Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Raul Jungmann. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Raul Jungmann. Mostrar todas as postagens

domingo, 27 de agosto de 2017

Raul Jungmann: "Não acabaremos com o crime da noite para o dia no Rio"

[Concordamos; mas, é preciso ter em conta que já se passou um mês e - apenas para usar só um exemplo, por ser o mais importante: acabar com 'a caçada a policiais militares' - e o único efeito das tropas federais foi reduzir a média de PMs assassinados nos sete primeiros meses do ano (treze policiais por mês) para nove em agosto - número que, infelizmente, pode ser alterado já que agosto não acabou.
Fustigar só não resolve. Enquanto o ministro defende fustigar o crime,  os bandidos matam policiais.
Ministro: CERCO, ASFIXIA e ATAQUE = fim da criminalidade.]


Ele já foi comunista de carteirinha (membro do PCB, o famoso “partidão”) e adversário ferrenho dos militares que deram um golpe em 1964 exatamente para conter o avanço dos comunistas. Hoje, Raul Jungmann, de 65 anos, é o ministro da Defesa, que comanda os militares das três forças (Marinha, Exército e Aeronáutica). E lidera as casernas com o aval dos chefes do Estado Maior. “Eu cheguei ao cargo por sugestão dos militares, acatada pelo presidente Temer”. E é com esse respaldo que o pernambucano Jungmann, deputado federal por três mandatos pelo PPS e que foi ministro do Desenvolvimento Agrário de Fernando Henrique Cardoso, está à frente da Operação Rio, com o uso ostensivo de tropas das Forças Armadas para o combate ao crime organizado que tomou conta da rotina dos moradores da cidade. “Não vamos acabar com o crime da noite para o dia, mas vamos fustigá-lo. Não haverá trégua”, disse o ministro em entrevista à ISTOÉ. Para ele, o crime está incrustado no Rio e o tráfico já domina 850 comunidades cariocas.


"Antes, os tanques nas ruas equivaliam a dar férias aos bandidos: tão logo deixavam a cidade, os criminosos reapareciam. Agora, a ação é continuada"


Qual o balanço que o senhor faz da atuação das Forças Armadas no Rio? Com as tropas do Exército nas ruas a violência diminuiu?
As Forças Armadas estão no Rio para apoio às forças de segurança estadual. Não participam diretamente do confronto e nem ocupam comunidades. Dão apoio na área de inteligência e logística. Não se concebeu acabar com o crime da noite para o dia, mas fustigá-lo de forma contínua até atingir a sua capacidade de operação. Não haverá trégua. 

As operações irão até o final deste governo por decisão do presidente Temer.

Não é a primeira vez que tropas federais precisam socorrer o Rio. O senhor acha que a cidade precisa de forças do Exército permanentes?
Definitivamente, não. Por isso mudamos em relação às operações anteriores que se limitavam ao poder dissuasório com as tropas federais nas ruas. Equivalia a dar férias aos bandidos: tão logo as Forças Armadas deixavam as ruas, eles reapareciam e retomavam as atividades. Dessa vez a ação é continuada, sempre com o fator surpresa e a partir de um trabalho de inteligência.

Apesar dos tanques nas ruas, os criminosos continuam agindo. Os senhor acha que os traficantes perderam o medo das forças militares?
Como já disse, tanques e tropas nas ruas, crime de férias, o que dá uma sensação passageira de segurança. Portanto, não se trata de o crime perder o medo das Forças Armadas ou não. O crime organizado com base no tráfico de armas, drogas – e até de pessoas – ganhou dimensão transnacional. Quando chega nesse estágio, ele desafia o Estado. É disso que se trata no Brasil, de forma mais aguda no Rio, porque lá o conjunto da obra produziu um quadro de falência fiscal, com o crime incrustado no Estado, capturando instituições. É o estado paralelo. Demarcaram territórios. São quase 850 comunidades sob o controle do tráfico.


Parece que o problema é uma deficiência na legislação que não permite que o Exército suba morros e prenda traficantes. O senhor acha que o Exército precisa ter papel de polícia?
Não. As Forças Armadas não podem, nem devem substituir as polícias. Seria um desastre. [muitas vezes uma ação que dá a impressão que será um desastre, se bem coordenada, resulta em êxito total. 
Graças a atuação das FF AA fora da sua função primeira,  é que o 'partidão' não se tornou o partido único no Brasil. ]  Elas não são formadas nem treinadas para uma atuação policial. Agem com base na Garantia da Ordem e da Lei, no plano interno, sempre por convocação de um estado da federação, como determina a Constituição. Para dizer a verdade, fazem por submissão constitucional, mas não se sentem confortáveis nessa função, e eu concordo inteiramente com elas. A dificuldade jurídica maior é a desproteção do soldado submetido à justiça comum em caso de incidentes que o tornem suspeito de erro. Pretendemos que ele seja submetido à justiça militar. Na justiça comum ele pode levar até uma década para ter seu julgamento. A justiça militar é mais ágil.

Que a polícia carioca é corrupta todos sabem, mas como o senhor vê o papel de soldados do Exército vazando informações sobre operações aos traficantes?
...

MATÉRIA NA ÍNTEGRA, em ISTO É




 

sábado, 29 de julho de 2017

Exército nas ruas - Decreto assinado por Temer autoriza a realização de operações em favelas

Foco das Forças Armadas será contra drogas, armas e roubos de carga

O foco do Plano Nacional de Segurança é o tráfico de drogas e de armas e o roubo de carga. Depois de ter dito na quinta-feira que espera uma forte reação do crime organizado porque o estado vive um clima de guerra, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, manteve o tom duro nesta sexta-feira ao falar sobre as primeiras operações das tropas federais no Rio, na sede do Comando Militar do Leste (CML), no Centro. Jungmann prometeu que não vai recuar até conseguir golpear o crime organizado. Perguntado sobre que tipo de operações estão autorizadas e se os militares poderão entrar em favelas, ele disse que o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), assinado pelo presidente Michel Temer, abrange um amplo espectro de ações.

 Militares no front. Os cariocas foram surpreendidos com as Forças Armadas nas ruas logo no início da tarde, em operações e blitzes que mobilizaram até tanque de guerra - Cléber Júnior / Agência O Globo
As operações precisam ser de surpresa, passou o tempo da palhaçada de ocupar favelas com dia e hora marcados  - tempos das UPPs, que se transformaram em Unidades de Perigo ao Policial

Segundo Jungmann, o chamado "cardápio" é toda e qualquer ação que seja necessária. Ele admitiu que o avanço das forças de segurança pode ter efeitos colaterais, inclusive, mortes. O ministro disse ainda que a determinação é ter um resultado diferente de outras vezes em que militares foram convocados para atuar no patrulhamento. Ele voltou a assinalar que não quer as tropas empenhadas no policiamento ostensivo, o que, de acordo com ele, mostra-se inócuo, já que as tropas têm prazo predeterminado para permanecer nos lugares. A estratégia vai se basear em operações planejadas com inteligência em parceria com as polícias estaduais. 

Quando usei este termo (guerra), eu pensei no seguinte: estamos no Rio para promover a segurança e a paz. Porém, se vierem reações (por parte dos bandidos), estamos determinados. Não vamos recuar. O Rio quer segurança e paz e estamos aqui, junto com a sociedade, para promover isso - afirmou o ministro. 

Jungmann ressaltou que a morte de policiais no estado - desde janeiro já são 91 PMs assassinados - precisa ser estancada. Ele afirmou que é responsabilidade do governo federal dar um fim à escalada de assassinatos de agentes da lei. - O que o governo federal vai fazer, por meio de suas forças policiais, é estar ao lado das forças estaduais para punir e encontrar os responsáveis. A vida, não importa de quem seja, nos diz respeito. Ela é o objetivo superior. Essa operação é para salvar vidas - disse o ministro.

Ao lado do ministro da Justiça, Torquato Jardim, e do secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, Jungmann ressaltou a importância da ação integrada para se obter os resultados esperados. Os ministros fizeram questão de frisar que os dez mil homens cedidos para a missão estão em apoio às demandas vindas da Secretaria de Segurança. Jardim resumiu assim o objetivo final das ações: - Estrangulamento e inibição máxima possível dos operadores dos atos ilícitos.

Jungmann explicou que a primeira fase das operação será o reconhecimento da área e a coleta de informações sobre os alvos. - Nós teremos tropas na rua por um determinado período e, posteriormente, haverá outras participações em áreas mais extensas. Não está prevista uma rotina de emprego dos militares. Se tiver cumprimento de mandado em determinada área, poderemos fazer operação de cerco. Isso seria uma grande dificuldade para a polícia fazer sozinha. Serão missões específicas - afirmou o ministro, destacando que usará o modelo adotado durante a Olimpíada de atuação integrada de tropas federais e estaduais, mas em ações sequenciadas e de surpresa. - A inteligência dará o diagnóstico. É como ocorre, no sentido figurado, numa cirurgia. Os exames vão apontar para o diagnóstico, para depois o médico operar. O que vai nortear as operações são vários fatores: onde está a capacidade operacional do crime, seus meios, seu arsenal, seu raio de ação. Isso não dará resultados do dia para a noite. Não vamos ter mágica, pirotecnia. Será um trabalho duro e continuado.


O comando da operação por parte do governo federal ficará a cargo do general Mauro Sinott Lopes, da 1ª Divisão do Exército. Ele reforçou o discurso sobre a importância da integração e da sinergia.  - Nós vamos integrar todas as estruturas disponíveis de segurança nos três níveis de governo (federal, estadual e municipal). O princípio é o máximo de sinergia com economia de recursos - explicou Sinott.

Antes do anúncio do plano, o ministro Raul Jungmann foi buscar o apoio do arcebispo do Rio, cardeal dom Orani Tempesta, e do presidente do Tribunal de Justiça, Milton Fernandes de Souza. Ele também esteve com empresários da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Fonte: O Globo

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Autoridade e vandalismo

O presidente Temer fez o que tinha de fazer: restabeleceu a ordem, com auxílio do Exército


Para melhor compreendermos as violentas manifestações de rua da última semana
, tendo como roupagem todo um falso vocabulário democrata, torna-se necessário melhor avaliarmos a questão do Estado e da democracia.  Quando o presidente Temer se viu confrontado pela violência instaurada em Brasília, foi levado a fazer uma escolha, tendo como foco o restabelecimento da autoridade estatal, que estava sendo minada. E tomou para si, como presidente da República, a difícil decisão de chamar o Exército Brasileiro para a defesa da ordem pública, abalada. Deixou claro para a sociedade brasileira que seu objetivo consistiu em defender o Estado e o regime democrático.

Se não o fizesse, não estaria exercendo a autoridade que lhe confere a Constituição. Se não o fizesse, estaria abdicando de sua função de governar, dando livre curso à violência. Se não o fizesse, estaria dando o exemplo de que o caminho da desordem pública estava aberto para novas manifestações por todo o País. Se não o fizesse, estaria renunciando a sustentar o Estado. Um sim seria dado à generalização da violência.

Vivemos uma situação única e particularmente explosiva, pois, após a captura do Estado pelo aparelho lulopetista e aliados, com a corrupção tendo se infiltrado decisivamente no sistema político-partidário, as regras democráticas começaram a servir aos mais distintos propósitos. Por exemplo, as manifestações são apresentadas como “pacíficas”, próprias a um regime democrático, quando visam, na verdade, a enfraquecer ainda mais a democracia por meio da violência.

Que não se venha repetir a patranha de sempre: que as manifestações são pacíficas, porém “infiltradas” pelos black blocs. Todas as manifestações da esquerda são acompanhadas pela violência, o que não se vê com as organizadas por MBL, Vem Pra Rua e outros movimentos, que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff. Tanto são os vândalos acobertados que, mascarados e com bombas caseiras, são defendidos pelos mesmos grupos de esquerda que organizam essas manifestações.

São, também, defendidos por advogados da mesma esquerda, que se autointitulam de “democratas” e defensores dos “direitos humanos”. Na Câmara dos Deputados e no Senado são apoiados por parlamentares que, nessas Casas, têm introduzido a baderna como meio de paralisação dos trabalhos parlamentares. Reproduzem o mesmo estilo de atuação, que toma a democracia para subvertê-la.  A anomia caracteriza-se pelo fato de as regras democráticas começarem a funcionar no vazio, como se fossem independentes do Estado. Dada a herança lulopetista e seus desdobramentos posteriores, os cidadãos não se sentem mais representados, o que faz com que as instituições sejam enfraquecidas e mesmo corroídas por dentro. Segue-se a falar de democracia num quadro de desmoronamento institucional.

Pode ocorrer que o uso que se faça das regras democráticas tenha o intuito de enfraquecer o próprio Estado. Defende-se uma forma de democracia que começa a perder sua substância, uma vez que o aparelho estatal se desarticula, vítima que veio a ser de uma apropriação “privada e partidária” e criminosa. O Estado foi tomado de assalto e os invasores apresentam-se como democratas.

Quando o presidente Temer assinou o decreto de Garantia da Lei e da Ordem, nada mais fez do que seguir a Constituição, em seu artigo 142, que lhe atribui essa função na defesa do Estado Democrático de Direito. Deixou claro que não compactuaria com a desordem nem com a subversão da democracia. Deixou igualmente claro que, uma vez restabelecida a ordem, revogaria o decreto, o que fez no dia seguinte, quando os manifestantes saíram, em seus ônibus, de Brasília.

Note-se que a atitude do Exército, como expresso pelos ministros do GSI, general Sergio Etchegoyen, e da Defesa, Raul Jungmann, foi nitidamente defensiva, visando a resguardar a vida dos funcionários nos ministérios depredados e incendiados e o patrimônio dos prédios públicos federais. Imaginem a angústia e o medo de funcionários em ministérios sendo incendiados, precisando fugir das chamas, da fumaça e da asfixia. Imaginem a angústia e o medo de pessoas trabalhando em seus escritórios, sob o impacto de pedras e outros artefatos que destroem as paredes de vidro de suas instalações. O que poderia acontecer se a violência não fosse contida?

Os esquerdistas de sempre, PT, PSOL, PCdoB e Rede, logo passaram a falar de “repressão militar”, violação da democracia e assim por diante, num festival de besteiras sem igual. Alguém viu o Exército reprimindo alguém? Há um único vídeo ou foto a esse respeito?  Repito: teve uma atitude defensiva, de contenção da violência que se espalhava por toda a Esplanada dos Ministérios. Simbolicamente, sustentou as instituições e a democracia. Os falsos democratas são os que se insurgem contra essa atitude constitucional e compactuam com a violência.

Para quem esteve em Brasília nesse dia, a capital federal mais parecia uma praça de guerra. Fumaça em vários lugares, bombas sendo lançadas por manifestantes, vândalos atacando a polícia, em vez de fugirem dela, incêndios em ministérios e nas ruas, pontos de ônibus destruídos e banheiros químicos queimados.  A Polícia Militar do Distrito Federal havia sido transbordada, não era mais capaz de exercer a sua missão. A Força Nacional existente naquele momento em Brasília era constituída por pouco mais de cem policiais, número nitidamente insuficiente para conter a violência, que se alastrava.

O presidente Temer fez o que deveria ter feito, restabelecendo a ordem, com o auxílio do Exército, no estrito cumprimento de suas responsabilidades constitucionais. Protegeu o patrimônio nacional e a vida das pessoas, transmitindo à Nação a mensagem de que a violência não é opção para a democracia. Não há democracia sem autoridade estatal.


Fonte:  Denis Lerrer Rosenfield - Professo de Filosofia da UFRGS - O Estado de S. Paulo

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Acordo não fracassou, aliás, não houve acordo; governo capixaba ´tentou dividir para reinar, só que não colou

Após acordo fracassado, ministro da Defesa faz apelo aos PMs grevistas do ES

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, fez neste sábado (12) um apelo para que os policiais militares do Espírito Santo encerrem a greve que chega ao oitavo dia. "Fazemos um apelo a todos os bons policiais que honrem suas fardas, que honrem seu juramento e que venham para as ruas para defender o povo", afirmou em pronunciamento feito no 38º Batalhão de Infantaria do Exército, em Vila Velha, na região metropolitana de Vitória.

O pronunciamento fora anunciado como entrevista coletiva, mas o ministro se recusou a responder perguntas dos jornalistas. Jungmann disse que a região metropolitana começou a voltar à normalidade, com parte do sistema de transporte e das lojas funcionando, mas admitiu que o retorno dos PMs ao trabalho continua pendente.

Na noite de sexta-feira (11), o governo do Espírito Santo havia anunciado um acordo com associações que representam os policiais. O acordo previa a volta ao trabalho até as 7h de hoje, sem punições aos grevistas.  Os policiais militares, no entanto, mantiveram a paralisação. O ministro disse que o cabe ao governo estadual conduzir as negociações com os policiais. "Cabe ao governo do estado a coordenação das ações. Vamos dar apoio às decisões do governo do Estado."

 [a verdade é que não houve acordo; um acordo só existe quando firmado entre partes com capacidade legal de representação.

O governo capixaba espalhou aos quatro ventos que firmou um acordo com as entidades que representam os policiais militares do Espírito Santo e as entidades receosas de punições aceitaram a divulgação do acordo, mesmo cientes de que a paralisação da PM-ES é imposta por ações das esposas dos policiais.

O governo tenta dividir o movimento policial, finge negocias com as esposas de policiais ao tempo que divulga ter firmado acordo com as associações de classe.
E o resultado só podia ser o que foi: a paralisação continua.
O governador Hartung tem antes de tudo que dizer a verdade, não mentir e tentar negociar com seriedade.

O mais grave é que as FF AA tem condições de assumir o papel da PM no Espírito Santo mas se o movimento passar para outros estados fica complicado.
Se for para as Forças Armadas agirem como polícia, substituindo a PM, o processo é mais demorado e está começando a funcionar no território capixaba por ser o efetivo da PM pequeno, se iniciar em outro estado a coisa complica.
As Forças Armadas podem cumprir a missão, mas precisam de algum tempo para se adaptar.]

O governador em exercício, Cesar Colnago, fez um rápido pronunciamento antes do ministro. Ele agradeceu o apoio do governo federal e disse que fará o necessário para resolver o problema da greve. Colnago e Jungmann têm uma reunião hoje.  Jungmann reconheceu que as reivindicações salariais dos policiais capixabas são justas, mas disse que a corporação tem o dever de proteger a sociedade. A greve levou a um aumento da criminalidade no Estado.

O ministro também afirmou que 3.130 homens da Força Nacional e das Forças Armadas foram enviados ao Espírito Santo, o que, segundo ele, proporcionaria um policiamento maior do que em dias normais. Ainda de acordo com Jungmann, as tropas ficarão no Estado pelo tempo necessário.  Os policiais que não retomaram as atividades estão sujeitos a indiciamento pelo crime militar de revolta, que leva a expulsão do militar e prevê pena de 8 a 20 anos de prisão. Setecentos e três policiais foram indiciados por revolta até ontem.

Entenda a crise no Espírito Santo

No sábado (4), parentes de policiais militares do Espírito Santo montaram acampamento em frente a batalhões da corporação em todo o Estado. Eles reivindicavam melhores salários e condições de trabalho para os profissionais.  Na segunda-feira (6), o movimento foi considerado ilegal pela Justiça do Espírito Santo porque ele caracteriza uma tentativa de greve, o que é proibido pela Constituição para militares. As associações que representam os policiais deverão pagar multa de R$ 100 mil por dia pelo descumprimento da lei. [antes é preciso provar que as associações está promovendo a paralisação.]

Ao longo de todo o movimento, a ACS-ES (Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Espírito Santo) afirmou não ter relação com o movimento. Segundo a associação, os policiais capixabas estão há sete anos sem aumento real, e há três anos não se repõe no salário a perda pela inflação.  A Sesp-ES (Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social do Espírito Santo) contesta as informações passadas pela associação. Segundo a pasta, o governo do Espírito Santo concedeu um reajuste de 38,85% nos últimos 7 anos a todos os militares e a folha de pagamento da corporação teve um acréscimo de 46% nos últimos 5 anos. [até na divulgação de números o governo capixaba tenta confundir. 
Se o reajuste nos últimos sete anos totalizou 38,85%, como se explica que folha tenha aumentado em 46% nos últimos 5 anos - as parcelas resultantes de 38,85% dividido por 7, conseguiram a proeza de apenas 5 delas ultrapassar o dividendo?
Se a folha aumento nos últimos 5 anos mais do que o total do reajuste concedido, fica óbvio que o aumento da folha - se é que a folha aumentou! - foi resultado do acréscimo do efetivo da PM e não de aumento salarial.]
 
 Fonte: UOL/Notícias

 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Ação das Forças Armadas em presídios terá mil homens ao custo de R$ 10 milhões

Presidente TEMER: a obsessão de Vossa Excelência em valorizar bandidos avilta as Forças Armadas - deixe que os bandidos cuidem dos seus assuntos; cada bandido morto é lucro para a Sociedade.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou nesta quarta-feira (18) que, inicialmente, mil agentes das Forças Armadas vão atuar na varredura de presídios do país. Para que os militares entrem em ação, porém, é necessário que cada Estado faça o pedido de ajuda formalmente. Jungmann disse esperar que seis governadores façam o pedido já hoje. O início do programa deve ser dar em "oito ou dez dias", disse o ministro em Brasília.

Ao apresentar detalhes sobre a "missão" dada pelo presidente Michel Temer, o ministro informou que o valor inicialmente disponibilizado para o projeto é de R$ 10 milhões, mas esse número pode variar conforme a demanda dos Estados. Jungmann reforçou que as Forças Armadas não terão contato com os detentos. "[Elas] não irão operar e controlar presídios. Vamos fazer varreduras e limpezas nessas unidades. As Forças Armadas não vão manejar os presos e não vão substituir policiais e agentes penitenciários".

O ministro, porém, afirmou que, se fosse necessário, haveria base legal para elas atuarem nos presídios.  O decreto assinado por Temer autorizando o uso das Forças Armadas em presídios tem validade de doze meses a partir de hoje.  De acordo com o texto, as Forças Armadas executarão atividades em todos os presídios brasileiros para a detecção de armas, aparelhos de telefonia móvel, drogas e outros materiais ilícitos ou proibidos.

Fonte: UOL/Notícias

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Paes fosse menos boquirroto seguiria o exemplo da Rio 2016 - Jungmann chama de amador grupo de suspeitos presos por terrorismo



Após prisões, Paes diz estar tranquilo em relação a terrorismo no Rio - Prefeito disse que ação da polícia demonstra preparo
Após a prisão de dez suspeitos acusados de integrarem uma célula que planejava ações terroristas na Olimpíada, o prefeito Eduardo Paes voltou a afirmar que a cidade não corre risco de ataque durante os Jogos. Paes falou sobre o assunto durante a inauguração da segunda galeria do túnel da Via Expressa, no início da tarde desta quinta-feira.  — É uma notícia que me alivia. Eu estava tranquilo e continuo da mesma maneira. Essa é uma área que eu não interfiro, mas estou sempre acompanhando de perto o trabalho das forças de segurança do país. A gente não corre risco, e essas prisões demonstram o preparo de nossos agentes — disse Paes.

Por ora, a Rio 2016 informa que não vai se pronunciar sobre a operação da Polícia Federal. Na manhã desta quinta-feira, dez brasileiros suspeitos de preparem atos terroristas durante a Olimpíada do Rio foram presos pela Polícia Federal, de acordo com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em entrevista coletiva. Foram expedidos 12 mandados de prisão temporária por 30 dias, em dez estados. As prisões, feitas no Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, segundo adiantou o colunista do GLOBO, Lauro Jardim. Um menor foi apreendido na operação.

Ministro diz que mulher de um dos detidos teria colocado informações no Facebook
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, classificou de amador o grupo terrorista preso nesta quinta-feira. Segundo ele, o grupo passou de uma possibilidade (de ameaça) para uma probabilidade ao começar a preparar um ato terrorista. O ministro afirmou que os serviços de segurança já vinham monitorando os suspeitos há algum tempo. - Vocês chegaram a ver o vídeo que eles divulgaram? É de um amadorismo... E me permitam o linguajar um tanto vulgar: uma “porralouquice”. De fato, é um grupo que não tem nenhuma tradição, preparativos históricos, nada. São jovens e nós sabíamos quantos eram, quem eram e não podíamos postergar - afirmou.

O ministro disse que o grupo já vinha sendo monitorado há algum tempo. E que seus membros se comunicavam entre si e com membros do Estado Islâmico através da internet, pelo canal Telegram. - O grupo passou aquela linha que nós não admitimos que passe. Ou seja, começaram a fazer preparativos para um ato terrorista. Eu fui o redator da lei que tipifica o ato de terrorismo. E o preparativo é crime, e a legislação é muito dura. Quando eles transpuseram o limite entre uma conversação com o Estado Islâmico e começaram a tomar algumas medidas de preparação, a partir desse instante, nós buscamos uma ordem judicial, e todos eles foram detidos. E devem assim permanecer. O juiz da vara cobrou sigilo para todas essas questões. Mas tive informações de que a mulher de um deles teria colocado a questão no Facebook - contou. 

Jungmann também ressaltou a preocupação que todo mundo viver hoje em razão dos atentados do Estado Islâmico. - Preocupação hoje no mundo, indistintamente, todos têm. Está provado e comprovado pelos últimos acontecimentos em Nice. O que aconteceu em Orlando, na Bélgica, em Istambul. Em todo lugar, evidentemente temos que ter essa preocupação. Seria ilegítimo alguém dizer que não tem.

As declarações foram feitas nesta quinta-feira durante visita à estrutura de comunicação do Comando de Defesa Setorial (CDS) Deodoro, composta por dois módulos, um móvel e um fixo: o Centro de Coordenação de Operações Terrestres Interagências (CCOTI), que integra o Projeto Estratégico do Exército (PEE) Proteger e o Centro de Operações do CDS local. Os oito Jeeps e cinco caminhões vindos de quatro estados além do Rio possuem câmeras que podem dar suporte ao controle fixo em casos extremos como combate ao terrorismo, situações de calamidade pública e apoio a grandes eventos. A conexão é via satélite. O aparato custou R$ 25 milhões.



Fonte: O Globo

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Aviões que invadirem espaço aéreo de arenas olímpicas podem ser abatidos



Aeronáutica está autorizada a dar tiro de destruição, diz ministro da Defesa
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta quarta-feira que qualquer aeronave não autorizada que invadir o espaço aéreo delimitado das arenas olímpicas poderá ser abatida. Ele apresentou o plano de segurança para a Olimpíada, no Comando Militar do Leste, no Rio, junto com o ministro da Justiça, Alexandre Moraes; o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), Almirante Ademir Sobrinho; e o Comandante Militar do Leste, General Fernando Azevedo.  — Se qualquer aeronave não reconhecida entrar no espaço aéreo restrito, a aeronáutica está autorizada a dar tiro de destruição. Nós não estamos aqui para brincadeira — disse o ministro da Defesa.

Jungmann também afirmou que pela primeira vez na história da Olimpíada, está em atuação um Comando internacional de inteligência, com 97 países conveniados para atuar na prevenção de ataques terroristas e monitoramento de ameaças. Durante a apresentação do plano de segurança, o ministro ressaltou, no entanto, que nenhum destes países registrou nenhuma ameaça potencial. — Temos todo o cadastro de terroristas mais moderno do mundo, que é o dos Estados Unidos. O secretário de segurança interno dos Estados Unidos entrou em contato conosco e finalizamos convênio com a Polícia Federal para passagem de informações, online, de todas as pessoas que embarcarem em aeroportos americanos para o Brasil. Estamos trabalhando com o que há de mais moderno no combate ao terrorismo. Todas as informações, toda a experiência de países como Estados Unidos, Israel, França e etc.

O ministro da Justiça, Alexandre Moraes, reafirmou que não há nenhum indício de probabilidade de ataque terrorista no país. Segundo ele, também não há nenhuma indicação de que o terrorista sírio Jihad Ahmad Deyab, ex-presidiário de Guantánamo, em Cuba, tenha entrado no país. Ontem, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, confirmou que o governo brasileiro procura por Deyab. — As autoridades uruguaias nos informaram que ele saiu do Uruguai. Elas perderam o rastreamento dele e pediram para analisarmos se ele estaria em território nacional, pois ele já tentou por duas vezes entrar no Brasil e foi interceptado. Mas não há nenhum indício de que ele esteja em território nacional — disse Moraes.

O general Fernando Azevedo reafirmou que as Forças Armadas vão atuar com policiamento ostensivo nas orlas da Zona Sul e Oeste. Além dessas áreas, o trabalho também será feito em vias especiais, como Linha Amarela, parte da Linha Vermelha e Avenida Brasil, além de Ferrovias e da Transolímpica. O policiamento não estava previsto entre as atribuições das Forças Armadas para os Jogos, mas, segundo o general, o governador do Rio em exercício, Francisco Dornelles, pediu no último dia 15, por esse reforço na segurança da cidade. O planejamento de segurança prevê o uso, durante a Olimpíada, de 12 navios, 1169 viaturas, 70 blindados, 28 helicópteros, 48 embarcações e 174 motos das Forças Armadas.  — Vamos fazer o policiamento ostensivo das vias. Vamos atuar integrados à segurança pública, não substituindo, mas aliviando a Polícia Militar para as ocorrências do dia a dia. Vamos estar nas vias, nas ruas, em patrulhamento, como militar fica, com suas viaturas, armados o tempo todo. — disse o general.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que 6 mil homens das Forças Armadas já estão à disposição dos Jogos. Eles são do efetivo das forças armadas que já está baseado no Rio. — Já se tem no Rio um efetivo de 6 mil homens, testados, treinados e prontos para entrar em ação. No fim de semana teremos as primeiras manobras envolvendo as Forças Armadas. No dia 15, este efetivo chegará a 18 mil homens. No dia 17, chegaremos a quase 22 mil homens. Estes se somarão ao efetivo da Força de Segurança Nacional e à Policia Militar do Rio — disse o ministro.

Fonte: O Globo