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domingo, 24 de dezembro de 2017

No Natal, boas notícias na economia



Olhando-se para trás, deve-se reconhecer que no governo de Dilma Rousseff as coisas estavam piorando e continuariam a piorar. Pararam de piorar

Em outubro de 2014 sabia-se que a economia estava parada desde o primeiro trimestre. Mesmo assim a charanga da coligação PT-PMDB reelegeu Dilma Rousseff e Michel Temer.  Cumpriu-se uma velha escrita segundo a qual a percepção da crise demora para prevalecer.  O mesmo ocorre no sentido contrário, a recessão reflui, mas não é percebida.

Discretamente o Planalto está panfletando uma página com 16 itens ilustrativos do progresso ocorrido durante o governo Temer. Alguns, como os indicadores de emprego, são tênues. (A população ocupada passou de 89,8 milhões de pessoas para 91,3 milhões.)
Outras, são bolas divididas, tamanha era a desgraça na base da comparação. (A produção industrial passou de uma contração de 9,8% para uma expansão de 1,6%.)

Depois de um ano com um PIB negativo — 5,4% no primeiro trimestre de 2016 em relação ao mesmo período de 2015 — houve uma expansão de 0,3% no segundo trimestre de 2017 em relação ao mesmo período de 2016. Mixaria.  Cinco itens são indiscutivelmente positivos. A inflação de 9,28% caiu para 2,54% e a taxa Selic de 14,25% está em 7,5%. A safra de grãos passou de 185,8 milhões de toneladas para 242 milhões. O Risco Brasil, número astrológico que orienta o mercado, era de 544 pontos e caiu para 239 pontos.   O quinto item é a joia da coroa: as empresas estatais passaram de um prejuízo de R$ 32 bilhões em 2015 para um lucro de R$ 4,6 bilhões em 2016, saltando para R$ 17,3 bilhões no primeiro semestre de 2017.

Olhando-se para trás, deve-se reconhecer que no governo de Dilma Rousseff as coisas estavam piorando e continuariam a piorar. Pararam de piorar, não estão melhorando no ritmo propagado pela charanga publicitária do governo, mas, no conjunto, indicam que é possível se desejar um 2018 melhorzinho.


Elio Gaspari, O Globo



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