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sábado, 27 de outubro de 2018

O cheque especial de Bolsonaro

Fosse Ciro Gomes o adversário de Bolsonaro, candidato do PSL estaria bem mais ameaçado 

A pesquisa do Datafolha divulgada na quinta-feira (25) aponta que a diferença entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) caiu de 18 pontos percentuais para 12 pontos percentuais no intervalo de uma semana . A diminuição extrapola a margem de erro da pesquisa e mostra que Bolsonaro e seu entorno não ficaram impunes aos erros e declarações infelizes dadas nas últimas semanas, meses, anos e décadas. Fugir dos debates também teria seu preço e Bolsonaro está pagando por esse e por outros desacertos com um cheque especial conquistado entre o fim do primeiro turno e o começo desta semana. A despeito do encurtamento da distância na pesquisa, Bolsonaro continua com uma mão e meia na faixa presidencial.  [enfatize-se que não foi por mérito de Haddad que a distância passou para seis pontos e sim devido o sistema de votos válidos, que faz com que qualquer oscilação positiva de um dos candidatos, resulte em oscilação negativa, do mesmo valor, do adversário (o percentual de crescimento do adversário é retirado do adversário;
assim,  o poste petista oscilou três pontos (apenas um ponto acima da margem de erro) que resultou em oscilação para baixo do capitão.]

A sorte do capitão reformado do Exército é que seu adversário pertence ao PT e isso não mudará até domingo, dia da eleição. A principal dificuldade para Haddad arrancar para a vitória reside no fato de estar amarrado a uma sigla que carrega o peso da Operação Lava Jato nos ombros. O partido também concorreu para uma crise econômica assombrosa, provocada pela incapacidade de a ex-presidente Dilma Rousseff lidar com os problemas que apareceram e os que ela mesma criou. A rejeição a Haddad - político moderado que poderia muito bem estar nos quadros do PSDB, por exemplo - alcança 52%, segundo o Datafolha. Quanto dessa rejeição pertence ao PT? Isso não foi medido. Muitos não veriam problema em imaginar Haddad no Planalto, mas a sombra do ex-presidente Lula e a de outros próceres da legenda, como o ex-ministro José Dirceu, não cabem nesse mesmo imaginário. Haddad não pôde e não soube se livrar dessas sombras. 
A obsessão do ex-presidente Lula, mesmo encarcerado, em instalar o PT novamente no Palácio do Planalto contribui com o caminho de Bolsonaro. Se os petistas, como pregou o senador eleito pela Bahia Jaques Wagner, tivessem aberto mão da cabeça de chapa para o pedetista Ciro Gomes, a história da eleição certamente seria outra. Ciro, em que pese ter sido ministro de Lula, conseguiria se desvincular da estrela do PT e dar um cansaço enorme em Bolsonaro. [algo que só poderá ser comprovado em 2022, quando Bolsonaro estará concorrendo a reeleição e, mais uma vez, Ciro Gomes tentando passar para o segundo turno.] A propósito, as simulações de segundo turno, realizadas antes do primeiro turno, mostravam que Ciro Gomes deixaria Bolsonaro para trás na disputa. Ciro cansou de dizer isso, principalmente aos petistas, mas as urnas mostraram que ele foi solenemente ignorado.   

A menos de 72 horas do início da votação, o PT mendiga um apoio assertivo de Ciro na esperança de superar Bolsonaro. Ciro está insatisfeito com o PT há meses, desde que Lula atuou para deixá-lo isolado na campanha. Ciro volta ao Brasil nesta sexta-feira (26) para turbinar a campanha de Haddad a ponto do petista vencê-la? É o sonho de Haddad e de milhões de petistas. Esse apoio tímido de Ciro ao petista também ajudou a engordar o cheque especial de Bolsonaro.  [não toleramos Ciro Gomes, mas, ousamos afirmar que ele tem opinião e é marrento, o que  faz com que ele queira a destruição do PT e especialmente do Lula - não pode ser olvidado que em 2022, Lula continua inelegível, ainda que vivo fisicamente,  estará politicamente morto e com alguns anos de cadeia para puxar.]

Murilo Ramos - Época

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

A [merecida e justa] cristianização de Haddad

Mais do que um arroubo retórico ou desajuste na dose do rivotril, segundo as piadas mais infames, o discurso contundente de Cid Gomes, em evento do PT no Ceará, constituiu a pá de cal na candidatura de Fernando Haddad à Presidência da República. Acabou. Não bastassem a vitalidade eleitoral exibida por Jair Bolsonaro, a consolidação de mais de 60% dos votos no candidato do PSL e a atração natural que um concorrente, digamos, com a “mão na faixa” exerce pela mera expectativa de poder, as cáusticas, mas sinceras palavras do político cearense representaram uma imensa janela de oportunidade para que partidos do espectro de esquerda — convocados a um cínico “pacto democrático” — cristianizassem o preposto de Lula.

Campanha comporta tudo, até proselitismo religioso de ateus declarados, como Manuela D’ávila. Mas, em política, o termo “cristianização” nada tem a ver com o processo de conversão de indivíduos ao cristianismo. Remonta à campanha presidencial de Cristiano Machado, em 1950. Traído ou “cristianizado” por políticos do próprio partido, o PSD, o então candidato a presidente da República acabou trocado durante a corrida eleitoral por Getúlio Vargas, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Resultado: em 3 de outubro daquele ano, Vargas regressou ao Palácio do Catete, após permanecer no poder entre 1930 e 1945. Depois de 1950, o fenômeno da cristianização ocorreu em 2002, quando Serra foi abandonado pelo PFL, e em 1989, na eleição de Collor, em que tanto o PFL cristianizou Aureliano Chaves, quanto o PMDB fez o mesmo com Ulysses Guimarães, em favor do ex-caçador de marajás.

Claro que o uso da expressão para se referir a Haddad guarda mais relação com abandono do que com traição propriamente dita. Na verdade, quem se sentiu traído, desde o nascedouro da campanha, foi Ciro Gomes. É notório que Lula da cadeia fez o diabo para desidratar a candidatura do PDT. Atuou para implodir seu arco de alianças e, conforme recente reportagem de ISTOÉ, chegou a articular envios de remessas de dinheiro por meio de jatinhos, a fim de cooptar caciques do Nordeste para o palanque de Haddad.
Ademais, o partido que se recusou a assinar a Constituição de 1988, votou contra o Plano Real, não topou participar da coalizão em torno de Itamar Franco pós-impeachment de Collor e que buscou a hegemonia por meio do aparelhamento do Estado, da corrupção institucionalizada e da perseguição inclemente a adversários políticos, muitos tratados como “inimigos a eliminar”, não dispõe de autoridade moral para entoar, aos 48 do 2º tempo, a cantilena da aliança do “centro democrático” desde que encabeçada pelo PT. Repetindo a sentença-sinceriCIDio de Gomes: o partido que adota a mentira como dogma de ação “vai perder e vai perder feio”.

Sérgio Pardellas - IstoÉ
 

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Ciro dá o troco no PT, frustra os planos de Haddad e mira o próprio futuro

Não é nada perto do que o PT fez com ele antes da campanha começar

Terceiro colocado no primeiro turno, com 13,3 milhões de votos, Ciro Gomes abandonou Fernando Haddad à própria sorte e decidiu embarcar para a Europa. Não é nada perto do que o PT fez com ele antes das eleições começarem, mas ainda assim é uma punhalada profunda na estratégia traçada pelo ex-presidente Lula.
Assim como Jair Bolsonaro, Ciro Gomes começou a organizar sua corrida eleitoral anos atrás. Foi no início de 2016 que duas páginas — “Cirão da Massa” e “Ciro Gomes Zoeiro” — inundaram o Facebook com vídeos do pedetista em palestras e eventos país afora. Desde então, conquistaram, somadas, mais de 800.000 curtidas.
Na virada deste ano, Ciro havia se tornado a principal força eleitoral da esquerda depois de Lula. No entanto, após a condenação do ex-presidente em segunda instância, que o tornava inelegível, o petista optou por fazer valer a hegemonia de seu partido. Dono de um quarto do eleitorado brasileiro, Lula apostava que colocaria qualquer nome no segundo turno. A história provou que tinha razão.
Optou, então, por lançar Fernando Haddad, de seu próprio partido, para seguir controlando a esquerda sem que ninguém lhe fizesse sombra. Em seguida, deu início à estratégia de moer aliados. Primeiro, obrigou o PCdoB a entrar na coligação petista, ameaçando atuar para que os comunistas não ultrapassassem a cláusula de barreira — o que acabou ocorrendo. Em seguida, inviabilizou a aliança do PSB com Ciro, avisando que lançaria Marília Arraes na disputa contra o governador socialista de Pernambuco, Paulo Câmara, caso o partido apoiasse o pedetista. Assim, Ciro acabou relegado a uma estreita aliança com o Avante, que esvaziou seu tempo de TV.
 
 

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Haddad, o DNA petista, os gravíssimos processos e o risco de prisão

Haddad, o DNA petista, os gravíssimos processos e o risco de prisão 


O candidato ungido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar a presidência da República, Fernando Haddad
, além de mero cumpridor das ordens oriundas da prisão, é detentor do DNA petista, o DNA da corrupção, tendo sido recentemente denunciado pelo Ministério Público de São Paulo pela prática dos crimes de Corrupção Passiva, Lavagem de Dinheiro e Formação de Quadrilha.
 Haddad denunciado mais uma vez por corrupção

Observem que contra Haddad a denúncia partiu do Ministério Público de São Paulo, e se refere a época em que foi prefeito da cidade. O eventual processo criminal será julgado pela Justiça Estadual. A Lava Jato vai atuar apenas nos problemas advindos de sua estada no Ministério da Educação, estes sim de competência da Justiça Federal de Curitiba.

Percebe-se que por onde o PT passa, fica o maldito rastro da corrupção, da distribuição de propina e das falcatruas.  Assim, caso não seja eleito presidente, o poste do ex-presidente Lula continuará sendo um cidadão comum, sem mandato e sem foro privilegiado, e desta forma, corre o seríssimo risco de ter o mesmo destino do meliante petista ora preso em Curitiba.

Saiba mais sobre os processos do Haddad, clicando aqui

Jornal da cidade Online 10/10/2018

A importância do Foro de São Paulo e da Ursal que Ciro Gomes, questionado no debate, disse nunca ter ouvido falar sobre o assunto tentando humilhar o cabo Daciolo. 

Cabo Daciolo questiona  Ciro Gomes sobre Foro de São Paulo e Ursal

O povo brasileiro acordou em tempo de salvar o país e os próprios dedos, que os anéis já lhe levaram 

O POVO BRASILEIRO ACORDOU

Não adiantou a enorme e persistente campanha para afastar os brasileiros das urnas. Poucas coisas são tão consensuais entre nós quanto a inconfiabilidade das eletrônicas em uso no país. Descrédito total! O solene depoimento de meia dúzia ou mais de ministros do STF e do TSE só agrava a situação. Quem confia nessas cortes? Pois mesmo assim, olhando de soslaio, com um pé atrás, os eleitores brasileiros foram às seções de votação no dia 7 de outubro. O pleito era sua bala de prata! Era a possibilidade de usar a minúscula fração de poder nas mãos de cada cidadão. Apenas nove horas, das 8 às 17. Mas durante esse curto espaço de tempo podia mandar quadrilheiros para casa e para a justiça, renovar o Congresso Nacional e evitar o retorno de criminosos aos locais dos crimes.

O jogo foi pesado. Havia na sociedade uma firme disposição de renovar o parlamento, suprimindo o foro privilegiado dos corruptos e despachando os coniventes e os omissos. Confrontados com essa notória intenção dos eleitores, os parlamentares avaliavam suas chances e muitos já buscavam alternativas pessoais longe do poder. Subitamente tudo mudou. Impulsionados pela oportunidade de ouro concedida pelo STF ao impedir o financiamento empresarial no modo como o fez, os parlamentares criaram o Fundão de Campanha com nosso dinheiro e o ratearam entre si. Em seguida, encurtaram todos os prazos, com o intuito de dificultar o trabalho dos novos postulantes. 

Para estes, apenas 45 dias de campanha, horário gratuito reduzido, publicidade dificultada e custeio por “vaquinha”. Enquanto os novatos corriam por uma pista cheia de obstáculos, os detentores de mandato colhiam os frutos da generosa distribuição de emendas parlamentares. A vida lhes voltou a sorrir e o céu de Brasília se fez novamente azul. O STF é bom e Deus existe, talvez dissessem blasfemando.

Quem haveria de imaginar que o povo, contra tudo e contra todos, saísse de casa, mandasse às favas a desconfiança nas urnas e levasse a cabo sua tarefa promovendo a maior renovação do Congresso Nacional em vinte anos? O bom povo brasileiro fez o que lhe correspondia. De cada quatro senadores que tentaram reeleição, três não conseguiram; das 54 vagas em disputa, 46 serão ocupadas com novos nomes! Na Câmara dos Deputados, dos 382 parlamentares que tentaram a reeleição, 142 foram destituídos de seus mandatos. A renovação atingiu mais da metade da Casa. O número de conservadores e liberais eleitos marca o que a imprensa militante qualificou como um inusitado giro à direita. Infelizmente, alguns inocentes foram descartados com a água desse banho.

É claro que esse giro se fez ao arrepio da grande imprensa. Nesta, viceja, cada vez mais forte, um rancor em relação às redes sociais. Acostumados a infundir suas convicções a um público dócil e cativo, muitos formadores de opinião viram o próprio poder se diluir, quase atomizar-se, na caótica democratização das redes sociais. Os grandes jornalões, as principais revistas semanais, a Vênus Platinada e os militantes globais do “progressismo” debochado e do esquerdismo anacrônico, em vão tentaram conter o sucesso eleitoral de Bolsonaro. Em vão queimaram o filme perante seu público. Em vão promoveram o presidiário. Em vão tentaram vender picolé de chuchu por chicabom. A nação, preferindo escolher o próprio caminho, recusou o buçal insistentemente apresentado.
O povo brasileiro acordou em tempo de salvar o país e os próprios dedos, que os anéis já lhe levaram.

Percival PugginaMembro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Leitura recomendada.

A Verdade Sufocada
 

 

terça-feira, 9 de outubro de 2018

PT vai descolar Haddad de Lula e deve reduzir visitas à PF em Curitiba

Comando da campanha aprovou fim de proposta sobre Constituinte para tentar atrair aliados

Depois de usar a vinculação com o ex-presidente Lula para transferir votos para o candidato Fernando Haddad , o PT vai trabalhar para descolar a imagem dos dois ao longo da campanha no segundo turno. Em entrevistas e no programa eleitoral serão destacadas a personalidade e características pessoais de Haddad. Até as visitas a Lula, que está preso na Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba, desde abril, podem ser revistas. Dentro da estratégia para o segundo turno, nesta segunda-feira, a coordenação da campanha aprovou mudanças no plano de governo para tentar atrair o apoio de Ciro Gomes(PDT).

O petista  já fez 15 visitas ao ex-presidente, cinco delas como candidato. A vinculação entre o presidenciável e o seu padrinho político foi a tônica da etapa inicial da eleição. Nas primeiras atividades de rua, Haddad chegou a citar o nome de Lula uma vez a cada 22 segundos . Também costumava se apresentar aos eleitores vestindo camisetas com o nome ou a imagem do ex-presidente.  – O Haddad chega no segundo muito como a substituição do Lula. Agora o Haddad do segundo turno é o Haddad – resumiu o senador eleito pela Bahia Jaques Wagner, que passou a integrar a coordenação da campanha nesta segunda-feira.

Na visita desta segunda-feira, o líder petista liberou Haddad e disse que ele não precisa se preocupar em encontrá-lo toda semana. A reunião teve momentos tensos, quando foram discutidas estratégias para a campanha.  Na noite de domingo, logo após a confirmação da passagem ao segundo turno, aliados de Haddad diziam ter esperança de que o candidato ganhasse o aval de Lula tanto para ter mais autonomia para se apresentar ao eleitor como para definir os rumos da campanha. Segundo Wagner, porém, não haverá uma desvinculação completa de Lula.  – Não vai descolar nunca. Tem um primeiro momento que foi o da transferência (de votos), que teve a gratidão ao que presidente (Lula) fez. Agora, ninguém vive só do que que foi. Numa eleição se vive fundamentalmente do que vai ser. É hora de o Haddad dizer o seu programa de governo.

Na segunda-feira, Haddad visitou Lula em Curitiba, mas, ao contrário do que vinha fazendo, não deu entrevista na frente da Polícia Federal. O PT reservou uma sala num hotel da capital paranaense para que ele falasse com os jornalistas. Ao ser indagada se as idas semanais a Curitiba continuarão no segundo turno, a  presidente do PT, Gleisi Hoffmann, eleita deputada federal pelo Paraná, respondeu:
– Não vemos problema nenhum em consultar (o Lula). Nem o Haddad vê. Vai depender muito da dinâmica da campanha. Temos agora menos de 20 dias (de campanha). Eu não sei qual vai ser o tempo, a disposição, as condições para que nosso candidato possa conversar com o ex-presidente. Se for possível, ele vai. Se não, vamos fazer campanha. Nós já temos a linha da campanha.

Desistência de nova Constituinte
Além de se descolar de Lula,  Haddad ainda viu a coordenação da campanha aprovar na segunda-feira a retirada de um dos pontos de programa de governo que, segundo aliados, não lhe agradava: a proposta de formulação de uma nova Constituinte. A mudança será usada como arma para atrair a adesão de Ciro Gomes no segundo turno. No final do primeiro turno, o candidato do PDT chamou a proposta de constituinte do PT de “violência institucional”.

 

 

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

PT sabe que Bolsonaro é favorito no segundo turno

  [É imperioso que este POST seja enviado a equipe do Bolsonaro e seja realmente seguido.

Ao nosso entendimento consideramos perfeito.]

Os brasileiros dedaram mudança na urna eletrônica. A disputa de segundo turno será entre Jair x Já Era. Com 49 milhões de votos (46%), Jair Bolsonaro (PSL) por pouco não venceu a eleição presidencial no primeiro turno. Seu adversário/inimigo será Fernando Haddad – o poste do Presodentro Lula. Embora tenha obtido 31 milhões de votos (29%), O PT registrou o pior desempenho desde 1998, quando Lula conquistou 31% dos votos válidos.



O Brasil saiu geograficamente dividido do pleito. Bolsonaro ganhou nas regiões Norte (exceto Pará), Centro Oeste, Sudeste e Sul. Haddad venceu, expressivamente, em todos os estados do Nordeste. A boa votação, no entanto, não esconde a gigantesca e consolidada rejeição ao petismo e afins, exceto entre os eleitores nordestinos. O antipetismo tende a ser derrotado novamente. Bolsonaro desponta como favorito para a loteria do segundo turno, no dia 28. Seu eleitorado é fiel e o voto útil contra o PT deve prevalecer.



No entanto, todo cuidado é pouco, porque a petelândia já conta com adesão quase natural de Ciro Gomes, Marina Silva e Guilherme Boulos. [a corja da esquerda, notadamente Ciro e Marina, mais os fracassados Alckmin, Meirelles e afins,  deveriam aproveitar a experiência do Boulos em organizar 'movimento' e fundar o MSV - Movimento dos Sem Votos.] Fernando Haddad vai nesta segunda-feira à cela improvisada da Polícia Federal, em Curitiba, para receber os parabéns e as orientações de seu chefão Luiz Inácio da Silva. Dificilmente, o PT conseguirá uma guinada ao “centro” para ampliar alianças. Bolsonaro tende a herdar alguns apoios. Os eleitores se dividirão, e muitos optarão pela anulação ou pelo voto útil anti-PT.



Bolsonaro é favorito. Só que precisa tomar alguns cuidados. Terá de aprimorar as articulações pessoais com os deputados e senadores eleitos, além de afinar os acordos com quem ainda tem mandato, voto e poder nos estados, sobretudo onde haverá segundo turno. Bolsonaro tem de evitar declarações zangadas e mal-humoradas. O “Mito” precisa adotar uma postura de líder da Nação e definir algumas propostas claras de governo que pode implantar imediatamente, sem necessidade de apelar ao Congresso Nacional. [é conveniente que Bolsonaro fique alerta e neutralize o 'fogo amigo' - uma boa ideia seria destacar o general Mourão para um périplo pelas embaixadas do Brasil na Europa, Ásia ou obter do general sua palavra de que permanecendo no Brasil guardará obsequioso silêncio.
O Paulo Guedes ontem, na manifestação de Bolsonaro, comportou-se como cabe a um possível futuro ministro - vale também para candidato a vice-presidente - em silêncio - de boca fechada não costuma sair inconveniências.]



Talvez não seja recomendável indicar quem serão seus nomes fortes para os ministérios que serão reduzidos. Melhor não gerar desgaste prévio para os indicados. Bolsonaro tem de avaliar, cuidadosamente, a participação em “debates”. O enfrentamento radical e raivoso interessa ao PT, não ao candidato do PSL. [o perda total ou partido das trevas = PT, entra em qualquer debate como derrotado, qualquer dano só atinge o que entra como vencedor = PSL = BOLSONARO.]  Bolsonaro tem de deixar claro e ressaltar que seu governo vai se pautar pela Austeridade, Transparência e Honestidade. Haddad não tem condição moral de prometer a mesma coisa...



Para Bolsonaro é fundamental uma campanha inteligente, sem agressões desnecessárias. O “Mito” deve recomendar a seus eleitores que não cometam o erro de compartilhar piadas ofensivas contra os nordestinos que não votaram nele e apoiaram o PT de modo consolidado, que não deve ser revertido no segundo turno. Mesmo que não tenha grande efeito eleitoral agora, Bolsonaro deve apresentar mais propostas para agradar os nordestinos.



É preciso repetir por 13 x 13: Bolsonaro não pode incorrer, em nenhum momento, em discursos de ódio, por mais que seja provocado pelos inimigos. Junto com o aliado Ciro Gomes, Fernando Haddad fará o diabo para colar em Bolsonaro o falso conceito de “candidato fascista”. Bolsonaro tem de insistir no compromisso do diálogo franco e aberto para a pacificação nacional.



Se não cometer deslizes idiotas e imperdoáveis, apesar da natural oposição midiática, sairá vencedor também no segundo turno. O óbvio ululante é não cair em armadilhas retóricas da decadente esquerda que já comprovou sua incompetência de gestão e abuso de corrupção para governar o Brasil. Enfim, novamente, Bolsonaro só perde a eleição para ele mesmo. A prioridade é cuidar da saúde, não deixar a vaidade subir à cabeça e não falar besteira. Bolsonaro tem de se mostrar um estadista pronto para substituir o Presidencialismo de coalizão pelo Presidencialismo de Conciliação – sem colisão.



Balanço final     


Os Institutos de pesquisa falharam feio e foram os grandes derrotados da eleição. As metodologias precisam ser revistas. Até porque os resultados (equivocados) têm poder de influência direta sobre a vontade do eleitorado. Os números (errados) induzem o voto.

Outro ponto negativo da eleição foi a  votação usando o sistema biométrico. Muitos equipamentos não conseguiram fazer a leitura da impressão digital dos eleitores. A falha atrasou a votação em muitos lugares.



Bacana do primeiro turno? Muita gente que se julgava previamente eleita entrou pelo cano. A dedada foi cruel para alguns. Acontece que aquela sonhada super-renovação não ocorreu. Basta analisar a listagem dos eleitos nos Estados.


A bronca dos eleitores fez uma pequena limpeza. 

Transcrito da Edição Extra do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

sábado, 6 de outubro de 2018

O debate e o silêncio da lei - Míriam Leitão

Candidatos se submeteram ao contraditório, mas Bolsonaro deu entrevistas a escolhidos, ficando acima da lei, sob o silêncio do TSE

[esclarecimento inicial: Jair Bolsonaro, não faltou ao debate por escolha; faltou por determinação médica tendo em conta seu deliciado estado de saúde, já que em curto espaço de tempo sofreu duas intervenções cirúrgicas de grande porte e que somadas aos ferimentos causados pela facada que sofreu (que causou danos,  queiramos ou não,  até mesmo superiores aos resultantes das duas cirurgias e em condições totalmente adversas das encontradas em um centro cirúrgico.)
Bolsonaro no debate seria submetido ao contraditório, mas, também submeteria os demais participantes ao mesmo processo contraditório - teria seis 'alvos' para confrontar.
A entrevista foi dentro do espaço de um jornal diário da TV Record, com pequena audiência e duração total de 25 minutos - teve que ser interrompida três vezes devido o estado de saúde do capitão exigir a intervenção de um enfermeiro.
Também a ausência, involuntária, de Bolsonaro ao debater ensejou que seus adversários, covardemente, o atacassem sem ele estar presente para exercer o direito de defesa.]

O debate da TV Globo teve embates isolados e uma grande anomalia, que o petista Luiz Dulci definiu numa rápida conversa comigo, “é uma polarização com um dos polos ausente”. Era isso, mas pior. O anormal da eleição ficou ainda maior porque Jair Bolsonaro, o líder das pesquisas, tem feito o que quer. A violência que ele sofreu não revogou as leis eleitorais, mas o TSE tem se mantido numa inquietante aquiescência. É preciso dar, principalmente na televisão, espaços equânimes aos candidatos. É o que diz a lei. Bolsonaro está acima da lei falando com quem bem entende, sem que certos veículos estendam aos outros candidatos o mesmo espaço. [quem faz o que quer, quando quer e como quer, é o condenado Lula da Silva, que mesmo estando encarcerado em uma sala-cela, transformou o local em comitê eleitoral e tudo com a leniência da Justiça Eleitoral.]
 
Os candidatos se submetiam ao contraditório, enquanto Bolsonaro falava para uma emissora na qual o chefe, o bispo Edir Macedo, já declarou seu voto nele. Esse é o centro da anomalia. Por isso as críticas de que ele “amarelou” fizeram sentido. [Edir Macedo é um cidadão, falou em seu nome e não no da emissora.] Ele certamente tem limitações físicas pela violência de que foi vítima, mas não pode usá-las para escolher apenas ambientes sob seu controle, enquanto os oponentes se expõem diariamente.  No debate, Marina perguntou se Fernando Haddad faria uma autocrítica. Ele não fez. Ciro construiu pontes com quem pôde. Haddad ressaltou o que pode ser elogiado nos governos petistas. Alvaro Dias provocou. Meirelles teve seu melhor momento quando saiu do econômico e criticou a ausência de Bolsonaro. Alckmin falou o de sempre, mas com mais ênfase em alguns momentos. Guilherme Boulos deu o tom certo da emergência vivida no país ao defender com sinceridade pungente o legado da democracia.

Todos juntos perderam tempo demais em escaramuças laterais, quando normalmente o que acontece em qualquer debate final antes do primeiro turno é escolher como alvo o líder das pesquisas. Sua ausência o protegeu em grande parte do tempo. O pior momento de Fernando Haddad foi tentar mais uma vez refazer a polarização PT x PSDB, que teve um envelhecimento súbito nesta eleição. Durante seis disputas presidenciais, essa foi a clivagem no país, mas desta vez a incapacidade de crescer de Geraldo Alckmin revogou esse padrão. Era para Haddad ter deixado claro que a briga era contra outro adversário, mesmo sendo criticado por vários ali.  Faz sentido gastar os parcos minutos de um debate para falar que a dívida pública cresceu no governo Fernando Henrique e caiu no governo Lula? Até porque a história que eu acompanhei muito bem como jornalista pode ser resumida assim: o endividamento cresceu no governo Fernando Henrique, mas em grande parte pelos velhos passivos que não estavam contabilizados, os esqueletos. Depois, no governo Lula porque ele manteve a política de superávits primários e adotou um ajuste fiscal nos primeiros anos. Voltou a subir no governo Dilma.
Mas o mais importante não era essa briga olhando o espelho retrovisor, mas o caminhão vindo na direção contrária. Fora daquele ambiente havia um candidato com 39% dos votos válidos, e uma campanha na qual exaltou torturadores, ditadura, exclusão e preconceito.

Ciro Gomes mostrou no debate que lutaria até o fim para ser a terceira via, e o ânimo na sua equipe estava alto, apesar da estagnação nos números da pesquisa que tinha acabado de ser divulgada. Nesta eleição em tudo insólita, a rejeição de Bolsonaro é de 45% e a de Haddad é de 40%. Um número avassalador de brasileiros rejeita um dos dois favoritos para o segundo turno. Por isso, foi o dia de construção de pontes.
— As palavras de Marina são sábias e eu as repetiria — disse Ciro.

Ela falara contra a polarização que dominou esta eleição e que acabou por transformá-la na pior disputa que Marina já participou. Ela, que nas duas últimas disputas cresceu muito em percentual de votos, desidratou em poucas semanas. Mas fez uma boa participação.  Geraldo Alckmin teve bons momentos, como quando defendeu a reforma trabalhista, lembrando que muitos dos 17 mil sindicatos viviam do imposto sindical. Depois de uma campanha em que declamou os mesmos argumentos, ele se permitiu sair um pouco do script. Houve momentos em que ele falou coisas sem sentido, como ressaltar que reduziu os impostos de “biscoito sem recheio”. Das críticas feitas a Jair Bolsonaro, nada soou mais forte, claro e direto, do que a bela defesa da democracia feita por Guilherme Boulos, do PSOL. Ele deu ao tema a dimensão que ele merecia ter. 

Merval Leitão - O Globo



sábado, 29 de setembro de 2018

Análise: Efeito teflon preserva votos Bolsonaristas



Embora mantenha seu apoio inabalável, deputado viu sua rejeição crescer fortemente

[apesar da vontade de parte da mídia, a urna eletrônica não tem tecla de rejeição e nos oito dias restantes Bolsonaro crescerá bastante.

O eleitor brasileiro não pode cometer o erro de devolver a chave do cofre aos que destruíram a Petrobras]

Em 2014, após ser alvo de intensa campanha de TV que associava sua proposta de independência do Banco Central à possibilidade de famílias ficarem sem ter o que comer, Marina Silva derreteu velozmente. Nas últimas semanas, Bolsonaro foi alvo de um intenso bombardeio dos adversários — e manteve-se inabalável do alto dos mesmos 28%, na liderança da corrida eleitoral.

A ampla campanha de artistas, brasileiras e internacionais, [a maioria desses artistas  foi famosa, em meados do século passado - seus integrantes, nos dias atuais,  vivem no esquecimento, no ostracismo, loucos para aparecer.]nas redes em torno do bordão #Elenão não impactou o eleitor que já havia escolhido o capitão reformado. Tampouco teve efeito sobre os eleitores do deputado a profusão de propagandas de Geraldo Alckmin alardeando a possibilidade de volta da CPMF e o risco de Fernando Haddad vencer Bolsonaro no segundo turno. 

Desqualificando moralmente os adversários e dizendo-se alvo de perseguição da imprensa, Bolsonaro parece ter conseguido desenvolver em seus eleitores o que no meio político se chama de “efeito teflon”: nenhuma informação negativa a seu respeito “cola” para quem já aderiu. Isso garante a Bolsonaro sua presença no segundo turno.  O problema do capitão reformado hoje está nos cerca de dois terços dos eleitores que não aderiram à sua campanha. Os números divulgados pelo Datafolha nesta sexta-feira praticamente repetem os que já haviam aparecido na pesquisa Ibope do início da semana. 

A notícia mais relevante de ambas é que, embora mantenha seu apoio inabalável, Bolsonaro viu sua rejeição crescer fortemente, atingindo 46%. [uma soma boba, mas, que não pode ser ignorada: considerando que os 28% que apoiam o capitão permanece firme,  a tendencia é que parte dos indecisos se some - segundo a matéria dois terços dos eleitores - aos 28% que apoiam Bolsonaro e, por extensão, o melhor para o Brasil.
Assim, apesar da torcida contra, a tendencia de Bolsonaro é crescer nesta última semana de campanha.]  
 
As duas pesquisas também mostram que o capitão — que nesta sexta-feira disse que não reconheceria um resultado diferente da vitória — perde no segundo turno, fora da margem de erro, para Alckmin, Ciro Gomes e até para o petista Fernando Haddad. [a surpresa das eleições 2014 não pode ser esquecida.]

O ex-prefeito de São Paulo segue em rápido crescimento e ontem já tinha 22% das intenções de votos — o dobro de Ciro, que perdeu dois pontos, caindo para 11%, e quase empatou numericamente com Alckmin, que ganhou um e chegou a 10%. [parte da imprensa que apoia o poste laranja do presidiário Lula, jamais pensou que em 2016 o laranja perderia para o Doria no primeiro turno.]
 
Mantido o ritmo atual, não é improvável que Haddad saia do primeiro turno numericamente à frente de Bolsonaro. Só que com o crescimento da intenção de votos no petista, aumenta também sua rejeição, que já atinge 32%.  O segundo turno que se anuncia tende a ser uma disputa entre dois campos que inspiram mais rejeição que confiança. Dele, não sairá um vencedor, mas um sobrevivente. Ao que tudo indica, parte significativa da sociedade será obrigada a escolher alguém que não gosta para impedir outro, que ela desgosta ainda mais, de ganhar.  [considerando a herança maldita que o PT deixou para o Brasil e a fragorosa derrota do laranja Haddad em 2016, ainda no primeiro turno, fica claro de quem parte significativa da sociedade desgosta ainda mais.]