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quinta-feira, 13 de abril de 2017

Um Amigo desses não tem preço e a alma pura de Lula foi demitida por 13 milhões de pixulecos

Quem transforma em palanque o túmulo da mulher deveria ser preso por assassinato do sentimento da vergonha

 O ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva concede entrevista coletiva sobre a denúncia do Ministério Público Federal contra ele e sua esposa Marisa Letícia por crimes de corrupção, em um hotel no centro de São Paulo - 15/09/2016 (Nelson Almeida/AFP)

Trecho do depoimento prestado por Marcelo Odebrecht ao juiz Sérgio Moro: “Aí a gente botou R$ 40 milhões no saldo Amigo que viriam para atender as demandas que viessem de Lula. Eu sei disso. O Lula nunca me pediu diretamente. Essa informação eu combinei via Palocci”. 

 Até ontem, o mais ativo camelô de empreiteira do planeta engolira 13 milhões de reais. A quantia já chegou a 40 milhões ─ e logo estará roçando a estratosfera. Um Amigo desses não tem preço.

E agora, como agirá o velho farsante? Confrontado com evidências e provas contundentes, o que Lula dirá no encontro com Sérgio Moro marcado para 3 de maio? Que nunca soube de nada? Que foi tapeado de novo pelo irrecuperável Antonio Palocci? Ou que a culpada por todas as bandalheiras foi Marisa Letícia? Viúvo recentíssimo, ele transformou em palanque o túmulo da mulher. Se optar pela violação do cadáver, apenas confirmará que é capaz de rigorosamente tudo para escapar da verdade e da cadeia.

Criaturas assim deveriam ser condenadas a 100 chibatadas diárias, em praça pública, pelo crime hediondo que acrescentaram ao prontuário de matar de inveja até chefão do PCC: assassinato do sentimento da vergonha.

O velho farsante está proibido de reprisar o repulsivo espetáculo do cinismo

Edson Arantes do Nascimento usa a terceira pessoa para referir-se a si próprio não por soberba, mas por humildade: ele sabe que merece ser tratada com reverência a incomparável entidade que habita seu corpo há mais de 60 anos. “O Pelé fez isso, o Pelé faria aquilo”, conjuga a terceira pessoa do singular esse mineiro de Três Corações escalado pelos deuses dos estádios para transformar-se no abrigo humano do maior gênio da bola de todos os tempos. Como todos os que viram o Atleta do Século jogar, Edson tem consciência de que Pelé não é coisa deste mundo. Tanto assim que, longe dos gramados desde 1977, continua instalado no trono do Rei do Futebol ─ e nele permanecerá por toda a eternidade.

Faz muito tempo que Luiz Inácio da Silva botou na cabeça que o maior dos governantes desde Tomé de Souza incorporou uma entidade do tamanho de Pelé. Não pode, portanto, caber num mofino “eu”. Depois da entrevista em que o marqueteiro João Santana anunciou que o PT tinha “um Pelé no banco”, pronto para entrar em campo tão logo terminasse o segundo mandato de Dilma Rousseff, o ex-presidente decidiu que Lula está para Luiz Inácio da Silva como Pelé para Edson Arantes do Nascimento. É uma singularíssima sumidade que, disfarçada de pernambucano de Garanhuns, foi enviada pela Divina Providência para que o país do Rei do Futebol fosse também o berço do Monarca da Política.

Neste domingo, o velho farsante reprisou o repulsivo espetáculo do cinismo: “Nunca antes neste país alguém foi tão perseguido quanto o Lula. Mas o Lula está acostumado com isso. Podem fazer de tudo que o Lula resiste. Estão investigando todo santo dia e não apareceu nenhuma prova contra o Lula”. Deu azar. Nesta terça-feira, num depoimento em Curitiba, Marcelo Odebrecht depositou no colo do Amigo 13 milhões de provas em dinheiro vivo. É só o começo da tempestade de pixulecos que vai desabar sobre a cabeça baldia do delinquente que ousa comparar-se a Pelé.

Não há semelhanças entre o eterno Rei do Futebol e o reizinho corrupto destronado por excesso de safadeza, cupidez e cafajestagem. Fora o resto.

 Fonte: Coluna do Augusto Nunes - VEJA


 

terça-feira, 4 de abril de 2017

Dilma ofende instituições ao falar que Odebrecht sofreu tortura e coação

A ex-presidente mais uma vez ofendeu as instituições do país. 


Na “Folha de S. Paulo”, Dilma Rousseff trata a colaboração de Marcelo Odebrecht como “delaçãozinha de uma pessoa que foi submetida a uma variante de tortura, minha filha. Ou melhor, de coação”. Na tentativa de diminuir as revelações sobre sua campanha de 2014, ela acaba por atacar a Procuradoria-Geral da República e o Tribunal Superior Eleitoral, como que acusando o ministro Herman Benjamin de torturar e coagir a testemunha a falar falsidades. De tudo o que disse Dilma, o que faz sentido é que a chapa é uma só, o que torna impossível separar os candidatos a presidente e a vice.

Na entrevista, bem conduzida por Mônica Bergamo, Dilma faz uma reconstrução dos fatos que não fica de pé. Ela conta que Marcelo Odebrecht não gostava dela desde a licitação da usina de Santo Antonio, em 2007. É preciso lembrar a história da obra. A ideia partiu da empreiteira, que fez os estudos e levou o projeto ao governo. Dilma era ministra. 

Técnicos apontavam problemas na obra, como a grande quantidade de resíduos na água que poderia reduzir a vida útil dos equipamentos. O governo desconsiderou esse e outros alertas, lutou pela obra. Na entrevista, Dilma disse que por atuação dela o preço ficou abaixo do que a Odebrecht queria, por isso Marcelo não a teria “perdoado”. Essa tese não se sustenta. A empresa ganhou a licitação e ainda financiou, oficialmente e de maneira clandestina, a campanha de Dilma em 2010 e em 2014.    

A argumentação da ex-presidente sobre a chapa faz sentido. É muito difícil separar Dilma Rousseff e Michel Temer no julgamento que começa nesta terça-feira no TSE. Tanto é que as duas defesas usam os mesmos argumentos no processo. Elas seguem linha idêntica ao tentar desqualificar os depoimentos de executivos da Odebrecht. Dilma e Temer têm o mesmo interesse na ação. A intenção dos dois é prolongar o julgamento. Assim, Dilma preserva sua elegibilidade e Temer poderia permanecer no cargo até 2018.


Fonte: Coluna da Míriam Leitão - O Globo 

Marcelo Odebrecht fez 'delaçãozinha' após sofrer coação, afirma Dilma 'trambique', a vigarista 'honrada'. Achou pouco...

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Filho de cogitado para o STF é engenheiro da Odebrecht

Fator pode ser decisivo na escolha de substituto para Teori Zavascki

Cogitado para a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal, o jurista Luís Felipe Salomão pode ter o nome rejeitado por causa do filho. Engenheiro naval com o mesmo nome do pai, ele trabalha na Odebrecht. 

Salomão deixou, inclusive, de atuar num processo envolvendo a empreiteira e o grupo Gradin, em 2013. Na época, declarou-se impedido para participar do julgamento. 

Atualização: o filho de Luís Felipe Salomão tem 26 anos e trabalha na ICN, empresa em que a Odebrecht tem participação acionária. Salomão já julgou diversos casos da Odebrecht em que não houve suspeição. Na situação mencionada, preferiu se abster porque o filho havia sido aprovado naquela semana em um concurso de trainees da empresa.

Abaixo um texto de Salomão explicando o impedimento:
“Meu impedimento para o caso da 4 Turma (dos Gradin) ocorreu apenas no momento em que ele estava sendo contratado, pois era estagiário na empresa.
Depois disso, julguei várias questões envolvendo diretamente a Odebrecht e nunca houve suspeição.
Não conheço, nunca falei  nem nunca vi nenhum diretor da Odebrecht.
Com mais razão, na questão penal, não envolve a empresa, mas as pessoas dos diretores.
Inclusive, prossigo com a relatoria da LJ na Corte Especial do STJ, e nunca houve nenhum problema.
Portanto, seja do ponto de vista legal, moral ou ético, não há qualquer impedimento ou suspeição”.

[se o fato de um candidato a ministro do STF ter um filho funcionário da Autodeboche - a empresa-mãe do Petrolão - não gerar suspeição o que gera? talvez ser ministro do STF e advogado do Marcelo Odebrecht.Presidente Temer, lembre-se do Geddel.
Já o ministro Ives Gandra tem reputação ilibada e notório saber jurídico e não pesa sobre ele nenhuma suspeição.]

Fonte: Revista VEJA

 

domingo, 11 de dezembro de 2016

Delação de Marcelo Odebrecht envolve Dilma da Lava-Jato - Dilma Rousseff mandou Odebrecht pagar R$ 4 milhões a Gleisi Hoffmann

A pedido de Dilma, Odebrecht pagou R$ 4 milhões a Gleisi

Em depoimento, Marcelo Odebrecht disse que fornecerá a Lava Jato detalhes de como repassou a quantia milionária para saldar dívidas de campanha de Gleisi Hoffmann em 2014. O recurso, transferido a mando da ex-presidente, não foi declarado e saiu do setor de propinas da empresa 

[mais uma prova do envolvimento da escarrada ex-presidente Dilma Rousseff com a roubalheira do PT x Odebrecht: ao autorizar pagamento com dinheiro do propinoduto Dilma mostrou de forma incontestável que além de saber de toda a  roubalheira, tinha comando sobre como o produto da corrupção seria usado.
A delação do chefão da Odebrecht que Dilma é tão 'honesta' quanto o Lula.]

Na última semana, Marcelo Odebrecht deu início aos tão aguardados depoimentos à Procuradoria-Geral da República. Acompanhados dos advogados do empresário, homem-chave da chamada mãe de todas as delações, três procuradores tomaram as confissões detalhadas do empreiteiro na sede da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, onde ele está preso há um ano e seis meses. Lá, Marcelo começou a esmiuçar as histórias que se comprometeu a contar nos anexos assinados com a PGR, na sexta-feira 2. 

Dentre elas, a denúncia, antecipada por ISTOÉ com exclusividade em 11 de novembro com base nos preâmbulos da delação de Marcelo, de que o ex-presidente Lula recebeu propina da Odebrecht em dinheiro vivo. Nos próximos dias, em mais uma de suas inúmeras revelações bombásticas, muitas delas capazes de colocar a República de ponta cabeça, o empresário irá envolver a ex-ministra da Casa Civil, senadora Gleisi Hoffmann (PT), numa trama nada republicana. Nas preliminares do depoimento, Marcelo Odebrecht já informou aos procuradores que detalhará como repassou a Gleisi mais de R$ 4 milhões não declarados para saldar dívidas de sua campanha ao governo do Paraná em 2014. O dinheiro saiu do setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, conhecido como o “departamento de propina”. Conforme apurou ISTOÉ junto aos investigadores, a transferência do montante ocorreu a mando da então presidente da República, Dilma Rousseff.

Endividada, Gleisi havia pedido socorro a Dilma, depois de amargar a derrota nas urnas, quando ficou em terceiro lugar com apenas 14,87% dos votos válidos atrás do senador Roberto Requião (PMDB) e do governador Beto Richa (PSDB). O PT negou-lhe ajuda. A prioridade da legenda era investir em candidatos competitivos, que ainda precisavam de apoio financeiro para seguir na disputa pelo segundo turno. Àquela altura, Dilma tentava se reeleger presidente da República e, para isso, contava com vultosos recursos à disposição.

Tanto pelo caixa oficial como por fora, conforme apontam as investigações em curso. Gleisi, então, lhe contou que precisava de mais de R$ 4 milhões a fim de saldar pagamentos pendentes. Dentre eles, a fatura com o marqueteiro responsável por sua campanha, Oliveiros Domingos Marques Neto, dono da Sotaque Brasil Propaganda. Dilma ouviu a história e se compadeceu. Em retribuição à fidelidade incondicional devotada pela paranaense durante os anos de trabalho no Executivo e depois também no Legislativo, como senadora, Dilma, então, resolveu ajudar Gleisi.

O enredo foi confirmado à ISTOÉ por pessoas ligadas ao PT e Dilma. O primeiro passo da presidente foi procurar o intermediador da negociação: o tesoureiro de campanha, Edinho Silva (PT), hoje prefeito eleito de Araraquara (SP), e homem forte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no seio da campanha presidencial. Na conversa com Edinho, Dilma explicou a situação de Gleisi e disse que não haveria outra saída senão procurar a Odebrecht. E que caberia a ele a tarefa. Edinho cumpriu as ordens da chefe sem titubear, como era de costume.

Negócio fechado
Dias depois de ter relatado a história aos executivos da empreiteira, a mando de Dilma, Edinho recebeu a visita de Fernando Migliaccio Silva. Ali, tudo ficou resolvido. A aparição de Fernando era sempre sinônimo de repasse de dinheiro graúdo. Ele era um dos executivos responsáveis por comandar o Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, alcunha pomposa para denominar o metodicamente organizado departamento de distribuição de propina da empreiteira, responsável por irrigar as arcas de ao menos 300 políticos brasileiros. Com autorização da chefia, leia-se Marcelo Odebrecht, Fernando Migliaccio entrou em contato com a turma de Gleisi e do publicitário de sua campanha, a fim de agendar uma reunião.


O encontro foi marcado no escritório da Odebrecht em São Paulo. O publicitário Oliveiros não quis ir pessoalmente ao compromisso. Preferiu enviar em seu lugar um dos seus sócios Bruno Martins Gonçalves Ferreira. Mas Bruno não iria só. Antes de comparecer à sede da empresa, foi orientado pelo marqueteiro a ir buscar no aeroporto de Congonhas (SP) Leones Dall’Agnol, que fora chefe de gabinete de Gleisi Hoffmann na Casa Civil e também serviu, na mesma função, o marido dela, o ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo. Ao entrar no carro de Bruno, da Sotaque Brasil Propaganda, Leones orientou o motorista a tocar para o escritório da Odebrecht. Ao chegar lá, os dois selaram o acerto com Fernando Migliaccio, qual seja, o repasse de R$ 4 milhões não declarados para a campanha de Gleisi. São esses os pormenores que Marcelo Odebrecht se comprometeu a revelar no complemento de sua delação.

Bruno Martins Gonçalves Ferreira apareceu pela primeira vez aos investigadores da força-tarefa da Lava Jato em uma planilha confeccionada pela Odebrecht. Nela, constava o nome, endereço e telefone do publicitário, ladeados por uma anotação indicando repasse de R$ 500 mil, com a referência ao codinome Coxa e a senha Marron. Os procuradores têm a convicção de que Coxa seja a senadora Gleisi Hoffmann. Para apurar esse repasse, a PF conduziu coercitivamente Bruno Ferreira, durante a operação Xepa, para prestar depoimento no dia 22 de março de 2016 na superintendência regional da Polícia Federal em São Paulo. ISTOÉ teve acesso à íntegra do depoimento. 

De acordo com o texto, o depoente disse “que apenas acompanhou o que estava sendo conversado (durante a reunião na Odebrecht), asseverando que estavam falando sobre verbas de campanha da senadora Gleisi Hoffmann, a qual disputava o governo do Paraná”. O depoimento indica ainda que ele não recebeu e nem viu a entrega de dinheiro, mas que, sim, na conversa eles tratavam de valores: “Que não se recorda da monta discutida, mas pode dizer que se tratava de muito dinheiro; que o declarante assevera que não viu o sr. Leones recebendo nenhum valor em dinheiro, nem mesmo nenhuma mala a qual poderia ter dinheiro em seu interior”.

Exclusivo - Delação Marcelo Odebrecht - Publicado na Isto É

Leia integra, clicando aqui

 

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Com acordo, Marcelo Odebrecht deve ficar preso até fim de 2017

A defesa do empreiteiro conseguiu a redução da pena alegando que, diante do conteúdo apresentado pelo empresário em delação, a condenação era muito rígida

Os advogados da empreiteira Odebrecht e o Ministério Público Federal (MPF) fecharam um acordo para que o empreiteiro Marcelo Odebrecht, permaneça preso em regime fechado até dezembro de 2017, segundo a edição do jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira.

Na negociação de delação premiada, os procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato e os representantes do empreiteiro acertaram que a pena total será de dez anos, sendo dois anos e meio em regime fechado. Marcelo está preso desde junho do ano passado na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, sob suspeita de envolvimento no esquema de desvios da Petrobras. Esse período de um ano e quatro meses será descontado da pena total, de acordo com pessoas ligadas às negociações.

O empresário entraria em progressão de regime no final de dezembro de 2017 – cumprindo pena no regime semiaberto, aberto e domiciliar. Em março, o juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, condenou Odebrecht a 19 anos e quatro meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

A defesa do empreiteiro conseguiu a redução da pena alegando que, diante do conteúdo apresentado pelo empresário em delação premiada, a condenação se mostrava muito rígida. 

A delação de Marcelo Odebrecht, conforme revelou VEJA, envolve os ex-presidentes Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, o atual, Michel Temer, os tucanos, José Serra, Aécio Neves e Geraldo Alckmin, além de peemedebistas fortemente ligados a Temer, como o senador Romero Jucá e o ministro Geddel Vieira Lima, e os dois principais nomes do PMDB no Rio de Janeiro: o prefeito Eduardo Paes e o ex-governador Sérgio Cabral.

A expectativa é que o acordo de delação seja assinado até o fim deste mês – mais de 50 executivos e funcionários da empresa negociam com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e com a força-tarefa da Lava Jato. A Odebrecht informou que não vai se pronunciar sobre a data em que Marcelo Odebrecht deixará o regime fechado.

Fonte: VEJA

LEIA TAMBÉM: Marcelo Odebrecht e mais 50 executivos fecham acordo de delação
Marcelo Odebrecht: propina financiou reeleição de Dilma
Lava Jato: a delação do fim do mundo




terça-feira, 19 de abril de 2016

Delcídio relatou conversa com Dilma sobre liberação de Marcelo Odebrecht, diz delator

Ex-chefe de gabinete do senador confirmou a ofensiva do governo para tentar interferir na Operação Lava Jato
Em delação premiada, o ex-chefe de gabinete do senador Delcídio Amaral (sem partido-MS), Diogo Ferreira, confirmou a ofensiva do governo para tentar interferir na Operação Lava Jato por meio da nomeação do desembargador Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ferreira disse que o parlamentar relatou a ele conversas com a presidente Dilma Rousseff nas quais a petista pediu "compromisso de alinhamento" de Navarro com o governo e citou o caso do presidente da Odebrecht preso preventivamente pelo juiz Sérgio Moro, Marcelo Odebrecht.

O delator afirmou que, depois de uma reunião entre o parlamentar e o desembargador - que ocorreu após encontro de Delcídio com Dilma -, Marcelo Navarro despediu-se do senador dizendo: "Não se preocupe, está tudo entendido". A delação de Diogo Ferreira, colhida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no dia 30 de março, foi homologada pelo ministro Teori Zavascki do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele entregou aos investigadores trocas de mensagens no Whatsapp nas quais mantinha contato com Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, a pedido de Delcídio.
"Que a partir daí o Senador Delcídio Amaral e o Ministro José Eduardo Cardozo passaram a ter contato muito mais frequente; que, em determinado fim de semana, não distante no tempo da reunião que anteriormente narrada, o depoente se encontrou com o Senador Delcídio do Amaral no hotel Golden Tulip, onde este residia, e contou ao depoente haver tido, no mesmo fim de semana, encontro particular com a Presidente Dilma Roussef, a qual lhe pedira, na ocasião, que obtivesse de Marcelo Navarro o compromisso de alinhamento com o governo para libertar determinados réus importantes da Operação Lava Jato; que, segundo o Senador Delcidio Amaral, a Presidente Dilma Roussef falou expressamente em Marcelo Odebrecht", consta do termo de depoimento do ex-chefe de gabinete.

A procuradores da República, o ex-assessor de Delcídio disse que o senador teve uma reunião com o atual advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, então ministro da Justiça, próximo ao mês de julho do ano passado. Depois do encontro, Delcídio teria dito que ele e Cardozo precisavam "atentar" para a importância da nomeação ao STJ, que envolvia a relatoria dos habeas corpus da Lava Jato.

Por duas vezes, Delcídio disse a Diogo Ferreira que, segundo Cardozo, o desembargador era um nome ligado ao presidente do STJ, ministro Francisco Falcão, que estaria alinhado com o governo federal. Apesar de não participar das reuniões com autoridades, o ex-assessor disse que, na época da nomeação de Navarro, foi chamado por Delcídio ao interior do gabinete de Cardozo. O senador pediu, na frente do então ministro da Justiça, os números dos habeas corpus no STJ em favor os ex-dirigentes da Petrobras Nestor Cerveró e Renato Duque. "O senador esclareceu ao depoente, posteriormente, que havia a intenção de obter de Marcelo Navarro prestação jurisdicional favorável aos pacientes nesses habeas corpus", disse Ferreira na delação.

Com base na delação de Delcídio, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, avalia a possibilidade de pedir a abertura de uma investigação pelo que classifica como "trama espúria" envolvendo a indicação de Navarro. A presidente Dilma Rousseff pode ser um dos alvos deste possível inquérito. A partir da homologação, a delação de Diogo Ferreira pode servir para reforçar eventuais pedidos de investigação. O ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas afirma nunca ter tratado de questões ligadas à Lava Jato com Delcídio. Quando a divulgação da delação do senador foi realizada, Cardozo negou qualquer interferência dele e da presidente Dilma nas investigações da Lava Jato.

Fonte: Isto É – Estadão

terça-feira, 8 de março de 2016

Se entregar Lula pena cai pela metade e com outros benefícios, estará livre em meses



Marcelo Odebrecht pode reduzir pena à metade se entregar Lula - Condenado a 19 anos de prisão, empreiteiro já deveria ter aberto o bico há muito tempo

A mistura de arrogância com teimosia mais cedo ou mais tarde tem seu preço.
Para Marcelo Odebrecht, que se recusa a abrir o bico desde que foi preso há 263 dias, foi mais cedo, graças à agilidade do juiz federal Sérgio Moro. Ele condenou o ex-presidente da maior empreiteira do Brasil a 19 anos e quatro meses de prisão, em regime fechado, pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Moro ainda fixou multa de quase R$ 109 milhões e US$ 35 milhões a Marcelo e quatro executivos condenados ligados à Odebrecht (Márcio Faria, Rogério Araújo, César Ramos Rocha e o companheiro de viagens de Lula, Alexandrino Alencar), além de Renato Duque.
De quebra, o juiz criticou a chicana jurídica dos envolvidos que se comportam “como se fossem vítimas de uma perseguição universal e não de uma ação penal fundada, desde o início, na prova material do pagamento de propinas pelo Grupo Odebrecht aos agentes da Petrobras”.  Segundo Moro, em apenas um dos crimes de corrupção envolvendo Marcelo foram movimentados 46,7 milhões de reais em propina.

É a primeira condenação do empreiteiro no escândalo do petrolãosua pena poderá ser majorada se for condenado nas outras ações a que responde. Marcelo, no entanto, pode passar bem menos tempo na cadeia se fechar o acordo de delação premiada que já negocia.

Conforme a Lei 12.850/2013, em caso de delação firmada depois da sentença, a pena poderá ser reduzida até a metade ou será admitida a progressão de regime ainda que ausentes os requisitos objetivos – ou seja, acelera a progressão de regime.  É verdade que metade de 19 anos e quatro meses ainda são 9 anos e oito meses, um bocado de tempo para passar atrás das grades.

Mas quem mandou não entregar Lula antes?

Fonte: Felipe Moura Brasil  http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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