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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Buscar entendimento? Sobre o quê? Com quem? - Percival Puggina

Em todos os pronunciamentos dos candidatos à presidência da Câmara dos Deputados, ouvi falar em “busca do entendimento”. Enquanto ouvia, lembrei-me de Churchill: “Quanto mais longe você conseguir olhar para trás, mais longe enxergará para frente”. E se o estudo da História para muito me tem servido, há bom lugar nesse conhecimento para a convicção de que com certos adversários não há conciliação possível. Novamente, nas palavras de Churchill: “Um apaziguador é alguém que alimenta um crocodilo esperando ser o último dos devorados”. Foi ele, pessoalmente, liderando seu povo, que livrou a humanidade do nazifascismo.

O que estou afirmando não é grito de guerra, mas fé inexorável na democracia, na livre escolha dos povos, na autonomia das nações, na liberdade e nos princípios e valores que a vida me mostrou terem validade comprovada. Quero, portanto, que, no regime democrático, esses valores sejam prevalentes, não sejam derrotados por adversários que transitam pelas páginas da história como os cavalos de Átila.

O discurso do entendimento serve como luva às mãos dos derrotados de 2018. Entre nós, seria o retorno ao ambiente político que vigeu durante mais de duas décadas no Brasil sem encontrar resistência. É fazer de conta que nada aconteceu. Para usar a expressão hoje na moda, é “passar pano”, mas em lixo nuclear!  Qual a vantagem de fazê-lo para “conciliar” com quem, fora do poder, faz oposição contando caixinhas de chiclete e latinhas de leite condensado? Valha-me Deus!  
 
Não pode haver entendimento entre tão diferentes visões de mundo, de pessoa humana, de liberdade, de sociedade, de valores, de princípios, de Estado, de funções de poder. Pergunto: não passaram ao controle dos ministérios da verdade (profetizados por George Orwell) e criados pelas Big Techs, as redes sociais que democratizavam a comunicação? 
Não notamos qualquer semelhança entre as orientações da Netflix e da Globo?  
Estamos satisfeitos com o que está sendo produzido, aqui, pelo sistema de ensino em geral e pelas nossas universidades em particular? Mil vezes não.

Portanto, a disputa política é disputa necessária, indispensável. Não por acaso, ocorre em todas as democracias do Ocidente. Recentemente foi assim nos Estados Unidos. Com diferentes qualidades de conteúdo, vem sendo assim em países como Itália, Espanha, Áustria, Portugal, Polônia, Hungria, República Tcheca, Finlândia, Letônia, Eslováquia, Bulgária. E Suécia, e Alemanha, e Chile. É uma percepção das democracias ocidentais.

Quem vê suas liberdades ameaçadas, suas opiniões censuradas no que já foi um espaço de liberdade, sua cultura sendo deliberadamente destruída, não cede poder para um entendimento impossível. No Brasil, isso representa o retorno ao período anterior a 2014, quando perdíamos por W.O.. Sequer comparecíamos à disputa.

Por fim, veja o que está acontecendo com a evasão para novas redes sociais que se anunciam como espaços de liberdade. Também isso é sinal dessa divisão que tem longa data e validade, cujo reflexo, em regime democrático, conduz à vitória eleitoral de um ou de outro lado. Pode ser que um dia, olhando para trás, aprendendo com o passado, vendo o mal feito e o bem conquistado, possamos, como Churchill, enxergar para frente. E formarmos consensos razoáveis. Divisão, contudo, sobre algo, ou em relação a alguém, sempre haverá.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.
 

domingo, 8 de setembro de 2019

Nas entrelinhas: O Rei e a Dama - Nas Entrelinhas

“Uma coisa é a expectativa de Bolsonaro quanto à atuação subalterna do novo procurador, outra poderá ser o seu comportamento efetivo no exercício do cargo

O presidente Jair Bolsonaro comparou o novo procurador-geral da República, cargo para o qual indicou o subprocurador-geral Augusto Aras, à dama no jogo de xadrez, cuja principal característica é a capacidade de se movimentar em todas as direções possíveis no tabuleiro, ou seja, na horizontal, vertical e diagonal, quantas casas estiverem disponíveis. Daí, pode-se concluir, espera que Aras seja o seu principal aliado na cena política do país. Bolsonaro, obviamente, não deixou por menos e se comparou ao Rei.

[ser surpreendido pelo indicado/nomeado é um risco inevitável a todos que tem o poder de indicar ou nomear ocupantes para funções vitalícias ou com mandato;
um dos exemplos que bem ilustram este comentário pode ser apontado no STF: 
- temos o ministro Lewandowski que se destaca pela previsibilidade dos seus votos - votando quase sempre de acordo com o esperado pelas partes;
- o ministro Toffoli algumas vezes vota conforme o esperado,em outras surpreende - caso inesquecível é o 'habeas corpus de ofício'.

merece destaque o grande conhecimento do articulista sobre o jogo de xadrez (jogo vedado aos lulopetistas pela capacidade intelectual que sua prática exige) ou é um mestre, um aficionado ou um teórico.]
A dama (ou rainha) é a peça mais poderosa no tabuleiro, de um total de 32, 16 brancas e 16 pretas, sendo que ambas as cores possuem ainda pares de torres, cavalos, bispos, 8 peões. Originariamente, não existia no xadrez; havia o vizir. A ascensão da dama como peça de maior valor relativo do xadrez coincidiu com o reinado de Isabel de Castela, protagonista da unificação da Espanha, ao lado do marido, Fernando de Aragão (a Netflix tem uma série romanesca intitulada Isabel, a Católica, que conta essa história). Outras rainhas poderosas, com a consolidação do absolutismo, ajudaram a consagrar a configuração do jogo que existe até hoje.

Dois outros fatores popularizaram o xadrez: a invenção do tipo móvel por Gutemberg, que permitiu a impressão e as traduções do livro de regras de Luiz Ramires de Lucena (Repetición de amores e arte del axedres); e a expulsão de cerca de duas mil famílias de judeus não convertidos da Espanha, por ordem de Isabel e Fernando de Aragão (Decreto de Allambra), no fim do século XV, que disseminaram o jogo pelas demais cidades europeias.

Iniciantes no xadrez costumam movimentar a sua dama com certa sofreguidão, na esperança de saquear as peças adversárias ou conseguir o xeque-mate com uma das jogadas mais clássicas e conhecidas do xadrez, o xeque pastor. Enxadristas mais experientes costumam se aproveitar dessa “espetada”, pois é fácil repelir o ataque solidário da dama. O defensor acaba ganhando tempo e espaço ao repelir esse ataque, que põe a dama em risco. É muito comum a troca de damas, para evitar que a peça seja utilizada ao final do jogo, quando realmente passa a ter uma vantagem estratégica decisiva por causa da sua grande mobilidade.

Outra coisa
O baiano Antônio Augusto Brandão de Aras, de 60 anos, é um especialista nas áreas de direito público e direito econômico. Ao compará-lo a uma dama, Bolsonaro revela uma intenção incompatível com as regras constitucionais vigentes: ter o controle da Procuradoria-Geral da República, que é um órgão independente do Executivo e demais Poderes. Essa intenção é corroborada pelo fato de que atropelou a listra tríplice eleita pelos procuradores, o que provocou grande desapontamento na instituição.

Aras faz parte de uma geração de procuradores que entrou na carreira do Ministério Público Federal (MPF) em 1987, antes da promulgação da Constituição Federal, e pôde optar por atuar no Ministério Público e manter suas atividades como advogado, o que é muito questionado. Integrantes do órgão que ingressaram na carreira após a Constituição não possuem esse direito. Ao se efetivar no cargo, porém, deverá devolver à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a carteira de advogado.

Doutor em direito constitucional pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2005); mestre em Direito Econômico pela Universidade Federal da Bahia (2000), Aras é professor da Universidade de Brasília (UnB) e atuou nas câmaras das áreas constitucional, penal, crimes econômicos e consumidor, o que levou Bolsonaro a definir seu perfil da seguinte maneira:Sem querer desmerecer ninguém, a gente buscou uma pessoa que fosse nota 7 em tudo, não nota 10 em algo e 2, em outra”.

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, diz o criativo provérbio popular. A indicação de Aras desnuda a tensão entre a ética das convicções e a ética da responsabilidade na democracia. Os políticos movem-se pela primeira, ou seja, por seus objetivos; a alta burocracia, pela segunda, ou seja, pela legitimidade dos meios. Por mais que Bolsonaro compare Aras a uma dama no seu jogo de xadrez, o novo procurador-geral da República tem prerrogativas constitucionais que são inerentes ao cargo e independem das vontades do presidente da República.

Sem dúvida, a assunção de Aras à Procuradoria-Geral da República é disruptiva em relação à força-tarefa da Operação Lava-Jato, que exercia uma espécie de tutela moral sobre a própria corporação e precisa ser contida nos eventuais  excessos. Entretanto, isso não significa que seja necessariamente disruptiva em relação ao equilíbrio entre os Poderes da República, embora Aras tenha atribuição de processar, se for o caso, os ministros do Supremo, os deputados e senadores e o próprio Presidente da República. Uma coisa é a expectativa de Bolsonaro quanto à atuação subalterna do novo procurador, outra poderá ser o seu comportamento efetivo no exercício do cargo, que, pela sua própria natureza, deve ser altivo e independente. É melhor esperar pra ver.

 Nas Entrelinhas  - Luiz Carlos Azedo - CB



segunda-feira, 28 de maio de 2018

Filho do governador do DF mostra galão cheio de combustível e brinca com situação


Ícaro Rollemberg publicou vídeo em rede social na sexta-feira, quando já faltava combustível nos postos. 'Intenção era fazer uma brincadeira com meus amigos', justificou.


Um dos filhos do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), brincou com a falta de combustíveis que afeta o país ao publicar um vídeo (veja acima) nas redes sociais enchendo o tanque de uma caminhonete e ainda um galão. 

Ícaro Rollemberg aparece em um posto e fala "tanque cheio, galão cheio e plano B". Nesse momento, as imagens mostram que ele carrega cavalos no reboque da caminhonete. O rapaz ainda diz "isso é que é ostentação, rapaz". 

A imagem foi compartilhada por várias pessoas que reclamam da falta de combustíveis provocada pela greve dos caminhoneiros em todo o país. Procurada pelo G1, a assessoria do governador Rollemberg não respondeu. Mas Ícaro usou as redes sociais para se desculpar.

Ícaro Rollemberg - O Ostentador, que debocha da população do DF

A imagem foi compartilhada por várias pessoas que reclamam da falta de combustíveis provocada pela greve dos caminhoneiros em todo o país. Procurada pelo G1, a assessoria do governador Rollemberg não respondeu. Mas Ícaro usou as redes sociais para se desculpar.

"Esclareço que abasteci com DIESEL COMUM (R$3,89 o litro) a caminho da fazenda no Estado de Goiás, onde não há dificuldade de achar esse tipo de combustível. A intenção era fazer uma brincadeira com meus amigos", escreveu ele.
"Reconheço que fui infeliz, considerando a situação que se encontra o país, e peço sinceras desculpas."
Nesta segunda-feira (28), Ícaro Rollemberg conversou com o G1 por telefone. Ele repetiu que abasteceu a caminhonete fora do DF. "Eu estava a caminho da fazenda, que fica no estado de Goiás, e lá é extremamente comum ter diesel. Meu carro é modelo 2010, então ainda aceita o diesel comum”, afirmou. 


Sobre a relação de pai e filho com o governador de Brasília, Ícaro negou que tenha sido privilegiado por esta condição. “Tenho uma vida completamente independente da política e do meu pai, talvez por isso a inocência. Trabalho com uma empresa privada e nunca dependi do meu pai pra nada.” 



O filho mais velho de Rollemberg disse ainda que o galão que aparece nas imagens foi levado para abastecer um trator da fazenda "que ficou parado no meio do pasto porque acabou o diesel”. Ele também voltou a afirmar que tudo não passou de uma brincadeira. 

[Ícaro, O Ostentador, filho do atual governador do DF, deveria aproveitar e ostentar o título de 'filho do pior governador';
Rollemberg é o pior governador que o DF já teve; 

- alguns fatos que provam a incompetência do governante:
- SAÚDE PÚBLICA do  DF, é um CAOS;
- SEGURANÇA PÚBLICA no DF - NÃO EXISTE;
- EDUCAÇÃO - PÉSSIMA;
- TRANSPORTE PÚBLICO - um DESASTRE.
- Trânsito = um CAOS - Águas Claras foi transformada em campo experimental do Detran-DF = palco de experiências fracassadas no trânsito.

- Além do acima apontado - fruto da incompetência do governador - o ilustre Rollemberg conseguiu acarretar para o DF o que segue:
- crise hídrica;
- desabamento de viaduto;
- terremoto e outros desastres naturais; inclusive essa propensão do atual governador em atrair para o DF desastres naturais nos deixa assustado com a possibilidade de um TSUNAMI no Lago Paranoá.]





quarta-feira, 16 de maio de 2018

A ordem é: fazer tudo que for necessário, inventar o que for preciso, para desmontar a candidatura do deputado federal (e militar) JAIR MESSIAS BOLSONARO





CRIME SEM CASTIGO - No governo Geisel, ditadura eliminou gente com injeção de matar cavalos


A ordem de Geisel e a injeção de matar cavalos




                                                   General Ernesto Geisel | Arquivo Google



José Montenegro de Lima, o Magrão, foi sequestrado pela ditadura em setembro de 1975. Os militares o levaram para um centro clandestino de torturas e o mataram com uma injeção de sacrificar cavalos. Seu corpo foi atirado num rio, contou um ex-agente da repressão.  Quatro décadas depois do crime, o Ministério Público Federal denunciou o coronel Audir Santos Maciel. Ex-chefe do DOI-Codi, ele foi acusado de homicídio e ocultação de cadáver. A Justiça rejeitou a ação sob o argumento de que o Supremo Tribunal Federal manteve a validade da Lei da Anistia em 2010.

Na semana passada, a procuradora-geral da República pediu à Corte que autorize a reabertura do caso. Três dias depois, o professor Matias Spektor descobriu o memorando da CIA que relata a ordem do general Ernesto Geisel para que o regime continuasse a exterminar opositores. O documento da espionagem americana ajuda a explicar a morte de Magrão. Ele foi uma das vítimas da Operação Radar, que dizimou militantes do Partido Comunista Brasileiro. A sigla era contrária à luta armada. Antes de ser capturado, o cearense de Itapipoca montava uma gráfica para imprimir o jornal “Voz Operária”.

No pedido de reabertura do processo, Raquel Dodge lembra que a Corte Interamericana de Direitos Humanos mandou o Brasil apurar e punir os crimes da ditadura. [sendo o Brasil uma Nação Soberana a ordem dessa tal Corte e nada são exatamente a mesma coisa;
parece que o Brasil em passado bem recente aderiu a uma 'convenção' da tal Corte e, por óbvio, as disposições de tal 'convenção' só se aplicam nos fatos ocorridos APÓS a tal adesão.] Ela sustenta que os responsáveis por torturas e desaparecimentos forçados não podem ser protegidos do braço da Justiça. [sendo um ser pensante a doutora Raquel pode pensar qualquer coisa e em função do que pensar sustentar qualquer posição.
Se ela tem argumentos para manter a sustentação, ótimo - use-os, apresente tais argumentos e o Poder Judiciário, no caso o Supremo Tribunal Federal, decidirá se o que ela sustenta é sustentável.]
 
A procuradora quer que o Supremo aproveite para rediscutir o alcance da Anistia. A última ação pela revisão da lei chegou ao tribunal em 2014, mas nunca foi a julgamento. Está parada no gabinete do ministro Luiz Fux. [uma série de coincidências elimina qualquer dúvida sobre os reais objetivos dessa campanha para difamar o Exército Brasileiro e tentar a revisão da Lei de Anistia - tudo com o objetivo de desmontar a candidatura Bolsonaro.
Só que todos atores dessa operação 'desmonte' esquecem que tudo que dizem ter acontecido precisa ser provado - tanto pelo fato de que o ônus da prova cabe a quem acusa quanto por o pretendido ser a revisão de uma Lei em vigor a quase 40 anos.
Vamos a algumas considerações:
- provas da veracidade do conteúdo do famoso 'memorando da CIA';
- provas de que o ex-agente da repressão fala a verdade em sua versão da morte do Magrão;
- decisão do Supremo Tribunal Federal revogando a Lei de Anistia - decisão cujos efeitos alcançam tanto os militares que combateram os comunistas, terroristas e subversivos quanto alcançam os comunistas, terroristas e subversivos que assassinaram civis inocentes e militares, também explodiram bombas, assaltaram, sequestraram e permanecem impunes (devido à Lei de Anistia) todos devidamente indenizados e recebem polpudas pensões.