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sexta-feira, 9 de março de 2018

Estratégia de confrontos não tem surtido efeito



Novo secretário de Segurança, general Richard Nunes, quer fortalecer programa das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), desmantelado no governo Pezão


Em entrevista publicada domingo, no GLOBO, o novo secretário estadual de Segurança, general Richard Fernandez Nunes, tocou num ponto nevrálgico das políticas de combate à violência. Ele disse que o confronto “é quase uma lei de ação e reação, um círculo vicioso, que precisa ser rompido”. De fato, a estratégia usada com frequência pelas polícias fluminenses tem se revelado inócua para reverter os índices de criminalidade. Ao contrário, só tem feito aumentá-los. São inúmeros os exemplos de operações desastradas, mal planejadas, que não raramente terminam com a morte de inocentes.

Como mostram os números do Instituto de Segurança Pública (ISP), em janeiro deste ano foram registrados 154 homicídios decorrentes de oposição à ação policial, como são chamadas as mortes de suspeitos em confronto. Um recorde histórico, que representou um aumento de 57% em relação ao mesmo mês de 2017 (quando foram contabilizados 98). [Impõe destacar que a cultura de responsabilizar a polícia está sempre presente na maior parte da mídia; a polícia é atacada por bandidos, ou vai realizar uma ação normal em patrulhamento (abordagem de suspeito) e é atacada, a polícia tem que reagir com a força necessária.
É importante que as autoridades, essas ONGs pró-bandidos e a população em geral entendam que  o policial quanto sai para uma missão não sai para apanhar ou ser morto - se atacado tem que reagir com a força necessária.]
Os indicadores de janeiro, aliás, são vergonhosos, e refletem o descontrole da segurança no Estado do Rio pré-intervenção. O número de roubos de aparelho celular, por exemplo, aumentou 80,6% em comparação com o mesmo período do ano passado; o de roubos a estabelecimentos comerciais, 78,4%; a transeuntes, 52,5%; o de cargas, 41%; a residências, 33,3%; em coletivos, 29,2%; e de veículos, 25,7%.



Richard Nunes desmistifica também outra estratégia amplamente usada no Rio nas últimas décadas, não só pelas polícias, mas pelas próprias Forças Armadas: a ocupação de comunidades. “Chegamos à conclusão de que não produzem resultado, só desgastam um efetivo enorme. Isso é o que a criminalidade quer: mil homens imobilizados numa área”. [com todo o respeito ao general: ações de cerco a uma comunidade, asfixia, varredura  e ocupação é uma das mais eficientes forma de combate ao crime - por alcançar bandidos encravados no meio da favela.
No inicio da operação pode haver necessidade de grande efetivo, mas após a varredura um pequeno contingente ocupando é suficiente.
E tal ocupação é necessária apenas pelo tempo necessário a consolidar o domínio na área ocupada e procedendo a ocupação em sequência, logo este domínio é total.]
 

Por outro lado, repetindo o que disse o interventor, general Braga Netto, o novo secretário quer fortalecer as UPPs, projeto desmantelado no governo de Luiz Fernando Pezão. Richard Nunes afirmou que as que forem viáveis serão recuperadas, enquanto outras, desativadas. É sabido que, por motivos políticos, o programa foi demasiadamente ampliado, o que comprometeu o seu resultado. Portanto, precisa mesmo ser revisto, para que possa voltar a produzir resultados. Nunca é demais lembrar que, a partir da instalação das UPPs, em 2008, o número de assassinatos na capital fluminense despencou. E, mesmo com todo o desmonte, ainda não voltou aos patamares anteriores.

A verdade é que não há mágica na receita apresentada pelo secretário, e é bom que seja assim. Primeiro, o dever de casa. Reaparelhar as polícias, que estão completamente sucateadas, combater a corrupção nos quartéis — problema que desafia as instituições de segurança — e partir para ações integradas e bem planejadas são caminhos que podem levar à redução da criminalidade. Tudo sem pirotecnia, porque já se sabe que isso não resolve. [a população do Rio e de todo o Brasil - já que o êxito da criminalidade no Rio se expande por todo o Brasil - torce para que não haja esforço demais no DEVER DE CASA e se esqueça de combater a criminalidade.]

O Globo





sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Carta de um defensor de bandidos ao general Braga Netto

Artigo: Carta ao general Braga Netto

"Não autorize seus soldados a se transformarem em assassinos fardados que, ao ingressar nas comunidades, primeiro atiram e depois interrogam"


"General, o Rio precisa de intervenção cívica, e não militar. O Estado fluminense e a prefeitura carioca estão acéfalos.

Em 10 anos de implantação das UPPs houve tempo suficiente para evitar que uma geração de crianças e jovens escapasse das garras do narcotráfico. Cometeu-se o equívoco de instalar postos policiais nas comunidades, e não escolas, cursos profissionalizantes, quadras de esportes, oficinas de dança, teatro, música e literatura.



O Exército brasileiro acumula uma história de fracassos. Promoveu um genocídio no Paraguai, e até hoje os arquivos da guerra no século XIX são mantidos secretos para não envergonharem a nossa história militar. Fez uma matança desnecessária em Canudos para evitar que os nordestinos se livrassem da tutela dos donos de engenhos.

MATÉRIA COMPLETA, clique aqui

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Foi-se um governador e a nova fantasia de Temer. Ele agora veste farda

Na prática, a intervenção federal no Rio significa a deposição de Luiz Fernando Pezão

A intervenção federal na área de Segurança Pública do Rio significa, na prática, a deposição do governador Luiz Fernando Pezão que, antes mesmo de anunciada a decisão, rendeu-se à evidência de que não tinha o menor controle da situação que toma conta da cidade e agravou-se durante o Carnaval. Na semana passada, o governador disse que não havia “tido tempo” de ler o plano entregue a ele no dia anterior pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann. Na quarta-feira de cinzas jogou a toalha: “Houve um erro nosso. Não dimensionamos isso”, afirmou, referindo-se aos arrastões, assaltos, tiroteios, invasões de supermercados na Zona Sul, Centro e Niterói, do outro lado da Baía de Guanabara, sem contar a continuidade da rotina de violência em outras regiões.

Pego desprevenido, o poder público deixou moradores e turistas entregues à bandidagem. Diante disso Jungmann e o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) foram ao Palácio Guanabara para comunicar a decisão ao governador e levá-lo a Brasília para uma reunião com o presidente Michel Temer e ministros da área econômica para discutir como seria a intervenção. Note-se que no decreto divulgado nesta tarde (16) está dito que se necessário o interventor poderá “requisitar recursos financeiros, tecnológicos, estruturais e humanos do Rio de Janeiro” para a execução do objetivo. Ou seja, controle total.

Até mais ou menos dez dias atrás, Raul Jungmann dizia que o Rio era “um caso clássico” para intervenção, mas que não havia dinheiro da União para isso e a tramitação de emenda de reforma da Previdência era um obstáculo. Como a reforma praticamente saiu de pauta resta agora encontrar dinheiro no Orçamento. Uma solução poderia vir da ideia de se antecipar a criação do ministério da Segurança Pública, pois aí poderia haver dotação orçamentária hoje inexistente.

Na verdade, o processo de enfrentamento da situação já poderia ter sido iniciado desde o ano passado quando o ministério da Defesa fez a proposta a Pezão de passar a área de segurança para o comando das Forças Armadas. Na época, era fazer isso de modo amistoso. Agora, com o aumento da desordem, a perda de controle, a apatia do governador e o óbvio comprometimento de setores cujo dever seria o de garantir a segurança o governo federal chegou à conclusão de que não haveria mais discurso possível. Nada mais há mais a dizer ao cidadão. Algo precisava ser feito e decidiu-se pela intervenção. Num clima bastante animoso em relação às autoridades locais com as quais em Brasília perdeu-se a paciência. Assim foi dito, com estas palavras.

Agora as Forças Armadas deixam de atuar como coadjuvantes para se tornar protagonistas. Era o que os militares queriam, inclusive para trocar todos os ocupantes de postos estratégicos no setor. Agora a questão que fica é a seguinte: precisa dar certo porque é o último e mais radical recurso para que o Rio tenha uma chance.  [para desencanto dos HOMENS E MULHERES de BEM  quando as primeiras prisões forem efetuadas, as primeiras operações de cerco (com a indispensável restrição da livre circulação de pessoas) as primeiras ocupações de barracos em favelas para vistoria começarem a ser efetuadas e surgirem  as obrigações de levar os presos para 'audiência de custódia', mandados para isso e para aquilo, se chegará à conclusão: com a legislação atual não é possível combater de forma eficaz o crime.

Surgirá a inevitável pergunta: o que fazer?
A resposta exigirá de Temer coragem, decisão e firmeza.
Ele terá a coragem necessária para mandar fazer o que precisa ser feito?]

Dora Kramer - Veja 

A nova fantasia de Temer. Ele agora veste farda

Pouco a perder com a intervenção no Rio 

Temer (Adriano Machado/Reuters)
 
À procura de uma nova fantasia para desfilar com ela nos meses que lhe restam de governo, o presidente Michel Temer encontrou uma que poderá agradar o distinto público: o de rigoroso guardião da ordem pública ameaçada pelo crime organizado ou espontâneo.

A decisão de intervir na segurança do Rio de Janeiro e de criar o Ministério da Segurança Pública a ser entregue ao delegado aposentado José Beltrame faz todo sentido se bem executada. [felizmente o sonho do novo ministério foi adiado; 
e entregar qualquer coisa para combater o crime ao Beltrame - o criador das UPPs = unidades de perigo ao policial - é algo que nem Temer é capaz de fazer.] Beltrame é bom de serviço. E o governo do Rio não tem condições de cuidar de mais nada.

A pagar o desgaste, sem nada em troca, de assistir de braços cruzados à repetição das cenas que chocaram meio mundo durante o carnaval carioca, Temer escolheu enfrentar o risco de sair de sua zona de conforto. Melhor tentar fazer alguma coisa do que apenas observar.  Tem pouco a perder e sempre poderá ganhar alguma coisa com isso. A reforma da Previdência Social ficará para o próximo presidente como já ficaria Temer carece de votos para aprová-la. O general que comandará a segurança pública no Rio encarnará a nova versão de Temer fardado. [quem dá a missão tem que fornecer os meios ou a forma de consegui-los.]

Blog do Noblat - Veja

 

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Assembleia do Rio corta 500 milhões do orçamento destinado à PM



 Orçamento do estado aprovado pela Alerj prevê corte de R$ 500 milhões para a PM

Valor destinado à manutenção de UPPs será de apenas R$ 10 mil


A tesourada no orçamento do estado para 2018 foi sacramentada nesta terça-feira pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Durante a votação, o que mais chamou a atenção foi o corte de quase 10% previsto para a Polícia Militar, responsável pelo patrulhamento ostensivo e que já se encontra em situação precária. A instituição — que teve a tropa reduzida em dois mil policiais em pouco mais de um ano e está com mais da metade de seus veículos parados por falta de manutençãovai perder mais recursos que a Saúde, a Educação e a própria Segurança como um todo.

No papel, a PM terá, no ano que vem, menos R$ 500 milhões. Na vida real, se o estado não conseguir manter minimamente o planejamento, uma vez que ainda há crise pela frente, o orçamento, que já vai quase integralmente para salários, pode minguar ainda mais, o que se refletirá no combate ao crime nas ruas. Outro abalo na pasta fica explícito no valor destinado à manutenção das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) que terá parcos R$ 10 mil. [o corte na verba das UPPs apresenta a vantagem do fechamento das Unidades de Perigo ao Policial, já que aquele tipo de policiamento era apenas uma vitrine mantida de forma criminosa pelo ex-governador (deveria ser mais um processo para o Cabral responder) com a omissão, também criminosa do Beltrame.

Aproximar a Polícia dos moradores em favelas só resulta em prejuízos para a eficiência policial, visto que torna a PM mais vulnerável a acusações infundadas, caluniosas, facilita ataques traiçoeiros de bandidos.
Polícia tem que manter distância da comunidade moradora das áreas que patrulha, chegar de forma enérgica para impor respeito.

Bandido tem que temer a polícia - e morador de favelas também, já que a proximidade destes com a PM dá margem a que os PMs sejam acusados (é pacífico que entre obedecer a ordem de um policial ou de um traficante o morado opta, e com razão, em ficar bem com o bandido.]

Este ano, os recursos da Polícia Militar estavam previstos em R$ 5,54 bilhões, dos quais R$ 4,9 bilhões seriam consumidos por salários. Apenas R$ 62,8 milhões iriam para investimentos. Mas, em 2018, a verba total vai cair para R$ 5 bilhões. Especialistas dizem que, agora, cabe ao governo pensar numa forma de amenizar o impacto negativo da medida no atendimento à população .Vai impor consequências, vai impactar. O problema é como reduzir esse impacto. Isso dependerá agora da capacidade de gestão do aparato de Segurança — ressaltou o ex-secretário de Segurança Nacional José Vicente Silva Filho. — É preciso saber como a polícia está se preparando para investir os recursos no que é mais importante para o patrulhamento. A gente sabe que tem gorduras, como viaturas usadas para transporte de oficiais.

O cenário da Segurança ficou tão obscuro que o próprio secretário da pasta, Roberto Sá, sempre que pode não perde a chance de lembrar que o estado enfrenta um momento muito sério, tanto em razão da falta de recursos materiais como também humanos, com o esvaziamento da tropa. Segundo ele, que defende a criação de um fundo para a área, cerca de dois mil PMs deixaram a corporação desde outubro do ano passado, quando ele assumiu o cargo. Reportagem do GLOBO mostrou que policiais têm contado com a solidariedade de comerciantes, que fazem reparos nas viaturas e doam peças usadas para manter o patrulhamento, precarizado pelas contas que não fecham.

O orçamento de 2018 parece, em alguns momentos, tentar garantir recursos para o essencial, a despeito de o valor total para a PM ter sido reduzido. A gestão da frota, por exemplo, que só teve este ano R$ 46,9 milhões, contará, ao menos em tese, com R$ 196,2 milhões. Mas as UPPs, consideradas um dos mais importantes projetos do setor nos últimos anos, que foram muito desidratadas nesses tempos bicudos, ficarão à míngua, a considerar o que consta do documento aprovado ontem pelos deputados. As unidades, que tiveram R$ 5,4 milhões para manutenção no ano passado, terão apenas R$ 10 mil para o mesmo item no ano que vem. No item “modernização da tecnologia de informação” da PM, outra baixa: os gastos de R$ 538 mil previstos para este ano deverão cair para R$ 10 mil em 2018.

Mesmo com a redução do orçamento da PM, a função Segurança, da qual a corporação faz parte, ainda responderá por 15% de todas as despesas do estado em 2018, atrás apenas da Seguridade Social (com 30%). Em 2016, o Rio fez uma previsão de gastos com Segurança de R$ 11,6 bilhões. Em 2017, esse número subiu para R$ 12,1 bilhões. E, no ano que vem, retornará a um patamar menor que o do ano passado, com R$ 11,5 bilhões previstos. A queda, em relação a 2017, será de 4,8%.

Outra área essencial abatida pelos cortes foi a Saúde. Se em 2017 tinha R$ 6,7 bilhões orçados, em 2018 terá R$ 6,4 bilhões, uma redução de 5%. A Saúde é vista como uma área sensível porque a taxa de execução de seus recursos é baixa: até outubro, só tinha gastado R$ 2,8 bilhões, 43% do que estava previsto para todo o ano. No caso da Segurança, esse percentual foi de 66% nos dez meses do ano (com R$ 8,08 bilhões).  O saneamento básico também perdeu recursos consideráveis: de R$ 1,3 bilhão orçado para 2017, a previsão de 2018 ficou em R$ 734,9 milhões. Na Educação, a Uerj e a Faperj conseguiram, pelo menos na peça orçamentária, escapar do arrocho e acabaram ganhando recursos para 2018 em relação a este ano.

ROMBO DE R$ 10 BILHÕES
O rombo previsto para 2018 ainda é grande: R$ 10 bilhões, diferença entre a previsão de receita de R$ 62,5 bilhões e de gastos, de R$ 72,5 bilhões. A situação do orçamento como um todo, mesmo com o Plano de Recuperação Fiscal em vigor, é deficitária. O desempenho, claro, ainda é considerado muito ruim.  — Há uma insatisfação em relação a muitos pontos do texto. Vamos levar, além dessa quantia, algo como R$ 7 bilhões de restos a pagar de 2015 a 2017 — afirmou Luiz Paulo Corrêa da Rocha, do PSDB.