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sábado, 23 de março de 2019

Bolsonaro e a recuperação

O êxito do governo Jair Bolsonaro depende da aprovação da Reforma da Previdência — entenda-se, o projeto original do Ministério da Economia.

Caso as mudanças de regras sejam tímidas, promovendo uma economia muito abaixo do estimado — cerca de R$ 1 trilhão —, o quadriênio presidencial irá fracassar ainda no seu primeiro ano de mandato. Nessa hipótese, dificilmente Paulo Guedes continuará no ministério — e o apoio dos grandes empresários tenderá a diminuir. 
Não custa lembrar que Bolsonaro era visto com muita desconfiança pelo mercado no início da campanha presidencial de 2018. Foi Guedes quem deu a unção que lhe angariou o necessário apoio político e econômico do alto empresariado. Os sinais econômicos são preocupantes. No último trimestre de 2018, o crescimento do PIB foi de apenas 0,1%. Só que em janeiro deste ano piorou, com um encolhimento de 0,1%. E nada indica que nos meses de fevereiro e março houve alguma recuperação. Sendo assim, é muito provável que a economia brasileira feche o primeiro trimestre com um PIB negativo ou, na melhor das hipóteses, próximo a zero.

A expectativa inicial — muito positiva — por parte do mercado está sendo substituída pela cautela. Não faltam fatores para justificar esta mudança de comportamento. A formação do ministério foi uma ducha de água fria. A ação de alguns ministros no exercício de seus cargos agravou este sentimento. São os casos, especialmente, dos ministros da Educação e das Relações Exteriores, duas pastas estratégicas, principalmente a última. A constante atuação política dos filhos também colabora para que o mercado desconfie da liderança do presidente. Os três são uma constante fonte de problemas e exercem informalmente funções ministeriais, caso único na história do Brasil.

O encaminhamento congressual da Reforma da Previdência tem sido realizado sem a participação de políticos experientes, que poderiam construir um caminho que facilitasse seu trâmite. Contudo, o governo optou pela designação de parlamentares de primeiro mandato e, até agora, pouco avançou nas articulações na Câmara dos Deputados. O que foi feito de positivo deve-se a Rodrigo Maia, que, percebendo a incapacidade política do Palácio do Planalto, assumiu o papel de coordenador do projeto. [comentando: o projeto que o Rodrigo  coordena é o de sua desejada - por ele - candidatura ao lugar de Bolsonaro em 2022, finge estar do lado do governo e do Brasil, mas, sempre que pode age contra.

É público e notório que Maia está presidindo a Câmara dos Deputados, mas, nas eleições 2018, obteve menos de 1% dos votos válidos no Rio = 74.232, assim, para pensar em ser presidente da República não basta ser a  quinta coluna do governo Bolsonaro, tem que conseguir muito voto.

Quanto aos filhos do presidente, ou Bolsonaro pai se separa do Bolsonaro Presidente, ou ele vai ter muita dor de cabeça e atrapalhar um governo que tem tudo para dar certo.] Ainda é tempo de mudar. Mas o relógio corre contra o governo.

É provável que o Brasil feche o primeiro trimestre com PIB negativo. Para piorar, os filhos do presidente causam dores de cabeça e a Reforma da Previdência segue na mão de gente inexperiente.

Marco Antônio Villa é historiador, escritor e comentarista da Jovem Pan e TV  

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

A esquerda em riste

Essa histérica cruzada contra a direita não passa de uma simples manobra diversionista


A histeria anti-Bolsonaro, conduzida pela esquerda e por setores da classe média politicamente correta, está chegando ao paroxismo. Aumenta na proporção em que o candidato avança nas pesquisas, sendo um sério pretendente a ocupar a cadeira de presidente da República. Quem apostava que a bolha iria estourar está alarmado com seu tamanho e resistência. Os nostálgicos da polarização PT x PSDB literalmente não sabem o que fazer. É toda uma maneira de pensar e agir que está sendo questionada.

A qualificação de extrema direita está sendo de grande comodidade para todos os que continuam presos a seus velhos esquemas de pensamento. É como se Jair Bolsonaro fosse uma espécie de personificação do mal, que deveria ser extinta graças às boas intenções dos que se apresentam como “democratas”, seja lá o que esse termo signifique para boa parte deles. Alguns, açodados, já pensam numa aliança entre PSDB e PT para conjurar esse perigo. Ou seja, entre os social-democratas e os que levaram o Brasil ao fundo do poço, num assalto aos cofres públicos. As pautas social-democrata e social estão sendo usurpadas por aqueles que se caracterizaram por atividades criminosas, com a anuência de tucanos de boa consciência.

Há uma manobra diversionista em curso. O problema do Brasil seria Bolsonaro, e não o PT, com seu legado de PIB negativo, inflação em alta, juros estratosféricos, desemprego exorbitante, apropriação “privada-partidária” de empresas estatais e corrupção generalizada. Seriam esses, então, os “democratas” que procuram evitar a volta da “extrema direita”! “Democratas”, aliás, que não cessam de defender o “socialismo do século 21” de Chávez e Maduro, que conduziu a Venezuela a uma crise sem precedentes, caracterizada por sua essência criminosa e liberticida. São eles que se colocam na posição de dar lições aos demais. Santa paciência com tanta impostura!

Acrescente-se que são eles mesmos que sempre atacaram e atacam o processo reformista conduzido pelo presidente Michel Temer, como se estivessem lutando contra a “herança maldita” do atual governo, quando este nada mais fez do que resgatar o País da verdadeira herança maldita petista. De um lado, seria o governo Temer e, de outro, a candidatura Bolsonaro, como se eles fossem no presente e numa espécie de futuro antecipado os culpados pela crise atual. Trata-se de evidente transferência de responsabilidades, com o intento de encobrir o que foram os governos petistas.
Bolsonaro tem sido criticado por desconhecer economia. Seja dito a seu favor que ele reconhece esse fato e antecipou sua escolha do futuro ministro da Fazenda, o respeitado economista liberal Paulo Guedes, em eventual governo dele. É honesto em reconhecer a sua limitação. Desonestos são os que dizem conhecer economia. Haddad/Lula e Ciro Gomes não cessam de defender as patranhas econômicas que levaram o País ao desastre. Pretendem simplesmente repetir uma experiência fracassada. Aliás, Dilma é economista!

O mais bem-sucedido programa econômico da História recente do País é o Plano Real. Foi concebido e implementado pelo ex-presidente Itamar Franco, que desconhecia economia. Escolheu um ministro da Fazenda, Fernando Henrique, que tampouco conhecia economia. Teve, porém, o bom senso de escolher uma equipe econômica competente. Quando se tornou presidente, teve de abandonar suas convicções de esquerda ao escolher um ministro da Fazenda liberal, Pedro Malan, e depois de várias hesitações na política monetária terminou por optar por um economista liberal da mais alta reputação, Armínio Fraga, para o Banco Central. O desconhecimento de economia produziu belos resultados econômicos!

A questão dos valores também tem entrado em pauta na disputa eleitoral. Novamente a qualificação de extrema direita imputada a Bolsonaro procura tomar o lugar de uma discussão séria. Assinale-se, preliminarmente, que o candidato é produto do politicamente correto, contra o qual ele e boa parte da sociedade brasileira se insurgem. Não teria ele se tornado o fenômeno que é, não tivesse a esquerda procurado impor goela baixo suas concepções.  Tome-se o caso do direito à legítima defesa. Os pregadores – sim, no sentido religioso – do Estatuto do Desarmamento é que são os autoritários. Em consulta popular a sociedade brasileira tomou posição a favor do direito de autodefesa via posse de armas. E o que foi feito depois? Implementou-se por medidas administrativas uma política que contrariou frontalmente a vontade popular. Quem é, então, autoritário?

A população brasileira está indefesa. Os defensores do desarmamento continuam triturando as estatísticas, pois seu fracasso é evidente. Pedem mais do mesmo, quando não há nenhum resultado. A situação só piora no que respeita à segurança dos cidadãos. E o Estado não é capaz de defender seus membros, sendo direito deles defender a própria vida, os seus e seu patrimônio. Bandidos não precisam de armas compradas em loja e não seguem o tal do “estatuto”! Aliás, são seus aliados!

O politicamente correto desconhece limites. Nega ao cidadão um direito básico. Imaginem um produtor rural ou uma pessoa qualquer na zona rural. O que faz ao ser assaltado? Telefona para a Polícia Militar? Qual seria a provável resposta? “O senhor, ou a senhora, mora muito longe, é perigoso nos irmos aí pela noite, além de levar muito tempo! Amanhã tomaremos providências, assim que tivermos uma equipe para deslocamento”. A pessoa e a sua família estariam completamente abandonadas. Claro que muitos que defendem o dito desarmamento vivem em condomínios urbanos, com câmeras de segurança, guardas e até utilizam carros blindados.

Há questões de valores e princípios que estão sendo desconsiderados nesta histérica cruzada contra a extrema direita. Trata-se, simplesmente, de uma manobra diversionista!

Denis Lerrer Rosenfield, professor de Filosofia na UFRGS - O Estado de S.Paulo 



domingo, 24 de dezembro de 2017

No Natal, boas notícias na economia



Olhando-se para trás, deve-se reconhecer que no governo de Dilma Rousseff as coisas estavam piorando e continuariam a piorar. Pararam de piorar

Em outubro de 2014 sabia-se que a economia estava parada desde o primeiro trimestre. Mesmo assim a charanga da coligação PT-PMDB reelegeu Dilma Rousseff e Michel Temer.  Cumpriu-se uma velha escrita segundo a qual a percepção da crise demora para prevalecer.  O mesmo ocorre no sentido contrário, a recessão reflui, mas não é percebida.

Discretamente o Planalto está panfletando uma página com 16 itens ilustrativos do progresso ocorrido durante o governo Temer. Alguns, como os indicadores de emprego, são tênues. (A população ocupada passou de 89,8 milhões de pessoas para 91,3 milhões.)
Outras, são bolas divididas, tamanha era a desgraça na base da comparação. (A produção industrial passou de uma contração de 9,8% para uma expansão de 1,6%.)

Depois de um ano com um PIB negativo — 5,4% no primeiro trimestre de 2016 em relação ao mesmo período de 2015 — houve uma expansão de 0,3% no segundo trimestre de 2017 em relação ao mesmo período de 2016. Mixaria.  Cinco itens são indiscutivelmente positivos. A inflação de 9,28% caiu para 2,54% e a taxa Selic de 14,25% está em 7,5%. A safra de grãos passou de 185,8 milhões de toneladas para 242 milhões. O Risco Brasil, número astrológico que orienta o mercado, era de 544 pontos e caiu para 239 pontos.   O quinto item é a joia da coroa: as empresas estatais passaram de um prejuízo de R$ 32 bilhões em 2015 para um lucro de R$ 4,6 bilhões em 2016, saltando para R$ 17,3 bilhões no primeiro semestre de 2017.

Olhando-se para trás, deve-se reconhecer que no governo de Dilma Rousseff as coisas estavam piorando e continuariam a piorar. Pararam de piorar, não estão melhorando no ritmo propagado pela charanga publicitária do governo, mas, no conjunto, indicam que é possível se desejar um 2018 melhorzinho.


Elio Gaspari, O Globo



domingo, 30 de agosto de 2015

Lula, o esvaziado; Dilma, a fracassada; Janot, o engavetador-geral da Dilma. Quem manda mais?

Lula, o esvaziado

Luiz Inácio Lula da Silva escolheu a cidade de Montes Claros, sexto município mais populoso de Minas Gerais, para, mais uma vez, atrair holofotes sobre a possibilidade de ser candidato à sucessão de sua pupila Dilma Rousseff. Embora, seguramente, a intenção do ex seja a de se colocar como salvador da pátria, sua afirmação - “se for necessário eu vou para a disputa” soa mais como ameaça ao país, visto que é inevitável separar Lula da agudez da crise. Muito menos dos escândalos da Lava-Jato, nos quais o PT, ele, Dilma e aliados são os principais beneficiários.

Ciclotímico quanto à sua afilhada, ora amigo fiel, ora crítico mordaz que a coloca abaixo do volume morto, Lula tem agido como quem não mais acredita na possibilidade de Dilma concluir o mandato. Esbraveja, acusando de golpistas aqueles que trabalham com a hipótese de renúncia ou impedimento constitucional. Ao mesmo tempo, amplia sua presença em palcos-palanques, que, mesmo em ambientes fechados e audiência contada a dedo, ele chama de comícios.

Tenta manter alguns fios da esgarçada rede de apoio e sempre que pode cava um jeitinho de se dizer candidato, “se necessário for”. E quem precisa de Lula? Fora o PT, alguns asseclas e velhos companheiros sindicalistas, não há qualquer clamor pelo volta Lula. Nem mesmo os viúvos da esquerda da primeira metade do século passado ele consegue arregimentar.

Longe da popularidade que gozava quando deixou o governo e sacou Dilma do colete – algo que ele tem confessado a muitos como seu maior erro -, Lula parece saber que até para ele, que se tinha como infalível, está difícil dar a volta por cima e se reinventar. Hoje, perderia eleição para qualquer um dos desafetos tucanos – Aécio Neves, Geraldo Alckmin ou José Serra – e também para Marina Silva, segundo dados do Instituto Paraná de Pesquisas, divulgados na segunda-feira passada.

Suas plateias, até as convocadas pela CUT, como aconteceu na sexta-feira, em Belo Horizonte, estão cada vez menores, incapazes de lotar auditórios, quanto mais ambientes externos.  Nas ruas, o que tem feito sucesso é o Pixuleko ou Pixulula, boneco inflável de Lula vestido de presidiário. [que tem sofrido alguns 'atentados' que remetem a uma possível prática de VODU.] 
 
Apresentado ao público pelos manifestantes de Brasília no último dia 16, o boneco virou símbolo dos atos contra a roubalheira, contra Dilma, Lula e o PT. E parece ter incomodado mais do que as centenas de milhares que foram às ruas em março, abril e agosto, ou os frequentes panelaços. A ponto de mobilizar gente para tentar destruí-lo, como ocorreu no Viaduto do Chá, em São Paulo, quando o boneco foi esvaziado a facadas.

Alvo de críticas severas do presidente do PT, Rui Falcão, e até da presidente, conseguiu algo que nem a recessão estampada no PIB negativo de 1,9%, nem a inflação ou o desemprego crescente, que de acordo com o Dieese-Seade  bateu em 13,7% na Grande São Paulo, chegaram perto: provocar furiosa indignação em Dilma, para quem o boneco ultrapassou “todos os limites”.

Além das investigações que a cada dia se aproximam mais de Lula e dos seus, o ex, hoje esvaziado, paga o preço de ter inflado Dilma e a si próprio. 

Fonte: Mary Zaidan É jornalista. E-mail: zaidanmary@gmail.com Twitter: @maryzaidan
 

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Governo em risco (risco que precisa se concretizar para que o Brasil possa propiciar a seu povo melhores condições de vida)



 A ressaca da comemoração da aprovação do novo ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fachin chegou rápido para o governo, que acabou a semana parlamentar com dor de cabeça: tanto na Câmara quanto no Senado foram adiadas votações importantes para o ajuste fiscal pelo perigo de uma derrota do governo.

O Senado adiou para a próxima terça-feira a votação da Medida Provisória 665, que endurece as regras do pagamento do seguro-desemprego e do abono salarial. Na Câmara, a votação do projeto de lei que reduz a desoneração da folha de salários, um dos principais pontos do ajuste fiscal do governo, foi adiada para a segunda semana de junho. Pior: o relator do projeto, deputado Leonardo Picciani, muito ligado ao presidente da Câmara Eduardo Cunha, quer definir apenas para dezembro a entrada em vigor das novas medidas. Tudo isso significa atraso no reajuste fiscal, que terá de buscar em outro lugar o dinheiro que pretendia economizar ainda este ano.

E o risco de derrota não é devido apenas à oposição. Onze senadores do PT, PMDB, PSOL, PDT e PSB, mais movimentos sociais como MST e CUT, além de petistas como Tarso Genro e Valter Pomar, assinaram um "Manifesto pela mudança na política econômica e contra o ajuste".  A perspectiva de que a base aliada do governo estivesse sendo reagrupada pelo trabalho de bastidores do vice-presidente Michel Temer, que abriu as torneiras de nomeações, já estava sendo comemorada pelo Palácio do Planalto, mas mostrou-se vã com as reações da Câmara e do Senado, que até mesmo quando seus líderes se desentendem encontram caminhos convergentes para fragilizar o governo.

A derrota na Câmara do projeto de manutenção do Fator Previdenciário será apoiada pelo Senado, que já antecipou postura semelhante através de seu presidente Renan Calheiros.  Todos esses movimentos vistos em conjunto significam que o governo já perdeu a condição política de assegurar à equipe econômica a aprovação de pontos importantes do reajuste fiscal. O que parecia apenas um incômodo de parte da base aliada, especialmente do PT e de partidos de esquerda, em apoiar um programa de
cortes de gastos que atinge especialmente classes sociais menos protegidas como os aposentados e pensionistas, e aumenta os custos das empresas com o fim das desonerações, está se transformando em um movimento político que rejeita as linhas mestras do ministro da Fazenda escolhido nas hostes adversárias para fazer o trabalho que o petismo não sabe e não quer fazer, isto é, acabar com o desperdício e equilibrar as contas públicas.

O problema é que, como a oposição vem cobrando desde o primeiro momento, não há nenhum gesto do governo para cortar seus próprios gastos, o que transforma o Congresso em instrumento de medidas impopulares.  O ministro da Fazenda Joaquim Levy já mandou seu recado recentemente à base rebelada: ou faz o ajuste, ou tem que aumentar imposto. Claro que o governo não gostaria de aumentar imposto, porque é uma medida antipática, prejudica a sociedade de maneira geral e o único culpado seria ele. O melhor caminho seria economizar com medidas aprovadas pelo Congresso, mas como deputados e senadores, aparentemente, não estão dispostos a assumir nenhuma medida antipática para ajudar o governo, vai ser um problema.

Ele terá de assumir uma parte desse sacrifício com aumento de impostos e estará sujeito a críticas, que já começam a aparecer em forma de manifestos da base aliada que lhe tiram poder político.  Sem apoio político de sua própria base, e às voltas com as pressões do PMDB através dos presidentes da Câmara e do Senado, empenhados em vetar a recondução do Procurador-Geral da República Rodrigo Janot ao cargo em agosto, a presidente Dilma fica sem condições práticas de fazer o ajuste fiscal, única maneira de reequilibrar a economia e permitir o superávit de 1,2% prometido por Joaquim Levy ao mercado.
[SOLUÇÕES SIMPLES, que em um PAÍS SÉRIO não seriam usadas, já que os problemas não existiriam:
- Procurador-Geral, NÃO PODE, NEM DEVE, NEM É ETICAMENTE CORRETO, ser reconduzido ao cargo; cumpriu o mandato de dois anos, fora e só pode ser alvo de nova indicação transcorrido o mandato do seu substituto.
Se o procurador-geral for uma maravilha, excepcional (ou fenomenal como disse o estulto Lula a respeito do seu filho Fábio, que prefere ser chamado de Lulinha) bom demais – estiver entre aqueles que são considerados insubstituíveis, que se modifique o mandato para quatro anos. Lembrando sempre de que os cemitérios estão cheios dos que se consideravam ou eram considerados INSUBSTITUÍVEIS.] 

Os únicos argumentos que o governo tem para reverter a situação é ameaçar com o aumento de impostos ou com o risco de rebaixamento da nota de crédito pelas agências internacionais, o que afetaria definitivamente a combalida economia brasileira, que fechou o trimestre com PIB negativo e inflação e desemprego em alta.

Fonte: Blog do Merval Pereira

quarta-feira, 11 de março de 2015

O Brasil já está em um quadro de ESTAGFLAÇÃO e o ministro Levy fica alertando para Estagnação. Já temos ESTAGFLAÇÃO = INFLAÇÃO + ESTAGNAÇÃO

Levy alerta para a estagnação se não houver ajuste

As despesas têm crescido sempre à frente do PIB, e por isso falta prever cortes em gastos de custeio. Não faz sentido manter 39 ministérios e 22 mil ‘cargos de confiança’

[O PIB do Brasil este ano será negativo, em relação ao de 2014 que foi também negativo. Estamos andando para trás. Agora vem esse ministro alertar que haverá estagflação se os ajustes - para ferrar os brasileiros, tanto os ainda arremediados quanto os ex-novos ricos do Lula e Dilma - não acontecerem.

Ministro Levy o senhor sabe perfeitamente que ESTAGNAÇÃO = é PARAR DE CRESCER - o Brasil parou de crescer foi em 2013, desde 2014 que está é encolhendo.

O ajuste só vai aumentar o desemprego, pois irá acelerar a marcha a ré que o Brasiul se encontra.

Não sou economista, mas garanto que o primeiro passo para parar a CAMINHADA PARA TRÁS do Brasil é retirar a Dilma, aí talvez conseguiremos impedir que a nossa Pátria continue encolhendo.] 

Em entrevista ao GLOBO, o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mostrou-se otimista quanto à recuperação da economia brasileira, chegando a prever crescimento para este ano, se o critério de comparação for trimestre a trimestre. Mas há um condicionante para que essa recuperação se concretize: um ajuste fiscal rápido.  O ministro acredita que o equilíbrio das contas públicas é a primeira etapa dessa retomada, pois os investimentos voltarão à medida que houver a percepção de que os riscos diminuíram porque o governo deu a resposta correta ao problema.

O raciocínio de Joaquim Levy é correto. Por isso, o ajuste fiscal merece total prioridade da política econômica no momento. Disse o ministro que o ajuste está sendo feito “com clareza e moderação”, concentradas mais na reversão de algumas ações “anticíclicas” do que em novos impostos ou cortes drásticos de despesas.  Esse é um ponto que precisa ser mais debatido e aprofundado. Os gastos do governo federal, especialmente os de custeio, expandiram-se nos últimos anos absurdamente, sempre superando os percentuais de crescimento do conjunto da economia, mensurada pelo Produto Interno Bruto (PIB). O desastre de 2014, com as contas públicas fechando com um déficit nominal da ordem de 6,7% do PIB, era previsível devido à velocidade de expansão das despesas e da falta de iniciativas concretas — decorrente da ausência de disposição política para tal — capazes de controlá-las.

Não faz sentido continuar mantendo uma estrutura que engloba 39 diferentes ministérios e secretarias especiais, com um contingente de 22 mil “cargos de confiança” parte ponderável deles preenchida por apaniguados políticos, companheiros
 
Continuar lendo........................ O Globo - Editorial
 

terça-feira, 10 de março de 2015

A incapacidade de Dilma de reconhecer seus erros



A presidente Dilma fez um longo pronunciamento em cadeia nacional de televisão e rádio nesse Dia Internacional da Mulher. 

 Como não poderia deixar de ser, vindo de quem vem, houve um abuso da “cartada sexual” logo no começo, com Dilma se colocando num papel especial só por ser mulher. Ou seja, esqueçam os argumentos, os fatos, pois o importante é “sentir”, algo que todas as mulheres podem compreender.

Em seguida, Dilma mostrou porque jamais poderia ser uma estadista, sendo apenas uma populista de quinta categoria. Vive em campanha eleitoral, não pensa no longo prazo, quer apenas ludibriar o eleitor. É incapaz de reconhecer um único erro. Conseguiu colocar até a alta das tarifas de eletricidade na conta de uma seca, ou seja, não tem nada a ver com a desorganização no setor após várias decisões demagógicas tomadas por seu governo, que resolveu reduzir na marra as tarifas antes, de olho nas eleições. 

Dilma insistiu na desculpa esfarrapada da crise internacional, a “mais severa desde a crise de 1929″. Segundo ela, ainda estamos pagando o custo dessa crise, e o momento difícil que o Brasil vive hoje é apenas conjuntural e não tem ligação alguma com seu governo. Para “comprovar” isso, ela citou a situação na União Europeia. Ou seja, o Brasil não vai mal coisa alguma, quem diz o contrário mente, exagera, e basta olhar para o baixo crescimento da Europa para ver como estamos, na verdade, muito bem, obrigado. Haja cara de pau!

Foi repetido duas vezes que desta vez, ao contrário das crises passadas, o país não parou nem vai parar. Como é? Então quer dizer que a recessão que experimentamos já em 2014, e que será repetida em dose maior este ano, não é coisa de um país parado? De fato, é coisa de um país que está andando para trás, isso sim! Mas Dilma tentou vender novamente a ilusão de um país que não existe, ou que só existe na cabeça de seu marqueteiro. Tudo pela propaganda. [Dilma ano passado o Brasil cresceu menos do que em 2013 = PIB negativo; este ano vai crescer menos que em 2014 – PIB negativo sobre um PIB já negativo.]
Isso se chama ANDAR PARA TRÁS.]

Enfim, tratou-se de um discurso típico de uma líder medíocre, incapaz de um ato de sinceridade para com o povo, incapaz de reconhecer seus equívocos. Dilma se pega na cartada sexual – é uma mulher, logo, merece créditos – e também num apelo nacionalista – precisamos ter fé pois tudo será melhor amanhã. A realidade é bem diferente, e subtraí-la do brasileiro é um absurdo.

Não sofremos efeitos de uma suposta crise internacional, pois os países emergentes estão em situação muito melhor e nossos problemas foram produzidos em casa. Não são problemas conjunturais, mas estruturais. E não serão resolvidos rapidamente; levarão muito tempo até serem digeridos, se o governo realmente mudar o rumo. O discurso eleitoreiro e mentiroso da presidente mostra que a ficha ainda não caiu,  que Dilma ainda prefere culpar os astros pelos problemas que sua incompetência produziu.

É covardia, ou pior, é uma insistência asinina no erro. Afinal, talvez Dilma, uma desenvolvimentista, acredite mesmo em suas baboseiras, ache mesmo que fez tudo certo e que agora deve apenas fazer pequenas correções, pois o cenário mudou. Se os investidores acharem que essa é a crença de Dilma, aí é que vão retirar investimentos do país mesmo, pois sabem que somente uma mudança radical de postura pode salvar nossa economia, e não sem um grande custo a ser pago no curto prazo.

Por fim, e no auge da vigarice, Dilma citou o “lamentável episódio com a Petrobras”, como se fosse algo totalmente sem relação com o seu partido, com a quadrilha que o PT montou dentro da estatal, sendo que a própria Dilma fora presidente do Conselho da empresa e ministra de Minas e Energia, além de ter indicado para o comando da empresa Graça Foster, incapaz, por incompetência ou conivência, de identificar a roubalheira bem debaixo de seu nariz.

É tratar o povo brasileiro como idiota. Só que o povo parece ter acordado, e enquanto Dilma mentia em seu discurso, buzinas e “panelaços” podiam ser ouvidos por várias capitais do país, como protesto. O povo está cansado de tanta canalhice, e talvez o tiro saia pela culatra. Afinal, dia 15 de março está logo ali, e o pronunciamento hipócrita da presidente pode muito bem ter jogado mais lenha na fogueira das manifestações… [o pronunciamento da presidente foi tão estúpido, tão boçal, tão mentiroso, valeu como um convite a todos participarem da manifestação do próximo dia 15 de março, todos pelo afastamento sumário e irreversível da Dilma.]

Fonte: A Verdade Sufocada – Por: Rodrigo Constantino