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sábado, 9 de dezembro de 2017

Trump enlouqueceu de vez - Reconhecer Jerusalém como capital de Israel coloca o Oriente Médio em pé de guerra

A guerra de Trump

Ao ignorar aliados e anunciar a mudança da embaixada americana para Jerusalém — em um reconhecimento inédito da cidade sagrada como capital de Israel — o presidente dos EUA provoca a ira de palestinos, inviabiliza negociações de paz e coloca em risco os próprios cidadãos de seu país

[com o 'heroísmo habitual' a Força Aérea de Israel já iniciou o  bombardeio da Faixa de Gaza - usa aviões a jato de última geração para matar civis palestinos armados com pedras.] 

 REAÇÃO Manifestantes palestinos atacam forças israelenses na Cisjordânia, na sexta-feira 8: dias de fúria contra os EUA (Crédito: AFP photo / Hazem Bader)
Enquanto os palestinos usam estilingues, o poderoso exército hebreu usa tanques, aviões e soldados com armamento pesado

Dias de fúria como há tempos não se via no Oriente Médio. Desde a quinta-feira 7, conflitos entre palestinos e israelenses avançaram pelas ruas de Belém e Ramala, na Cisjordânia, deixando ao menos 50 pessoas feridas. Na sexta-feira 8, um palestino foi morto a pauladas. Dois foguetes foram disparados da Faixa de Gaza em direção a Israel, que reagiu com disparos efetuados por pelo menos um avião e um tanque de guerra.

O movimento islâmico Hamas convocou uma “nova intifada” — a insurreição palestina contra a expansão territorial promovida pelo governo israelense — prevista para durar três dias, começando na sexta-feira 8. O grupo xiita Hezbollah anunciou uma onda de protestos no Líbano. Jerusalém entrou em estado de emergência. Houve marchas ruidosas também em países islâmicos como Malásia e Indonésia, ambos na Ásia. Foram essas as primeiras reações à irresponsável decisão de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel. 

 Beijo da Morte -  BAIXA O palestino Mahmud al-Misri, morto por israelenses: volência pode sair de controle (Crédito:Ali Jadallah)

Na quarta-feira 6, Trump determinou que o Departamento de Estado dos EUA inicie a transferência da embaixada americana de Tel Aviv para a cidade que judeus, cristãos e muçulmanos têm como sagrada — e que os palestinos reivindicam como sede de seu Estado próprio. O anúncio de Trump tem complicações políticas e religiosas de dimensão ainda incerta. É como se ele tivesse, deliberadamente, dado motivos para iniciar uma guerra na região. O difícil é entender suas motivações.

“Não está claro como isso ajuda a política americana no Oriente Médio e nem mesmo do ponto de vista doméstico”, diz Carlos Gustavo Poggio Teixeira, coordenador do curso de Relações Internacionais da PUC-SP. “Essa é mais uma das ações do presidente americano que servem para energizar a sua base política, sem muitos ganhos além disso”, afirma. Ainda que o Congresso dos Estados Unidos tenha aprovado o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel em 1955, a aplicação da lei vinha sendo adiada nas últimas décadas por motivos de segurança nacional. Em junho, Trump também preferiu adiar a aplicação da lei por mais seis meses. Na semana passada, decidiu agir: “Meu anúncio marca o começo de uma nova abordagem no conflito entre Israel e palestinos”, disse Trump.
Foi graças a uma manobra regimental que Osvaldo Aranha, um brasileiro que presidiu parte da sessão da ONU e abandonou a imparcialidade exigida de um presidente, manobrou com o regimento da ONU, ganhou tempo e possibilitou a criação do Estado de Israel

Em 1947, o diplomata brasileiro Osvaldo Aranha (1894-1960) presidiu a II Assembleia Geral das Nações Unidas, que sancionou o plano de partilha da Palestina, que previa a criação de duas nações independentes (uma árabe e outra judaica), além da internacionalização de Jerusalém sob o comando da ONU. Demonstrando talento para a articulação política, Osvaldo Aranha soube lidar com o regimento da ONU para ganhar tempo e garantir que 25 países votassem a favor da resolução (houve 13 votos contra, 17 abstenções e duas ausências). Os Estados Unidos e a União Soviética foram favoráveis. O resultado abriu caminho para a criação do Estado de Israel, proclamada em 1948 pelo líder sionista David Ben-Gurion, que exerceu o cargo de primeiro-ministro até 1963 

(...)

Solo sagrado
Na Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel tomou quase 6 mil quilômetros quadrados da Cisjordânia, de Jerusalém Oriental e mais de 20 aldeias ao leste, além das Colinas de Golã, da Síria, o Monte Sinai e Faixa de Gaza do Egito. Israel considera Jerusalém como sua capital “eterna e indivisível”, mas os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado. Para os judeus, é a cidade fundada pelo rei Davi e é o local onde foi construído um templo para guardar a Arca da Aliança, onde se encontram as tábuas dos Dez Mandamentos. Já para os muçulmanos, é onde o profeta Maomé ascendeu aos céus. Para os cristãos, foi em Jerusalém que Jesus foi crucificado, morto e sepultado. É possível na Cidade Velha, peregrinar pelas 14 estações em que se acredita que Jesus passou carregando a cruz até a Igreja do Santo Sepulcro, assim como visitar a mesquita de Al-Asqa, ver a Cúpula da Rocha e depositar votos de fé no Muro das Lamentações, que é parte do Templo de Jerusalém erguido pelo rei Herodes. Para o Ismail Haniyeh, do Hamas, a decisão de Trump “não mudará os fatos da história e da geografia”, mas ele alerta que o presidente dos EUA abriu “os portões do inferno para os interesses americanos na região”.

 MATÉRIA COMPLETA em IstoÉ


quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Palestinos denunciam projeto israelense de ‘anexação’

A liderança palestina denunciou o projeto do governo de Israel de colocar os assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada sob a jurisdição de Jerusalém, numa iniciativa vista como uma “anexação” e um passo adiante para “o fim de uma solução de dois Estados”.

Yoav Kisch, um membro do Likud do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, disse na quarta-feira que uma comissão do governo aprovaria no domingo um texto chamado “Lei sobre a grande Jerusalém”.  O projeto de lei colocaria sob a jurisdição do município israelense de Jerusalém os blocos de assentamentos ao sul e a leste da cidade, na Cisjordânia, um território palestino ocupado pelo exército israelense há 50 anos.

[Israel já foi fundada em território pertencente aos palestinos - com o aval da ONU, graças a um voto errado de um brasileiro que presidia a ONU.
Na década de 60 Israel, usando força militar, invadiu mais territórios palestinos.
Na sequência, passou a construir colônias de judeus  em território palestino ocupado pelo exército de Israel.] 
 
Se a comissão, formada por ministros, adotar o projeto, abrirá o caminho para um debate no Parlamento. Hanan Ashraui, líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), bem como a organização anti-colonização Paz Agora, denunciaram uma “anexação” de fato de terras localizadas no território palestino.

O projeto visa perpetuar a ocupação israelense, “legalizar a presença de colonos extremistas judeus em solo palestino e concluir” a separação entre Jerusalém Oriental, o lado palestino de Jerusalém, anexado por Israel e a Cisjordânia, afirmou Ashraui, na quarta-feira à noite em um comunicado. 

Os palestinos querem fazer de Jerusalém Oriental a capital do Estado que aspiram. “Isso representa o fim de uma solução de dois Estados”, acrescentou Ashraui.  Esta solução, referência da comunidade internacional para resolver o conflito israelense-palestino, parece cada vez mais distante, particularmente após a recusa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em comprometer-se a seu favor.

“Se adotada, esta lei será uma anexação de fato”, afirmou Paz Agora.  A adoção estenderia uma série de decisões israelenses a favor da colonização. Israel aprovou na semana passada a construção de 2.646 moradias para colonos na Cisjordânia ocupada e 176 no coração de um bairro palestino em Jerusalém Oriental na quarta-feira. A colonização, ilegal sob o direito internacional, é considerada pela comunidade internacional como um grande obstáculo para a paz.

Fonte: AFP
 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Terras roubadas - Lei israelense para colonos é contestada na Suprema Corte

Duas organizações de defesa dos direitos humanos entraram nesta quarta-feira com um primeiro recurso para anular a lei que permite que Israel se aproprie de centenas de hectares de terras na Cisjordânia ocupada.  A apresentação deste recurso ante a Suprema Corte israelense marca o início de uma fase capital para o futuro desta lei que pune palestinos e revolta a comunidade internacional.  “O Parlamento israelense não pode adotar uma lei que transgride os princípios constitucionais. Acreditamos que esta lei não é constitucional”, declarou Suhad Bishara, advogada de Adalah.

Esta ONG, que fornece assistência jurídica aos palestinos, recorreu junto ao Centro de Ajuda Legal e dos Direitos Humanos de Jerusalém (JLAC) à Suprema Corte.  Estas duas organizações representam 17 conselhos locais palestinos da Cisjordânia em cujas terras foram construídas colônias afetadas pela nova lei, segundo Bishara.  A lei adotada na segunda-feira permite que Israel desaproprie, mediante compensação, proprietários palestinos de terras privadas situadas na Cisjordânia ocupada e na qual colonos israelenses construíram sem a autorização oficial israelense.

Além disso, o novo texto busca legalizar as chamadas colônias selvagens”, ou seja, não reconhecidas pelo direito israelense, e evitar sua demolição por decisão judicial.  Os palestinos e os defensores da causa denunciaram uma lei que legaliza o roubo das terras.  Pouco depois da adoção da lei, os palestinos pediram de imediato à comunidade internacional que sancione Israel. 

O presidente palestino, Mahmud Abbas, disse que esta lei é uma “agressão contra nosso povo”. “Esta lei vai contra o direito internacional”, acrescentou.  A falta de reação americana contrasta com a onda de indignação, e também com as críticas à colonização que caracterizava a política da administração de Barack Obama. O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, no entanto, “lamentou profundamente” sua aprovação. “Esta lei é uma contravenção da lei internacional e terá amplas consequências legais para Israel”, expressou em um comunicado.

Segundo seus promotores, esta lei protegerá os colonos de expulsões como as da semana passada na colônia “selvagem” de Amona.  A lei também poderia legalizar 53 colônias consideradas até agora como “selvagens” e expropriar um mínimo de 800 hectares de terras palestinas, segundo a organização Paz Agora.  Grande parte da comunidade internacional considera as colônias um obstáculo para alcançar a paz no conflito israelense-palestino.

Mas muitos defensores dos colonos acreditam que estas terras pertencem a Israel desde os tempos bíblicos, independentemente do que é dito pelos juízes israelenses, os palestinos ou pela comunidade internacional. Trata-se da primeira vez que Israel aplica sua lei civil na Cisjordânia, não apenas a indivíduos como também a terras reconhecidas como palestinas, explica o professor de Direito Amichai Cohen. O procurador-geral israelense Aviachai Mandelblit advertiu o governo de que o texto provavelmente será recusado pelo Supremo Tribunal e poderia ser seguido pelo Tribunal Penal Internacional.

Fonte: Revista Isto É

 


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Trump se corrige, assume postura correta em relação aos ilegais assentamentos palestinos na Cisjordânia e declara: tais assentamentos atrapalham o processo de paz

Casa Branca afirmou na quinta-feira (2/2) que ainda não adotou uma postura oficial frente à construção de novas colônias israelenses na Cisjordânia ocupada, mas sugeriu que as mesmas intensificariam o conflito entre israelenses e palestinos

"Embora não acreditemos que a existência de assentamentos seja um impedimento para a paz, a construção de novos assentamentos, ou a expansão dos existentes além de suas fronteiras atuais, não seriam de ajuda" para alcançar esse objetivo, declarou o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.

A declaração marca um distanciamento da postura prévia do presidente Donald Trump, que defendeu a construção de moradias por parte de Israel. Recentemente, o governo israelense divulgou seus planos para erguer 3.000 casas no leste da Cisjordânia, o quarto anúncio desse tipo desde que Trump assumiu o poder, em 20 de janeiro.

Os especialistas argumentam que as novas construções ameaçam uma solução entre os dois Estados - um palestino e outro israelense. [as construções realizadas por Israel em território palestino atrapalham o processo de paz e contribuem decisivamente para que a ocupação ilegal e criminosa por Israel do território palestino permaneça.
Trump certamente adotará medidas que impedirão a continuidade por Israel da ocupação criminosa.]

Os assentamentos na Cisjordânia ocupada e no leste de Jerusalém são considerados ilegais sob a lei internacional e um obstáculo para a paz, já que são territórios onde os palestinos esperam criar seu Estado.
Mudança de discurso
Antes de ser eleito, Trump criticou o governo Obama por não vetar a decisão do Conselho de Segurança da ONU de condenar os assentamentos. Em dezembro passado, o órgão exigiu que Israel parasse de construir novas colônias em territórios palestinos ocupados, incluindo Jerusalém Oriental. O argumento é de que os assentamentos "colocam em risco a viabilidade da solução de dois Estados".


Informações de:
O Globo e  Correio Braziliense

 


sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Verdades sobre israelenses e palestinos

Muitos nos EUA acreditam que há uma possibilidade de se ter um Estado palestino genuinamente independente

Foi emocionante ouvir o discurso do secretário de Estado americano, John Kerry, no dia 28 de dezembro, quando ele disse muitas verdades sobre a necessidade de uma solução de dois Estados para o problema palestino-israelense. Apesar da incapacidade da administração de Barack Obama de recomeçar as negociações de paz entre os dois lados, foi muito bom saber que muitos nos EUA ainda acreditam que haja uma possibilidade de se ter um Estado palestino genuinamente independente e em paz com Israel.

Infelizmente, não posso dizer a mesma coisa de Israel, onde os da direita e extrema-direita estão no comando do governo de Benjamin Netanyahu. Para eles, os territórios ocupados da Cisjordânia e Gaza são territórios judeus que nunca serão dos palestinos. Esse roubo de terras palestinas, metaforicamente e na vida real com os assentamentos judaicos, não é nada novo. Somente tirou a possibilidade de termos dois Estados independentes um a Palestina; o outro, Israel. Israelenses parecem aceitar este meio-termo de serem ocupantes da Cisjordânia, com seus colonos desfrutando de rodovias excelentes somente para seu uso, e barreiras de separação para deixar os palestinos longe do seu dia a dia.

Israelenses mais moderados e de esquerda têm se preocupado por anos com o que a ocupação e subjugação dos palestinos poderia fazer para a democracia israelense. E eles estão vendo os resultados por décadas: manifestantes palestinos mortos ou presos por soldados israelenses; pontos de verificação militares onde palestinos são obrigados a esperar em filas horas a fio, e são humilhados pelos soldados israelenses, somente para entrar em Israel para trabalhar ou voltar para a Cisjordânia. Isso sem falar nos ataques frustrados de palestinos contra soldados israelenses.

É claro que israelenses têm o direito de se defender de ataques vindos de palestinos. O problema não é esse. O problema é que, quase 69 anos depois da formação de Israel, os palestinos continuam sem ter um país próprio e são maltratados e mortos pelos israelenses. Parece-me que palestinos são vistos como uma fonte de mão de obra barata pelos israelenses, da mesma forma que os latinos são explorados nos EUA. Só que com uma diferença muito grande: os latinos têm uma chance grande de se tornarem cidadãos americanos, enquanto os palestinos nunca vão ser israelenses. Não sei como israelenses em sã consciência podem justificar uma ocupação do território palestino por quase 70 anos.

E a desgastada justificativa para continuar a ocupação — de que Israel está rodeada de inimigos árabes hoje soa mais fraca do que nunca. Israel já tem acordos de paz com o Egito e a Jordânia. E tem relações camufladas com quase todos os países do Golfo. 

Em julho do ano passado, uma delegação não oficial saudita de empresários e acadêmicos visitou Israel pela primeira vez, liderada pelo ex-general saudita Anwar Eshki. O grupo se encontrou com membros do Knesset e visitou o presidente palestino Mahmoud Abbas em Ramallah. Israel e os países do Golfo têm achado muitos pontos em comum, especialmente em resistir e tentar reverter a expansão da influência iraniana no mundo árabe.

Os países árabes lançaram a Iniciativa de Paz Árabe em 2002, em que todos reconheceriam o Estado de Israel, mas somente se os israelenses se retirassem de todos os territórios ocupados e de Jerusalém Oriental, e aceitassem um acordo justo para o problema de refugiados palestinos. O governo de Ariel Sharon rejeitou a ideia, mas políticos israelenses como Ehud Olmert e até Netanhayu disseram que, em linhas gerais, apoiavam a iniciativa.

Um dos maiores opositores de um Estado palestino na Cisjordânia e Gaza é o atual ministro da Educação israelense, Naftali Bennett, líder do partido ultranacionalista Bait Yahudi. [ultranacionalismo que defende a nação que está instalada em território roubado dos legítimos donos: os palestinos. Que ultranacionalismo é este, cuja nação se beneficia do produto de um roubo?]  Ele disse numa entrevista recente ao jornal “Washington Post” que quer um Estado palestino na pequena Faixa de Gaza, e somente autonomia para a maior parte dos palestinos que vivem na Cisjordânia. E quer efetivamente anexar os assentamentos israelenses na Cisjordânia, um ato que transgrediria várias resoluções das Nações Unidas. Isso para mim somente manteria a ocupação, porque a Faixa de Gaza é muito pequena e não poderia sobreviver sozinha.

Um Estado palestino independente na Cisjordânia e em Gaza, com Jerusalém Oriental como a sua capital, é o que todos os palestinos e árabes querem. Se tivessem isso, e os palestinos não vivessem embaixo da opressão israelita, os ataques contra israelenses cairiam dramaticamente. Talvez a ênfase nas negociações de paz entre Israel e os palestinos tenha sido demasiadamente centrada nos governantes dos dois lados, e não nos povos em si.

 Infelizmente, são as declarações bombásticas destes governantes que ganham as manchetes e envenenam a atmosfera de todos. O presidente eleito Donald Trump disse que vai nomear o linha-dura David Friedman para embaixador americano em Israel. Friedman já disse que Jerusalém é a capital indivisa de Israel para sempre, e classificou os judeus americanos progressistas como piores que os nazistas por defenderem uma solução de dois Estados para o conflito israelense-palestino.

Não podemos esperar mais 70 anos para termos uma Palestina livre e independente. E israelenses não podem continuar uma ocupação brutal, que põe em xeque o caráter democrata e progressista da nação, que foi o ideal dos seus fundadores.


Por: Rasheed Abou-Alsamh,  jornalista - O Globo

quinta-feira, 28 de julho de 2016

O ISIS chega a Gaza


Informes indicam que, nos últimos anos, um número cada vez maior de milicianos do Hamas fugiu da Faixa de Gaza para se juntar ao ISIS no Sinai, na Síria e no Iraque. 

Na foto acima: imagem de agosto de 2014 de terroristas do Estado Islâmico no Sinai (naquela época conhecido como Ansar Bayt al-Maqdis), se preparando para decapitar quatro egípcios acusados de espionarem a favor de Israel.

Hamas nega hesitantemente. Não obstante, crescem os indícios de que o movimento islamista, baseado na Faixa de Gaza, continua cooperando com outros grupos terroristas jihadistas filiados ao Estado Islâmico (ISIS), especialmente aqueles que operam, nos últimos anos, na península egípcia do Sinai.

Esta cooperação, de acordo com fontes de segurança da Autoridade Palestina, é a principal razão por trás das atuais tensões entre as autoridades egípcias e o Hamas. Essas tensões levaram os egípcios a manterem o posto de fronteira de Rafah fechado desde 2013, encurralando milhares de palestinos dentro da Faixa de Gaza. Em 2015 os egípcios abriram o posto fronteiriço de Rafah por 21 dias para permitirem que casos de necessidade de ajuda humanitária e que estrangeiros pudessem sair ou entrar na Faixa de Gaza.

No corrente ano, até agora, o posto de Rafah ficou aberto num total de 28 dias. Fontes na Faixa de Gaza salientam que há cerca de 30.000 casos de necessidade de ajuda humanitária que precisam atravessar imediatamente a fronteira. Estão incluídos aí dezenas de estudantes universitários que ainda não conseguiram voltar para suas universidades no exterior e aproximadamente 4.000 pacientes que necessitam de tratamento médico urgente. Surpreendentemente, na semana passada os egípcios abriram o posto fronteiriço de Rafah por cinco dias seguidos, permitindo que mais de 4.500 palestinos saíssem e entrassem na Faixa de Gaza. O gesto incomum veio na véspera da festa muçulmana de Eid al-Fitr. Contudo, o posto foi fechado novamente quando do início da festa em 6 de julho.

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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Invasão de israelenses antecede apropriação ilegítima pelo estado hebreu de terras palestinas



 Dezenas de israelenses se instalam sem permissão em prédios na Cisjordânia - Colonos alegam ter comprado imóveis semanas antes. Medida provocou confrontos com palestinos
Dezenas de colonos israelenses entraram em dois prédios vazios na cidade de Hebron nesta quinta-feira, alegando que compraram os imóveis na Cidade Antiga, perto do Túmulo dos Patriarcas. A iniciativa, que pegou de surpresa as autoridades, provocou confrontos com palestinos. A medida pode aumentar ainda mais a tensão na região, no mesmo dia em que Israel confirmou que planeja se apropriar de uma grande faixa de terra fértil na Cisjordânia ocupada. 

Logo após chegarem ao local, os israelenses sem a permissão necessária para residir na área hastearam uma bandeira do país no topo do prédio, informou uma TV palestina. A polícia ainda tentou intervir, mas quando foi chamada, os colonos já estavam instalados e haviam levado roupas e itens domésticos para os apartamentos. O grupo argumenta que comprou as residências de palestinos semanas antes. 

Ao ver a cena, palestinos moradores de Hebron entraram em confronto com os israelenses. Agora, o ministro de Defesa Moshe Ya'alon vai decidir se os colonos poderão permanecer. Também nesta quinta-feira Israel confirmou que planeja se apropriar de uma grande faixa de terra fértil na Cisjordânia ocupada, uma área próxima à Jordânia, numa medida que deve agravar as tensões com seus aliados ocidentais e já condenada pela comunidade internacional. Na prática, parte da terra já está sendo explorada por agricultores israelenses, segundo a imprensa local. 

Segundo um órgão do Ministério da Defesa israelense, a decisão política de tomar o território já foi tomada e o processo está no último estágio. “Em conformidade com uma decisão tomada no (...) âmbito político, estamos na fase final para que essas terras sejam declaradas do Estado”, afirmou o COGAT, um órgão do Ministério da Defesa encarregado de coordenar as atividades israelenses nos territórios palestinos ocupados.

A apropriação, noticiada pela primeira vez pela Rádio do Exército de Israel, cobre 154 hectares de terra no vale do Jordão, perto de Jericó, uma área na qual Israel já possui muitas fazendas de assentamentos montados em território que o palestinos buscam incorporar a um Estado próprio. 

Fonte: O Globo


sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Os muros do Oriente Médio e do Norte da África que ‘’ninguém’’ conhece



Longo muro de 2.700 km que separa o Marrocos da frente separatista Polisário no Saara Ocidental. Foto: Divulgação.

Israel é o único país no mundo que tem sido condenado por construir uma barreira de segurança para proteger seus cidadãos
. [A condenação a Israel procede já que ele está estabelecido em território que não é seu e muitas das  áreas que cerca não lhe pertence -  foram invadidas pelo exército israelense que usando da força tornou ‘seu’ o que espoliou dos mais fracos.
Já os países mencionados adiante, construíram muros para proteger SEUS territórios – nenhum deles invadiu território alheio a pretexto de estabelecer colônias e usar os muros para impedir o legítimo acesso dos ocupantes originais e legítimos.] Enquanto isso, vários outros países, muitos deles no Oriente Médio e Norte da África, constroem barreiras para se proteger de imigrantes ilegais, terroristas e inimigos. E ninguém dá bola...
Israel começou a construir a barreira de segurança na fronteira com a Cisjordânia somente em 2003 (o Estado judeu foi fundado em 1948), depois que mais de 700 israelenses foram mortos em ataques terroristas a partir do início da Segunda Intifada, em setembro de 2000. Até dezembro de 2005, 1.100 israelenses foram mortos. Após a construção, o número de ataques e mortes dentro de Israel originários da Cisjordânia foi reduzido a quase zero
Já a Arábia Saudita construiu uma barreira de mais de 100 km ao longo da fronteira com o Iêmen, para deter o contrabando de armas, e uma cerca de 800 km ao longo de sua fronteira com o Iraque, para se proteger dos terroristas do Estado Islâmico. Para não ficar atrás, a Turquia construiu uma barreira na fronteira com a Síria, em área que os sírios reivindicam como sua. Em  2015, os turcos resolveram fortalecer ainda mais sua proteção na fronteira com a Síria, após um atentado suicida, com a construção de um muro de 800 km.
A Tunísia, que não é boba, começou a construir um muro na fronteira com a Líbia, para tentar controlar o contrabando e a infiltração de jihadistas, após o massacre que matou há poucos meses 38 turistas estrangeiros, cuja autoria foi assumida por terroristas do Estado Islâmico. Até mesmo o Estado Islâmico constrói barreiras para defender seu território no Iraque e impedir as pessoas de escaparem do seu jugo.
Três décadas antes de tudo isso, o Marrocos construiu o maior e mais antigo muro, com 2.700 km de extensão, para separar as zonas do Saara Ocidental controladas por ele e pela frente separatista Polisário, em conflito de mais de 30 anos que deixou cerca de 100 mil refugiados. Em 2014, o país mostrou que muro é com ele mesmo e começou a construção de um novo, ao longo de sua fronteira com a Argélia.
Isso sem falar no muro "vovô" construído no longínquo ano de 1974, para separar gregos e turcos na ilha de Chipre.  No entanto, apenas a barreira de segurança de Israel tem sido alvo de condenação da ONU. Pode, Ban Ki-moon?


Ler na íntegra em Mídia Sem Máscara