguardar a conclusão da investigação policial, partidos de esquerda aproveitaram a oportunidade para fazer manifestações “antirracistas” em pelo menos 12 capitais na semana passada. O número de manifestantes foi pífio. As mais emblemáticas ocorreram em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Na capital do Paraná, militantes comunistas invadiram uma igreja católica “em respeito à memória de Moïse e dos negros”. Liderados pelo vereador Renato Freitas (PT), os extremistas xingaram os fiéis de “fascistas” e “homofóbicos”, além de manifestarem apoio ao ex-presidente, [o 'descondenado' luladrão] Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato ao Planalto.

O ato também seria em prol de Durval Teófilo Filho, homem negro morto a tiros ao ser confundido com um bandido em um condomínio de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. O autor dos disparos, o sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra, afirmou que Durval apresentou o comportamento suspeito ao pôr a mão na cintura enquanto se aproximava. [destaque-se que o fato ocorreu por volta das 22h, em área violenta, sem iluminação, e que o portão eletrônico do condomínio apresentou  defeito, situação mais que suficiente para deixar qualquer pessoa em estado de grande tensão.] Aurélio decidiu atirar. A polícia investiga. Durante a invasão à igreja em Curitiba, os militantes qualificaram a morte de Durval como racismo.

Enquanto isso, na capital paulista, centrais sindicais e “coletivos negros” se reuniam para “homenagear” Moïse em frente ao Museu de Arte Moderna de São Paulo. Os manifestantes recitaram poesias africanas, ergueram cartazes com o slogan “Vidas negras importam”, gritaram palavras de ordem contra o racismo e atacaram o governo Jair Bolsonaro. Entre outras bandeiras, estavam as da CUT e do PT.

No Rio, manifestantes vandalizaram o quiosque onde Moïse trabalhava — dois dias depois, o prefeito deu a concessão do local à família do congolês. Entre outros cartazes, havia insultos contra Bolsonaro e a “sociedade racista”. Os protestos foram apoiados por Prudence Kalambay, ativista congolesa em prol dos direitos humanos. Em entrevista ao jornal O Globo, ela pediu: “Brasil, por favor, pare de nos matar”.

O ex-presidente Lula também aproveitou a oportunidade para se manifestar e disse que quer se encontrar com a família do congolês. Em 2020, o então candidato à Casa Branca Joe Biden fizera o mesmo com parentes de George Floyd. “A morte de Moïse é resultado de um país que está sendo governado por um fascista e muitos milicianos”, afirmou Lula.

A mansão de US$ 34 milhões
Não é a primeira vez que cadáveres de negros são usados pela esquerda e pela mídia “progressista” na tentativa de construir uma réplica brasileira de George Floyd. Em novembro de 2020, sete meses após o caso Floyd, o pedreiro João Alberto Silveira Freitas morreu numa briga com dois seguranças em uma unidade do Carrefour de Porto Alegre. Tudo começou depois de Silveira ter sido acusado de ameaçar uma funcionária do hipermercado. Ela chamou dois seguranças. Iniciou-se uma briga e Silveira morreu espancado.

Os seguranças que mataram Silveira eram de uma empresa terceirizada contratada pelo Carrefour. No total, seis pessoas foram indiciadas no caso, mas nenhuma por racismo. Mesmo assim, partidos de esquerda conclamaram manifestações antirracistas e contra o Carrefour, o que gerou uma onda de vandalismo. Em São Paulo, um bando invadiu uma loja do Carrefour na Avenida Paulista, saqueou produtos, jogou pedras nas vidraças e ateou fogo à unidade. Ato semelhante ocorreu em Porto Alegre, onde Silveira morreu. A velha mídia chamou a vítima de “George Floyd brasileiro”.

Filipe Altamir, graduado em sociologia, história e filosofia pela PUC-RS, afirma que movimentos de esquerda estão tentando se apropriar dessas mortes para se promover politicamente ou obter ganhos financeiros. [só no caso Carrefour familiares do pedreiro e 'entidades associadas' ganharam indenizações em valor acima dos R$ 100.000.000,00 = valor  que CEM João Alberto, trabalhando durante 50 anos, e cada um ganhando o que o pedreiro ganhava - menos de R$ 2.000,00, por mês - não conseguiriam juntar.]    No início deste ano, o Black Lives Matter (BLM) comprou uma mansão no Canadá, que já serviu como sede do Partido Comunista, por US$ 34 milhões. O dinheiro é fruto de doações de gente que acredita no movimento e na “causa antirracista”, conforme reportagem do jornal New York Post.

Dogmas X efeitos práticos
Segundo Altamir, o modus operandi da esquerda para se apropriar de uma bandeira envolve discursos palatáveis, como o do racismo estrutural, o qual ele critica. “Essa tese não pode ser levada como premissa indiscutível”, afirmou, ao mencionar que há discordância sobre o tema, e que compete à polícia, não a movimentos sociais, definir se um crime foi por racismo ou não.

O jornalista Leandro Narloch, autor do best-seller Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, também rebate a tese do racismo estrutural. Para ele, o discurso prejudica os negros, em razão do apego a ideias e políticas públicas equivocadas, em vez de ações que resultem, de fato, em algo benéfico e útil para a comunidade negra.

“Nos EUA, o BLM defende o movimento Defund the Police, que tira dinheiro da segurança pública”, disse Narloch. “Uma pesquisa do Instituto Gallup mostrou que o negro médio quer mais policiamento em seus bairros. Essa é uma entre várias pautas que mostram que o BLM não representa o negro americano.” O jornalista diz que essas contradições também abrangem o Brasil. “Nossa esquerda se preocupa mais com dogmas do que com efeitos práticos.”

Protestos como os supostamente a favor de Moïse, Durval e Silveira não alcançaram no Brasil a mesma proporção dos atos em nome de George Floyd e da “luta antirracista” nos Estados Unidos. Em 2020, com o apoio do Partido Democrata, o BLM conseguiu mobilizar milhares de pessoas em aproximadamente 80 cidades dos EUA. Acredita-se que os atos ajudaram a desgastar a imagem do então presidente Donald Trump, que perdeu a eleição.

Em ano eleitoral no Brasil, tudo indica que a busca insana por um “George Floyd dos trópicos” vai continuar.

Com reportagem de Rute Moraes

 Leia também: “A destruição da democracia”

Cristyan Costa, colunista - Revista Oeste

 

sábado, 15 de janeiro de 2022

Licença para matar - Revista Oeste

Gabriel de Arruda Castro

Um dos pontos de inflexão na taxa de homicídios nos Estados Unidos parece ter acontecido logo depois da morte de George Floyd durante uma abordagem policial desastrada 

 
Ilustração: Revista Oeste/Shutterstock

Eram 23h54 de um sábado, 4 de setembro de 2021, e o jovem João Pedro Elisei Marchezani, de 23 anos, estava no banco de trás de um Hyundai Sonata, ao lado da namorada. Ambos pegavam carona com um casal de amigos. De repente, João Pedro foi surpreendido por um homem que desceu de uma motocicleta e atirou em sua direção oito vezes. Um disparo atingiu a cabeça do rapaz. Seria mais uma vítima do crime no Brasil, não fosse por um detalhe: o brasileiro João Pedro estava em Chicago, a mais de 8 mil quilômetros de distância da terra natal.

João Pedro sobreviveu e agora tenta superar as graves sequelas do crime. Quatro meses depois, a polícia ainda não conseguiu prender o responsável pela tentativa de assassinato — nem entender completamente a motivação do ataque. A suspeita é que o autor dos disparos seja membro de uma gangue.

O episódio está longe de ser uma exceção
Estatisticamente, os moradores de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Cuiabá, Campo Grande e Belém estão mais seguros do que os de Chicago, Filadélfia, Atlanta, Washington e Detroit. Pelo menos quando o critério é a taxa de homicídios, algumas das maiores cidades dos Estados Unidos têm hoje uma situação muito pior do que as de muitas metrópoles brasileiras.

Em tensão com a Otan, Rússia não descarta enviar militares a Cuba e Venezuela'Depende das ações de nossos colegas americanos', disse o vice-chanceler da Rússia, Sergei Ryabkov

Embora diversas cidades americanas já viessem sendo afetadas por um crescimento da violência, de 2020 para cá houve um aumento agudo e generalizado. Foi o maior salto no índice de homicídios em quase 60 anos, segundo o FBI. Um crescimento de 29%, na comparação com 2019. Ao que tudo indica, 2021 foi ainda pior. Nos últimos três anos, o aumento foi de 28% em Chicago, 52% em Nova Iorque, 52% em Los Angeles, 58% na Filadélfia, 64% em Atlanta e 71% em Houston. Em Mineápolis, o total de pessoas assassinadas dobrou em apenas dois anos.

Em comum, as cidades da lista têm um governo comandado por membros do Partido Democrata, que recentemente adotou uma agenda hostil à polícia e abandonou métodos que, nas décadas anteriores, se haviam demonstrado eficazes no combate ao crime. Nos Estados Unidos, as polícias são comandadas pelo governo local (cidade e condado), ao contrário do Brasil, onde o governo estadual é o responsável. Com isso, mesmo em Estados mais conservadores, as grandes cidades por vezes adotam políticas chamadas de progressistas no campo da segurança pública. A “tolerância zero”, por exemplo, ficou no passado — superada por abordagens que priorizam a “justiça social” e o combate ao “racismo estrutural”.

A pressão da esquerda prejudicou a polícia
Um dos pontos de inflexão na taxa de homicídios nos Estados Unidos parece ter acontecido logo após um episódio trágico. Em 2020, depois da morte de George Floyd durante uma abordagem policial desastrada na cidade americana de Mineápolis, formou-se uma onda de protestos no país comandados por organizações como o Black Lives Matter, um grupo radical de esquerda. Dentre as pautas, estava a redução do orçamento das polícias e a adoção de novas regras para evitar o que, na visão deles, era uma política discriminatória contra os negros. Na maior parte das cidades, eles foram bem-sucedidos em suas reivindicações. Pressionadas, prefeituras e assembleias locais cederam: reduziram os fundos para a polícia (para aplicá-lo em “serviços sociais”) e aprovaram normas que incluem treinamentos sobre minorias étnicas e reduzem o poder do policial de abordar pessoas suspeitas sem um mandado. Em algumas cidades, como Denver, a polícia passou a ser impedida de atuar em escolas públicas.

A primeira da lista a cortar significativamente o orçamento da polícia foi Mineápolis. Também foi a primeira a recuar. Meses depois de eliminar US$ 8 milhões do valor previsto para a polícia local, o Conselho Municipal (equivalente à Câmara de Vereadores) decidiu enviar US$ 6,4 milhões para financiar a corporação. Em Nova Iorque, algo parecido aconteceu. Ainda assim, o recuo foi apenas parcial. As políticas progressistas continuam em vigor. E os resultados são evidentes.

Na avaliação de George Felipe Dantas, consultor em segurança e doutor pela Universidade George Washington, na capital americana, a pandemia se juntou a outros fatores para trazer uma “tempestade perfeita”. Mas as políticas públicas são uma parte importante da equação. “Sem nenhuma ideologia influenciando minha fala, os republicanos são conhecidos pelo endurecimento em questões de lei e ordem, e os democratas, muito sensíveis a esses grupos minoritários que têm uma voz desproporcional na política americana”, diz Dantas.

Quem é pego na Califórnia levando até US$ 950 em produtos precisa assinar um termo de responsabilização, mas não vai para a cadeia

Coincidência ou não, uma das poucas cidades a ter um bom resultado em 2021 é comandada por um republicano. Administrada por Francis Suarez, que resistiu à pressão de movimentos à esquerda, Miami contabilizou uma redução de 15% no número de homicídios, em comparação com 2021, apesar de ter registrado alta no ano anterior. Para Dantas, entretanto, a variação nos números pede cautela, já que é muito recente. “A gente precisa ver, no longo prazo, se esse não é um fenômeno sazonal ou algo temporário”, afirmou.

Combinação de fatores
Michael Parker, consultor de segurança e ex-comandante na Polícia de Los Angeles, explicou a Oeste que o salto na criminalidade desde 2020 se deve a uma conjunção de fatores. Com a pandemia, muitas cidades passaram a prender menos criminosos. Usando a justificativa de que as prisões não podiam abrigar mais presos devido aos protocolos sanitários, o equivalente local do Ministério Público passou a adotar posturas mais lenientes e parou de encarcerar alguns tipos de criminosos. Além disso, sob o mesmo pretexto, algumas das grandes cidades libertaram presos considerados de menor periculosidade antes do cumprimento da pena. Em Nova Iorque, 1.500 detentos (um em cada quatro) ganharam as ruas.

O aumento na criminalidade também tem causas mais profundas. Um número cada vez maior de pessoas (ao menos nas regiões ditas “progressistas”) parece acreditar que não prender criminosos é melhor do que alimentar um sistema que eles veem como discriminatório contra negros. Um exemplo é o que aconteceu na Califórnia. Em 2014, a população local aprovou, em referendo, uma regra que tornou muito mais brandas as penas para furto. Quem é pego levando até US$ 950 em produtos é conduzido à delegacia e precisa assinar um termo de responsabilização, mas não vai para a cadeia — independentemente de quantas vezes cometer o mesmo crime. “Alguns grupos de 20 ou 30 pessoas que vão juntos a uma loja, todo mundo furta o que consegue e vai embora, porque eles sabem que, se o valor ficar abaixo de US$ 950, é apenas uma contravenção”, diz Parker.

As restrições crescentes desmotivaram os próprios policiais, e um número cada vez maior deles tem decidido deixar a função para atuar na iniciativa privada. Para piorar, a obrigatoriedade da vacina aumentou a crise. Em Chicago, até que um juiz suspendesse a regra, cerca de um terço dos policiais havia se recusado a cumprir a exigência. Outros simplesmente se demitiram.

Tolerância zero
Lá se vão 28 anos desde que a prefeitura de Nova Iorque, então sob o comando do republicano Rudolph Giuliani, implementou um bem-sucedido programa de combate ao crime, que se tornou exemplo internacional. Baseado no princípio da “tolerância zero”, o modelo se baseava em um preceito simples: a tolerância com pequenos crimes aumenta a ocorrência de crimes graves. A partir de 1994, a taxa de homicídios da cidade caiu 80% em uma década.

Mas, conforme a militância mais radical à esquerda ganhava espaço, alguns dos pressupostos básicos foram contestados — e até mesmo derrubados por decisões judiciais. A política de stop and frisk (revistar pessoas que os policiais acreditavam estar em atitude suspeita) foi seriamente limitada. Agora, é preciso ter um indício palpável de que aquela pessoa está infringindo a lei. A pregação contra o “encarceramento em massa” também se tornou mais popular, e o rigor no combate a crimes considerados menores (como a pichação e o porte de drogas) também se desfez. “Os criminosos, os membros de gangues acham que tudo isso é uma grande piada”, diz Michael Parker. “Eles interpretam isso como uma autorização para cometer quantos crimes quiserem.” Talvez soe familiar ao leitor brasileiro.

Leia também “Uma eleição para muitos anos”

 Gabriel de Arruda Castro, colunista - Revista Oeste

 

sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

PORQUE NÃO SOU DE ESQUERDA - Roberto Motta

Não sou de esquerda porque essa posição ideológica é baseada em três crenças equivocadas: a de que totalitarismo produz liberdade, a de que a distribuição da riqueza é mais importante que sua criação, e a de que o Estado deve dirigir nossas vidas nos mínimos detalhes.

Essas crenças são a base do comunismo e do socialismo, que são a mesma coisa: sistemas filosóficos, morais e políticos mórbidos, usados por psicopatas e aventureiros para transformar o ser humano em um farrapo corroído por fome, miséria e degradação.

Esse é o resumo breve do que é “esquerda”.

Faltou dizer que a esquerda sempre contou com o apoio dos intelectuais e, por isso, tem um marketing incomparável: foi assim que uma ideologia totalitária, violenta e empobrecedora se tornou promotora da “justiça social” (seja lá o que for isso) e ganhou o apelido de “progressista”.

Quando as revoluções sangrentas saíram de moda, a esquerda abraçou as bandeiras das minorias, do feminismo e da ecologia para se manter no poder. Percebam a ironia de ter esquerdistas liderando movimentos feministas, antirracistas e ecológicos: basta contar quantos negros já foram presidentes de Cuba ou Venezuela, quantas mulheres já foram chefes do Partido Comunista Russo ou Chinês, ou lembrar do desastre ambiental da China e da usina nuclear russa de Chernobyl.

No ano passado os Estados Unidos foram paralisados pelos protestos contra a morte de George Floyd. Em qualquer país comunista, você jamais teria ouvido falar do George Floyd; ele teria sumido rápida e completamente, e toda sua família e amigos teriam sido internados em algum campo de “reeducação”.

Todo os regimes comunistas da história foram ditaduras. NÃO HÁ UMA ÚNICA EXCEÇÃO. Opositores são perseguidos, presos, torturados e mortos. Os países são cercados de muros para que ninguém escape. Apesar disso, o comunismo ainda é apresentado como o regime da solidariedade e do amor, onde “cada um dá o que pode e recebe o que precisa”. O comunismo é um remédio que mata 100% dos doentes, mas que continua sendo vendido até para crianças. “Pode confiar”, diz o fabricante. “Da próxima vez vai dar certo”.

Essa mentira assombrosa é divulgada nas artes plásticas, na literatura, na arquitetura, no teatro, no cinema e na TV como verdade. 
Livros escolares usados por nossos filhos plantam, em suas mentes imaturas, uma ideia que significará, para muitos, uma vida de frustração, revolta vazia, vício e pobreza.  
Escolas de direito doutrinam futuros juízes, promotores e defensores públicos no ódio ao capitalismo e à prosperidade, e na promoção de um Estado intervencionista, autoritário e onipresente.

O esquerdismo, socialismo ou “progressismo” é isso: um equívoco moral e lógico, um instrumento de violência e opressão, e uma armadilha emocional e intelectual, glamourizada, divulgada e promovida pelos segmentos mais influentes e charmosos da sociedade. Quem paga o preço disso são os que não podem se informar ou se defender.

Como disse Theodore Dalrymple, “os pobres colhem o que os intelectuais semeiam”.

E é por isso que eu não sou de esquerda.

Publicado originalmente -  Facebook @RobertoMottaPagina - Twitter @rmotta2 - Telegram https://t.me/RobertoMottaOficial)

Roberto Motta

 

 

sábado, 24 de abril de 2021

Veredicto acima de qualquer dúvida? - Revista Oeste

Ana Paula Henkel

Será mesmo que os jurados do caso George Floyd se ativeram exclusivamente às evidências ou foram impactados pelas pressões da militância progressista?
A América esta semana ficou apreensiva com a possibilidade de mais eventos violentos como os protestos do ano passado em algumas regiões do país após a morte de George Floyd. Os protestos, que colocaram em chamas — literalmente — cidades, bairros e uma infinidade de estabelecimentos comerciais que foram completamente destruídos ou saqueados por grupos compostos de terroristas domésticos, como Antifa e Black Lives Matter, pediam apenas “paz” contra o “racismo sistêmico” por parte das forças policiais. 
É justo debatermos qualquer vertente do racismo? Sim, justo e necessário. No entanto, o suposto racismo sistêmico que muitos pregam pela agenda identitária para fins políticos não é encontrado em nenhuma estatística dos órgãos oficiais norte-americanos.

Não entrarei no mérito desses números oficiais sobre as mortes de brancos, negros e latinos com o envolvimento de policiais, dado que foi tema de um artigo anterior. - O ataque injusto à polícia norte-americana - Demonizar as corporações policiais, compostas em sua maioria de gente qualificada e de bem, é ser cúmplice de atos terroristas e covardes

Apenas repito que os fatos não corroboram a narrativa empurrada pela imprensa militante. A apreensão sentida nos Estados Unidos deveu-se ao julgamento do ex-policial de Minneapolis Derek Chauvin. Visto no famoso e absurdo vídeo que registrou George Floyd no chão antes da morte, Chauvin foi considerado culpado de todas as acusações. O júri, de 12 membros, deliberou por apenas dez horas após um julgamento de três semanas. Chauvin pode pegar até 40 anos de prisão por homicídio não intencional em segundo grau, até 25 anos por homicídio em terceiro grau e até 10 anos por homicídio culposo em segundo grau. A sentença deve ocorrer em oito semanas, de acordo com o juiz Peter Cahill.

Em uma sociedade como a atual, que urge correr para as redes sociais para “debater” absolutamente qualquer assunto sem as devidas análises e ponderações, é necessário que tentemos olhar por uma lente de visão macro. O que podemos concluir desse caso, além das platitudes e falácias repetidas para orientação da manada e ganho político, depois de um julgamento com evidências controversas e pressão de políticos, inclusive o presidente Joe Biden?

Os membros do júri afirmam ter concluído que acreditam, unanimemente, e além de qualquer dúvida razoável, que Chauvin causou a morte de Floyd. Dadas as circunstâncias do julgamento, no entanto, é extremamente difícil acreditar que o júri estava preocupado apenas com a verdade ou a justiça. É extremamente difícil, se não impossível, para qualquer pessoa pensante e que não se orienta por paixões não ter uma dúvida razoável sobre o resultado.

O juiz do caso se recusou a isolar os jurados da cobertura da mídia e de influências externas durante o julgamento, e a pressão transmitida a eles foi mais que intensa. Ficou perfeitamente claro para os jurados que a nação seria novamente tomada pelas chamas se eles expressassem que, de fato, tinham uma dúvida razoável sobre a real causa da morte de Floyd.

A deputada democrata da Califórnia Maxine Waters inflamou as tensões no fim de semana antes de o júri deliberar, exigindo que os manifestantes nas ruas intensificassem seu confronto militante caso a sentença fosse favorável ao réu. Em frente a dezenas de câmeras, Waters disse: “Estamos aguardando um veredicto de culpado. Não foi homicídio culposo. Não, não e não. Ele é culpado por assassinato. Precisamos nos certificar de que eles saibam que falamos sério”. A deputada ainda exigiu que os manifestantes se preparassem para assumir uma postura “mais confrontadora”. Na tarde da terça-feira, o presidente Joe Biden ignorou o apelo do juiz para que os políticos se abstivessem de dar opiniões sobre o caso e avaliou o julgamento antes que o júri tivesse encerrado a deliberação. Biden chamou as evidências contra o ex-policial de “esmagadoras”.

Os jurados sabiam que a mídia que cobria o julgamento exibiu o rosto deles todos os dias durante três semanas. Todos vimos quem eram eles. O jornal Minneapolis Star Tribune publicou a descrição dos membros do júri: idade, raça, bairro, profissão e até mesmo informações sobre lazer. O propósito foi expor os jurados à pressão das turbas na hipótese de decisão em favor do réu.

Você acha que os jurados estariam dispostos a permitir que eles próprios e sua família fossem para o sistema de proteção de testemunhas para arriscar “uma dúvida razoável” sobre o papel real de Chauvin na morte de Floyd? Acha que eles estariam dispostos a trocar a vida e a violência que tomaria conta do país pela vida de um estranho? A natureza humana é cheia de armadilhas e imperfeições.

Suspeita: teria sido overdose a real causa da morte de George Floyd?

Para quem não acompanhou o julgamento de perto, foram divulgados documentos do Poder Judiciário de Minnesota que mostram que George Floyd tinha um “nível potencialmente fatal” de Fentanil no organismo no momento da morte
Fentanil é hoje o opioide que se tornou a droga que mais mata por overdose nos EUA.
De acordo com o dr. Andrew Baker, o examinador médico do Condado de Hennepin que conduziu a autópsia e não assistiu a vídeos até depois de sua investigação, Floyd tinha um nível tão alto da substância na corrente sanguínea que, se fosse encontrado morto em casa, seria “aceitável tipificar a morte como overdose. Embora o dr. Baker tenha esclarecido não estar afirmando inquestionavelmente que o Fentanil matou Floyd, ele reconheceu que o opioide pode ter desempenhado um papel maior na morte do que inicialmente suspeitado. O legista também observou que Floyd tinha uma condição cardíaca grave, e que a hipertensão poderia causar a morte “mais rápida porque ele precisaria de mais oxigênio”. Disse que “certas drogas poderiam exacerbar” o problema cardíaco preexistente de Floyd. Outras substâncias tóxicas foram encontradas em seu organismo.

O gabinete do procurador do Condado de Hennepin também observou “o nível fatal de Fentanil” e concluiu que a autópsia feita pelo dr. Baker “não revelou nenhuma evidência física sugerindo que o sr. Floyd morreu de asfixia”. O vídeo completo do encontro dos policiais com Floyd no fatídico dia mostra que ele disse repetidas vezes, dentro e fora do carro, antes de ser colocado no chão, a frase que marcou os protestos em 2020: “Não consigo respirar”. Em certo momento da filmagem, visivelmente perturbado, Floyd avisa aos policiais que tinha ingerido “drogas demais”.

Não estamos aqui para fazer o papel do júri. Os jurados são, antes de tudo, humanos. Sempre há espaço para erros de cálculo e medo. 
Nesse caso, entretanto, é extremamente claro que essas fraquezas humanas foram deliberadamente ampliadas a proporções catastróficas com potencial de corromper um sistema correto de um processo complexo. É difícil não imaginar que todo o movimento político e violento não tenha afetado a psique dos jurados e a decisão final. Eles não seriam humanos se isso não os afetasse. Ainda assim, aqueles que endossam a cultura da turba violenta e a “justiça” militante para fins políticos têm também como objetivo tornar impossível a expressão de dúvidas razoáveis, seja em um artigo, programa de TV ou… num júri. Um julgamento justo poderia ter chegado exatamente à mesma conclusão para o policial. Mas nunca saberemos e nunca seremos capazes de confiar em resultado impactado pelas ações da turba da esquerda marxista e violenta.

John Adams, um dos Pais Fundadores dos EUA, patriota anti-Inglaterra, disse durante o julgamento dos soldados britânicos envolvidos no chamado Massacre de Boston: “Fatos são coisas teimosas; e, quaisquer que sejam nossos desejos, nossas inclinações ou os ditames de nossas paixões, eles não podem alterar o estado dos fatos e as evidências”. Para surpresa de muitos, Adams, acreditando numa terra de leis e não de paixões, defendeu os soldados.

[precisamos ter sempre presente que pelo mais elementar principio de Justiça, do Bom Direito, devido processo legal, não podemos olvidar que a quase totalidade dos bandidos (incluímos desde aqueles que acabaram de  roubar alguns centavos de dólar aos sequestradores e outros vermes do tipo), quando saem para o 'trabalho' saem pronto para matar.

A eles não interessa se a vítíma é um idoso, um deficiente ou mesmo uma criança - ou pegam o que querem ou matam o opositor.

Eles também quando são abordados pela autoridade policial, muitas vezes por um mandado de prisão em aberto, tentam a fuga e 'removem' sem vacilar e sempre que possível o que pode impedir sua fuga. Para eles o que importa, em praticamente a totalidade dos casos,  é permanecer em liberdade exercendo suas atividades criminosas. 
Se necessário fugindo, matando, atropelando, e cientes de que sempre haverá aquele defensor dos criminosos pronto a considerá-lo um 'cidadão de bem, tentando se livrar e uma ação policial' = mesmo que tal ação tenha sido ativada para cumprir um mandado de prisão, antigo e que só o nele identificado sabe dizer o que impediu seu cumprimento até aquele momento. 
Aos que defendem bandidos, foragidos, assaltantes, sequestradores, estupradores o criminoso é sempre o cidadão do bem e o policial representa o mal. 
É preciso mudar esse conceito - em todo o mundo = o individuo ao ser abordado pela autoridade policial, tem o DEVER de facilitar o trabalho da autoridade policial.
Pode se falar o diabo do Reino Unido, mas lá sua polícia age com o rigor necessário. 
Não vamos entrar no mérito da questão, mas há alguns anos um cidadão brasileiro, residente naquele país, foi confundido em uma ação policial e tentou usar os métodos que aqui no Brasil criam bandidos e sepultam policiais.  
Houve uma enérgica reação da Scotland Yard, que abriu mão da tradição de não portar armas e usou da força e meios necessário, contendo o brasileiro.
Brasileiro talvez inocente, mas que por alguns instantes achou que estava em Pindorama, a terra da impunidade.]

Quando se trata do caso de George Floyd, os fatos não são tão claros como alguns partidários gostam de presumir. Todos temos nossas opiniões sobre casos controversos. Mas o que diz a lei? A lei exige um veredicto “acima de qualquer dúvida”. A todos é assegurado o devido processo legal, e o veredicto deve ser orientado exclusivamente pelos “fatos teimosos”. Essa postura devemos não apenas a homens como George Floyd e Derek Chauvin. Devemos, certamente, a nós mesmos, à nossa sociedade e, especialmente, às minorias. Estas às quais foi negada justiça por suposições, narrativas e preconceitos. Convém garantir que a presunção de inocência permaneça intacta e inviolada. Mesmo se ela for de encontro aos “ditames de nossas paixões”.

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Ana Paula Henkel, colunista - Revista Oeste