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segunda-feira, 15 de julho de 2019

Neymar Cai Cai, deve R$ 147 milhões = 35 milhões de euros em impostos na Espanha

Neymar Cai Cai, deve R$ 147 milhões = 35 milhões de euros em impostos na Espanha e prejudica ida ao Barça

Alguns já consideram difícil o retorno de Neymar ao Barcelona por conta da contratação de Antoine Griezmann. O jornal catalão Mundo Deportivo agora aponta mais uma pedra no caminho do brasileiro nesta negociação: o fisco espanhol descobriu que o atacante deve 35 milhões de euros (cerca de R$ 147 milhões) em tributos e impostos.

As investigações vinham ocorrendo há um tempo e, conforme divulgou o periódico, o valor é referente aos quatro anos nos quais o brasileiro viveu em Barcelona e também sua transferência ao Paris Saint-Germain. Isso entra totalmente no caminho caso Neymar deseje mesmo retornar ao Barça.

“Seu regresso ao Camp Nou já era muito complicado porque já tinham muitos condicionantes para que retornasse, mas a presença do Tesouro o complica ainda mais e cada vez torna mais difícil que Neymar possa voltar ao Campeonato Espanhol”, diz a matéria deste domingo.

No último mês de março, o jornal EI Mundo havia publicado que o Tesouro estava investigando a transferência de Neymar para o PSG e o bônus de renovação acordado com o Barcelona antes de sua saída. Como ela aconteceu oficialmente em agosto de 2017, ele passou mais de 183 dias em Barcelona, ou seja, deveria ter declarado todo o seu rendimento anual normalmente, como residente fiscal na Espanha.

Segundo o jornal, o Paris Saint-Germain entregou ao fisco espanhol os contratos de Neymar, porém com os números riscados, sendo que o Tesouro também fez a solicitação para que toda a documentação do caso fosse entregue ao Tribunal Social nº 15 de Barcelona, que discute o caso da disputa entre o clube catalão e o jogador, pelas dívidas reclamadas pelo brasileiro após sua saída do clube.

Mundo Deportivo - Yahoo! Notícias

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Neymar despenca no ranking dos jogadores mais valiosos e fica atrás de brasileiros

[cai cai] brasileiro passa por momento turbulento na carreira e vê valor de mercado cair vertiginosamente

No início desta semana, o CIES Football Observatory – site especializado em estudos no futebol – revelou que o valor de mercado de Neymar caiu expressivamente em função das polêmicas e lesões vivenciadas pelo atleta recentemente. Detalhando mais o levantamento, o site divulgou nesta quinta-feira (13), o ranking completo entre os principais astros do futebol, e o camisa 10 do PSG e da Seleção Brasileira figura na modesta 17ª posição.

Com valor de mercado fixado agora em 124,7 milhões de euros (R$ 544,5 milhões), Neymar fica atrás de outros três brasileiros na lista: Roberto Firmino, oitavo (144,2 milhões de euros, ou R$ 629,7 milhões); Gabriel Jesus, 12º (130,6 milhões de euros, ou R$ 570 milhões); e Philippe Coutinho, 14º (129,4 milhões de euros, ou R$ 565 milhões).

Companheiro de ataque de Neymar no PSG, Mbappé segue soberano na ponta do ranking. O atacante francês foi avaliado em 252 milhões de euros – R$ 1,1 bilhão [mais do dobro do valor de mercado do cai cai e que também  supera o valor que o PSG pagou para tirar Neymar do Barcelona há duas temporadas atrás: 222 milhões de euros, nesta que foi a maior transferência da história do futebol.

O “pódio” ainda é fechado por Mohamed Salah, – em alta após o título do Liverpool na Champions avaliado em 219,6 milhões de euros, e Raheem Sterling, do Manchester United, avaliado em 207,8 milhões de euros. O argentino Leonel Messi é  o quarto no ranking, com 167,4 milhões de euros.

MATÉRIA COMPLETA em Torcedores

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Brasileira é eleita para Parlamento Espanhol



Homenageando Marielle, brasileira é eleita para Parlamento Espanhol


Pela primeira vez, uma brasileira é eleita ao Parlamento da Espanha. Trata-se de Maria Dantas que, há 25 anos, vive em Barcelona. Em entrevista ao UOL, ela contou que sua plataforma será a de defender o direito de imigrantes e refugiados, além de uma ampla agenda de direitos humanos, combate à extrema-direita e promoção da ecologia. Neste domingo, Maria vestia uma camisa com o rosto de Marielle Franco, vereadora carioca assassinada há pouco mais de um ano. A sergipana de Aracajú promete ainda aproveitar sua entrada no Parlamento para denunciar o governo de Jair Bolsonaro. [ainda que o parlamento espanhol tivesse alguma importância no trato dos assuntos internos do Brasil, uma NAÇÃO SOBERANA, o que essa mulher teria, ou tem, a fazer?

Sua eleição demonstra antes de tudo - com o devido respeito ao povo espanhol - que lideranças políticas parecem andar escassas naquela terra.

O curriculum da eleita não apresenta nenhum brilho e sua plataforma demonstra que vai trabalhar contra a Espanha, se omitir na defesa do povo espanhol, já que pretende  usar uma instituição da Espanha para tentar aporrinhar o Governo de um PAÍS SOBERANO, governo este  que foi eleito por quase 60.000.000 de brasileiros.]


"Meu primeiro recado a ele (Bolsonaro) é que Marielle vive", disse. [a distinta senhora tem que chegar a um acordo, já que no Brasil a vereadora psolista está oficialmente morta.] com  "Além disso, vou dar visibilidade às suas atrocidades", prometeu a brasileira, que promete ações em toda a Europa para "expôr o caráter racista e homofóbico" do governo. Maria Dantas conta que sempre se negou a entrar para a política, apesar de proliferar iniciativas entre ativistas. "O que me empurrou desta vez foi a força da extrema-direita que, pela primeira vez em 40 anos, volta ao Parlamento", apontou, uma referência ao sucesso eleitoral do partido VOX. "Foi isso que me incentivou".

Maria Dantas foi eleita pelo partido Esquerda Republicana da Catalunha – ERC. Nascida em 1969, a nova deputada é advogada e chegou a Barcelona para realizar estudos de 2º e 3º ciclos em Direito Ambiental, Filosofia Jurídica, Moral e Política. Atualmente trabalha em uma empresa catalã na área de finanças. Ao longo dos anos, fez parte de iniciativas como a Unidade Contra o Fascismo e o Racismo, Stop Mare Mortum e da Plataforma Brasileiras contra o Fascismo de Barcelona, do Conselho de Cidadania do Brasil em Barcelona, do Emergência Fronteira Sul, entre outras organizações. Ao saber que havia sido eleita, Maria não deixou de lembrar de sua origem humilde no Brasil e garantiu que e garantiu que vai trabalhar em questões sociais por ter já "sofrido na pele" as dificuldades de ser estrangeira. [a situação dessa senhora está regular na Espanha? documentos falsos nos dias atuais conseguem ser mais perfeito que os autênticos.]




quarta-feira, 16 de maio de 2018

Entrevista de Lionel Messi - Dez frases impactantes da entrevista

Lionel Messi costuma se expressar melhor com os pés. Bastante reservado, o gênio argentino do Barcelona concede poucas entrevistas e costuma adotar tom político em suas raras declarações – como a maioria de seus colegas de profissão. No entanto, nesta terça-feira, o atacante quebrou o protocolo em uma extensa conversa com a emissora argentina TyC Sports, na qual mostrou seu “museu particular”, falou sobre família, objetivos na Copa do Mundo e também sobre personalidades como Tite, Cristiano Ronaldo e Neymar. 

 Real Madrid ganha jogando feio
“O Real Madrid tem algo que só ele tem. Ganham. Mesmo jogando mal, ganham. Para nós é mais difícil, temos de ser muito superiores ao rival para ganhar.”

“Cag… em Roma”
“Essa nossa última eliminação (ao perder por 3 a 0 para a Roma) foi, falando claramente, uma grande cagada nossa, pela vantagem que tínhamos, por entrarmos relaxados, achando que já estávamos na semifinal. Foi uma desilusão, porque estávamos muito perto“

Neymar no Real Madrid?
“Seria terrível pelo que o Ney significa para o Barcelona. Apesar da maneira como ele saiu, conquistou títulos importantes aqui, Liga dos Campeões, liga espanhola. Seria duro para todos, com certeza um grande golpe para todo o barcelonismo. E deixaria o Real Madrid ainda mais forte do que já é. Falo bastante com ele, ele já sabe o que penso sobre isso.”

Cristiano Ronaldo
“Eu não estou competindo com ele. Eu quero apenas me superar, não compito com ninguém porque não estou na briga para ser o melhor da história, mas, sim, para me superar ano após ano, para melhorar e continuar ganhando. O que Me estimula mesmo é ver o Real Madrid outra vez na final da Liga dos Campeões, vê-los ganhando títulos. Eu quero ser campeão todos os anos, quero ganhar coisas coletivas todos os anos”

Melhor da história?
“Não me interessa ser o melhor da história, nunca me propus a isso, nem ser o primeiro, nem o segundo, o terceiro ou o quarto. A cada ano, tendo superar a mim mesmo, ganhar tudo, me esforçar ao máximo no campo, dar ao máximo por mim e por meus companheiros. Ser ou não o melhor da história não mudaria nada na minha vida.”

‘Não preciso sair do Barcelona’
“Não saio, por que eu sairia? Estou no melhor time do mundo, vivo em uma das melhores cidades do mundo, minha família está bem, meus filhos têm amigos… não tenho necessidade de sair. Todos os anos brigo por todos os títulos, eu mesmo me coloco os objetivos, não preciso mudar de clube para demonstrar nada a ninguém. (…) Claro que olho outras ligas, a da Inglaterra… mas na hora de decidir, é muito difícil sair do Barcelona.”
 Messi íntimo para  Líbero - TyC Sport - Entrevista Completa 
 
Brasil de Tite
“O Brasil chega ao Mundial muito bem coletivamente, tem bons jogadores a nível individual e como grupo funcionam muito bem. Se fecha atrás, tem jogadores fortes e te liquida no contra-ataque com jogadores rapidíssimos como Ney, Coutinho, Gabriel Jesus, Paulinho… E sabe muito bem o que fazer, tem os movimentos muito mecanizados e desde que o Tite assumiu não perdeu. [as derrotas do time do Tite estão marcadas para terem inicio durando a Copa do Mundo 2018.] Além do Brasil, vejo a Espanha, pelos jogadores que tem e a maneira de jogar, que é mais vistosa que a do Brasil. Alemanha sempre está aí e a França, porque tem muito bons jogadores, mas talvez a juventude do time possa ser um ponto negativo.”

Melhor a cada ano

“Não costumo ficar vendo meus vídeos, jogos antigos, não gosto de ver. Mas percebo as mudanças do meu jogo e acredito que evolui em muitos aspectos e incorporei muitas coisas novas à minha maneira de jogar. Me sinto bem, me sinto rápido, explosivo, mas antes fazia 500 vezes por jogo e não cansava, hoje seleciono mais as jogadas.”

Lembrança da final de 2014
“O que gostaria de poder mudar foi a minha definição, o gol que perdi no segundo tempo. Porque vendo o vídeo, percebo que peguei mal na bola. Tinha de chutar ali, cruzado e baixo, mas o faria com mais capricho. Gostaria de poder voltar no tempo e ter essa chance novamente.”

Erro ao desistir da seleção
“Depois de fazer isso, pensei friamente e não era o certo. Seria dar uma mensagem errada a toda a juventude, a todas as pessoas que lutam por seus sonhos. Devo seguir batalhando por meus objetivos. Mas entendo que a sociedade argentina é complicada e, se perdermos de novo, os próprios torcedores vão pedir que não joguemos mais (…) O objetivo na Copa é fazer um bom Mundial e ficar entre os quatro primeiros. É o mínimo que a Argentina merece pela história que tem.”

Revista VEJA

 

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Além de Robinho, condenado por estupro a nove anos de prisão pela Justiça italiana, outros jogadores já se envolveram em casos de estupro, agressão doméstica e feminicídio, mas mantiveram prestígio e portas abertas nos clubes

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER - Como o futebol alimenta a cultura do estupro e menospreza a violência contra mulheres

“Se a violência contra a mulher já é naturalizada pelo homem comum, imagina pelo homem rico, famoso e idolatrado, como é o caso de muitos jogadores de futebol?”

A condenação de Robinho a nove anos de prisão pela Justiça italiana, que entendeu que o ex-atacante de Milan e Real Madrid teria participado do estupro coletivo de uma mulher albanesa em 2013, logo gerou repercussões em seu clube atual, o Atlético Mineiro.  Durante o treino desta quinta-feira, a sentença ao atacante foi o assunto mais comentado na Cidade do Galo.  Robinho recusou-se a dar declarações, mas divulgou uma nota nas redes sociais em que volta a negar seu envolvimento no crime.

O jogador ainda pode recorrer em duas instâncias e, por enquanto, não corre risco de ser preso, nem mesmo em caso de condenação definitiva, já que a Constituição brasileira impede a extradição de cidadãos nascidos no país.  Depois do treinamento com a equipe atleticana, Robinho tirou fotos com crianças que visitavam a Cidade do Galo e deixou o campo em silêncio.  Ao comentarem a notícia nas redes sociais, muitos torcedores saíram em defesa do atacante. Outros, fizeram piadas homofóbicas, tal qual a que descrevia Robinho como estuprador de “Marias” – apelido pejorativo adotado por atleticanos para se referir a torcedores do Cruzeiro, maior rival do Atlético.

Além de torcedores, companheiros de time de Robinho também dizem acreditar em sua inocência. “É muito ruim uma notícia dessas, sem que ele tenha feito nada”, disse o zagueiro Gabriel.  Não é a primeira vez que o atacante revelado pelo Santos é apontado como agressor sexual. No início de 2009, quando jogava pelo Manchester City, ele já havia sido acusado de estupro por uma mulher que conhecera em uma boate de Leeds. Chegou a viajar para o Brasil sem a autorização do clube, por medo de ser detido pelas autoridades europeias. Ao retornar à Inglaterra, teve de se apresentar à delegacia de West Yorkshire, onde pagou fiança e foi liberado. O processo acabou arquivado três meses depois.


Robinho, Jóbson, Bruno e Danilinho: histórico de violência contra a mulher (Foto: Divulgação / El País)Robinho, Jóbson, Bruno e Danilinho: histórico de violência contra a mulher (Foto: Divulgação / El País)


Robinho é apenas mais um jogador a protagonizar escândalos de estupro e violência contra mulheres. Exemplos não faltam. Ex-atacante do Atlético, que atualmente defende o Vitória, Danilinho foi acusado de agredir uma mulher em uma festa ao longo de sua passagem pelo futebol mexicano e, ainda, de estupro e ameaça de morte por uma jovem de 18 anos. Em 2012, ele havia sido dispensado do Atlético por “problemas disciplinares”. Recentemente, o também atacante Juninho, do Sport, prestou depoimento em uma Delegacia da Mulher em Recife após agredir a ex-namorada, que relatou ter sido ameaçada pelo jogador com uma faca. Embora alegue inocência, ele foi indiciado no começo deste mês por violência doméstica. O clube presta apoio ao jogador e o mantém normalmente integrado ao elenco profissional.

O caso mais emblemático, porém, envolve o ex-goleiro Bruno, revelado pelo Atlético, que foi condenado a 22 anos e três meses de prisão, apontado como mandante do assassinato da modelo Eliza Samudio, com quem teve um filho. Meses antes de sua prisão, em 2010, ele deu uma declaração polêmica ao defender o amigo Adriano Imperador em uma briga conjugal, na época em que ambos defendiam o Flamengo: “Quem nunca brigou ou até saiu na mão com a mulher?”. Antes mesmo de cumprir metade de sua pena, Bruno chegou a assinar contrato com dois clubes de Minas Gerais. Primeiro com o Montes Claros, em 2014 – não conseguiu liberdade provisória para treinar e atuar pelo clube. Em seguida, em 2017, com o Boa Esporte, que disputa a segunda divisão nacional. Ele foi solto em março. Chegou a jogar cinco partidas oficiais pelo clube, mas, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), acabou retornando para a cadeia. [Bruno não merece sequer figurar nesta reportagem sobre estupradores - seres abjetos e que merecem punição rigorosa e exemplar - haja vista que foi acusado de um homicidio sem cadáver e cuja principal testemunha da acusação foi um 'di menor' que mudou o depoimento por três vezes.
Além do mais, o delegado que conduziu as investigações tem antecedentes em conduzir inquéritos nos quais o acusado prova sua inocência.
O fato de na época  ser goleiro do Flamengo, tornou tudo mais dificil para a defesa do ex-goleiro.]


De fato, a sociedade brasileira – e não somente o futebol – convive com o machismo enraizado que segue naturalizando a violência cometida por homens. De acordo com dados coletados pelo Ministério da Saúde, que faz levantamento anual de agressões contra a mulher, o Brasil registra um estupro coletivo (praticado por dois ou mais agressores) a cada duas horas e meia. Somente em 2016, foram mais de 3.000 ocorrências. Uma delas chocou o país, quando pelo menos 30 homens estupraram uma adolescente de 16 anos. Apenas sete deles foram detidos e indiciados. Ainda no ano passado, Jóbson, ex-atacante do Botafogo, foi preso acusado de estuprar quatro adolescentes com menos de 15 anos. Segundo depoimentos das vítimas, ele teria levado as garotas para sua chácara, no interior do Pará, e, depois de obrigá-las a ingerir bebidas alcoólicas, cometeu os abusos sexuais. Jóbson aguarda pelo julgamento na prisão. Ele está afastado dos gramados desde 2015, após receber suspensão da FIFA por se recusar a fazer exame antidoping pelo Al-Ittihad, da Arábia Saudita.

As raízes machistas do futebol
Desde cedo, jogadores são formados de acordo com a cartilha machista do futebol, que prega a virilidade e a imposição física como virtudes indispensáveis para um jovem se tornar um craque de sucesso. Além dos padrões de comportamento agressivo que os acompanham das categorias de base ao profissional, os atletas convivem em ambientes em que a figura masculina é predominante e, de uma hora para outra, podem experimentar uma ascensão social tão acentuada quanto destituída de alicerce emocional para lidar com a nova realidade. “Os garotos são iniciados no futebol com enormes lacunas de educação tanto por parte da família quanto da escola”, diz a psicóloga do esporte Suzy Fleury, que já integrou a comissão técnica da seleção brasileira. “Os clubes não têm compromisso com a formação do caráter dos atletas e são coniventes com comportamentos que nossa sociedade não aceita mais.” Ela cita como exemplo o “Masia 360°”, um programa arquitetado nas categorias de base do Barcelona para formar jogadores sob a perspectiva do desenvolvimento emocional e pedagógico. “Não há clube brasileiro que faça algo parecido. O comprometimento com a educação dos jogadores desde a base ajudaria a prevenir outros casos como o do Robinho”, afirma Fleury.

Com frequência, meninos acabam submetidos a diversos tipos de violência em categorias de base, como o trabalho infantil, assédio e abuso sexual. Algo que, de acordo com a nadadora Joanna Maranhão, que foi molestada por um treinador na infância e hoje mantém um projeto social voltado a jovens atletas, se estabelece como fator determinante para moldar agressores em vez de jogadores. “A cultura machista também prejudica o atleta do sexo masculino, que não se permite denunciar as violências que sofre. No futebol, então, isso se torna uma coisa grave. A criança que é vítima de um abuso, por exemplo, e nunca lida com isso pode crescer pensando que tem o direito de fazer a mesma coisa com outra pessoa.”

Para Gustavo Andrada Bandeira, o esporte precisa deixar de enxergar a mulher como símbolo sexual atrelado a torcedoras musas e atletas beldades, e passar a interpretá-la como protagonista de jogos e competições. Dar mais visibilidade ao futebol feminino e mais espaço às mulheres no jornalismo esportivo seria uma maneira de atacar uma das causas do problema, que é a manutenção de um ambiente extremamente machista no futebol”.

Em 2014, a marcação de um impedimento equivocado a favor do mesmo Atlético de Robinho, durante um clássico contra o Cruzeiro – pela árbitra-assistente Fernanda Colombo, rendeu declarações machistas do então diretor de futebol cruzeirense, Alexandre Mattos: “Essa bandeirinha é bonitinha, mas não está preparada. Tem mais é que posar para a [revista] Playboy, e não trabalhar com futebol”. Apesar de ter sido punido com multa de 500 reais e suspensão pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Mattos se transferiu para o Palmeiras no ano seguinte como um dos dirigentes mais valorizados do Brasil, enquanto Colombo foi afastada pela CBF e, desde então, viu sua carreira entrar em declínio. Ela não apita mais.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

TOSTÃO - Futebol não é para os crédulos


Milhares de razões da astronômica ascensão e queda do Corinthians já foram abordadas, um milhão de vezes, na mídia, nas ruas e nos botequins. Alguns psicólogos do esporte pensam que houve um relaxamento do time, como mostrou, nesta terça (31), matéria da Folha. Novas estatísticas surgem a cada dia, para tentar explicar o fenômeno. Se o Corinthians não for campeão, haverá uma mega congresso, com os maiores catedráticos nos assunto.

Como sou metido a entendido, tenho também minhas teorias, que têm grandes chances de estarem erradas. Pela lógica do caos, do acaso e dos mistérios da mente, os jogadores entraram em pânico, em vez de relaxarem, quando perceberam, no início do 2º turno, que seria um vexame perder o título, pois estava muito fácil ser campeão. Até o sensato Carille perdeu o bom senso, ao pôr, ao fim de vários jogos, um excesso de atacantes, o que diminuiu organização e chance de vitórias.

Começaram as comparações entre Carille e Valentim. Se o Palmeiras for campeão, Valentim será endeusado, como foi Carille no primeiro turno. Já o técnico do Corinthians, poderá ser, se brilhar, no primeiro semestre de 2018, o Valentim do fim de 2017. As coisas vão e voltam, especialmente as análises sobre a qualidade dos técnicos.  Os melhores treinadores, ou melhor, os que ganham mais títulos, sobretudo os campeonatos por pontos corridos, são os que dirigem as equipes com os melhores jogadores. [custa reconhecer, mas, existe uma exceção: o 'zé ruela' técnico do MENGÃO; aliás, pior que o 'zé ruela' só o Mano  Menezes.]  Há exceções, pontuais. Um técnico inferior pode, surpreendentemente, ganhar um grande título, passar a dirigir as mais fortes equipes e ter mais sucesso que um outro superior, que não teve as mesmas chances. O melhor é relativo.

Parafraseando Tom Jobim, o futebol não é para os crédulos, ingênuos.

Empate
Antes do jogo contra o Cruzeiro, parecia, pelos programas esportivos e pelas conversas de rua, que o Palmeiras já se preparava para conquistar a liderança contra o Corinthians, no próximo fim de semana.

O Palmeiras jogou bem, criou chances de gol, pela qualidade de seus atacantes e pela pressão por jogar em casa, mas mostrou problemas defensivos. O time avançava a marcação e deixava espaços na defesa, ainda mais que não tem defensores de qualidade. O Cruzeiro, no início do segundo tempo, fez um gol e teve chance de fazer o terceiro. Aí, Mano Menezes trocou Arrascaeta por mais um volante, Lucas Silva. O time não melhorou a marcação, não teve mais contra-ataque e foi sufocado, até sofrer o gol de empate.

Decisões
No Fla-Flu que define a classificação na Sul-Americana, três jogadores me chamam a atenção: o jovem Scarpa, 23, que, se jogasse em um time de grandes jogadores teria chance de evoluir e se tornar um meia excepcional; Juan, 38, um dos grandes zagueiros da história do futebol brasileiro, ainda melhor que os outros; e Vinícius Jr., que passou da hora de ser mais bem aproveitado no time titular do Flamengo. [o desprezo por Vinicius Jr é mais uma das falhas do 'zé ruela' - o pior é que parece que o Vinicius está esquecendo o que é jogar;  entrou no Flamengo como promessa e tudo indica vai embora ainda prometendo.]

O Grêmio está praticamente na final da Libertadores.
Se houver uma zebra e o time ser eliminado, após vencer o Barcelona por 3 a 0, e, ao mesmo tempo, o Corinthians perder o título, o que era inimaginável ao término do primeiro turno do Brasileiro, serão situações tão surpreendentes quanto um corrupto e seus aliados apoiarem a Lava Jato.


Fonte: Blog Perca Tempo