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domingo, 12 de junho de 2022

Após afirmar a Biden que respeita eleições, Bolsonaro diz que única forma de evitar problemas é TSE falar com militares


Bolsonaro chamou o ministro Luís Roberto Barroso de "mau caráter", questionou se Alexandre de Moraes seria um "psicopata" e afirmou que Edson Fachin convidou observadores eleitorais "para dar ares de legalidade" a um processo eleitoral no qual Bolsonaro diz não confiar

Jair Bolsonaro
Reuters
Bolsonaro está em Orlando para inaugurar um vice consulado brasileiro na cidade onde vivem cerca de 180 mil brasileiros

Depois de afirmar diante do presidente americano Joe Biden que havia chegado ao poder pela via democrática e assim sairia dele e de indicar, na visão do governo dos Estados Unidos, respeito pelo sistema eleitoral atual e seus resultados, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro voltou a citar suspeitas de fraude e a atacar o trabalho do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os ministros do Supremo Tribunal Federal que compõem o órgão.

Bolsonaro chamou o ministro Luís Roberto Barroso de "mau caráter", questionou se Alexandre de Moraes seria um "psicopata" e afirmou que Edson Fachin convidou observadores eleitorais "para dar ares de legalidade" a um processo eleitoral no qual Bolsonaro diz não confiar. Na última sexta (10/6) como queria Bolsonaro, o Ministério da Defesa mandou novo ofício ao TSE em que pede para que o tribunal facilite o acesso processo de auditoria das urnas tanto para militares quanto para partidos políticos.

Questionado pela BBC News Brasil se, após a divulgação das eleições no Brasil, o país poderia viver uma situação de violência análoga à invasão do Capitólio nos EUA, em janeiro de 2021, Bolsonaro disse que "eu não sei o que vai acontecer, de minha parte teremos eleições limpas, com toda certeza nós vamos tomar providências, a própria Defesa que foi convidada, antes das eleições" e citou uma declaração recente de Ciro Gomes, candidato presidencial do PDT: "O Ciro Gomes, terceiro lugar nas pesquisas, acabou de dizer que 'se Lula ganhar, o Brasil amanhece em guerra'. A população brasileira, a maioria esmagadora, está comigo."

O presidente voltou a repetir afirmações já desmentidas pelo TSE sobre fraude eleitoral em 2014, quando a petista Dilma Rousseff foi reeleita. Sugeriu que a anulação dos processos judiciais contra Lula eram orquestrados pela Justiça para que o petista volte ao Planalto em 2023. Perguntado pela BBC News Brasil se apelaria a seus apoiadores para não haver violência no pleito, qualquer que fosse o resultado, Bolsonaro afirmou: "Ah, espera um pouquinho. Você acha que eu vou partir para isso? Entendo que a população brasileira é civilizada. Espero que os três ministros do Supremo que estão no TSE sejam civilizados também", afirmou, em referência a Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes. Na sequência, emendou: "Você está apontando uma possibilidade que pode acontecer, a gente não sabe, mas por que não evitar isso? A equipe técnica deles (TSE) conversar com a equipe técnica das Forças Armadas. Não tem outra forma de você evitar problemas. Se a pesquisa está dando aí 49% pro Lula e 30% pra mim, vamos supor que eu ganhe, esses 49% vão ficar indignados? Vão dizer que houve fraude?", disse Bolsonaro.

Segundo Bolsonaro, "ninguém tem esse poder (de evitar que apoiadores cometam atos de violência), eu menos dos meus".

Ministros dos TSE
O presidente Bolsonaro chamou Barroso de "um mentiroso, sem caráter" por ter dito, em fevereiro, que o presidente havia um inquérito eleitoral sigiloso para apoiar suas alegações de fraude nas urnas e com isso teria "auxiliado milícias digitais e hackers de todo o mundo". Na sequência, Bolsonaro emendou: "Eu não estou atacando a Justiça Eleitoral, eu estou atacando o Barroso, que não tem caráter".

Sobre Moraes, questionou: "o que esse cara tem na cabeça? O que é que ele está ganhando com isso? Quais são seus interesses? Ele está ligado a quem? Ou é um psicopata? Ele tem um problema".

Moraes conduz os inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos, que resultaram em punições à base do presidente, como a condenação ao deputado federal Daniel Silveira, indultado por Bolsonaro. "Eu dei um indulto para este parlamentar e ele [Moraes] continua perseguindo, multando ele, agora bloqueando o celular da esposa dele, que é a advogada que o defende. O TSE lá do senhor Alexandre de Moraes desmonetiza páginas, derruba páginas. Isso não é democracia, É censura.", argumentou o presidente, diante da churrascaria brasileira Fogo de Chão, em Orlando, onde almoçou antes de embarcar de volta para Brasília.

Bolsonaro comparou as ações de Moraes com o processo que levou à prisão de Jeanine Añez, ex-presidente da Bolívia condenada por tramar um golpe de Estado, em 2019. Não é a primeira vez em que Bolsonaro cita Añez para comentar a preocupação com o futuro caso deixe o Planalto. "A turma dela perdeu [as eleições], voltou a turma do Evo Morales. O que aconteceu um ano atrás? Ela foi presa preventivamente. E agora foi confirmado dez anos de cadeia para ela. Qual a acusação? Atos antidemocráticos. Alguém faz alguma correlação com Alexandre de Moraes e os inquéritos por atos antidemocráticos? Ou seja, é uma ameaça para mim quando deixar o governo?", questionou.

Bolsonaro ainda criticou as ações de Fachin de convidar observadores eleitorais para acompanhar o pleito no Brasil, algo que aconteceu nas últimas eleições . "O que esses observadores vão fazer lá? Observar? Olha, a não ser que ele tenha um olhar de super-homem que possa observar programas, microchips. Qual a qualificação desses observadores?". A BBC News Brasil citou a OEA, Organização dos Estados Americanos, que desenvolve esse trabalho rotineiramente com o apoio inclusive do Brasil. "Ah, a OEA. Ah, pelamordedeus, você achar que alguém colocar um crachá da OEA tá resolvido o assunto?. Convidaram pra dar ares de legalidade. Sabe o que eu faria no lugar do Barroso, do Fachin e do Alexandre de Moraes? 'Presidente, vamos conversar'. Mas eles não querem conversar"

Na sexta, 10/6, um dia após a primeira conversa bilateral entre Biden e Bolsonaro, a porta-voz do Departamento de Estado Kristina Rosales afirmou que os EUA vem a presença de observadores internacionais como algo fundamental no processo.

A renovação dos questionamentos e críticas às eleições marcaram o encerramento da viagem do presidente Bolsonaro aos EUA. Além de se encontrar com Biden, Bolsonaro participou da 9a Cúpula das Américas. Depois, atravessou o país para inaugurar um vice-consulado em Orlando, na Flórida, para discursar na Igreja da Lagoinha, uma denominação evangélica, e para realizar uma motociata com cerca de 350 motociclistas da comunidade brasileira.

Correio Braziliense


quinta-feira, 9 de junho de 2022

O que Bolsonaro vai dizer a Biden na Cúpula das Américas - Vozes

Alexandre Garcia 

Reunião bilateral

O presidente Jair Bolsonaro está viajando aos Estados Unidos para participar da Cúpula das Américas acompanhado dos ministros Carlos França (Relações Exteriores), Paulo Guedes (Economia), Fábio Faria (Comunicações) e Joaquim Leite (Meio Ambiente).

Antes de embarcar, Bolsonaro disse na Associação Comercial do Rio de Janeiro que faz questão de aproveitar todo o tempo possível para mostrar ao presidente americano Joe Biden o que é o Brasil de hoje. Um país que teve que gastar R$ 700 bilhões com a pandemia, mas que evitou com isso a ocorrência de saques e da fome.

Vai falar também que o Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente. Temos dois terços do nosso território preservado, coisa raríssima no mundo. E vai tratar também de assuntos comerciais e econômicos, e falar sobre compromissos assumidos com o Brasil pelo presidente anterior, Donald Trump.[único comentário: somos totalmente contrário a ida do presidente Bolsonaro a tal 'cúpula das Américas'. Bolsonaro tem a obrigação de defender o Brasil e não aceitar proximidade com autoridades de outros países que tentam ignorar que o Brasil é uma NAÇÃO SOBERANA.
Biden e o francês não merecem confiança, tanto que logo após a posse do presidente Bolsonaro e a do senhor que preside os Estados Unidos, o francês se manifestou,  com o silêncio concordante do mandatário norte-americano,  pela internacionalização da Amazônia. 
Foi um ofensa à SOBERANIA DO BRASIL e a única resposta do nosso presidente seria a de enviar um secretário do Itamaraty, alguém do terceiro escalão, para representar o Brasil.
Biden nada tem a oferecer de bom ao Brasil. O Brasil pode e até deve ser amigo dos Estados Unidos da América mas sem a interveniência do atual presidente norte-americano ou de sua vice.]

O que Bolsonaro quer ao dizer que pode não cumprir decisões do STF

Esposa de Daniel Silveira questiona bloqueio de suas contas bancárias por ordem de Moraes

Falar mal da urna eletrônica virou pecado mortal

Enfim, Bolsonaro quer reescrever a versão que os americanos têm do Brasil a partir da visão de ONGs estrangeiras e de brasileiros apátridas, que falam mal do Brasil lá fora e empanam o conceito dos brasileiros.

Terceira via está perdida
Os tucanos decidiram apoiar a candidatura de Simone Tebet, do MDB. Eles estão lutando pela sobrevivência. Lula disse outro dia que o PSDB acabou, mas a verdade é que ainda não.

Eduardo Leite certamente já desistiu de ser candidato à Presidência da República porque viu que não tem o menor sentido. Ele deve estar arrependido de ter renunciado ao governo do Rio Grande do Sul e agora quer ser candidato a governador de novo.

O MDB precisou fazer concessões ao PSDB no Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais para garantir o apoio a Tebet. O partido dela tem candidatos ao governo nesses estados que não queriam abrir mão das candidaturas, mas tudo é uma questão de negociação.

Também está difícil a vida de Sergio Moro, que entrou e saiu do Podemos, foi para o União Brasil, se domiciliou eleitoralmente em São Paulo, e no fim não deu certo. 
Agora pode ser candidato no Paraná, mas sabe-se lá a quê? Ao Senado? Mas Alvaro Dias, que é o mentor de Moro na política, já é o candidato.
 
E o União Brasil, o que pensa disso? Quem manda no União Brasil no Paraná é Fernando Francischini, que é apoiador de Bolsonaro, que foi traído por Moro. O ex- juiz andou fechando portas. 
A esposa de Moro chegou a publicar um sanduíche de mortadela nas redes sociais dizendo que isso os identificava com São Paulo.

Já o ex-governador João Doria ainda não percebeu o seu tamanho real. Disse que vai fazer um pronunciamento à nação no dia 13 de junho. Não sei qual o tamanho que ele julga ter.

Então, esse parece ser o destino da terceira via, que está completamente sem rumo. Parecem tontos nesse momento, já lutando por migalhas, o que vai sobrar para eles nessa eleição, para se manterem com uma bancada razoável nas Assembleias Legislativas, na Câmara e no Senado.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo -  VOZES


segunda-feira, 6 de junho de 2022

Cúpula das Américas - Biden vai se redimir por ter demonstrado hostilidade a Bolsonaro? - Gazeta do Povo

Alexandre Garcia

O que vai fazer Bolsonaro nos EUA? Será que o presidente e Biden vão reatar relações? 
Convém questionar por que Biden fez algumas declarações quase hostis contra o Brasil. [Ao iniciar seu mandato o presidente norte-americano se aliou ao francês  quando uma possível internacionalização da Amazônia era cogitada.
Bolsonaro deveria não comparecer ao evento,  que é uma invenção do Biden.]
Depois mandou um ex-senador, Christopher Dodd, como enviado dele pra ver se convencia Bolsonaro a ir para a Cúpula das Américas, que é uma promoção do novo governo dos Estados Unidos.

Se Bolsonaro não fosse, o evento seria esvaziado, porque o mexicano já não vai. O López Obrador disse que não vai, pois não foram convidados os ditadores de Cuba, da Nicarágua e da Venezuela.

Veja Também: Mercado vê PIB mais forte e projeções mais recentes indicam alta de 1,5%
Perseguir familiares de um réu viola princípio jurídico secular e civilizatório

O ex-senador esteve com o presidente e Bolsonaro disse: “eu não vou lá só pra tirar foto, pra ser moldura de foto do Biden”. Foi direto com o ex-senador, que por sua vez disse: “não, o presidente quer ouvi-lo, quer ouvir suas reivindicações”.

Bolsonaro então pediu que Christopher Todd dissesse a Biden que há compromissos assumidos entre o então chefe de estado americano Donald Trump e o Brasil. “Não são compromissos individuais, pessoais, são compromissos de chefe de estado e eu espero que o chefe de estado dos Estados Unidos cumpra com esses compromissos”, afirmou o presidente.

Portanto Bolsonaro não vai só tirar fotografia com o Biden. [Presidente Bolsonaro, repetimos a sugestão: Não vá ao evento; ignore Biden, ele jazais honrará compromissos assumidos por Trump.] Vai ter uma conversa de no mínimo meia hora. Ele argumenta que com o Putin conversou três horas, e sem aquela mesa comprida que separou o Putin de Macron.

Enfim, talvez haja algo importante além disso. Acho que vai ter consequência internas aqui. Biden e Bolsonaro assinarão uma declaração conjunta de democracia, estimulando a democracia num continente que volta e meia, inclusive aqui dentro, tem apelos totalitários. Não conseguem esconder. Aqui nós temos, inclusive, instituições de estado que estão demonstrando pura ideologia totalitária.

Julgamento de deputados no STF

Por falar nisso, amanhã vai ter um julgamento importante no Supremo, porque mais uma vez o ministro Nunes Marques é o rebelde solitário, que está ao lado da Constituição, mas não ao lado do restante do Supremo. Provavelmente vai ser derrotado em número de votos lá, mas sairá vitorioso porque defendeu a Constituição.  
É o caso do deputado estadual do Paraná, Francischini, e um deputado federal do Sergipe, Valdevan Noventa. Os dois haviam sido cassados. Valdevan Noventa, por ter recebido R$ 86 mil de pessoas físicas, foi enquadrado como ilegal. Abuso de poder econômico. Só que na decisão de Nunes Marques é mostrado que não estava vigente a proibição quando ele recebeu o dinheiro.

E lá no Paraná, o que Francischini fez foi denunciar, postar denúncias de pessoas reclamando da ilicitude de algumas atitudes nas seções de votação. Ele perdeu no Tribunal Superior Eleitoral e com isso três deputados também perderam o mandato porque foram eleitos com os votos de Francischini. Agora, os três podem reocupar suas vagas, dependendo do que acontecer nesta terça-feira.

Lá na Câmara, o presidente Arthur Lira, ao receber a decisão do ministro Nunes Marques, imediatamente tirou o suplente e botou o Noventa. O suplente, que era do PT, mobilizou seu partido e entraram com um pedido nesse domingo no Supremo. Marcaram o julgamento já para esta terça-feira, numa super velocidade.   
São coisas que a gente descobre todos os dias com surpresa. A gente não imagina que possa acontecer, mas, no entanto, acontece.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Bolsonaro resiste a convite de Biden para Cúpula das Américas [PARABÉNS!!! PRESIDENTE]

O presidente dos EUA, Joe Biden, tenta convencer Bolsonaro da importância da participação do país na cúpula

O presidente Jair Bolsonaro recebeu, ontem, a visita do assessor especial do governo dos Estados Unidos, Christopher Dodd, no Planalto, para discutir a participação na Cúpula das Américas, que será de 6 e 10 de junho, em Los Angeles. O encontro ocorreu fora da agenda oficial do chefe do Executivo.

O presidente dos EUA, Joe Biden, tenta convencer Bolsonaro da importância da participação do país na cúpula.  Segundo o Itamaraty, o Brasil confirmou presença na reunião, mas ainda não está decidido quem será o representante. Bolsonaro nunca participou de encontro do colegiado desde que foi eleito. [Presidente Bolsonaro! o Brasil e os brasileiros que realmente valorizam nossa Pátria, espera que o Senhor continue não participando da tal cúpula; mande um representante e basta. O que é bom o Biden, certamente não é bom para o Brasil.
Podemos manter boas relações os Estados Unidos sem valorizar o Biden, que está apenas de passagem pela Casa Branca, com prestígio em queda livregio - ZERO CHANCE de ser reeleito. ] "Nesta manhã, em meu encontro com o presidente Bolsonaro, reiterei o nosso desejo de que o Brasil seja um participante ativo da Cúpula, pois reconhecemos a responsabilidade coletiva de avançar para um futuro mais inclusivo e próspero", afirmou Dodd, em declaração divulgada logo após a reunião.

Já o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, não é tão otimista quanto à presença do presidente. Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, na semana passada, o chanceler afirmou não haver entusiasmo de Bolsonaro para ir à Cúpula. "Devo dizer que essa é uma cúpula que tem tido, aparentemente, num primeiro momento, uma baixa adesão", ressaltou, na ocasião.

França ainda relatou ter conversado com diplomatas argentinos e que muitos países não querem participar pelo fato de Biden não ter convidado Venezuela, Cuba e Nicarágua. Caso, por exemplo, do presidente mexicano, Manuel López Obrador. Os três países não foram chamados porque não respeitam a Carta Democrática Interamericana firmada na Cúpula de 2001, que determinou que "os líderes da região defenderam o estrito respeito à democracia como condição essencial para a participação em todas as cúpulas futuras".

Separação política
A principal resistência de Bolsonaro ao encontro multilateral, dizem fontes do governo, é o foco dele em questões nacionais, incluindo a campanha à reeleição. O presidente não vê sentido em sair do país por quatro dias para encontrar Biden, de quem é distante politicamente. Bolsonaro apoiou a reeleição do ex-presidente americano Donald Trump, derrotado nas urnas. A Cúpula deve discutir temas como democracia, direitos humanos e preservação do meio ambiente, calcanhar de Aquiles para o presidente brasileiro, criticado internacionalmente pela devastação da Amazônia. [Encerrando: presidente Bolsonaro, lembre-se que foi o 'dorminhoco' que preside os Estados Unidos que no inicio do seu mandato uniu-se ao francês com proposta ofensiva de internacionalização dar a Amazônia.]
 
Política - Correio Braziliense  
 

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Situação intolerável

Não cabe mais esperar que o ditador Nicolás Maduro, por si só, compreenda a situação insustentável de seu país, pois isso não vai acontecer

O ditador venezuelano Nicolás Maduro foi às redes sociais para festejar “o melhor carnaval dos últimos anos” na Venezuela. Não havia maneira melhor de escarnecer do sofrimento dos milhões de habitantes de um país que está em acelerado processo de destruição. Tamanho grau de descolamento da realidade é coerente com a transformação da Venezuela em Estado pária. A esta altura, Maduro só encontra solidariedade entre liberticidas como são os casos do PT e dos ditosmovimentos sociais” que orbitam o partido de Lula da Silva, todos engajados na defesa do regime bolivariano. No mundo civilizado, em que a democracia é um valor, não um meio para capturar o poder, tornou-se intolerável a coexistência com Maduro e seus sequazes, razão pela qual o governo venezuelano foi oficialmente desconvidado para a próxima Cúpula das Américas, em abril.

Essa reação diplomática é o caminho mais adequado para demonstrar ao mundo e especialmente à Venezuela que a escalada de sua crise não pode mais ser vista como um assunto interno dos venezuelanos. A imensa massa de cidadãos em fuga da Venezuela para os países vizinhos, como Brasil, Colômbia e Equador, é a prova de que o problema já deixou há muito tempo de ser local.

Além disso, informações recentemente divulgadas pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, vinculada à Organização dos Estados Americanos, mostram que cerca de 80% dos venezuelanos vivem na pobreza e que mais da metade está na pobreza extrema. Não é por outra razão que tantos venezuelanos estão deixando o país ─ fala-se de um êxodo de 1,2 milhão nos últimos dois anos ─ e que mães estão abandonando os filhos porque não conseguem alimentá-los, conforme reportagem do jornal The Washington Post. Esse quadro dramático obriga a comunidade internacional a exigir que o governo da Venezuela aceite, sem mais delongas, as muitas ofertas de cooperação para mitigar a penúria de seu povo.

É a emergência humanitária que agora deve nortear as atitudes dos governos da região em relação ao regime de Maduro. Não cabe mais esperar que o ditador, por si só, compreenda a situação insustentável de seu país, pois isso não vai acontecer ─ e a celebração de Maduro no carnaval, diante de tanto padecimento, é uma afrontosa prova disso. É preciso, portanto, que o mundo pressione o ditador, pela via das sanções diplomáticas e econômicas, para mostrar que a tolerância com a aventura bolivariana, que tanto mal causou e ainda causa ao continente, acabou.

Como parte dessa pressão, fez bem o Grupo de Lima, do qual fazem parte Brasil, Argentina, Colômbia, México, Paraguai, Peru e Canadá, entre outros, ao “expressar seu mais firme rechaço” à antecipação da eleição presidencial na Venezuela para 22 de abril. O que poderia parecer uma medida democrática ─ afinal, para os chavistas, as urnas a tudo legitimam ─ nada mais é do que uma nova manobra de Maduro para conservar o poder, pois, como lembrou a nota do Grupo de Lima, “não pode haver eleições livres e justas com presos políticos, sem a plena participação dos partidos políticos e líderes presos ou inabilitados arbitrariamente, com uma autoridade eleitoral controlada pelo governo, sem a participação de milhões de venezuelanos no exterior impossibilitados de votar e convocadas originalmente pela Assembleia Constituinte, órgão carente de legitimidade e legalidade”.

Como se observa, a margem de condescendência com a qual a ditadura chavista sempre contou na América Latina estreitou-se consideravelmente. Restou a Maduro apoiar-se em gente como João Pedro Stédile, o chefão do MST, que chamou as terríveis notícias sobre a Venezuela de “mentiras e manipulações da grande imprensa” e convocou “todos os militantes, de todos os movimentos populares e partidos de esquerda” a “defender o povo da Venezuela e o processo bolivariano”. Para Stédile e para seus seguidores, os milhares de venezuelanos famintos que se amontoam na fronteira à espera de uma chance de fugir daquele pesadelo simplesmente não existem. [alguém avise para o general da banda Stédile que não se empolgue muito; portanto, mantenha distância da região fronteiriça Brasil x Venezuela, por o Estado do Pará ficar relativamente próximo, o que coloca o bandido chefão do MST ao alcance da Polícia Militar do Para.
Ao ouvir falar na PM-PA Stédile procura correndo o banheiro mais próximo.]

 O Estado de S. Paulo - Editorial